The Death Witch • acotar

By athxna_00

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As bruxas foram desde muito tempo caçadas, mortas, queimadas. Algumas enfrentaram seu destino, outras fugiram... More

The Death Witch
capítulo 1
capítulo 2
capítulo 3
capítulo 4
capítulo 5
capítulo 6
capítulo 7
capítulo 8
capítulo 9
capítulo 10
capítulo 11
capítulo 12
capítulo 13
capítulo 14
capítulo 15
capítulo 16
capítulo 17
capítulo 18
capítulo 19
capítulo 20
capítulo 21
capítulo 22
capítulo 23
capítulo 24
capítulo 25
capítulo 26
capítulo 27
capítulo 28
capítulo 29
capítulo 30
capítulo 31
capítulo 32
capítulo 33
capítulo 34
capítulo 35
capítulo 36
capítulo 38
capítulo 39
capítulo 40
capítulo 41
capítulo 42
The Queen of Shadows
!!!!!!!
importante!!

Capítulo 37

234 17 25
By athxna_00


L I L I T H

Acordei cedo para passar o dia vasculhando meu corpo em busca de novos poderes que possam existir e treinar alguns outros que eu tentava com muito esforço esconder.

Meus pais estavam conversando com os membros do círculo íntimo de Rhysand, que estavam isolados em uma parte do castelo porque perceberam que os Nocturns não ficavam confortáveis em sua presença.

Mamãe imediatamente gostou de Amren, e o mesmo aconteceu com a fêmea de olhos prateados. As duas tem um apreço por livros de feitiços antigos com encantamentos extremamente perigosos. Papai gostou de Cassian, tanto que eles marcaram de treinar em uma montanha. O general quase deu pulinhos de alegria quando surgiu a oportunidade de treinar com um guerreiro noturno que não sentisse raiva dele.

Minhas irmãs estavam encantadas com os jardins do castelo, principalmente com uma das estufas que continham plantas raras e perigosas.

— Eu quebro a árvore e você amplia o som. Por favor, cuidado com a altura porque eu não sou capaz de suportar tais cargas de energia e seu poder é forte demais para meu corpo incrivelmente lindo — diz Jackson arrumando a manga de sua camisa, com o cabelo ruivo um pouco despenteados por causa dos poderes novos que eu acidentalmente acertei nele.

— Vou tentar, não prometo nada. Cubra as orelhas com aquela proteção que nós treinamos. Melhor, cubra você inteiro com a proteção.

Jackson fica um pouco longe de mim e quebra uma árvore com um movimento de seu braço. Ele logo correu para longe e se escondeu atrás de outra árvore.
A barulho que fez foi tão alto que estilhaçou o escudo de proteção de Jack, rasgando sua camisa que deixava toda a sua barriga à mostra. Ele me olha indignado e depois abaixa o olhar para a camisa, mais indignado ainda.

— Minha camisa! Eu fico tão gostoso nela, sua puta!

— Uma pena, manda fazer outra então, rainha do drama.

Ele puxa a capa que estava presa com tiras de couro sobre sua camisa para frente do corpo, escondendo parte do rasgo. Ele ia dizer algo mas a floresta é invadida por Angello e Apollo.

— Acho que tu se fudeo em JackJack.

— Já falei para não me chamar assim, atentado.

Apollo começou a chamar Jackson de JackJack depois da janta, quando minha irmã ficou falando o nome dele. O ruivo certamente não gostou e disse para o atentado do Apollo calar a boca “Cala a boca, atentado do caralho”.

Rita fingiu que nada tinha acontecido e continuou sua leitura noturna. Romênia adorava qualquer discussão que aparecesse então ficou fazendo comentários como “O nome JackJack combina com você” ou “Mas ele também tem razão, vou realmente é atentado”.

— Ela rasgou minha camisa.

— Deu para perceber — murmura Angello pegando uma parte da madeira que estava em sua frente.

— O que estão fazendo aqui? Deu alguma coisa errado? — pergunto.

— Algo tem que estar errado para virmos visitar nossa rainha?

