Where I Go?

By Dehh_Silva

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"But where I stand, well, I don't know" Aconteceu tudo tão de repente. Em um momento eu estava caindo, olhand... More

Inesperada e Desconhecida
O Sorriso mais doce do Mundo
A Solidão em Pessoa
Condenada
Vivacidade Eterna
A Beleza da Imortalidade
A Voz Estranha
Calafrio
A Coruja
Um Grande Amigo
Mantenha o Controle
Apenas uma Gota
Sob a Luz da Lua
Anciã
Não é Adorável fica Sozinha?
Mas uma Vez
No meio da Escuridão
No meio da Escuridão - Parte 2
A Ameaça
Insano e Ingênuo
As Deixar Saírem
Um Azul Acinzentado
Um Excelente Motivador
Uma de Nós
A Passagem
Divertido e Aconchegante
A Teimosia
Divertida e Animalesca
Sorriso Natural
O Espaço
Em Perfeita Sintonia
Perigo
Decompondo
Tarde Demais
Rendida
Puxe o Alfinete
Jogada Certeira
Uma Neblina Sentencial
Alternativa Segura de Sucesso
Uma Troca
O Poder
Justo
Agitado
Até Encontar Você
Encantada
Egoísta Demais
O que Você Acha
Uma Paciência Extraordinária
Situações Complicadas
Uma Maneira Improvável
O Retrato Pintado
Sua Perda
Vazio
Única
Memórias
Uma Luz
Tribunal
O Som da Minha Voz
Ilumine Nosso Caminho
Intenções
Finalmente
COMUNUCADO
Um Tanto Clichê
Óbvio Demais
Um Amigo Maravilhoso
Esta Noite
A Gota D'Água
Amarga e Ácida
Fique
Sem Medo
Elo
Faça-me Feliz
Livre
Ainda Estamos Aqui
Extremos
Pequenas Fraturas
Circunstâncias
Eletricidade
Não Conseguiu Prever Isso?
Nunca Mais
Onde Eu Fico
Capítulo Especial ( parte 1 )

Eterno

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By Dehh_Silva


Mesmo acordando, mantive meus olhos fechados. Eu busquei saber meus últimos passos, tendo conhecimento então de onde eu estava.

“Eu dormi no ombro do Ethan... Enquanto estava assistindo um filme... Na casa do Edward... Entendi”.

Ao abrir meu olhos, destaquei que estava deitada sozinha em um sofá, ainda na casa de Edward e Bella, o que levou-me a questionar “Onde está Ethan?”.

-Ele foi embora perto das quatro. Disse que precisava caçar. -a voz de Edward me despertou ainda mais. Eu não estava com o bloqueia de pensamentos, então logo o pus.

-Okay... Que horas são? -havia procurado um relógio em alguma parede, mas não encontrei.

-Quatro e meia.

-E Bella?

-Está no quarto da Renesmee, com ela.

Olhei para o acento em que minha cabeça repousara minutos atrás e afundei meu rosto no mesmo, desejando dormir novamente, ainda que soubesse que seria impossível.

-Preciso conversar com você sobre Ethan. -a voz de Edward soava receosa.

Sentei no sofá de imediato, esperando o que o telepata iria me contar.

-Na verdade é apenas avisar.

-Avisar o que? -minha curiosidade se fez presente.

-Ele é um nômade, Anne. Ele pode não querer ir embora agora, mas não sabemos o que irá preferir amanhã e é provável que nem ele saiba. Por que acha que ele não ficou com a gente? Porquê nômades são assim e não podemos ler a mente dele. Me perdoe, sinceramente, mas você sabe que você apenas foge do passado... E sabe que não precisa mais fugir... Eu acabei de ver isso em sua mente e mais uma vez me perdoe... Desde a segunda vez que pude ler seus pensamentos, quando eu soube o que aconteceu, eu sabia que mais uma decepção com a vida, poderia... Anne, só não quero que minha irmã anciã...

-Sofra novamente. -completei voltando meu olhar para o chão.

“Inevitável”.

-Você sabe que é perigoso.

-Sim... Sim, eu sei que eu posso explodir de dor. Mas tem uma coisa que você não prestou atenção muito bem, Edward... -olhei em seus olhos dourados, seriamente. -Eu já sofro... Todo dia. Não pode mudar isso. Eu não posso.

-Nós, os Cullen e Quileutes até, vamos ficar aqui, para te ajudar no que for preciso. Você é da família agora.

-E isso também põe vocês em perigo. Sou perseguida pelos Volturi, tem conhecimento disso... Edward, eu sei que não vou ser feliz novamente, porquê cada vez que eu tento... -admitir doía. -Não é o Ethan, nem vocês, sou eu... Eu sou o perigo daqui e minha felicidade não pode recompensar isso, porque ela morreu... Ele morreu por minha... Eu... -então minha força emocional se desfez. -Desculpa. -assim, fugi para o meu canto.

