Celeste
Eu encarei Cassian surgir, eu estava nervosa, pelo menos eu não estava vendo nenhum hematoma nele.
— Como foi?? -questionei.
— Eles aceitaram, digamos que bem. -ele disse.
Eu suspirei.
— Porém me ameaçaram de morte caso eu magoe você. -ele disse.
Eu balancei a cabeça.
— Mas o que eles não sabem. —ele me puxou pela cintura, me tascando um beijo de tirar o fôlego— é que eu não machuco quem amo.
Eu o encarei.
— Eu te amo. -ele disse.
Eu o encarei, tocando seu rosto.
— Também o amo, Cassian. -falei.
Ele me beijou, intensamente.
— Onde estava indo? -sussurrou em meu ouvido.
— Na cozinha. -ri.
— Então vamos. -ele disse, caminhando comigo.
Nós adentramos a cozinha e eu corri até o que eu havia deixado no forno.
— Cozinhando? -ele ergueu as sobrancelhas em surpresa.
— Ei, eu sei cozinhar, tá? E muito bem por sinal, pergunte a Rhys. -falei.
— Isso explica o porque ele ganhou tanto peso quando voltava de seu mundo. -me encarou zombeteiro.
Eu ri.
— Quer ganhar uns quilinhos a mais? General. -abanei as sobrancelhas
Eu tirei uma torta, recheada com carne, queijos e presunto.
— Os meus filhos gostam. -falei.
— Se você desse pedra a eles, eles comeriam com gosto só porque foi você quem deu. -ele disse.
— Mas a minha comida é boa. -falei.
— Não duvido, Peach.
Eu pus a torta no balcão e tirei um pedaço da torta para o general, meu poder o esfriando.
Eu o entreguei e já fui automaticamente botando a outra torta para assar no forno.
Essa fiz especialmente para os meus filhos, já que descobri que eles gostam de recheio de pizza, eu improvisei , recheando a torta com queijo, presunto, e um pouco de orégano e tomate.
Ouvi o illyriano xingar.
— Pela mãe, está muito bom. -ele disse.
Eu ri.
— Não fala de boca cheia. -bati com o pano de prato em seu braço.
Ele engoliu o que estava na boca, então me puxou pela cintura, me dando um selinho demorado.
— Por que tudo em você é bom? Perfeito é a palavra. -ele disse esfregando o rosto ao meu.
— Pergunta ao meu pai, ele quem me fez, literalmente. -bufei uma risada.
— Não sei se vou me acostumar com esse grude. -disse Apolo entrando.
— Calma que eu ainda estou passando mal, é só ver eles assim que a minha pressão vai lá pro quinto do caldeirão abaixo. -disse Nyx surgindo.
— Respirar fundo é a solução, e meia hora batendo no saco de pancadas. -Erza surgiu.
Eu bufei uma risada, vendo eles sentarem diante de balcão.
— Prometeram tentar, meninos. -falei me saindo de Cassian, indo até o forno.
— Prometemos tentar, não que não iríamos reclamar. —disse Nyx— e chorar.
Eu ri baixinho, tirando a torta do forno.
Os meus filhos de imediato pegaram o cheiro dela no ar. Os olhos brilhando, meu poder a esfriou, para que eles então a atacaram.
— Ainda não esquecemos que dormiu com ela. -Nyx semicerrou os olhos para Cassian.
— Como se vocês nunca tivessem dormido com alguém. -cassian disse.
— Meus bebês nem sabem o que é sexo! -cruzei meus braços.
Meus filhos se engasgaram, desviando os olhares.
— Fala pras mil fêmeas que já passaram na mão de cada um. -ele me encarou.
Eu olhei meus filhos boquiaberta.
— Não julgo, se eu contar todos que peguei depois que voltei a vida. -falei.
— Por exemplo? -Cassian me encarou.
— Todos os grão-senhores, menos Beron e Tamlin. -falei.
O queixo de Cassian caiu, junto do dos meus filhos.
— Tão achando o que? -pisquei.
— É muita gente pra matar. -disse Nyx.
— A mãe da vocês é estourada. —falei— ou achavam que eu respirava apenas pela humana?
Talvez sim, até demais, mas Feyre não era a única com a qual me deitava, e sempre deixei isso bem claro para ela no começo, mas depois parei, e quebrei a cara no fim.
— Não pensávamos que tinha feito a faxina em pythrian. -disse Apolo.
— Eu detetizei foi tudo. —falei— nem a corte noturna escapou.
— Prefiro não perguntar os nomes. -disse Erza.
Eu passei por Eles, beijando a bochecha de cada um, fazendo só três baixarem suas guardas e marras, e me encararem suspirando, com carinho e amor.
