▕ B l a i r▕
Os meus lábios apoderam-se do pescoço do moreno, oferecendo-lhe inúmeros beijos intensos. As minhas mãos pressionavam o seu corpo contra o azulejo, de que era constituído a parede da casa de banho feminina, enclausurando-o, por isso, entre mim e a parede. Os seus dedos envolvem os meus fios de cabelo nego e obrigam o meu rosto a inclinar-me mais para que os seus lábios, desesperados e necessitados, pudessem tocar, finalmente, nos meus.
A adrenalina corria as minhas veias, assim como o calor, devido ao momento que nos envolvia. Zayn parecia nervoso e, sorrindo da sua vulnerabilidade, puxo-o comigo até uma cabine particular antes que alguma aluna, ou professora, entrasse no espaço.
Deixo a minha mala cair no chão, por já me encontrar cansada de a segurar com o meu ombro. Zayn, espantado ao ver o objeto cair desamparado no chão, volta a atacar os meus lábios e a percorrer o meu corpo com as suas mãos ousadas e curiosas. Após senti o seu sorriso contra os meus lábios, olho-o nos olhos por perceber que ele queria dizer-me algo.
"Tu és maluca."
"Sim, e tu és um velho troglodita biólogo e caquético."
Zayn revira o olhar e retira o meu cabelo negro da frente dos meus olhos claros. O meu lábio inferior é retido pelos meus dentes assim que os sopros quentes e deliciosos de Zayn vêm de encontro à minha zona sensível, atrás da orelha. Desabotoo-o calmamente os primeiro botões da minha camisa branca para que o meu peito ficasse mais exposto, de forma a provoca-lo.
Zayn baixa-se, ligeiramente, e de forma desconfortável devido ao pouco espaço que tínhamos. Ninguém é capaz de imaginar a minha felicidade por me encontrar a cometer uma loucura como esta. A imagem de uma relação normal nunca será possível até eu acabar a universidade e, ainda que eu ame muito Zayn, neste momento, não sei o que o futuro nos espera.
O moreno passa a sua língua quente e molhada por entre os meus seios, deixando-me rendida à loucura e ao prazer. Fecho o olhar com a intensa sensação e deixo um suspiro prazeroso escapulir-se por entre os meus lábios inchados, dos beijos até agora trocados.
"Ainda me achas um velho troglodita biólogo e caquético?"
"Não."
"Ainda bem."
"Agora eu acho-te um troglodita biólogo caquético e tarado."
"Sadomasoquista é o termo certo, Miss Wayland."
"Eu não quero saber, Mr Malik."
Zayn encosta o meu corpo à porta da casa de banho individual que, graças a deus, ficava renta ao chão, ou seja, ninguém que pudesse entrar no compartimento estava apto a ver os nossos pés.
As suas mãos apertam o meu peito que mostrava cada vez mais vulnerabilidade perante o seu toque. As minhas pernas pressionavam-se uma contra a outra com o âmbito de esconder o desejo que eu tinha de o ter. Ele fazia tudo de forma correta, como se soubesse perfeitamente onde tinha de me tocar para me estimular.
"Eu não tenho nenhum preservativo." Ele avisa, entre respirações pesadas.
"Que raio de sadomasoquista és tu?"
"Bem, eu já não tenho relações sexuais com mais ninguém além de ti, por isso..."
"Pois, com as outras tinhas aventuras nas salas de aula mas comigo não." Eu digo, enciumada com o facto de ele nunca se ter arriscado comigo. Contudo, sei que ficaria pior caso eu soubesse que ele as havia levado para o seu dormitório.
"Eu não as ia levar para o meu dormitório, como é óbvio, e, além disso, eu só precisava delas para sexo, nada mais."
"De qualquer das formas, não interessa. Eu tenho na minha mala."
Pego na carteira preta que, mal aqui chegara, deixara cair ao chão e procuro na minha bolsinha da higiene o método contracetivo. Zayn observa atentamente todas as minhas ações enquanto acariciava inconsciente a minha anca larga. Sorrio com o seu gesto e respiro fundo ao encontrar o que pretendia.
"Porque é que tu tens aí um preservativo?"
"A minha consciência obriga-me a prevenir visto que eu sou muito 'irrequieta'." Eu comento, fazendo aspas e dando uma certa entoação na palavra irrequieta.
"Nem sabes o quanto eu adoro saber isso, Blair."
"Faço uma pequena ideia." Eu afirmo, olhando-o repleta de indiferença visto que eu nunca escondera o facto de me fazer muito aos rapazes.