— Imperatriz — corrige Angello.
Fiz cara de tédio e me sentei no chão, deixando Angello doido por causa da veste suja. As pernas ficavam totalmente expostas, com um fino tecido praticamente transparente vermelho e preto, com botas que iam até a coxa. A parte de cima possuía um decote como todos os outros e detalhes dourados.

— Suas tropas estão sendo organizadas novamente, para resumir, a Corte Primaveril está sendo atacada.

Apollo diz tudo como se fosse a coisa mais simples e que acontecesse todos os dias, o que realmente acontece.

— Como?

— Primaveril, Rask e Vallaham, guerra, espadas, sangue, devemos ajudar, Thales transtornado. Acho que nós podemos descrever esse momento de agora com isso.

— Então vamos logo!

Atravessamos para a sala de reuniões, onde Rhysand e Feyre já estavam com seu círculo íntimo. Thales, o herdeiro da Primaveril estava andando pela sala sem parar, com a pele mais pálida que o normal.
Ninguém dizia nada, mas Seph se prontificou em falar:

— O mensageiro da Primaveril acabou de enviar uma mensagem dizendo que estavam sendo atacados. Tamlin está segurando enquanto pode, mas os navios que estão vindo carregam cerca de duzentos soldados cada, praticamente espremendo todos lá. Os espiões dizem que vinte navios podem ter vindo. Tomei a liberdade de chamar Jake e pedir para que ele reuna uma tropa de guerreiros noturnos e feiticeiras.

— Certo. Nós iremos para lá agora, vistam suas armaduras ou vestes e atravessem o mais rápido possível para a Corte Primaveril. Eles querem ela para poderem, além de ter controle sobre parte de Prythian, ter controle sobre as terras mortais.

Eles ficaram mais brancos ainda e começaram a correr parar seus quartos.
Enquanto isso, eu, minha corte e minha família já estávamos indo para socorrer o grão-senhor que fazia a maior parte sozinho.

Uma proteção fraca estava sobre a cidade, Floretta. A floresta queimava e as árvores estavam caídas, Tamlin estava em sua forma bestial e atacava todos em sua volta com a maior força que lhe restava.

Pelo visto haviam soldados que esperavam minha chegada, pois quando apareci um deles gritou e um grupo deles fez um círculo em minha volta. Virei o pescoço e todos eles caíram no chão, com um barulho oco, mas logo fui cercada novamente. Eu cortava ou fazia eles se asfixiarem com mãos invisíveis que eu conjurava. Vejo que haviam soldados que queriam invadir a cidade, então lanço uma forte onde de poder sobre eles e espero todos eles caírem mortos antes de lançar um feitiço de proteção novo.
Meus guerreiros tinham seus cajados e lutavam sobre o comando de Jake. Um de meus soldados estava morto, ele foi apunhalado pelas costas por um soldado de Rask. Mas esse mesmo soldado foi morto por outro dos meus.

— Sua direita — grita Apollo para mim.

Apollo sempre tinha suas brincadeiras infantis e que apenas ele achava graça, mas em meio de alguma situação como essa ele fica tão sério quando Azriel. Nenhum sorriso estampava seu rosto, apenas um ódio que ele fazia crescer cada vez mais dos Hyberianos. Um ódio que eu mesma cultivava.

Ataco o soldado de Vallaham que vinha para cima de mim e olho mais adiante. Onde um grupo cada vez maior ia em direção às terras mortais.

Meu sangue gelou.

Havia esquecido complemento dos mortais do outro lado da fronteira. Sem a barreira, era extremamente fácil invadir as terras mortais e atacar à todos. Indefesos ou não.
“Terras mortais” digo a cabeça de meus três guerreiros e Seph.

Corro com uma velocidade treinada hoje cedo e chego em um grupo, os fazendo virar pó com meio pensamento. Um dos generais estavam junto com eles, pude ver pelo elmo diferente que pousava elegantemente sobre as cinzas.

— Vá para o Tártaro.