Meus pensamentos eram perdidos em lembranças e por fora eu só tinha em mente correr para o sótão da casa dos Cullen. Eu queria que toda dor sumisse, mas sabia que ela não iria embora. Eu a engolia todo dia. Depois de 249 anos, a esperança havia se tornado algo impossível. Edward tinha motivos para se preocupar comigo se eu sofresse mais uma decepção, afinal minha fragilidade mental não lembrava uma flor, mas sim uma bomba e muitas pessoas inocentes já haviam explodido comigo em outros vazios extremos.

Estava próxima a casa de Carlisle quando, ao olhar para o meu lado, na mata ainda escura da madrugada, vi de relance dois olhos brilhantes. Cheguei a pensar que minha estrutura emocional destruída não seria forte o suficiente para enfrentar aquele animal, mas não podia fugir. Tinha certeza absoluta que aquele era o que havia invadido o território dos Quileutes há dias atrás, embora eu só pudesse ver seus olhos. Então o brilho sumiu em meio a escuridão e, depois de tirar minhas roupas rapidamente, ficando apenas de calcinha e sutiã, me eclodi em um lobo gigante, iniciando assim mais uma caçada ao bicho enorme.

Logo o Sol começara a se erguer. Passou-se uma hora que eu procurava aquele animal de olhos brilhantes no meio da floresta. E já estava começando a sentir fome. Havia perdido o rastro dele há quinze minutos, mas continuei procurando. Assim que cheguei a um espaço aberto, ainda na mata, parei. Não havia mais nada que eu pudesse fazer.

Ainda em minha forma de lobo, sentei-me no chão úmido. Estava exausta, mas não pela corrida. Minha mente estava cansada de sentir meu coração quebrar com cada lembrança do passado. As palavras certas poderiam me derrubar. Palavras ligadas a momentos inesquecíveis que se foram de uma forma horrível demais...

“E foi minha...”

Meu pensamento foi interrompido quando vi sair de trás de um arbusto, um tigre enorme. Me levantei imediatamente, o que me deu certeza de que o felino era do meu tamanho lobo, ou talvez maior que a mim. Sua pelagem era de uma espécie quase extinta, os tigres de bengala que eram brancos no lugar da cor laranja visivelmente comum. Mas era certo que daquele tamanho, havia visto apenas o animal a minha frente.

“A ciência foi longe demais.”

Eu facilmente poderia ficar o admirando, mas tinha consciência de que meu dever, no momento, não era aquele. O tigre enorme já havia me vigiado e invadido o território dos Quileutes. Aquele maldito animal revelou meu segredo e eu não estava em condições de perdoa-lo.

Então a ação seguinte do enorme felino me surpreendeu. Ele se sentou a minha frente. Eu poderia até dizer que aquele movimento havia sido orquestrado com certa elegância. Porém logo voltei à realidade das circunstâncias e fiz minha posição de ataque, pronta para dizimar aquele bicho, quando olhei nos olhos do mesmo e parei, me segurando em meus pensamentos.

“Esses olhos...”

-Não!... -a voz de Edward surgiu há um metro de distância, ao meu lado esquerdo, o que me fez olhar de imediato para o telepata. -Você não vai querer fazer isso.

Edward olhou com desgosto para o tigre ainda a minha frente, que estava em perfeita calma e aquilo estava me irritando. Mencionei atacá-lo mais uma vez, quando fui interrompida pela voz do telepata, novamente.

-Anne, não!... Esse é o Ethan.

Meus pensamentos começaram a atropelar uns aos outros.

“Impossível... Ethan é um vampiro inteiro... Não minta para mim, Cullen!”

-Não estou. Esse é o Ethan. É a habilidade dele, Anne... Tem que acreditar em mim.

Olhei novamente nos olhos daquele animal... “O azul acinzentado... A elegância ao se sentar, com certo convencimento... Discrição, que o tornava um excelente caçador... Até o cheiro que nunca havia prestado atenção...”. Tudo se encaixava. Aquele era Ethan. Meus pensamentos foram se alinhando ainda mais, se ligando a rastros que o felino havia deixado de uma maneira não intencional. “Ele estava me vigiando desde o início... Agora tudo faz sentido”.

Fixei minha visão aos olhos de Ethan uma última vez, sentindo a amarga decepção. Após isso, me afastei dos dois seres, indo em direção às minhas roupas. Me destransformei e rapidamente me vesti. Depois segui para a casa de Carlisle.

Assim que entrei no meu canto, tranquei as duas portas do mesmo, impedindo o acesso de qualquer ser, pelo tempo necessário até eu arrumar meus pertences dentro de minha mochila e escrever uma carta.

Todo o decorrer do dia anterior até o recente desfecho, passou pela minha mente. Em todas as minhas teorias, eu tinha plena convicção de que nunca imaginaria um final como aquele.
Sim, eu iria embora e tinha certeza absoluta disto.

As intenções de Ethan, desde o início, se tornaram claras em minha mente. Ele já havia feito parte do clã dos Volturi. Mas e se, na verdade, nunca tivesse saído dele? E se ele só mantivesse o fato muito bem guardado? E por que ele estava me vigiando e “se preocupando” comigo?

