Irondad & Spiderson 3 (Famíli...

By NoahSuzu

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Continuação do segundo livro de Irondad & Spiderson 2, todos devem conhecer como funciona. - Marvel não perte... More

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Não me diga que é...

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By NoahSuzu

Aviso: Capítulo mais longo que já escrevi. Sangue, experimento e quase morte, mas todos são leves, mas eu não sei para vocês. Qualquer erro ortográfico pode comentar, não consegui achar todos.

~*~

Peter não esperava encontrar um pedaço de robô avançado no ferro velho, estava simplesmente pegando partes inteiras e funcional para dar algumas atualizadas no seu traje, precisa urgente mudar seu traje feito de moletons.

Ned tinha um sistema funcional simples pronta para ser embutida na máscara, MJ com o tecido resistente aprova de bala que comprou online depois de ignorar os protestos de Peter. May certificou de dar várias ideias para mantê-lo seguro, sempre ter um pequeno bolso para guardar kit médico rápido. Sim, só faltava a tecnologia para colocar no tecido.

Mas essa parte de robô não era simples, parece ser feito de titânio, alguns arranhões na superfície, o rosto estava destruído deixando irreconhecível, resto do corpo estava explodido com vários fios soltos. Decidindo reconstruir esse pobre robô desconhecido, pegou as partes que podiam ser reutilizadas. Colocou na mochila que estava pesando três quilos, usou sua super força para carregar facilmente.

~*~

— O que está fazendo? — Perguntou Karen subindo em cima da cama ao lado da escrivaninha que tinha várias partes de metais, suas orelhas metálicas mexeram de forma realista igual um lince filhote. — Um novo corpo?

— Não, esse é um robô que encontrei no ferro velho — respondeu Peter colocando últimas partes no rosto, decidiu refazer o corpo em tamanho de um bebê, mas sem gordura de bebê e um pouco fino. — E tem boas partes de titânio, com as partes que sobraram posso atualizar seu corpo.

— Doce — sorriu Karen assistindo seu criador reconstruir o corpo. — Se quiser posso adiantar o processo do seu traje, não queremos que você saia com um pijama.

— Pela última vez não é um pijama! — Reclamou Peter fazendo beicinho enquanto Karen bufou murmurando "claro que não". — Eu ouvi isso.

— Estou indo, não exploda nada — avisou Karen pulando para fora da cama indo até a sala que tinha mais espaço para deixar o tecido esticado. — May está voltando daqui a pouco!

— Ok! — Confirmou Peter afastando seu olhar do rosto do novo androide, não era o melhor rosto, mas era o que parecia ter sido antes. — Vai demorar um pouco para reconstruir você.

Empurrou a cadeira com rodinhas para trás pegando seu notebook na cama, puxou um cabo conectando atrás da cabeça do robô. Ligou todo sistema encontrando vários códigos complexos e corrompidos, franziu a testa achando estranho, um robô do ferro velho não deveria ter todo esse sistema avançado.

Pelo canto do olho percebeu a energia do androide ser ligado automaticamente, levantou-se da cadeira chegando perto lentamente. A cor da energia era vermelha, vai ter que dar uma mudada depois para deixar azul suave, essa cor da sensação de que o robô vai ter um plano para destruir a terra.

As placas metálicas se mexeram ligeiramente deixando Peter animado, estava vivo! Os olhos piscaram enquanto os dedos se mexiam, a boca mexeu mostrando a energia vermelha ilimitada dentro. Antes que pudesse fazer mais alguma coisa, se desligou perdendo toda movimentação satisfatória.

Peter bufou desanimado, era esperado, não estava completo. Mandou os códigos para Ned para ver se conseguia concertar as partes corrompidas. Sentou-se na cadeira esfregando as mãos, pegou uma chave de fenda da caixa de ferramentas.

Hora de virar a noite.

~*~

Dia seguinte

— Peter? — Chamou May abrindo a porta do quarto do seu sobrinho, seus olhos arregalaram vendo a aparência desgrenhada dele. — Passou toda noite acordado!?

— Eu precisava! Olha o que eu tinha encontrado no ferro velho! — Apontou Peter quase caído da cadeira. May chegou perto dando uma olhada no novo androide na escrivaninha. — Ned conseguiu arrumar os códigos, e finalmente terminei de reconstruir o corpo!

— Por que tem tamanho de um bebê crescido? — Questionou May dando um olhar estranho.

— Bem, não tinha muitos pedaços de titânio, então aproveitei o que tinha e ainda sobrou — explicou Peter encolhendo os ombros. — Mas ele também pode encolher como fiz com o corpo de Karen, as placas da pele podem se juntar diminuindo a "pele".

— Certo mocinho, você ainda precisa ir para escola — avisou May fazendo Peter correr para o banheiro. — Tem uma caneca de café com leite em cima da mesa! Não se atrase!

— Ok!

May saiu do quarto fechando a porta. Os olhos do robô se abriram lentamente, a luz não era mais vermelha, estava azul suave como planejado. Os dedos contorceram deixando os movimentos mais fáceis e suaves, o pequeno androide ficou sentado em cima da escrivaninha olhando todo quarto curiosamente.

Virou sua cabeça quando a porta do banheiro abriu, Peter congelou encontrando o androide olhando para ele, certificou de segurar a toalha em volta da sua cintura. Rapidamente agarrou suas roupas limpas e voltou para dentro não querendo ser encarado enquanto trocava de roupa. Depois de alguns minutos voltou totalmente vestido.

— Pensei que precisaria de algum tipo de botão para ligar — comentou Peter chegando perto.

— Eu não preciso de um botão — rosnou o robô surpreendendo-o. — Onde estou?

— No meu quarto — respondeu Peter arrumando sua mochila colocando os livros que deveria ter colocado no armário na escola. — Agora se encolha para entrar na minha mochila.

— Eu não posso fazer isso — disse robô confuso.

— Pode sim, eu adicionei — disse Peter colocando a mochila na frente do androide. Robô lentamente começou a mudar de tamanho, entrou com cuidado. — Karen! Vamos logo!

— Indo! — Respondeu Karen subindo nas calças de Peter que andava até a cozinha pegar um sanduíche e seu café com leite, comeu tudo de uma vez quase se engasgando se não fosse por May dar uma tapinha nas costas.

Karen entrou dentro da mochila, seus olhos afiados arregalaram reconhecendo esse androide em qualquer lugar. O robô cruzou os braços desafiando-a a dizer alguma coisa, ela rosnou mostrando os dentes afiados o assustando um pouco. Karen sorriu em vitória enquanto relaxando entre o estojo e livro.

~*~

— Chegou um minuto atrasado, novo recorde — comentou MJ checando horário no celular. — Trouxe o traje para darmos as últimas mexidas?

— Sim, Karen adiantou o processo ontem à noite — respondeu Peter, correu sem parar não usando o metrô, não estava suando ou sem fôlego. Vantagens de ser metade aranha. — Só falta da cor e restante do sistema com os códigos.

— Cara, o que era aqueles códigos que me mandou ontem? — Questionou Ned caminhando até a sala de aula de história que tinham juntos. — Eram uma coisa que nunca vi, parecem ter sido feitos por profissionais inteligentes.

— Foi um robô que encontrei no ferro velho — disse Peter abrindo a porta, não tinha professor ainda na sala. — Passei a noite toda reconstruindo, acordou completamente quando saí do banheiro.

— Saiu do banheiro? — Repetiu MJ divertida enquanto Peter corou percebendo a escolha de palavras. — Pode continuar.

— Aham- ainda não sei se tem um nome — continuou Peter sentando-se em uma cadeira na mesa dos fundos. — Eu o trouxe junto comigo.

