Surpresa

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Laura

Que lindas a Mayza e a Bia! Quem diria que um encontro que aconteceu ao acaso, sob circunstâncias horrendas iria acabar em amor. Bem que dizem que o amor escolhe os que estão dispostos a amar. Com todo coração desejei toda sorte e amor do mundo pra elas, mas o que eu não via a hora era de estar em um lugar a sós com a Alice.

Enquanto conversávamos à mesa, a observava que vez e outra me olhava e sorria com timidez. Daria o mundo para saber o que se passava em seus pensamentos. Eu fico admirada em como ela consegue ser tão linda com tão pouco. Na verdade, ela não precisa de absolutamente nada para ser linda.

O look escolhido para estar em um dos rooftop mais badalado da cidade foi apenas uma jaqueta de couro marrom, camiseta branca, jeans e all star. A beleza é tanta que ela se garante elegantemente despojada. Isso definitivamente me encanta.

Assim que nossa conta chegou, minhas mãos denunciaram a ansiedade que estava.

- Tremendo por quê? - Alice segurou em minhas mãos, sorrindo e seu sorriso abriu uma represa de prazer em mim.

- Impressão sua - sorri tentando disfarçar.

- Daqui que a conta é minha - roubou a comanda da minha mão e estendeu ao garçom, sem desviar o olhar do meu. Achei melhor não contender.

Nos despedimos das meninas que optaram em ficar um pouco mais e saímos em direção ao elevador. Paradas lado a lado, víamos os números que se alternavam no visor do elevador com a frequência cardíaca bastante alterada. Encostei minha mão na dela e senti uma corrente fogosa dominar minha espinha, nos olhamos profundamente e sorrimos. Assim que o visor mostrou o número do nosso andar e as portas se abriram, Alice entrou primeiro e apertou o T para descer. Olhei em seus olhos e sorri com malícia. As portas se fecharam e segurei sua cintura, encostando-a contra o espelho e sussurrei em seu ouvido:

- Um elevador trabalha na média de três segundos por andar. Considerando que estamos no terceiro andar, tenho nove segundos pra te beijar antes que chegue lá embaixo, correto?

Ela sorriu e passou os braços em volta do meu pescoço.

- Errado! - respondeu mordendo o lábio inferior - Tem sete segundos porque já perdeu dois segundos só pra fa.. - não esperei ela terminar de falar.

Nossos lábios se encontraram com pressa de se provarem e desejo. Ela sugou minha língua como quem busca um alimento para se saciar. Entre o beijo, comecei a contar:

- Um - ela deslizou as mãos por entre meus cabelos e segurou minha nuca com força enquanto eu mordia seu lábio superior - Dois - retribuiu a mordida seguida de um sorriso e eu subi a mão para seu pescoço e toquei a nuca com a ponta dos dedos - Três - ela arqueou-se para trás sentindo arrepio e eu insisti no beijo colocando a língua em sua boca - Quatro - me agarrou a cintura com força me puxando pra si enquanto sorveteava minha língua - Cinco - alcançou a fenda da minha saia e segurou minha coxa com força e com força deixou sua língua toda ao meu dispor - Seis - subiu a mão na minha bunda e eu desci a mão para a sua bunda e com o encontro entre as línguas ficou macio - Sete - e o elevador fez o Plim! de ter chegado no térreo - Terminamos com um selinho e sorrimos ao abrir os olhos.

As portas se abriram e saímos plenas, como se nada tivesse acontecido. Sentia minha calcinha encharcada de prazer e minha intimidade pulsava à sua procura. Estava ardendo de desejos. Passamos pelo hall do hotel, chegamos ao estacionamento e nos dirigimos ao manobrista.

- Vamos pegar só o meu carro - adiantou-se Alice e entregou-lhe o ticket.

Me olhou com um sorriso faceiro, levantou as sobrancelhas e com altivez me falou:

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