Maria está andando pela colônia com Letícia no braço e quase sempre elas são paradas pra falar com a Letícia.
— Eita , que ela tá bastante famosa.
— Ela não tem culpa, mal vemos crianças aqui - Falou uma pessoa da colônia.
— Pior que é verdade.
Ela andou mais um pouco e viu Darla.
— Oi Maria , como tá essa garota - Diz Darla pegando Letícia no braço.
— Eu tô bem tia - Diz Letícia abraçando Darla.
— Óia, que bom, e sua irmã ?.
— Ela foi com o papai.
— Sério ? - Diz Darla olhando pra Maria.
— Infelizmente sim.
— Infelizmente ?.
— Você sabe como ela é.
— Cabeça dura... Eita.
— Ela é mesmo, como o Lucas.
— Já entendi a sua preocupação.
Elas continuam fazendo brincadeiras com Letícia e chega atrás dela Gael.
— Ainda não chegaram ?.
— Nada...
— Preocupada ?.
— Muito... - Diz Maria colocando a mão no coração.
" Tô sentido um aperto... Será que aconteceu algo ? ".
— Relaxe... Bora lá em casa ! Sentar no sofá e esperar eles.
— Vamos.
Eles chegam na casa de Gael com o Gil e a porta está fechada.
— Fechada ? - Perguntou Maria.
— Gil... - Diz Gael com raiva e batendo na porta 3 vezes.
Dentro da casa ouvia barulhos e depois de alguns segundos a porta se abria e Maria via Gil e Jorge.
— Sério ? Essa hora da tarde irmão ?.
— Ué ? Tem hora ?.
Maria pegava Letícia no braço e colocava as mãos no ouvido dela.
— Cuidado o que vocês falam.
— Opa... - Diz Jorge saindo e dando um beijo em Gil até que todos ouviram um reboliço na entrada da colônia e quando foram até lá , era Lucas com Carla , Sofia , Clara e Ana.
Maria via que ele estava com uma cara fechada.
— Amor ?.
— Eu disse que não era boa ideia levar ela.
— Que aconteceu ?.
— Foi nada mãe ! - falou Sofia.
— Nada ??
Sofia ficou travada e abaixou a cabeça.
— Que aconteceu ? - Perguntou Darla pra Carla chegando.
— A garota quase... - diz baixinho Carla.
— Lucas ! - Disse Steve chegando - Calma !.
— Calma ? Ela quase matou todos nós !.
— O que aconteceu filha ? - Diz Maria chegando perto de Sofia e colocando suas mãos nas bochechas dela.
— Eu... Eu ...
— Calma , amor - Diz Maria abraçando Sofia.
— Eu disse que ela não estava pronta ! - Disse Lucas indo pra casa.
— Carla ? O que aconteceu - Perguntou Maria.
— A gente encontrou aquele cara... Aí parece que foi uma armadilha.... Não sei o certo... Resumindo tudo, tinha muitos zumbis resistentes cercando o carro e o prédio onde estávamos e nos cobrirmos de coisa de zumbi e formos até o carro com as mãos dadas... Mas.
— Mas ?.
— Ela soltou a minha mão - Disse Clara olhando pra Sofia.
— É... E chamou atenção dos zumbis pra ela e pra Ana que ficou protegendo ela - Completou Carla.
Maria olhou pra Sofia que estava ainda meio sem reação e quase chorando.
— Ainda não entendi... Porque você virou ? Sofia ? - Perguntou Ana.
— Eu... Eu... Escutei um barulho, e virei.
— Sofia ? Não tinha Nenhum barulho capaz de fazer a gente virar pra ver ! Só os barulhos dos zumbis batendo nas coisas - Disse Ana.
— Eu... Eu ...
— Já chega ! Vão pras suas casas e se limpem ! Vamos resolver isso logo, certo ? - Falou Maria pra todos que estavam presentes.
Todos assentiram que sim e saíram.
— Vamos amor - Disse Maria olhando pra Sofia.
— Cadê... Cadê...
— A Leh ? Está com o Gael. Tá segura , Vamos resolver isso com você , certo ?.
— Tá...
Elas entram na casa e vê um rastro de pegadas que eram de Lucas que tinha ido pro quarto pra tomar banho.
— Vamos pro outro , certo ?.
Sofia dizia que sim.
Elas chegaram no banheiro e logo Maria via que Sofia estava travada e sem reação ainda e tirou a sua roupa levemente e sem movimentos bruscos.
— Vamos querida.
E colocou ela sentada debaixo do chuveiro.