— Você trouxe?! — Sussurrou Ned eufórico. — Cadê, cadê, cadê??

Peter ia abrir um pouco a mochila para deixar ver, mas o professor entrou na sala fazendo todos voltarem aos seus lugares. Deu um olhar "depois da escola", Ned suspirou ficando ansioso, querendo que o dia passe mais rápido, MJ voltou ao seu livro não dando muita importância.

~*~

— Finalmente! — Exclamou Ned entrando na sala de mecânica vazia, sem nenhum adulto ou câmera por perto para testemunharem o que vão fazer. — Como não deu um soco no Flash até agora? Ele só zomba de você.

— Tenho autocontrole e baixo autoestima — respondeu Peter automaticamente fazendo Ned bufar, colocou sua mochila em cima de uma mesa longe das escadas.

— Boa resposta — elogiou MJ colocando as mãos na mesa. — Cadê esse robô que reconstruiu?

Peter abriu o zíper deixando uma cabeça de filhote lince robótico sair primeiro, Karen se arrastou para fora esticando todo corpo fazendo algumas placas estalarem. Lentamente duas mãos pequenas puxaram o tecido da mochila para baixo, os olhos azuis penetrantes olhando ao redor.

Ned ofegou dramaticamente, os olhos escuros de MJ arregalaram chocados.

— Puta merda — murmurou Ned tentando encostar no androide só para receber um tapa na mão. — Tem mente própria!

— Perdedor, esse androide não te faz lembrar de alguma coisa? — Perguntou MJ ainda encarando o robô.

— Não? — Respondeu Peter incerto, fechou os olhos pensando em alguma coisa semelhantes. Depois de alguns minutos em silêncio, empalideceu abrindo os olhos de novo, virou-se lentamente para MJ horrorizado. — Como não percebi antes?

— Você é um idiota! Trouxe um vilão que os Vingadores tinham derrotado de volta! — Exclamou MJ ficando nervosa. — O que você vai fazer agora!?

— Eu?! Por que eu tenho que resolver sozinho?!

— Você reconstruiu ele!

— Humanos — murmurou Ultron revirando os olhos.

— Melhor não fazer nada ou eu te quebro aqui agora — avisou Karen sem olhar para Ultron. — Pode ter sido reconstruído pelo meu criador, mas não vou me segurar se machucar alguém.

— Por que está do lado deles? Podemos simplesmente invadir os sistemas para fazer a terra nosso planeta — questionou Ultron apertando os olhos.

— Você que não consegue ver as coisas boas neles — retrucou Karen não incomodada. — Alguns podem ser idiotas, mas estou feliz que eu tenha sido criada por Peter, ele me trata como um humano, não uma IA que só faz tarefas. Mude um pouco seu dever e veja as possibilidades infinitas que não seja criar uma Era se destruição.

Ultron mudou sua atenção para o humano de cabelo castanho e olhos avelãs, foi construído por Tony Stark e Bruce Banner, mas sua energia ilimitada veio do Thor Odinson. Depois de ver caos, queria erradicar a raça dos humanos, o que falhou depois de ser derrotado. Mas aqui está um garoto que o reconstruiu, mesmo depois de saber que era um vilão, não queria destruí-lo, todo esforço e carinho sendo reconstruído em uma noite.

—... como pode ter certeza de que não vão te abandonar depois? — Sussurrou Ultron juntando as mãos entrelaçando os dedos, descansou seu braço no colo.

— Peter não consegue abandonar nada que seja importante para ele — disse Karen firme. — Ele é muito bom para este mundo, mas as vezes sinto uma dor invisível sabendo que as vezes a vida humana é curta.

Os olhos brilhantes azuis encaram onde o coração humano fica, Ultron acabou de ter uma ideia, guardou para si mesmo começando a ter um esboço detalhado para dar tudo certo. Karen deu um olhar estranho, mas ignorou.

— Não vou destruí-lo e ponto final — afirmou Peter pegando Ultron nos braços, MJ apertou os lábios em uma linha fina. — Ele não vai tentar dominar o mundo de novo, certo?

— Certo — prometeu Ultron acenando com a cabeça.

Os três adolescentes olharam surpresos para androide avançado, MJ lançou um olhar duro não acreditando no vilão pequeno.

— Foi meio fácil — comentou Ned quebrando o silêncio estranho. — Não é uma enganação, não é?

— Não, Karen me fez enxergar o mundo de outro forma — disse Ultron sincero. — Só não quero ser abandonado.

Olharam para Karen que deu um sorriso cheio de dentes afiados de volta.

— Ok, se fizer alguma coisa a Peter, eu mesma pego uma marreta e te bato na cabeça — avisou MJ friamente. Ultron assentiu temendo essa humana, suas placas estremeceram enquanto suas mãos agarravam a blusa de Peter que sorriu divertido.

— Chega de assustá-lo, vamos terminar o traje, faz quatro dias que não patrulho — disse Peter colocando Ultron de volta na mesa. Tirou o traje preto e branco da mochila. — Ao trabalho.

~*~

Depois de cinco horas de trabalho, eram oito horas da noite, acabaram ultrapassando o tempo na escola. Saíram desviando das câmeras, o princípio não precisa saber que tem alunos que usam a sala de mecânica para construir um traje do Homem-Aranha. Peter está animado para usar seu novo traje amanhã depois da escola, sempre respeita o horário depois de receber uma palestra de May sobre saúde e sono por duas horas sem pausa. (O traje que ele fez no filme: Longe de casa.)

Karen pode se conectar na máscara quando colocada na cabeça, Ultron pode fazer também depois de algumas garantias que não vai fazer nada de errado. Até que ele está aprendendo novas coisas que os humanos fazem junto com Karen, bom progresso de não destruir o mundo.

Depois de dormir com dificuldade por estar agitado, acordou no dia seguinte tendo que ir para escola de novo. May certificou de fazer Peter comer alguma coisa antes de deixá-lo ir e entregar uma mochila extra com roupas essenciais, dessa vez pegou o metrô e foi com calma, ainda chegando alguns segundos atrasado.

— Como consegue ainda chegar atrasado? — Questionou Ultron incrédulo.

— Está nos meus genes — disse Peter. Ultron fez som perplexo enquanto Karen colocou as patas no rosto. — Ned! MJ!

— Sabe dos rumores que estão rolando pela escola? — Sussurrou Ned puxando Peter para perto.

— Não? — Sussurrou Peter de volta confuso. — Não presto atenção em nada, tenho que manter meus sentidos baixos esse tempo todo para não ter uma sobrecarga sensorial.

— Silêncio! — Pediu professor Harrington, por algum motivo estava com um grande sorriso animado. — Começando que temos permissões dos seus responsáveis, hoje iremos a torre Stark! Irão passar dois dias e duas noites para conseguirem um estágio exclusivo que estão abrindo para estudantes escolares.

Os alunos ficaram em silêncio por um minuto digerindo as informações antes de explodirem em aplausos e murmúrios animados. Peter congelou no lugar, indo para torre Stark onde os vingadores também residiam, já conheceu pessoalmente como Homem-Aranha, mas nunca como Peter Parker.

Ned estava animado como os outros não percebendo a aflição do seu melhor amigo, MJ balançou as sobrancelhas se divertindo com o sofrimento de Parker que deu um olhar incrédulo. Por isso que May deu a ele uma mochila com roupas, ela sabia que iria a torre Stark!

— Vamos para o ônibus! — Avisou Harrington fazendo os alunos saírem da sala em tempo recorde. Peter saiu lentamente querendo aproveitar seus últimos minutos de paz, foi puxado por MJ sabendo que ia se atrasar perdendo o ônibus.

