A cana
Em meio o canavial
Não dá pra caminhar
Suas folhas são cortantes
Acabam por machucar
De contrapartida a cana
com doçura refrescante
Dela se faz melado
E o açúcar intrigante
Seu suco é saudável
Puro e saboroso
Mas industrializado
Se torna venenoso
Tem gente que faz rapadura
Se faz aguardente também
O doce faz mal pro sangue
A aguardente perturba o bem
Como uma coisa tão boa
Pode se tornar ruim
Transforma o doce em amargo
Nem tudo tem um bom fim
Poetisa: Margarete S. Cao