Zayn sobe a minha minissaia de forma muito atrevida e morde o lábio com a visão que eu lhe proporcionava. Ousada, deslizo as minhas mãos pelas minhas pernas, chegando mesmo a passá-las junto da minha intimidade. Um gemido provocador sai, propositadamente, por entre os meus lábios rosados para que Zayn sentisse uma necessidade extrema de sentir prazer, algo que não deve ser muito difícil tendo em conta o seu transtorno.
As calças de Zayn, num abrir e fechar de olhos, alcançam o chão e o preservativo que eu ainda segurava firmemente entre os meus dedos é-me retirado para que o mesmo fosse colocado no seu sexo ereto. Atento todos os seus movimentos enquanto mordiscava o meu lábio, pacientemente.
"Sabes, Blair, podias ser como aquelas raparigas do tumblr e chamar-me 'Daddy'."
"Com a tua idade seria mais 'Grandfather'."
"Engraçadinha." Ele diz, sem uma ponta de humor. Sorrio-lhe, orgulhosa da minha resposta divertida e obrigo o seu corpo a sentar-se. As minhas pernas ficam abertas, por cima das suas, obrigando-me a depositar todo o meu peso em si por não conseguir chegar com os pés ao chão.
É nestas alturas que a minha autoestima desce. Porque é que os meus pais me fizeram tão pequena?
Os dedos quentes de Zayn afastam as minhas cuecas, ligeiramente molhadas devido a todo o meu desejo, e o meu olhar fecha-se com o seu toque. O meu corpo ajeita-se melhor no seu e um suspiro de satisfação, por parte de ambos, ecoa por entre a pequena divisão, devido ao contacto estabelecido.
O meu corpo balança ao som das pedinchices do meu inconsciente e oscila conforme as ondas de prazer percorrem o meu corpo. As gotas de suor atravessam o centro das minhas costas e arrepiam a minha pele que ardia com o sabor do momento.
Zayn beijava o meu pescoço e fazia de tudo para provar que estava a aprovar o momento de loucura e insanidade, do qual eu propus. Isto, em nada, estava correto mas nós também não eramos o protótipo de perfeição, por isso, tínhamos uma desculpa.
Os gemidos de Zayn eram cuidados e não muito altos devido ao local onde nos encontrávamos. Qualquer descuido, da sua parte, poderia deitar tudo a perder mas, no entanto, eu não me encontrava minimamente preocupada com isso, esquecendo-me, por vezes, de me controlar.
As minhas mãos fazem força nos ombros de Zayn para me permitir elevar o meu corpo à velocidade pretendida e decerto que ele, uma horas mais tarde, os irá sentir doridos e, provavelmente, com negras devido à força que estou a depositar nos mesmos. Contudo, ele não se estava a aparentar incomodado com isso.
Por entre todos os nossos gemidos silenciosos e murmurados, conseguimos atentar o abrir da porta. A mão de Zayn, rapidamente, tapa a minha boca, impedindo-me, com isso, de fazer mais um som que fosse. O meu olhar arregala-se com o susto que ele me provoca, visto que se movimentara de forma tão inesperada, e o meu coração acelera ainda mais do que antes.
"Não gemas."
Olho a sua ordem como um desafio, semicerrando o meu olhar. Zayn arregala os olhos ao ver-me tomar posse de uma postura tão descontraída e morde o seu lábio, notavelmente nervoso ao aperceber-se das minhas intenções.
"Blair, estou a falar a sério." Ele sussurra bem perto do meu ouvido. "Ai de ti que gemas."
Inclino a minha cabeça para o lado, ainda dentro do desafio, e gemo alto e prolongadamente, para que a pessoa que se encontrava a lavar as mãos, segundo nos dava a entender, ouvisse.
O rosto de Zayn pinta-se agora de exacerbação e de severidade, deixando-me satisfeita com o meu prepósito. Um sorriso triunfante transparece nos meus lábios e repito o meu ato apenas para esticar ainda mais a corda e continuar a ultrapassar os meus limites. Limites esses dos quais eu nunca me importei.
"Estás fodida comigo, Blair. Espera só até chegarmos ao meu quarto."
Já esperando uma reação semelhante a esta, nada me resta senão o meu sarcasmo circunstancial e exasperante. Sorrio enquanto a minha mão aprecia os músculos bem definidos do peito do meu amante e faço a minha voz soar baixa e rouca a seu ouvido.
"Contarei até quanto, Mr. Malik?