~*~

— A entrada tem um detector de metais? — Perguntou Peter de repente quando chegaram em frente a torre Stark. Karen e Ultron estavam dentro da sua mochila e todos iriam surtar vendo o robô vivo novamente.

— Não sei, só entrando para ver — disse MJ agindo como uma pessoa normal e não babar como os outros que estão maravilhados em ver a torre de perto.

Harrington foi a recepcionista enquanto os alunos olhavam ao redor sem fazer bagunça pela primeira vez. Peter aborreceu facilmente percebendo Flash vindo em direção dele.

— Me observe conseguir esse estágio facilmente, você nunca vai conseguir uma vaga aqui — sorriu Flash arrogante.

— Ok, Flash — aceitou Peter acostumado com a arrogância do valentão. Afastou rapidamente antes que ele diga mais alguma coisa, podia ouvir os pequenos rosnados de Karen dentro da mochila.

— Bem-vindos a indústrias Stark! meu nome é Nisha — Cumprimentou uma mulher de cabelo preto preso em um coque bagunçado, olhos pretos, pele morena, uma tatuagem de lobo logo no pescoço. — Serei sua guia hoje para apresentar toda torre e como irá funcionar o teste de conseguir um estágio, só um vencedor irá ganhar, se mais de um se mostrar capaz, o senhor Stark ou a senhorita Potts podem dar uma chance.

— Cada um vai receber um cartão com seu nome, se perder ou ser visto sem vai ter a irá do chefe de segurança, ele não fica muito feliz quando isso acontece — informou Nisha antes de chamar os nomes. — Depois cada um vai passar no detector e escanear o cartão no leitor.

Peter pegou seu cartão com um cordão colocando em volta do pescoço. Suas mãos suaram um pouco ficando nervoso quando sua vez chegava para passar no leitor. Passou os dedos nos atiradores de teias transformando-os em braceletes pretos comuns.

— Ficam invisíveis — murmurou Peter, Karen e Ultron diminuíram suas presenças para o detector não apitar.

Peter Parker. Nenhuma arma não autorizada, aproveite a hospedagem — informou a IA do prédio deixando Parker encantado. Foi da ideia SEXTA-FEIRA como Karen surgiu, sempre maravilhado de como as inteligências artificiais funcionam.

— Primeiro iremos deixar seus pertences nos quartos que irão ficar por duas noites — avisou Nisha os guiando até o elevador. — Por favor, não se dispersam, última turnê não durou dez minutos antes de serem expulsos.

— Vamos separar os quartos como dormitórios? — Perguntou Abraham levantando uma mão.

— Duas pessoas com mesmo gênero em cada quarto — respondeu Nisha com um sorriso calmo. — Se quiserem uma mudança de colega, é só trocarem na hora e depois me avisarem.

Já formaram dupla caso forem separados. Peter prontamente puxou Ned para seu lado, depois os dois deram um olhar estranho a MJ que se juntou.

— Eu posso fazer o que quiser — comentou MJ dando de ombros olhando de volta para seu celular. — Faça que nós três estejamos juntos, alguém tem que cuidar de vocês dois.

Ned fez uma expressão ofendido, Peter revirou os olhos com um sorriso fechado divertido. Na verdade, nenhum dos três da importância de dividir um quarto, já tiveram várias vezes quando Parker acabava tendo um ataque de pânico ou um ferimento sério não podendo se mover.

— Feito — avisou Karen mandando uma mensagem no celular de MJ.

A porta do elevador abriu deixando a turma entrar no andar onde fica os quartos de hóspedes de nível baixo, começaram a entrar nos quartos.

— Obrigado, SEXTA-FEIRA — disse Peter de costume, sempre tem que agradecer mesmo que seja uma IA.

Você é bem-vindo — respondeu SEXTA-FEIRA, no seu tom de voz tinha gratidão.

— Uhm, estranho, parece que um quarto está interditado — murmurou Nisha franzindo a testa. — Uma dupla vai ter que fazer trio.

— Eu faço com esses dois perdedores — disse MJ rapidamente surpreendendo-a.

— Tem certeza? — Perguntou Nisha olhando para os dois garotos que não pareciam dar importância de ter uma garota no quarto.

— Cem porcento, já fizemos muitas festas do pijama antes — garantiu MJ confiante. — Se está preocupada sobre acontecer alguma coisa, posso usar meu livro na mochila para bater neles.

— Esses livros são de capa dura! Pior que tem mais de duzentas páginas! — Reclamou Ned recuando prontamente.

— Certo... Aqui está a chave — disse Nisha entregando uma chave com chaveiro que é o número da porta. — Tem vinte minutos para se instalarem!

O trio foi para o último quarto, ficaram surpresos de encontrar duas camas grandes, uma janela podendo ver a toda cidade de cima, um banheiro completo.

— Onde tem câmera? — Perguntou Peter colocando suas duas mochilas em cima da cama principal, Karen saiu da mochila enquanto Ultron se atrapalhou um pouco para sair.

— Perto da escrivaninha ao lado da estante, só colocar uma mochila — apontou Karen com uma para.

Peter esvaziou a mochila escolar e colocou tapando a câmera, Ultron esticou as pernas e braços, as placas estremeceram quando estalaram. MJ pegou a outra cama colocando seus pertences em cima, demoraram dez minutos para deixar tudo normal. Ou foi o tempo que acharam.

— Pronto! Agora vamos aos laboratórios! — Exclamou Ned animado abrindo a porta.

Peter quase tropeçou para trás sentindo um peso no capuz, Karen e Ultron se encolheram mais ficando confortáveis dentro do capuz costurado ao casaco. Recuperou o equilíbrio seguindo seus amigos para fora do quarto.

~*~

— Até que não foi ruim — comentou Peter colocando sua bandeja na mesa retangular do refeitório, vários hambúrgueres embrulhados e uma garrafa de água. — Não encontramos ninguém importante no caminho, talvez eu consiga sobreviver aqui.

— Tem que parar de ser tenso o tempo todo — disse Ned pegando uma batata frita. — Só vai ser dois dias inteiros aqui.

— Dois dias que podem ter vários acontecimentos — apontou Peter desembrulhando um hambúrguer, colocou na boca parando quando sentiu o sabor. — Eu poderia comer isso aqui para sempre.

— Totalmente, estômago sem fundo — concordou MJ lendo um livro sobre "como esconder um corpo".

Karen colocou a cabeça para fora dando uma mordida no hambúrguer, sua outra forma de conseguir energia é comer, graças ao sistema que Peter criou. Seus olhos afiados encontraram uma mesa cheio de estagiários que estavam a encarando boquiabertos, mostrou a língua voltando para dentro do capuz.

— Por favor não me diga que alguém te viu — disse Peter sentindo vários olhares na sua nuca.

— Talvez — brincou Karen passando a língua nos dentes afiados.

Ultron pegou um pedaço relutante que Peter deu, mordeu lentamente sentindo a comida humana descer pela boca. Não é ruim, engoliu tudo de uma vez sentindo sua energia queimar o pedaço de hambúrguer. Seu plano está quase completo.

~*~

— Agora, o que estiver neste laboratório pode ser usado — informou Nisha gesticulando toda sala que tem algumas caixas com materiais no chão, alguns estagiários estavam trabalhando ou certificando que nada vá explodir. — Escolham uma mesa e apertam o botão no centro para fazerem as divisórias subirem, não queremos ninguém copiando um do outro.

— Terão quatro horas de trabalho, qualquer problema é só chamar um dos estagiários que vigiarão para nada explodir. O banheiro fica no corredor.

Peter foi até sua mesa no final da sala, a mais afastada de todas, apertou no botão fazendo as divisórias brancas subirem. Karen e Ultron saíram do capuz ficando em cima da mesa, cresceram ficando no tamanho normal.

