Amoras

By Klarowsky

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Laura Veigas é a primeira CEO negra da capital paulista, com uma carreira brilhante e ainda em ascensão. Poss... More

O grande leilão
A Reunião
Trânsito caótico
Bar 507
Convite recusado
Orfanato
Moça Bonita
Amoras - I
Passeio no Shopping
Búzios
Casa da Mãe
Sexta-feira
Mais flores
Pneu da moto
Paraquedas
Uma grata Surpresa
Hotel Fazenda
Benditas Moedas
Feliz acaso
Bilhete na madrugada
Mini Férias
Almoço Indigesto
Visita inesperada
Ligação
Amizade Sincera
Hospital Decadente
Alucinação x Realidade
Transferência
Já está tudo decidido!
Quarto 24
Laura... Por que está fazendo isso?
Sonhando acordada
O passado
Mensagens
Controle
Estranho seria se eu não me apaixonasse por você...
Relatório
Sexta-feira emocionada
Encontros da vida
Amiga Problemática
Concerto
Caixinha de surpresas
À flor da pele
Dona do Elevador
Amoras - II
Ilha Privativa
Noite de Núpcias
Domingo
Tatiane Rebouças
Do céu, ao inferno
Morador de Rua
Zee
Esse acaso...
Palestra
Bia
Verdade no olhar
Família
Declaração
Lírios
Relatório Laura - urgente - irmã em Paris
Acionista Francês
Convite Aceito
Banho de proteção
Mansão
Pobre Paris
Bilhete misterioso
Encontro inesperado
Revelações
Mudança de Planos
Mistura Explosiva
Desespero
Os olhos se abrem..
Premiação
Oi Bela Adormecida
Colo de mãe
Falta de Controle
Suíte Panorâmica
Insônia
Um brinde
Ligação Inconveniente
Amor Fraterno, Amor Eterno.
Abraço Carinhoso
Força Poderosa
Retomada
Linda Mulher
Mãe por mãe
Aproveite o show
Fragmentos
Decepção
Ligação além de telefônica
Consequências
Como um maremoto
Na penumbra da rua
Irresistível tentação
Encontros
A cura
Surpresa
Contrato fechado
Vivendo um sonho

Caminhão de lixo

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By Klarowsky

Alice

Minhas emoções afloradas quase me traíram e me impediram de contemplar a visão dos céus, em meio ao inferno.

Laura, disfarçada de coletor de lixos, andou um pouco em direção ao muro altíssimo, como que procurando meios de adentrar à fortaleza, depois voltou para frente do portão e tentou abri-lo.-lo. Meu coração, mais acelerado que carro de corrida, me fazia suar frio. Queria sair e correr ao seu encontro, ao mesmo tempo que queria continuar a vê-la e aproveitar cada milésimo de segundo da imagem. Toquei a tela da televisão com a ponta dos dedos como se fosse possível sentir sua pele quente e aveludada. Ela afastou-se, tirou o celular do bolso e fotografou a fachada, em seguida, subiu de volta no caminhão e eu tentei impedir, gritando por seu nome ao tocar a tela da tv.

A medida que o motorista manobrava, sai correndo do escritório em direção a porta da sala que dá acesso ao estreito caminho que leva ao portão, aos prantos e gritos. Antes que pudesse acessar a parte externa, fui amparada e impedida pelas moças que me seguraram pelo braço, impedindo minha passagem.

- Enlouqueceu? Onde pensa que vai? - perguntavam atônitas e minha resposta, aos prantos e soluços , limitava-se a chamar pela Laura, meu amor.- 

Tamanho escândalo despertou a atenção dos guardas que estavam na área externa e entraram na casa, falando em russo, querendo saber o que estava acontecendo. Mirela veio apressada da cozinha falar com eles e voltaram à vigia, dirigindo olhares desconfiados para minha pessoa, que chorava copiosamente nos braços de uma das moças.

- O que aconteceu Alice? - me perguntou Mirela, após despistar os seguranças.

- A Laura, meu amor, estava aqui! - respondi aos prantos - Estava no portão!

- Isso é loucura da sua cabeça! Ninguém vem aqui! - ela respondeu, colocando as mãos na minha testa - Você está ardendo em febre! Deve ser alucinação.