A primeira vez que vi Ethan, agora tendo conhecimento de que ele era o portador dos olhos brilhantes, foi quando ele me vigiava na floresta. Ele devia estar analisando as alternativas de me matar, para levar minha cabeça aos Volturi. Mas Edward apareceu antes. Quando Ethan viu que eu estava próxima dos Cullen, não perdeu tempo e se apresentou como o antigo conhecido. Da primeira vez, os Cullen acreditaram erroneamente que Ethan havia deixado os Volturi, e continuaram a acreditar, pois, como o próprio Ethan me constatou e provou, ele era perito em discrição e seus olhos e sua mente não o denunciariam. Vendo que minhas relações com os Cullen estavam se aprofundando e eu também me aproximava dos Quileutes, revelar meu segredo do lobo poderia fazer com que eu me sentisse a ameaça para todos e decidisse ir embora, o que seria perfeito para conseguir me capturar. Devia ter aproveitado minha primeira caçada a ele para saber se poderia mesmo se esconder de mim e certamente ficou feliz em ter uma resposta positiva. Mas seus planos de fazer sentir-me culpada não deram certo, pela amabilidade dos Cullen. Então sua nova tentativa se baseou em conseguir meu afeto, na intenção de futuramente viajarmos para longe, juntos, e ele conseguir finalizar sua missão. O ódio cresceu em mim quando me certifiquei de que Ethan estava quase conseguindo me fazer afeiçoar-se a ele. E por que Ethan resolveu apenas aparecer na floresta, há minutos atrás, sem medo de revelar seu lado felino? Porque ele sabia que eu estava enfraquecida horas antes, desde que me viu chorar no sótão, e devia ter ouvido minha última conversa com Edward, sabendo que o que confessei, por fim, faria minha mente se conturbar ainda mais e atrapalhar minhas estratégias. Eu estava vulnerável e Ethan sabia. Ele me mataria naquele momento se não fosse Edward aparecer.

“Suas estratégias não são tão boas quanto a sua habilidade de discrição, senhor Ethan. Mas seu cinismo... Esse sim me impressiona.”

Assim que terminei de arrumar minha mochila, já tinha o papel e a caneta em mãos, para a carta. Antes de começar, fechei meus olhos e, de maneira ligeira, pensei em cada momento bom que passara com os Cullen. Eu realmente cheguei a pensar que poderia acrescentar Cullen ao meu sobrenome e aquilo me fez sorrir. Ainda guardava um pouco de esperança comigo, mas esta pequena reserva iria embora, em poucos minutos.

No fim, tudo aconteceu como, no fundo, eu esperava. Só que de forma diferente. Ainda sim, eu sabia que não duraria. Sentiria falta também dos Quileutes, de correr com os lobos, das brincadeiras e do olhar amedrontador de Billy Black.

“E se Ethan não fosse mais um Volturi? Se eu estiver errada?”. Ainda que não acreditasse totalmente nisso, sabia que existia tal possibilidade. Porém, não me permitiria o benefício da dúvida, pois as consequências de esperar para ter certeza poderiam ser graves.

~

Agradeço por toda hospitalidade. Eu realmente estou agradecida pelo acolhimento de vocês e também dos Quileutes. Espero que não tentem me procurar. Vocês sabem porquê escolhi ir e não gosto de despedidas pessoalmente. Eu juro que tentei. Obrigado de novo.

~

Coloquei a carta em cima do divã e olhei mais uma vez para o meu canto. Eu sentiria falta dele também, principalmente do gramofone e os belos discos de vinil.

Então abri a porta de vidro, pulei da varanda e corri para dentro da floresta. No caminho, cheguei próximo o suficiente do chalé de Bella e Edward, para este último ler meus pensamentos, os quais concentrei apenas na minha hipótese sobre Ethan e suas estratégias. Eu estava em um lugar que podia, entre espaços de arbustos, ver as costas de Edward através de uma janela do chalé. Quando tive certeza que ele lera o que eu queria, em minha mente, percebi que uma lágrima havia traçado uma linha úmida em minha bochecha esquerda. O motivo? Eu estava protegendo meu irmãozinho de mim mesma, mais uma vez.

Antes que Edward se virasse para a janela e olhasse em minha direção, eu fugi estrategicamente, pois sabia que apenas na velocidade ele me alcançaria sem muita dificuldade. Eu não me preocupava de Ethan me seguir. Se ele estivesse longe dos Cullen e Quileutes, seria ótimo para mim. Ainda que o lado afetivo se fora, Ethan podia ser perigoso contra os que até então acreditei, por um momento, que poderiam ser minha futura família.

Há quilômetros de distância de qualquer Cullen ou Quileute, sentia a velha e amarga companhia da solidão, novamente se aproximando. Ela me estendeu a mão e eu a segurei, ainda com as lágrimas, ainda de coração quebrado, ainda em meu luto eterno.

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