— Poderia usar vibranium, tem naquela caixa — apontou Karen na caixa no canto da sala que ninguém estava chegando perto.

— Mas o que vou construir? Estou sem ideias — Suspirou Peter esfregando seu queixo pensativo. — Não posso apresentar vocês dois.

— Eu vi rascunhos de pequenas aranhas que iriam vigiar centímetros ou invadir algum lugar sem serem detectados — comentou Ultron pegando um papel vazio na pasta ao lado da lâmpada. — Poderia fazer esses, ninguém iria suspeitar de nada.

— Boa ideia! — Expressou Peter animado, foi até a caixa onde tinha pedaços de vibranium. Karen ligou o computador que tinha na mesa, Ultron ajudou a programar os códigos das aranhas.

Começou cortando os pedaços de vibranium em pequenos pedaços, sua meta é fazer dez nesse tempo de quatro horas.

~*~

— Participantes, o tempo acabou, se dirijam aos seus quartos e depois ao refeitório para jantarem — avisou SEXTA-FEIRA abaixando as divisórias. — Depois poderão descansar como quiserem em seus quartos, mas nada de bagunça.

Peter guardou as dez aranhas nos dois braceletes, depois falta mais dez para acabar, poderá usar nas patrulhas. Correu para seu quarto animado, tinha que experimentar seu traje hoje! Ned e MJ deixaram ele correr na frente sabendo que estava querendo pular da torre.

Foram jantar depois de um banho, o corredor dos quartos era vigiado por um segurança.

— Boa sorte, volte seguro — disse MJ deitada na cama assistindo um filme no celular.

— Qualquer coisa é só ligar — instruiu Ned sentado em frente a escrivaninha mexendo em alguns códigos complexos.

— Ok! — Prometeu Peter no seu novo traje, Karen desligou os alarmes de segurança do quarto para deixá-lo pular livremente. Ultron estava conectado na máscara junto com Karen.

Mergulhou enquanto as lentes brancas arregalaram de adrenalina, gritou feliz atirando uma teia quando chegou perto do chão. Se lançou para cima dando uma cambalhota no ar, pousou em cima de um poste respirando fundo.

Olhou para as mãos analisando seus braceletes, as aranhas saíram esticando as pequenas pernas afiadas, subiram nos braços chegando até os ombros. Um sorriso cresceu percebendo que as aranhas são um sucesso. Parou sentindo seu sentido aranha avisar perigo.

Assalto duas quadras a esquerda — avisou Karen fazendo um caminho no mapa.

— Indo! — Peter atirou uma teia indo até o local.

~*~

— Meu Deus, estou travado — grunhiu Peter esticando as costas. São dez horas da noite e parou muitas coisas. — Isso é o que dá quando não patrulha por quatro dias.

Uh, detectei armas estranhas em algum lugar — comentou Ultron procurando pelo mapa. — Parece ser em um armazém abandonado.

— Um armazém sempre tem uma base de vilão, por quê? — Resmungou Peter checando a quantidade de teia, três refis antes de acabar. — Dá para investigar, fiquem atentos em qualquer coisa.

Certo — confirmaram ao mesmo tempo.

Pousou em uma rua estranhamente vazia, deve ser um lugar perigoso no horário da noite. Fez seu caminho até o armazém decaído, subiu a parede em silêncio até uma janela quebrada, as cores vibrantes do seu traje ficaram escuras para não chamar atenção.

Encontrou um laboratório caseiro com várias armas de alta tecnologia não da terra. Apertou os olhos encontrando as pedras de chitauri que tinha visto com Abutre uma vez. Parece que conseguiram achar mais delas em algum lugar. Suas lentes pararam em uma figura de dois metros de altura, casaco e chapéu todo preto, pele preta quase carvão tendo algumas cicatrizes profundas. Os olhos com fundo cinza e íris pretas o encararam fazendo-o congelar.

Peter estava prestar a abortar a investigação até que ouviu um tiro, seu sentido não avisou a tempo sobre o perigo.

— ARGH! — Gritou de dor caindo no chão, segurou seu ombro sangrando, gemeu de dor sentindo o braço esquerdo começar a doer, não era uma bala comum.

Peter! Recua agora! — Exclamou Karen em pânico. — Estão vindo-

A conexão foi corta assustando Peter, percebeu a figura gigante caminhando até ele. Levantou-se colocando as mãos na parede rapidamente, tropeçou sentindo as pernas falharem.

— O que tinha nisso? — Ofegou enfiando um dedo no ferimento, retirou uma bala que era uma pedra minúscula chitauri. — O quê-

Uma mão tapou sua boca por cima da máscara, a figura gigante o ergueu facilmente jogando-o por cima do ombro. Peter bateu e chutou usando toda força, mas parece que não teve nenhum efeito no grandão. Foi jogado no chão no meio do armazém, sangue escorreu da ferida deixando o traje mais vermelho que antes.

— Que encontro surpreendente, Homem-Aranha — cumprimentou Toomes com um sorriso não amigável. — Acabou de conhecer um dos meus capangas mais fortes.

— Você estava na cadeia — apontou Aranha incrédulo, tentou levantar-se de novo, caiu no chão de costas sem sucesso. — Deus, isso dói mais que um tiro normal.

— Para seu comentário, eu consegui fugir da cadeia com ajuda de alguns amigos — explicou Toomes parando ao lado do vigilante. — Percebi que essas pedras alienígenas têm muito mais utilidade do que fazer armas fortes, e você é o primeiro a experimentar um tiro delas.

— Amigos...? — Repetiu Aranha confuso, olhou ao redor empalidecendo encontrando um símbolo da HYDRA na parede, vários agentes o encarando sem emoção e alguns cientistas curiosos. — O que diabos está fazendo junto com HYDRA?!

— Uma parceria simples — respondeu Toomes encolhendo os ombros, se afastou indo até a saída. — Podem fazer o que quiserem com ele.

O agente gigante prendeu Homem-Aranha no chão prendendo pedaços de ferro nos braços e pernas fazendo-o gritar de dor. Quatro cientistas chegaram perto com seringas e uma pedra chitauri com pontas afiadas.

— Não não não NÃO! — Gritou Aranha com dor extrema quando a pedra foi enfiada no seu peito, as garras de ferro agarraram na pele. Uma seringa foi inserida no pescoço, cientista aos poucos empurrou o líquido roxo para dentro do corpo.

De repente as janelas quebraram alertando os agentes armados, Karen apareceu correndo ao agente gigante derrubando-o no chão dando uma cabeça no queixo nocauteando-o. Ultron atirou em todos controlando os metais presentes na sala, correu até Peter que estava perto de morrer.

— Peter! Fique acordado! — Rugiu Karen puxando a máscara para fora, choramingou quantos viu as veias ficarem roxas brilhantes subindo lentamente do pescoço ao rosto. — O que aqueles bastardos fizeram!?

Ultron analisou a seringa quebrada no chão, depois a pedra preso no peito que parecia estar afetando o corpo de forma errada.

— Posso fazer uma coisa, mas não posso garantir que criador saia vivo — informou Ultron engolindo em seco. — Mas é melhor do que perder ele agora.

— Me passa as informações que ajudo — pediu Karen recuperando sua postura. Piscou recebendo informações pela transmissão. — Já estava planejando isso...?

— Sim... No momento que você disse que os humanos têm vida curta — admitiu Ultron fazendo alguns fios saírem conectando na pele frágil onde estava as veias iluminadas pelo líquido perigoso. — Não quero que criador vá embora tão cedo, vou protegê-lo mesmo que eu seja visto como um vilão.