- Não é alucinação - falei ainda chorando - Era a Laura mesmo! Ela veio até o portão, tirou fotos e saiu.

- Alice - Mirela chegou perto e me fez olhar em seus olhos - Vamos cuidar de você pois está com muita febre - alisou meu cabelo - Mas ouça com atenção - segurou meu rosto - Não tem ninguém aqui além de nós, e nós - olhou ao redor apontando todas as demais - Precisamos de você, com a cabeça boa. Venha, vamos tomar um remédio.

Após direcionar outras para terminarem meu trabalho, me fez acompanhá-la até a cozinha onde procurou analgésicos em uma caixa cheia de remédios.

- Mirela - falei ao me sentar e tomar um copo de água - Agradeço sua atenção e cuidado, mas não duvide de mim. Sei muito bem o que estou falando.

- Alice, não estou duvidando, só acho impossível acontecer o que você diz que viu - sorriu.

- Não é impossível! Eu vi pelas câmeras. Ela veio até a entrada disfarçada de coletor de lixos e após ver que não tinha como entrar, foi embora. Se estamos mesmo em Paris, como você diz, ela está também, e isso me impulsiona a ter mais vontade sair daqui.

- Por qual motivo ela viria até aqui, Alice? Como saberia onde você está? Todas fomos praticamente sequestradas! Não faz sentido - interrompeu-me uma das mais velhas entre as moças  - Eu acredito mais na versão da Mirela, que você está alucinando devido a febre.

- Minha Laura é influente nos negócios, tem parceria com pessoas do mundo todo. Tenho certeza que o que vi, foi real - falei, apoiando a cabeça nas mãos e fechando os olhos para conseguir visualizar em pensamentos a imagem dela mais uma vez - Vou tomar um banho e esperar esse febre baixar. Depois conversaremos sobre o que podemos fazer.

Agradeci o cuidado e subi para meu quarto. Com dificuldade tirei a roupa e me olhei no espelho. Minhas costelas, do lado esquerdo, estavam com coloração quase preta e muito inchado. Doía para se mexer, respirar, andar, no entanto, nenhuma dor se comparava à que sentia na alma, por estar tão perto e ao mesmo tempo tão distante da minha amora.

Entrei no banho e enquanto a água escorria pelo meu corpo, chorava toda a angústia e solidão de estar afastada da mulher que amo. Ao mesmo tempo que as lágrimas saíam como um alívio, nutriam a fúria e o desejo de sair e ir ao encontro dela.

Saber que não estou sozinha, me fortalece e vê-la, do outro lado do portão, foi como uma injeção de ânimo para enfrentar o que fosse preciso.

Terminei meu banho, me vesti e desci, dessa vez, com sede de vingança e justiça. Ansiava pelo momento em que Joseph chegaria para poder conversar com ele da forma que ele merece.

Pouco antes do sol se por, ele chegou, acompanhado de vários seguranças e uma mulher muito bonita, bem vestida, de beleza árabe, alta, cabelos negros e pele morena clara, olhos amendoados e cílios longos com olhar penetrante e um perfume adocicado que invadiu o ambiente, antes mesmo da sua  entrada total.

Todas a observavam com os olhos atentos,quase boquiabertas em presenciar uma mulher de tamanha beleza, acompanhada do podre Joseph. Ele, como sempre, com um sorriso irônico e sarcástico no rosto, cumprimentou a todas e apresentou sua colega:

- Oi minhas queridas! Essa é Marrie Mozhan uma grande e velha amiga. Temos assuntos a tratar e logo mais, teremos novidades a contar.

A mulher, de nome Marrie, apenas sorriu a todas nós e o acompanhou para o escritório. Com o olhar carregado de fúria, os acompanhei, sentindo minhas entranhas estremeceram de ódio e sede em acabar com cada célula que os compõe.

***************************************************************************************

Laura

Assim que recebi a mensagem da Bia com as coordenadas geográficas, meu ímpeto foi querer ir ao local e averiguar se era real, no entanto, ao entrar no carro, recebi a ligação da Didi e atendi com pressa, porém, carinhosamente:

- Oi Didi! Axé!

- Axé minha menina! Como você está? - me perguntou com gentileza.

- Nem sei Didi. Acabei de ter um encontro um tanto quanto estranho com um cara pior que o Joseph que me prometeu encontrá-la se eu der uma empresa pra ele e..