Piso em suas cinzas e sigo em direção ao outro grupo que pensava estar correndo furtivamente. Uma fêmea estava sendo levada junto com eles, não poderia nem imaginar o que estavam pretendendo fazer com ela. A fêmea tentava gritar, mas um dos soldados tampava sua boca enquanto outro passava as mão pelos seus seios descobertos. A camisa dela estava rasgada sobre as folhas e galhos ao lado.

— Olá!

Eles se viram rapidamente, largando a fêmea no chão e pegando suas espadas que estavam na bainha.

— Onde vão? Será que posso acompanhá-los?

— Nenhuma fêmea deve estar no exército — diz um macho que não me reconheceu.

Aquele grupo nunca tinha ido à guerra antes. E não me conheciam.

Ótimo.

— Ah, eu posso ser tão útil! Eu sei fazer muitas coisas — digo expondo mais a perna e descendo cada vez mais o busto para deixar meus seios mais a mostra. Quase saindo pelo decote.

O mesmo macho que disse que fêmeas não deixam estar no exército vem até mim e agarra minha cintura. Meu estômago se revirou quando ele passou as mãos nojentas dele pelos meus seios e enfiou a mão mais para baixo.

Tive que me segurar para não vomitar.
E porque eu fazia isso? Porque eu usei poder demais durante o treino e com a maldição sobre a minha cabeça eu não podia usar muito sem me matar no processo. Tirando isso, um dos soldados carregava um objeto muito poderoso. Eu podia sentir. E seria usado contra os mortais. Ou seja eu precisava distrair eles enquanto Jackson faria as proteções.

O soldado que se intitulava líder deles tateava meu corpo e tentava abaixar mais minha veste. O cajado e as armas escondidas dentro dos bolsões que eu criava.

É para o bem de todos, eu dizia para mim mesma.

Eu só precisava dar um jeito de chegar até o macho que carregava o objeto que mataria milhares de mortais.

— Acho melhor irmos logo...

— Ah, a bruxa está ocupada com os outros. E eu estou ocupado com essa beldade — diz o líder para o que possuía o objeto.

Pelo amor dos deuses que alguém me salve.

Uma flecha dispara e mata o que estava com o objeto.

O líder me larga e eu me curvo para vomitar em seus pés. Ele me olha indignado antes de cair morto com uma das flechas de Adyra. Faço um gesto com as mãos e o resto deles começa a espumar e se contorcer no chão, até morrerem.

— Você está bem?

— Não pensei que um deles teria um objeto tão poderoso.

— Nem eu, agora vamos. Acho que Jackson já conseguiu colocar a proteção.

Faço para ela esperar e me curvo novamente par vomitar sobre o corpo caído do soldado que me apalpava sem parar. Desejo silenciosamente que ele vá para o Tártaro e me recomponho.

— Nojento — murmura Adyra antes de pegar minha mãe e atravessarmos juntas para o campo de batalha.

Angello veio correndo para mim assim que me viu. Ele tinha acabado de descobrir algo muito importante pelo visto.

— Jackson acabou de colocar a proteção. Mas a Outonal está sendo atacada, Eris teve que ir urgentemente junto com seu exército.

Suspiro e caminho meio manca para o meio do campo, protegida por um encantamento do livro de meu pai. Jackson que agora voltava chegava até mim e deixava o caminho livre. O mesmo fizera os outros guerreiros e feiticeiras.
Ergo minhas mãos para o alto e conjuro o poder do Sol que eu usei apenas uma vez em toda a minha curta vida. Uma luz começa a se acumular em minhas mãos e formar uma esfera brilhante que poderia cegar alguém.

Abro meus braços e um brilho intenso faz todos aqueles soldados de Rask e Vallaham se tornarem cinzas. Mas com um custo: eu estava quase caindo de tanta energia que usei.

Fui cambaleando até Jackson, que me pegou no colo e pelo seu rosto ele não pretendia me levar para a outra batalha que acontecia na Corte Outonal. Tento me desvencilhar de seus braços, mas no momento ele está mais forte do que eu.