Karen teve um novo respeito por essa IA, Ultron com certeza está fazendo um trabalho dura para mudar e ver a diferença quando vê a vida de perto.

— Ok, eu vou construir o reator enquanto você cuida do coração — instruiu Karen correndo até uma mesa que tinha várias ferramentas.

Ultron clicou no símbolo aranha no peito fazendo o traje ficar largo, puxou até a barriga tendi mais visão das veias que estava brilhando na pele. A expressão de Peter estava cheia de dor e desespero, primeiro precisa relaxar o coração. Colocou as duas mãos em cima do peito, enviou um impulso de energia limpa conseguindo fazer a expressão suavizar.

Agarrou a pedra presa no meio, desprendeu das garras separando da pele deixando só os pedaços de ferro. Fez uma careta encontrando uma agulha grossa enfiada dentro da carne, parece que enfiaram com força bruta sem nenhum cuidado. Injetou energia calmamente que deixará a área dormente até que tudo esteja pronto.

Levantou um dedo afiado enfiando na pele, vai ter que ser rápido em fazer um buraco para o reator, tirou a agulha jogando-o no chão. Pequenas pinças recolocaram as garras de ferro para agarrar o reator. Karen voltou segurando um reator com pedra chitauri na boca, colocou na mão de Ultron que acenou preparado.

Karen tapou o rosto de Peter mesmo que esteja inconsciente, Ultron enfiou devagarinho o reator chitauri no buraco do peito, as veias pulsaram recebendo nova energia, aos poucos a cor mudou para azul ficando limpa. Os dois suspiraram de alívio, a respiração estabilizou enquanto a cura avançada fazia o trabalho rapidamente.

— Tem algum efeito negativo? — Perguntou Karen quebrando o silêncio.

— Pensei nas possibilidades, com a cura avançada e genética aranha as chances serão menos de um porcento — respondeu Ultron checando os sinais vitais. — Mas pode mudar a genética aranha com o líquido que foi inserido de forma descuidada.

São uma hora da manhã, tem que voltar a torre para não suspeitarem. Os dois esperaram Peter acordar sozinha, afinal, o corpo está fazendo a mudança para se acostumar com as novas partes e líquido desconhecido.

Sendo três horas da manhã, Peter acordou ofegando, seus olhos abriram para revelar que não eram a cor avelã normal, mas azul brilhante. Felizmente voltou ao normal aos poucos, as veias ainda estavam visíveis, na metade do pescoço, pode esconder com a gola de tartaruga de sempre.

— O que- eu- onde? — Gaguejou Peter olhando em volta nervoso.

— Você foi literalmente experimentado pela HYDRA — disse Karen tocando na bochecha o acalmando. — Ultron veio com um plano para deixar você viver, tínhamos que colocar um reator chitauri no seu peito, mas ainda não sabemos do líquido que foi inserido.

Peter tocou no peito gentilmente, o metal titânio preso na pele, sangue começando a ficar seco. A pedra roxa brilhando enquanto as veias do corpo brilhando em azul.

— O-obrigado — murmurou Peter abraçando os dois, Ultron ficou surpreso por ser sido puxando no abraço. — Agora vamos voltar para torre.

~*~

— Cadê ele? — Murmurou MJ mordendo a unha, olhou na janela mais uma vez esperando Parker voltar.

— Talvez se meteu em uma quadrilha de drogas? — Comentou Ned preocupado.

— Não, ele teria terminado em vinte minutos — discordou MJ balançando a cabeça, chegou perto da janela observando o sol subindo lentamente. — Alguma coisa aconteceu.

— Estou aqui...— Virou-se encontrando Peter na janela, Ultron e Karen o ajudando a subir.

— Droga, Parker — praguejou MJ puxando Peter gentilmente para dentro, Ned veio com um kit médico que trouxe na mochila. Parou percebendo um brilho no peito. — Que inferno é isso?

— Sabe, encontrei um velho amigo, Toomes, estava trabalhando junto com HYDRA — explicou Peter soltando uma risada sem humor enquanto Ned cuidava do sangue. — Fui meio que experimentado por alguns minutos, teria durado mais se não fosse por Karen e Ultron.

— Meu Deus, estamos na torre onde tem heróis dormindo agora e você se encontrou com a HYDRA que te experimentou como uma cobaia — disse MJ exasperada passando as mãos no cabelo. — Destruiu pelo menos?

— Enviei um alerta anônimo para SHIELD — respondeu Karen. — Devem ter chegado no local agora.

— Não vai conseguir sair do quarto nessas condições daqui algumas horas — avisou Ned preocupado. — Ainda mais com essa pedra de chitauri no peito, que é maneiro e assustador ao mesmo tempo.

— Só preciso descansar um pouco — disse Peter exausto. — Irei ficar bem.

— Certo, irei ajudar no banho — disse MJ ajudando-o a andar até o banheiro. — Ned, prepare uma mentira verissímil para enganar a guia.

— Eu sou péssimo em mentiras! — Sussurrou Ned nervoso.

Eu posso ajudar — comentou SEXTA-FEIRA surpreendendo Leeds. — Poderia dizer que está cansado, mais tarde se senhor Parker melhorar, poderá ir ao laboratório trabalhar por um tempo antes de volta para cama.

— Você é a melhor! — Exclamou Ned eufórico.

Eu tento — disse SEXTA-FEIRA feliz. Karen e Ultron entreolharam pensando na mesma coisa.

— Poderia vigiar os sinais vitais de Peter? — Perguntou Karen subindo na cabeceira da cama. — E identificar as mudanças que ocorreram no corpo.

Claro, os resultados vão demorar três horas no máximo, mas irei precisar de uma amostra de sangue — informou SEXTA-FEIRA.

— E onde deveremos colocar essa amostra? — Questionou Ultron pegando um algodão que tem sangue de Peter.

Laboratório de química, irei dar acesso a vocês — respondeu SEXTA-FEIRA abrindo a porta cuidadosamente. — Ninguém irá ter acesso a essa amostra e os resultados, só eu poderei.

— Você vai, não posso arriscar de ser visto — disse Ultron entrando algodão para Karen que assentiu correndo para fora do quarto.

Peter foi colocado na cama depois de colocar uma calça de moletom, apagou como uma luz exausto. MJ se deitou ao lado dele cansada e aliviada ao mesmo tempo, Ned pegou outra cama querendo dormir. Tem quatro horas para dormir até sete horas. Karen conseguiu colocar o sangue no laboratório de química deixando SEXTA-FEIRA fazer a pesquisa.

~*~

— Leeds? Jones? Cadê Parker? — Perguntou Harrington não vendo o garoto com seus amigos de sempre.

— Está cansado, deixamos Peter dormir mais um pouco — respondeu Ned ligeiramente nervoso. — Não se preocupe, talvez consiga trabalhar mais tarde no seu projeto sem problemas.

Harrington assentiu lentamente antes de seguir seus alunos para o refeitório tomar café da manhã. Ned respirou aliviado por não ter estragado nada, MJ deu uma tapinha nas costas parabenizando pela conquista.

Ultron e Karen ainda tinham que fazer as mudanças no corpo de Peter, parece que o líquido de chitauri deu muitas características diferentes. Conseguiram fazer uma fita adesiva que pode falar o brilho do reator chitauri, os olhos brilham sem nenhum controle, dependendo do humor, as írises ficam vermelhas igual Ultron quando era vilão.

Surpreendentemente agora consegue abrir hologramas com simples movimentos com as mãos, é como fosse um androide só que ainda humano. Um humano evoluído, incluindo os genes aranhas que felizmente ficaram os mesmos, não conseguiria lidar com as mudanças em menos de um mês.