Ela via sua filha estava já mais calma.
— Tá melhor ?.
— Sim... Obrigada mãe.
— Tudo bem - Disse Maria colocando a sua mão no queixo dela e levantando e sorrindo e a fazendo sorrir também - Minha menina.
— Já sou quase uma mulher mãe.
— Pra mim sempre será uma minha menina.
Sofia sorria.
— É como seu pai também a lhe enxerga.
— Eu sei...
— De um tempo a ele , certo ?.
— Tá.
Maria saia do banheiro e deixava Sofia sozinha e já ia pra junto com Lucas e o via deitado na cama.
— Lucas ?.
Ele se assustava e se sentava na cama.
— Como ela tá ?.
— Tá bem... Tá melhorando.
— Ainda bem.
— E você ?.
— Ahn ?.
Maria olhava pra ele e sentava no lado dele e colocava a mão na cabeça dele.
— Estamos a sós.
Lucas olhava pra ela e logo a sua expressão mudava e começava a chorar e colocava a sua cabeça no peito dela.
— Eu ... Eu ... Quase perdi a nossa filha !.
— Se fazendo de durão , como sempre - Disse Maria passando a mão em seu cabelo.
— Eu... Pensei que não daria chance pra salvar ela !! Eu pensei que iríamos....
— Mas como sempre você arrumou um jeito de salvar a todos - Disse ela levantando a sua cabeça e sorrindo.
— Mas... Se chegar um dia... Que eu não puder ...
— Se esse dia chegar... A nossa filha irá salvar o dia , entendeu ?.
— Mas...
— Não carregue o peso do mundo nas suas costas , é muito pesado.
Ela beijava ele e o encarava logo em seguida e pegou o seu colar que Sofia fez a ele e o fez olhar também a ele.
— Ela nunca fez um pra mim...
— Sabe... Ela me ama mais - Diz ele sorrindo.
— Acho que sim - Ambos sorriram.
No dia seguinte.
Sofia estava novamente no lado de fora da colônia com sua arma e atirando nós alvos.
" Mas que merda ! Na minha primeira missão já fiz aquela merda toda ! " Pensava ela dando tiros no alvo.
— Sabia que você estaria aqui - Disse Carla surgindo entre as árvores.
— Professora ?.
— Por favor , né ? Professora não...
— Desculpa professora.
— O que está fazendo aqui ?.
— Atirando.
— Tô vendo.
Carla via uma árvore grande na frente com marcas de tiro e logo atrás da árvore tinha uma casa relativamente grande e com 1 andar.
— Mas qual o real motivo ?.
— Aaaaaa.
— Fale.
— Eu fiz merda , ontem...
— Fez , fez mesmo.
— Poxa... Precisava ser... Tão... Sabe ?.
— Direta ?.
— Sim...
— No exército é assim, sabe ?.
— Entendi...
— Mas , fique de boa ? Sabe ? Jajá o bonitão esquece isso.
— Espero... Porque eu não consigo ficar longe de meu pai...
— Nem eu consigo ficar longe de você querida - Diz ele vindo atrás dela.
— Pai ? Que susto ! .
Lucas sorria.
— Carla ? Um momento a sós com minha filha ?.
— Sem problemas bonitão - Diz Carla andando mais pra frente em uma distância relativamente longe que não daria escutar nada.
Os dois se sentavam.
— Sobre ontem filha...
— Desculpa.
— Desculpa.
Os dois sorriam.
— Deixe comigo primeiro... Sinto muito, não deveria ter agido daquela forma e daquele modo com você... Eu... sou...
— Pai protetor ?.
— Sim...
— Tudo bem... Isso é normal, eu acho ? Né ?.
— Acho que sim.
— Como era o.
— Meu pai ?.
— Sim.
— Ele era distante... Enfim...
Sofia abraçava Lucas chorando um pouco.
— Queria ser alguém como você pai ! Sem medo.
Lucas sorria e encarava Sofia.
— Eu tenho medo.
— Tem ?
— Ontem eu tive medo... Medo de te perder , querida.
— Ah...
— Eu amo você , minha pequena.
— Pai... Eu já sou crescida.
— Sempre será minha pequena.
Os dois se abraçavam e Lucas via uma movimentação na casa.
— Vá pra colônia.
— O que ?.
— Vá !.
Sofia via que era algo sério e foi logo pro caminho pra colônia.
Carla já estava no lado de Lucas.
— Ele ?.
— Talvez.
— Vamos.
Dentro da casa , escutando tudo, estava Zero sorrindo.