— Me solta.

— Vou levar você para Solaris.

— Só quando eu for um cadáver.

— Nesse instante, você está a um passo do caixão.

Olho de cara feia e Jackson quase atravessa para casa, mas Apollo surge correndo por meio de alguns soldados da Primaveril. Com Bryan ao seu encalço.

— Precisamos ajudar, Montsere atacou com tudo.

Jack hesita, mas mesmo assim me solta.

— Não exagera no poder.

Ignoro e atravesso para a Outonal o mais rápido possível, pegando minha espada e já atacando os soldados com a marca de Montsere.

Eu estava muito fraca, e acho que isso era perceptível, pois Nyx falou comigo por meio daquele laço que eu queria que não existisse.

“Você parece um zumbi.”

“Oi para você também.”

“Não sério, você está muito ruim. Está mancando.”

“Cuida da sua vida, morcego gigante.”

“Vou falar pra Adyra.”

“Vai nada.”

Acho que ignorar o que ele disse foi um erro, pois minutos depois Adyra vem abrindo caminho pelos soldados, com uma expressão nada agradável estampada em seu rosto.

“Traíra.”

A risada de Nyx ecoa em minha cabeça, com uma mensagem que dizia claramente “eu avisei”

— Reyna Lilith Targaryen Night-thorn, por que você está lutando nessa condição. Ah, é melhor você ficar em um cantinho quietinha ou eu vou arrancar sua cabeça...

— Abaixa!

Puxo o corpo da humana para baixo quando alguém joga uma lança em nossa direção. Agarro a arma e lanço de volta, acertando em cheio o soldado que agora tinha uma expressão de medo em sua face ridícula.

— Agora quem quase morreu foi você.

— Pera, você está quase morrendo?

Não dou atenção para a humana e corro para o lugar onde estava um número maior de soldados inimigos. Eles tentavam ultrapassar uma barreira de fogo que os soldados da Outonal fizeram sobre a cidade.

Como fiz na Primaveril, deixo ondas de meu poder fluir para aquela direção e espero os inimigos caírem mortos para lançar um feitiço de proteção por toda a cidade.

Narben cortava no meio todo mundo que entrava em meu caminho. Eu dizia feitiços que faziam soldados se contorcerem de dor. Minha irmã e minha mãe faziam o mesmo. Ritta estava em Solaris sendo cuidada por muitos feéricos que sabiam o básico de luta e eram muito poderosos.
Papai lutava com os guerreiros noturnos como ele lutou um dia a muitos séculos atrás.

Meus movimentos ficavam cada vez mais devagar, e os soldados não paravam de chegar em navios. O exército de Oceanya tentava a todo custo derrubar a maioria dos navios, mas alguns conseguiam passar com a ajuda dos Lithian.

Tamlin estava pior.

Ele havia saído de sua forma bestial e agora lutava com inúmeros cortes sobre o corpo e o tornozelo quebrado. Não sabia se ele duraria tempo o suficiente.
Me viro e em segundos pego uma flecha que devia ter acertado minha nuca. Vejo quem foi o atirador e quebro seu pescoço, junto com os pescoços de mais cinquenta soldados que estavam perto.

“Não exagera no poder” murmura Jackson.

“Estou sentindo você morrer” diz Angello.

“Morre não fia” fala Apollo para completar.

Eu poderia responder se um rugido assustador não tivesse ecoado por todos os cantos do mundo. Viro meu corpo procurando o lugar de onde veio o barulho e encontro.

Era Tamlin.

Corro até o corpo caído, mas ainda com vida, do grão-senhor à tempo de ouvir suas última palavras:

— Thales... Thales, não se preocupe, você será ótimo. Eu sei que você nunca quis ser um grão-senhor e eu esperava dar à você mais tempo para viver sem essas responsabilidades. Mas agora eu vou ver sua mãe.

— Eu vou fazer tudo errado! Você sabe que eu sou péssimo fazendo escolhas e...