Se passaram algumas horas desde o café da manhã, os alunos voltaram a trabalhar em seus projetos. Peter quer sair do quarto, levantou-se devagar da cama, colocou uma blusa escura com gola para esconder as linhas brilhantes do pescoço.

Sugiro ficar no quarto, senhor Parker — disse SEXTA-FEIRA fazendo-o parar no meio do caminho. — Sua saúde é a prioridade agora.

— Pode me chamar de Peter, mas estou entediado — murmurou Peter infantilmente. — Posso trabalhar no meu projeto?

Não — afirmou SEXTA-FEIRA, Peter choramingou indo para cama de novo, Ultron e Karen reviraram os olhos pelo drama. — Mas tem o andar jardim que pode aproveitar e descansar.

— Não está ajudando — reclamou Karen enquanto SEXTA-FEIRA soltou uma risada robótica humorística.

Peter iluminou feliz, saiu quarto seguindo as instruções de SEXTA-FEIRA até o elevador. Ultron e Karen o seguiram para certificar que não vai fazer nada de extremo, se apoiou na parede do elevador ainda fraco, apoiou uma mão no peito ainda sentindo a dor fantasma que sofreu ontem à noite.

As portas abriram chegando no andar sessenta, ficou maravilhado com a biodiversidade de espécies de plantas presentes, era verde vibrante e vária flores coloridas. Pisou no caminho de pedra que guiava até às mesas de vidro redondas que tinha, três estantes de livros flutuantes se alguém quisesse ler. Um lugar perfeito para descansar e aproveitar o dia calmo.

Sentou-se na poltrona simples, uma careta de dor apareceu no rosto, Peter agarrou seu peito com dor, as linhas brilhantes azuis subiram até as bochechas. Ultron observou preocupado, Karen se deitou no colo de Peter na tentativa de ajudar mostrando carinho.

— Nível de radiação está quanto? — Perguntou Peter jogando sua cabeça no encosto da poltrona.

— Cinquenta porcento — respondeu Ultron fazendo uma careta. — Seu corpo ainda está se acostumando com tecnologia avançada do espaço, essas pedras de chitauri tem energia ilimitada para certas coisas, mas em um corpo humano pode ter variadas reações.

Peter grunhiu sentindo a energia subir mais, chegando perto dos olhos, cor mudou ficando roxa de novo. Começou sentindo duas mãos agarrarem sua cabeça, encontrou dois olhos azuis cinza o encarando. A energia se acalmou ficando azul quando outra entrou no sistema.

— Como um midgardiano tem energia chitauri em todo corpo? — Questionou Loki levantando uma sobrancelha. — E como chegou aqui?

— Não foi intencional ter isso no meu corpo — disse Peter assustado, encontrou um vingador não oficial, pior parte sendo um Deus. — SEXTA-FEIRA me deu permissão para descansar aqui para eu não ficar preso no quarto de hóspedes dia todo.

Loki apertou os olhos desconfiado, não era normal uma IA de Stark deixar um humano qualquer subir níveis altos. Esse jovem tem grande quantidade de energia chitauri, precisa de tratamento para fazer o corpo se acostumar sem problemas de dor, mas não tem esse tratamento na terra, só em Asgard ou em algum planeta na galáxia. Ou tem um e não está sabendo.

Mas essa voz era familiar, uma sensação de que teve muitas conversas sobre assuntos aleatórios. A única pessoa que podia dizer tudo de uma vez era Homem-Aranha, que também era jovem, quase uma criança.

— Então Homem-Aranha — adivinhou voltando a analisar o humano que ficou tenso. Percebeu as figurinhas robóticas ficarem em alerta. — Não adianta mentir para mim e não precisa ficar preocupado, não vou contar a ninguém.

— Agora me diga por que tem energia chitauri em você — pediu Loki sentando-se em outra poltrona ao lado. — Normalmente mataria qualquer ser vivo, mas parece que sobreviveu de uma forma bem peculiar.

— Uh, por coincidência acabei encontrando uma base da HYDRA no fim da patrulha ontem a noite — começou Peter batendo os dedos na perna. — Encontrei Abutre que começou uma aliança com a organização, fui atingido por um projétil de chitauri, que fez mal ao meu corpo. Fui experimentado por alguns minutos, injetaram líquido e uma pedra chitauri no meu peito...

— Karen e Ultron foram rápidos de fazer um reator chitauri para segurar a radiação no meu corpo que sofreu mudanças, agora sou meio androide, meio humano, meio aranha — terminou com uma explicação simples, os olhos ficaram azuis com vários códigos passando, voltaram ao normal surpreendendo Loki. — Às vezes a radiação sobe muito causando dor.

— Bem, tem tratamento em Asgard que poderá diminuir essa radiação — comentou Loki fazendo um livro aparecer em suas mãos. — Só diminuirá, se o tratamento tivesse começado mais cedo poderíamos ter tirado tudo do seu sistema, mas já se fundiu ao corpo.

Peter olhou para baixo triste, a vida semi normal nunca mais vai voltar. Na verdade, nunca foi normal. Loki percebeu o jovem midgardiano triste, teve uma ideia para animá-lo.

— Com essa energia, posso te ensinar alguns truques de mágica — disse Loki, sorriu satisfeito vendo jovem aranha ficar animado. — Agora, que tal voltar ao laboratório no qual chamam e vencer essa competição?

— Sim! — Pulou Peter animado, correu para o elevador, parou dando meia volta pegando Ultron e Karen nos braços.

Loki seguiu o garoto alegre, as portas do elevador se fecharam enquanto SEXTA-FEIRA os levava onde estava a turma.

~*~

Um estagiário que estava supervisionando as crianças virou-se para porta que foi aberta, congelou quando viu o Deus das travessuras e mentiras entrando junto com um adolescente. Algumas crianças ofegaram admirados de ver um Deus de perto, MJ levantou as sobrancelhas não esperando por essa, encolheu os ombros voltando ao seu projeto.

— Deveria mostrar os dois também — sugeriu Loki analisando os androides que deram um olhar duro. — Causar um ataque cardíaco aos vingadores e reagir as reações exageradas.

— Prefiro evitar um ataque cardíaco em alguém — disse Peter acostumado com as brincadeiras. — E não quero que destruam Ultron, ele é minha criação agora.

— Awww...— Ronronou Karen provocando Ultron que cruzou os braços escondendo seu rosto na mesa.

IRMÃO?! — Ouviram uma voz estrondosa não muito longe. Loki revirou os olhos bufando.

— Vou ter que ir antes que Thor destrua alguma coisa, jovem Aranha — disse Loki bagunçando o cabelo de Peter. — Irei te ver novamente mais tarde para ensinar alguns truques.

Desapareceu em um piscar de olhos, Peter arrumou seu cabelo de novo. Percebeu todos olhando para ele, abaixou-se usando a divisória como um escudo contra os olhares. Vai ser um grande dia. Clicou nos braceletes fazendo as pequenas aranhas metálicas saírem esticando as pequenas pernas, decidiu dar alguns ajustes e construir mais cinco.

~*~

O tempo passou voando, almoçaram, descansaram e voltaram a trabalhar. O dia seguinte era o fim do prazo, então estão dando tudo de si em seus projetos, alguns nem tanto porque pensam que já venceram só com um robô com funcionalidades limitadas ou uma cópia descarada de algum produto que já existe.

Loki ensinou alguns truques básicos de mágica a noite enquanto Ned e MJ assistiam interessados. Peter gostou de passar o tempo com ele sem usar máscara, no final do treino chamou de tio que quase levou o Deus a lágrimas emocionadas. Karen teve que preparar Ultron para amanhã já que vão ser apresentados, iriam descobrir uma hora ou outra, sem xingamentos e ameaças contra os Vingadores.