- E você não caiu nesse papo, não é?! - me interrompeu.

- Eu falei que se ele a encontrar, podemos fazer negócios. Estou sem opções Didi - senti um nó formar-se na garganta - E agora a Bia me enviou o endereço da casa onde a Alice pode estar, estou querendo ir pra lá

- Sozinha? De cara limpa? - perguntou com alta voz.

- Se não tivesse me ligado, já estaria a caminho.

- Laurinha - ela suspirou e continuou - Eu entendo que você está desesperada para encontrar a Alice, mas sem você, fica um pouco mais difícil, não acha?

- Como sem mim, Didi? Eu estou aqui para isso!

- Sim, mas não vai ir no lugar do modo que qualquer pessoa desse mundo te conhece né?! Não se mostre, querida. Esse homenzinho é perigoso.

- Tem razão Didi - revirei os olhos ao concordar com ela - Estou afoita e quase inconsequente. Vou pensar melhor antes de ir.

- Me mantenha informada. Estamos todos preocupados com vocês.

- Te amo Didi. Axé! - pedi a ela sua benção.

- Axé Laurinha. Também te amo.

Desliguei a ligação e o sr Tony me observava pelo retrovisor, aguardando minha ordem do que fazer.

- O senhor ouviu tudo - sorri sem vontade - Tem alguma sugestão?

- Já que perguntou - sorriu de volta - Tenho uma ideia, que dificilmente falha, no entanto, preciso da sua aprovação.

- Vamos em frente! Me diga - pedi sem paciência.

- Caminhão de lixo!

- Caminhão de lixo? - franzi o cenho ao perguntar - Ir até o local com um caminhão de lixo?

- Sim, senhorita! Temos um na nossa divisão da polícia, e está em um depósito bem próximo daqui.

- Então vamos! Não posso mais perder tempo - falei com entusiasmo.

O depósito, estava quatro quarteirões pra frente de onde estávamos e rapidamente chegamos ao local. Além de um uniforme de coletor de lixo, o sr Tony me fez colocar um colete à prova de balas por baixo e fomos munidos de um armamento básico.

O lugar, um pouco afastado da área habitacional da grande Paris, não longe o bastante para ficar distante da cidade, mas também não perto o suficiente para ser encontrado com facilidade, foi acessado através de uma bifurcação que saia da rodovia e chegava em uma rua estreita que acabava num portão todo fechado, de ferro pintado de preto, muito alto, muros ao redor que perdia-se de vista onde se acabava, pintado de branco, com cerca elétrica na extremidade.

Enquanto o sr Tony manobrava de ré para disfarçar e pegar o lixo disposto em contêineres, desci do caminhão e tentei analisar se o portão tinha fecho que pudesse ser aberto, mas não encontrei. Os muros, de difícil acesso também, impossíveis de adentrar.

Mandei uma foto da fachada para a Bia e avisei que estava no lugar, mas sem chances de conseguir entrar. Sem ter muito o que fazer, voltamos para a cidade. Algo me dizia que deveria tentar mais uma vez, mas a razão me mostrava ser impossível entrar, sem ajuda de uma grande equipe. Após deixar o caminhão no depósito e estar a caminho do hotel, enviei uma mensagem para a Marrie:

Laura: Marrie, meu contato no Brasil, conseguiu as coordenadas da localização do Joseph. Preciso de ajuda da sua equipe para entrar no local. Favor passar ao Iván. Segue: 48 51 '23' 'N, Longitude: 21 2 a'7" E.

Já no hotel, procurei me acalmar ligando para a Didi para contar como foi a ideia de ir até o local e saber notícias de como estão as coisas no Brasil, passamos horas conversando, ao mesmo tempo que me alimentei e aguardei algum sinal de que a investigação do caso, estaria em andamento. Essa espera me custou muito esforço mental para não descontar no álcool ou na impulsividade de voltar ao local e invadir. Já tarde da noite, recebi uma mensagem intrigante da Marrie:

Marrie: Querida Laura, fui com o Iván ao local que me passaste, e não encontramos nada além de um descampado cheio de matos e brejo. Ao amanhecer, vamos procurar por um abrigo que recebemos denúncia. Fique no hotel em segurança. Te mando notícias. Estamos fazendo nosso melhor trabalho.

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