— Eu também já fui péssimo fazendo escolhas, pergunte para seu tio Rhys e sua tia Feyre. Eu me arrependo de muitas coisas, mas não de quem eu me tornei, não de quem sua mãe me tornou. Eu confio em você, filho.

O cabelo loiro de Tamlin estava encharcado de sangue. Sua cabeça tomba para o lado e seu coração para de bater. Ele era um dos casos que nem mesmo eu poderia salvar. Realmente havia chegado a hora dele, e quando isso acontece não há poder que possa salvar.

Ninguém mais estava com condições de lutar, então conjuro o poder do Sol novamente. Jackson grita para eu parar e Angello e Apollo tentam correr até mim. Mas eles não foram tão rápidos.
Levanto os braços para o alto e os jogo para os lados quando a esfera brilhante fica intensa o suficiente para destruir todos os soldados inimigos.

Caio no chão sem forças e tento me levantar. Sem sucesso.

Nyx corre até mim falando um monte de coisas que eu não estava a fim de escutar. Adyra estava ao lado dele, provavelmente ecoando as falas do illyriano.

— Não falei para você não exagerar do poder?

Jackson estava com cara de bravo e preocupado ao mesmo tempo. Com uma mão na cintura e o cabelo que havia se soltado durante a batalha batendo em seu rosto.

— Um grão-senhor já morreu. Isso está indo longe demais, se não chegarmos ao nosso limite não teremos chance alguma contra Hybern. Não tenho ideia de como quebrar a maldição então, eu terei que quase me matar. E pretendo me aprofundar cada vez mais no meu poder.

Ele  tentou protestar, mas eu me levanto e arrumo minhas estes antes que eu ficasse nua na frente de todos.

— Aonde vai? — pergunta Angello.

— Acabei de falar para Kallias trazer Viviane para cá. Irei revive-la.

— Mas você já está quase morrendo.

— Eu cumpro minhas promessas.

O macho de cabelo branco chega em segundos, com sua esposa embrulhada em um cobertor azul quase branco. Peter veio logo em seguida, sem nenhuma expressão no rosto.

— Coloque ela no chão.

Ajoelho ao lado de Viviane e coloco a mão sobre o grande corte do pescoço. Onde ela quase estava decapitada. O corte começava a se fechar lentamente, e Kallias não parava de se mexer ao lado da parceira.

— O que você tá fazendo? — pergunta ele sem conseguir se conter.

— Antes de lhe devolver a vida, preciso restaurar o corpo. Se ela acordar com esses ferimentos vai morrer logo depois, e tirando a dor insuportável que ela pode sentir.

Thales chega perto de mim, um pouco transtornado.

— Você pode reviver meu pai?

— Existem alguns casos, que nem mesmo a mais poderosa magia pode fazer algo. E esse é o caso do seu pai, eu posso sentir isso. Eu sinto mundo, Thales.

O macho loiro assente e sai para se juntar aos amigos que possuíam uma expressão tão ruim quando a dele.
Enquanto eu curava Viviane, pude sentir minhas energias se esvaindo cada vez mais. Cada milímetro que se fechava do corte no pescoço era um batimento a menos para mim. Mas Viviane sempre foi boa demais, ela merece uma segunda chance. Ela merece continuar vivendo. Com seu filho e parceiro na felicidade de sempre.

Ao contrário de mim.

Que não morria nem que batessem com uma pedra gigante em minha cabeça um milhão de vezes.

— Agora o braço — murmuro mais para mim mesma, tentando focar em deixar a fêmea com o corpo pronto.

Peter se remexia ao fundo. Não conseguindo ficar parado por nem mesmo um segundo.

Conjuro meu livro de encantamentos, ou muito conhecido como Chaves do Além, ou também como diários da vovó Liv.
Abro na página em que estava o feitiço para reverter a morte e começo a murmurar as palavras que para mim eram fáceis de dizer. Amren tentou pronuncia-las, mas eu fiquei com medo de que ela pudesse invocar um demônio e puxei o livro para mim.