~*~

Último dia

Todos tomaram café da manhã e finalizaram seus projetos a tempo quando Nisha entrou no laboratório com um grande sorriso nos lábios.

— Hoje é o dia que irão apresentar seus projetos aos jurados que serão os chefes dos departamentos e pelo próprio Tony Stark e Bruce Banner com os Vingadores! — Disse Nisha entusiasmada, a turma começou a fazer barulho de sussurros e estrangulamentos nervosos. — Cada um carregue seu projeto, e venham a sala de conferência que tem espaço para todos.

— O que vocês fizeram? — Perguntou Ned chegando perto de Peter e MJ. — Eu fiz uma IA simples para celular, nomeei de Gama.

— Fiz vários designs para projetos de celulares ou armas, precisam de ideias de jovens — disse MJ segurando um dispositivo que tem seus arquivos, construíram para assistir um filme em grande tela alguma vezes. — Não me importo se eu fui aceita ou não.

— Fiz pequenas aranhas que podem invadir lugares ou checar algum lugar — respondeu Peter fazendo uma aranha metálica sair fazendo Ned ficar maravilhado. Arrumou sua mochila nas costas que estavam os dois androides. — Também vou apresentar Karen e Ultron.

— Tem certeza? — Questionou MJ franzindo a testa. — Os vingadores com certeza irão surtar.

— Sim — confirmou Peter confiante. — Um dia alguém iria descobrir sobre os dois de uma forma ruim.

— Mãe? Pai? — Chamou Ned surpreso, os dois adultos sorriram dando um grande abraço no filho.

— Tch, pensei que seria só a gente — resmungou MJ estalando a língua. — Te vejo na apresentação.

Foi até seu pai que perguntou como estava e como foram os dias na torre. Peter procurou pela May que apareceu dando um grande abraço de urso.

— Karen me enviou relatório sobre sua condição, por que não me ligou antes? — Disse May preocupada enquanto pegavam um lugar no final da fila de cadeiras.

— Não queira te preocupar — sussurrou Peter olhando para os pés.

— Peter, eu me preocupo com seu bem-estar — disse May calmamente. — Quando eu souber que você está bem, qual seu ferimento, nada de grava aconteceu nas patrulhas, eu fico aliviada. Quando voltarmos iremos dar um jeito de esconder esse reator com tecnologia alienígena.

— Ok — riu Peter suavemente descansando sua cabeça no ombro da sua tia. Tirou Karen e Ultron da mochila deixando-os em cima do seu colo.

— Bem-vindos responsáveis e crianças da escola Midtown High — cumprimentou Pepper Potts em cima do palco, os vingadores estavam na fileira para ter visão mais ampla dos projetos, Stark e Banner em frente a uma mesa com os chefes dos departamentos.

— Hoje as crianças irão apresentar seus projetos que vão determinar se vão conseguir um estágio aqui, se virmos potencial em mais de um iremos dar o estágio também — explicou Pepper. — Stark, Banner e os chefes dos departamentos irão dar os votos a cada apresentação, se chamar atenção dos Vingadores, eles irão dar suas palavras.

— Primeiro iremos começar...

Os projetos não foram nada ruim, Cindy fez um robô que limpa a mesa, só precisando de alguns ajustes profissionais, foi marcada como uma possível candidata. Abraham fez uma garra que entrega determinando itens como chaves sem nenhum problema, outro candidato. Até que chegou a vez do trio nerd, bem, uma intimidante e dois nerds, eram os participantes finais.

— O que fez para nós, senhor Leeds? — Perguntou Tony não encontrando nenhum robô ou invenção. Bruce focou no celular, sentindo que vai ser incrível.

— Eu, uh... Fiz uma inteligência artificial para celulares — respondeu Ned nervoso, os juízes prestaram atenção dessa vez. — Pode fazer qualquer coisa, exceto invadir porque não quero causar problemas, mas pode fazer coisas normais.

— O chamei de Gama, dá um oi — disse Ned estendendo seu celular.

Olá, eu sou Gama, uma inteligência artificial criada por Ned Leeds — cumprimentou uma voz masculina chocando os adultos. — Posso configurar um celular como pedido do usuário, marcar horas, agendar compromissos, dar sugestões em assuntos aleatórios, e muito mais. Melhor do que a Siri.

— Desculpe, ele tem atrevimento — riu Ned sem jeito. Antes que algum juiz pudesse comentar, Bruce se levantou da cadeira admirado.

— Você conseguiria fazer o IA mais avançado e com humor? — Perguntou Bruce interessado.

— Sim, demoraria pelo menos uma semana ou cinco dias — respondeu Ned sincero.

Bruce e Tony entreolharam perplexos, uma criança fazendo uma inteligência artificial em cinco dias, eles demoram pelo menos três meses para completar. Os chefes estavam de queixo caído.

— Eu quero você como meu estagiário pessoal — avisou Bruce confiante, Ned sorriu totalmente animado e alegre. — Um aluno também, não posso perder sua inteligência para outra pessoa.

— Claro, doutor Banner! — Concordou Ned eufórico. — Além disso, sou grande fã do senhor, depois poderia assinar meu livro de radiação de Gama? É tão legal!

— Sim, eu assino depois — disse Bruce ligeiramente emocionado, finalmente alguém que não fala sobre o Hulk, mas sobre ele mesmo.

Ned voltou para seu lugar, os pais parabenizaram pela conquista, depois vão para um restaurante comemorar. Peter deu um grande abraço no seu amigo, MJ sorriu satisfeita.

— Minha vez — despediu MJ afastando dos meninos. Subiu no palco jogando dispositivo no chão, levantou um dedo calando os jurados. Um holograma cresceu mostrando projetos desenhados. — Eu fiz desenhos de projetos e designes para celulares e algumas armas que queria desenhar.

— Mas era para criar uma invenção, não desenhos — expressou um chefe de departamento desinteressado.

— Eu não pedi sua opinião, se não estiver interessado então cale a boca — avisou MJ com um sorriso falso, o chefe fez uma expressão ofendida. — Os modelos dos celulares são sem graça para adolescentes, precisam de uma visão mais jovem para conseguirem vender mais. Modelos da Samsung podem vencer com os designes, mas só perdem para a tecnologia.

— Tem certeza de que não teve uma filha perdida? — Sussurrou Tony para sua esposa que deu um soco no ombro dele.

— Bem, senhorita Jones, estaria interessada em ser minha aluna e estagiária pessoal? — Perguntou Pepper sorrindo alegre, ignorou os gemidos de dor do seu marido. — Sua postura e inteligência sobre marketing é maravilhosa. E com alguns treinamentos, poderá se tornar imbatível no mundo.

Peter ofegou horrorizado, MJ já é invencível na escola, imagina no mundo. Murmurou segurando sua cabeça, Ned deu um olhar de pena para seu melhor amigo, os dois estão ferrados. Os adultos bufaram com o drama das crianças.

— Eu adoraria, senhorita Potts — aceitou MJ sorrindo levemente, por dentro está tendo um surto de vitória. — Estão ferrados, perdedores.

— Por quê?! — Exclamou Peter jogando os braços para cima. Pepper e os vingadores riram das palhaçadas das crianças. Recebeu um toque no ombro. — Espera, é minha vez?

— Sim, vai lá — sussurrou Ned exasperado.

— Oh, desculpe — disse Peter sem jeito subindo no palco, colocou sua mochila ao lado ainda não abrindo o zíper. — Uhh... Meu projeto são aranhas espiãs que podem entrar em qualquer lugar sem serem detectados e roubar arquivos.