— Posso perguntar uma coisa? -Apolo me puxou, abraçando minha cintura como um bebê.
— Pergunte. -incentivei.
— Essa pergunta vai para os dois. -ele encarou a mim e a Cassian com esperteza.
Nyx e Erza fizeram o mesmo.
— Quando perceberam que faziam bem um para o outro? -questionou com cautela.
Eu acariciei os seus cabelos, então encarei Cassian.
— É simples de se responder. -falei.
Eles me encararam.
— Cassian esteve presente e me estendeu várias vezes sua mão sem eu ao menos perceber, mesmo na época em que eu era apaixonada por seu pai. -falei.
Cassian sempee estava ali.
Ele fazia piadas para eu rir, quando eu estava triste ele fazia questão de montar palhaçadas, para me arrancar sorrisos, me aconselhava, e muitas vezes conversávamos no telhado até o Sol ameaçar a nascer.
Cassian me estendeu sua mão, esteve presente o tempo inteiro e não percebi.
Bom, antes eu não percebia, mas agora podia enxergar claramente.
— Sua mãe me trouxe luz, muito antes de tudo isso acontecer. -ele disse.
— Acho que no fundo nós nos apaixonamos sem perceber naquela época. -inclinei a cabeça.
— Você é a perfeição. -disse ele.
— Você minha única direção. -falei.
— Somos fogo em chamas. -dissemos juntos.
Meus filhos olhavam de mim para Cassian, enquanto eu e o illyriano sustentamos os nossos olhares, intensos, compartilhando o mesmo sentimento daquelas palavras.
E os meus filhos pareceram perceber.
— Vou tomar um ar. -falei.
Eu caminhei até a sacada, mas então, parei, encarando um ser ali, como se estivesse me esperando.
Eu pisquei, choque, curiosidade, raiva e tristeza misturadas.
Eu encarei a fêmea de olhos gelo que me encarou de volta.
— O que faz aqui? -questionei.
— Vim conversar.
— Vá embora. —falei— falei o que tinha para falar naquela maldita cabana.
— Mas eu não.
— Mas eu não desejo ouvir. —a encarei— você para mim é uma desconhecida, uma estranha.
Ela me encarou, como se aquelas palavras tivessem a atingido em cheio.
— A cabana está em cinzas..
— Eu a queimei, assim como queimei tudo o que sentia pó você. -falei firme.
— Não pode ter esquecido nós assim tão rápido, Celeste. -ela disse.
— A fila anda e a roda gira, Feyre. —a encarei— se sente falta, se vira, porque você não está nem no meio e nem no fim da fila, está fora dela, e bem longe de mim.
Ela sacudiu a cabeça, deixando uma lágrima cair.
— Está sendo cruel.
— Quebrou meu coração e me chama de cruel? Sabe mesmo o significado da palavra? -questionei.
— Sei, e posso soletrar.
— Quem te ensinou a fazer isso mesmo? —a encarei— te ensinei a ler e escrever, só não pensei que usaria a tinta para escrever um fim tão sujo.
— Celeste...
Cassian surgiu, ouvindo a minha voz se elevar, ele tocou minha cintura e meu ombro por trás.
— Branquinha, o que foi? -ele questionou.
— Nada... Essa coisa, está de saída. -falei tocando sua mão.
O olhar de Feyre desceu por nós, e parou nas alianças.
— Pelo o visto seguiu em frente. -ela disse.
— Quem dá ré é carro, não eu. -a encarei de cima a baixo.
Meu olhar parou em uma aliança de esmeraldas.
— E pelo o visto você também, então nem venha tentar me difamar. -a encarei.
— Não te diz respeito. -ela escondeu a mão atrás de si.
— Muito menos você a falar algo de meu casamento.
Ela me encarou, puro choque.
— Está casada.
— Estou. —assenti— e pela primeira vez na vida eu acertei na escolha.
Cassian beijou minha cabeça.
Feyre negou, incrédula.
— Suma. -rosnei.
Ela me olhou uma última vez.
— Eu amo você. -disse ela.
— Eu odeio você.
Ela levou a mão a boca, as lágrimas teimosas agora caindo, e então, ela sumiu.
Eu suspirei, pesadamente.
— Pensei que ela tentaria fazer tua cabeça. -disse Cassian.
Eu neguei.
— Não dá para manipular o manipulador mestre. —falei— e ela não conseguiria me fazer deixar de te amar.
— O que disse?
— Que te amo, leãozinho.
Ele me beijou, suavemente como podia.
— Branquinha.
Eu sorri.
Nada me tira desse macho, jamais.
Porque eu escolhi ele.
*Até o próximo capítulo ☄️ deixem seu comentário e seu voto pfvr ☄️*.