Um fio dourado começou a surgir em volta de Viviane, e consequentemente em volta de Kallias . A coisa mais fácil que eu poderia usar para trazer Vivi para o mundo dos vivos novamente era o laço de parceria. Era o método mais fácil.
Falar começou a ficar difícil, respirar também.

Minhas mãos tremiam conforme eu segurava as de Viviane e murmurava rapidamente tudo que eu lia. Meus ouvidos sangravam mas ninguém estava se importando comigo o suficiente para perceber.

Quem iria se importar com uma bruxa moribunda quando uma fêmea estava prestes a reviver depois de dias morta?

Deixei meu sangue escorrer para a testa de Viviane e desenhei uma lua e um sol. Encerrando o ritual.
Recolhi minhas mãos para mim e esperei.

Em sete segundos a fêmea estava abrindo seus olhos azuis impossivelmente claros e olhando confusa para o parceiro.

— Mas gente? Eu não morri?

Então ela olha para mim.

Percebi que ela se assustou.

E o motivo?

Meus olhos estavam revirados e eu chorava sangue. Minha boca continha sangue que vazava sem parar. Minha visão começa a ficar escura e pude ver Jackson correr até mim quando caio no chão. Minha cabeça tombando na terra ensanguentada.

Thesan, que eu não tinha visto aparecer, colocou a mão em minha testa e simplesmente disse:

— Ela está morrendo.

Apollo então atravessa comigo para Solaris em busca do melhor curandeiro do império. Ignorando o fato de Thesan ter poderes de cura. Ele gritava sem parar, mas os sons começaram a se misturar eu me entreguei completamente à escuridão.

T H A L E S

Meu pai havia morrido.

Eu me sentia horrível por me preocupar mais com o monte de obrigações que eu teria de cumprir do que com a morte de meu pai. Eu amava meu pai, mas realmente não queria ser grão-senhor.

Eu só tinha cento e três anos, merecia mais alguns anos para viver antes de me afogar com assuntos da corte.

Após a ressurreição de tia Viviane e da saída repentina da rainha Lilith, fui para Floretta ver o estrago, e graças aos deuses a minha cidade estava inteira.

— Que os deuses sejam louvados — murmuro para mim.

“Os deuses sejam louvados? Eu seja louvada” Escutei a voz de Lilith em minha mente e ri com a facilidade que ela conseguia entrar na mente das pessoas e mostrar sua indignação com tudo.

“Indignação o seu rabo.”

Ignoro o comentário da rainha e sigo para a mansão. Onde fui abordado por conselheiros que não sabiam o que fazer. Se eles que trabalhavam com isso a séculos não sabiam, imagine eu!

Respirei fundo e entrei na primeira sala de reunião.

☾︎

Dois dias haviam se passado desde todo aquele alvoroço.

E Hybern não dava sinal.

Nem Solaris.

As Cortes se mantinham com informações de tudo. Desde um carregamento de suprimentos à soldados traidores. Que agora estavam se revelando. Preferindo uma morte humilhante ao invés de uma morte feita pela rainha de Solaris.

Já fazia dois dias que eu estava decidido que não queria esse cargo.

Já fazia dois dias que eu planejava.

Era no meio da noite quando eu caminhava pelo jardim em direção a mais alta das árvores que eu sabia que estava na Corte Primaveril, com uma corda jogada sobre o ombro.

Eu não sentia medo de morrer.

Eu sentia medo de viver.

Amarrei a corda na árvore e subi no galho, colocando minha cabeça dentro do círculo vazio que eu tinha feito com a corda e respirei fundo.

— Olha aqui princesa, não querendo te interromper mas já interrompendo, agora não é hora de se matar tá me entendendo? Volta lá pra dentro, agora e vai dormir.

A roupa do lindo do JackJack.

Feliz natal atrasado para vcs e um feliz ano novo adiantado.

Então quem morreu foi o Tamlin, quem dera isso acontecesse de verdade nos livros, por favor Sarah.

Quem será que impediu o Thales?

Eu disse que antes de ser feliz o Thales iria sofrer.

A Lilith come quem votar.

Beijinhos.

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