— E onde estão essas aranhas, senhor Parker? — Perguntou Tony interessado, ajeitou sua postura atento aos detalhes.

Peter suou um pouco ficando nervoso com os olhares, percebeu Loki dando um olhar tranquilizador, as linhas diminuíram não subindo no pescoço. Thor olhou confuso para seu irmão.

— Estão aqui — disse Peter estendendo as mãos vazias, lentamente as aranhas metálicas começaram a aparecer saindo do casaco de moletom. Subiram os ombros enquanto alguns estremeciam pela semelhança real. — Tem quinze aranhas, podem avisar sobre ataques com os apitos ou interagir livremente.

Uma aranha voou até a mesa dos juízes, apitou chegando perto de Stark que ficou maravilhado. Colocou uma mão na mesa deixando a aranha subir, olhou de perto percebendo cada detalhe, só um microscópio para montar de dentro para fora.

— São feitas de vibranium, enviam Informações em qualquer aparelho que sejam programados — finalizou Peter torcendo as mãos nervosamente, as aranhas voltaram a se esconder.

— Seria ótimo em missões de espionagem — comentou Viúva Negra cruzando as pernas. — Se puder, posso ter cinco delas?

— Claro! Fico feliz que ajude em missões senhorita Viúva Negra — Confirmou Peter freneticamente, cinco aranhas saíram do bracelete voando até a vingadora que levantou uma mão. Formaram um bracelete prateado no pulso. — Já estão programadas para seguirem suas ordens, se quiser deixar mais discreto, é só dar o comando.

— Uhm... Obrigada, garoto — sorriu Ramanoff satisfeita, também com carinho gostando da educação dele. Deu um beliscão em Hawkeye sabendo dos pensamentos, ele sibilou de dor afastando rápido.

— E o que tem na mochila? — Perguntou Capitão América percebendo a mochila de mexer sozinha. — Parece que tem vida própria.

Peter ficou levemente tenso, era hora, não pode entrar em pânico. Sem dizer uma palavra, virou-se de costas escondendo a mochila dos olhares, abriu pegando os dois androides nos braços.

— Esses... São minhas criações que fiz em casa — disse Peter relutante, virou-se para frente recebendo suspiros espantados de todos. — Se apresentem pessoal.

— Eu sou Karen, me chame de gato e te mordo, sou um lince altamente programada e perigosa — disse o filhote de lince metálica, seus olhos azuis afiados piscaram. — Feche a boca antes que entre moscas.

Tony fechou a boca perplexo, um animal metálico feito em casa, uma IA mais avançada que SEXTA-FEIRA, tem humor e propriamente. Mudou sua atenção para outro androide, por algum motivo era familiar. Vision ficou tenso reconhecendo esse androide, Wanda fez expressão assustada agarrando o braço de Vision.

— Eu sou... Ultron — cumprimentou o androide, a voz profunda fazendo todos terem arrepios. Os olhos de Stark arregalaram horrorizado, os Vingadores se levantaram em choque. — Fui reconstruído pelo meu novo criador, gosto de hambúrguer, Peter e seus familiares, mexam com um deles e sofrem consequências.

— Não foi isso que planejamos — comentou Peter fazendo uma careta.

— Esqueci do plano — admitiu Ultron escondendo seu rosto no casaco de Peter. — Não gosto dos olhares.

— Como- Por que trouxe Ultron de volta?! — Gritou Tony gaguejando um pouco. — Ele tentou dominar o mundo!

— Senhor Stark, ele pode ter tentado dominar o mundo, mas eu dei uma segunda chance a ele — disse Peter calmo. — Aprendeu como funciona a vida humana e aceitou como tudo é, as vezes a inteligência artificial é tratado como uma ferramenta sem emoção.

Todos se silenciaram com as palavras do menino, Tony recuou sabendo que é verdade sobre as IA's. Ultron ergueu a cabeça encontrando vários olhares nele, percebeu Vision sando um olhar desconfiado. Mudou sua atenção para o pescoço que tinha linhas roxas subindo lentamente.

— A radiação — sussurrou Ultron fazendo Karen arregalar os olhos. Deu um sinal para Loki que assentiu desaparecendo da cadeira.

— Eu decidi — comentou Tony tirando os óculos do rosto. — Senhor Parker, você vai ser meu estagiário pessoal e aluno. Certifique-se de Ultron não dominar a terra de novo. Tem mais alguém para apresentar?

— Não — respondeu Pepper checando a lista.

— É isso! Os três escolhidos começarão a estagiar amanhã! — Finalizou Tony batendo palmas, todos começaram a bater palmas parabenizando o trio. — Irão receber mais detalhes nos e-mails, explicando os horários e quem vai buscar vocês na escola.

Peter desceu do palco devagar, a dor voltou com tudo. Ultron e Karen andavam ao lado dele, prestando atenção em cada passo trêmulo.

— Peter! — Exclamou May pegando seu sobrinho antes que caísse no chão, Peter ofegou ficando sem ar, as linhas subiram do pescoço chegando até altura das orelhas.

Loki apareceu ao lado agarrando Peter deitando-o no chão gentilmente, a multidão abriu espaço para os heróis que chegaram perto. Rapidamente rasgou o casaco revelando o reator chitauri, várias veias destacadas pela radiação.

— Eu tenho que levá-lo para Asgard, não vai aguentar a dor o tempo todo — disse Loki para May que assentiu entendendo. — Com sua permissão-

— Tem minha permissão, só salve meu sobrinho — pediu May desesperada.

Loki acenou pegando perto em estilo nupcial, fez um sinal para seu irmão segui-lo. Os dois Deuses saíram da sala correndo deixando os heróis sem explicação.

— O que era aquilo? — Questionou Stark virando-se para a responsável do seu novo estagiário. Foi recebido pela mesma garota de antes.

— Eu tenho uma explicação, mas é melhor não dar aqui — Informou MJ puxando o bilionário para fora da sala.

~*~

Dois dias depois

MJ explicou aos vingadores que Peter Parker é Homem-Aranha, melhor confiar neles do que em mais alguém. Depois toda situação que passou quando entrou uma base da HYDRA que tinha uma nova aliança com Abutre, vilão do Homem-Aranha. Ultron e Vision faziam um concurso de encarar na maioria das vezes, Karen teve que separá-los junto com Wanda.

Tony ficou preocupado sabendo como um reator reage, mas era um com energia alienígena. Mas nesses dois dias MJ se deu bem com Pepper e Ned se deu bem com Bruce, trabalham juntos o dia todo. Stark ficou ligeiramente com ciúmes assistindo os dois com seus estagiários pessoais.

No meio da tarde, um arco-íris apareceu na varanda da cobertura, os heróis ficaram ansiosos em saber se a criança aranha estava bem. Saiu Thor e Loki com Peter logo atrás que parecia estar muito bem.

— Não vão acreditar o que eu vi! — Exclamou Peter animadamente. De repente foi abraçado por toda equipe. — O- o que aconteceu?! Alguém morreu?

— É o garoto aranha mesmo — bufou Sam cruzando os braços. — Sempre sarcástico.

— Sua namorada explicou sua situação, e não pensei que iria encontrar minha aranha favorita quase morrendo de dor fora da máscara — explicou Tony passando um braço em volta dos ombros de Peter que arregalou os olhos. — Agora que sabemos sua identidade, não precisa usar máscara quando estiver aqui.

— Verdade — concordou Peter se sentindo à vontade, parou franzindo a testa. — MJ não é minha namorada.

— Ela se importa bastante com você — brincou Natasha divertida.

— Até nos ameaçou se você não viesse em menos de quatro dias — acrescentou Bucky sorrindo.

— Meu Deus! MJ não é minha namorada!

— Continue negando, garoto.

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