Reaprendendo a Caminhar

By SabrinaCastro335

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Bárbara é tirada da prisão por uma pessoa que a surpreende muito. A mesma passa ajudar para que mulher possa... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48

Capítulo 25

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By SabrinaCastro335

— Quanta coisa. — Luna olhou as sacolas que Bárbara e Eduardo haviam comprado.

— Não vai abrir não, só vamos abrir quando todo mundo chegar e então vamos revelar o sexo do bebê. — Bárbara abraçou Eduardo que retribuiu sorrindo.

— Mas... mas... mas, Babi. — a adolescente olhou-a manhosa.

— Mas nada. — cortou-a.

— Edu...

— Só quando todos estiverem aqui. — Eduardo também falou e Luna cruzou os braços emburrada indo para o lado de fora da casa — Bom, eu vou ir na barbearia dar uma cortada no cabelo e aparar a barba, ok?

— Vai lá, amor. — beijou-o e devagar o homem foi soltando-a. 

Eduardo pegou a chave do carro de volta e saiu de casa, entrou no carro e foi até o centro que não era tão longe dali. Chegou na barbearia, entrou e logo foi recebido pelos barbeiros. O lugar era moderno com vídeo-game, mesa de pebolim e ping pong.

— Aqui ficou realmente bom, Francis. — Eduardo comentou sentando no sofá de espera e pegando o controle de vídeo-game.

— Pois é, cara. Não foi fácil, hein. Você lembra que eu comecei na garagem da minha mãe. — o barbeiro respondeu enquanto fazia o cabelo de um cliente.

— Oh, se lembro. Você treinava corte em mim, ainda bem que nunca fez merda no meu cabelo. — deu risada e o cara o acompanhou.

— E a mulher? Como tá?

— Tá bem, tá em casa. Fui com ela no ultrassom hoje, vamos ter uma menininha. — Eduardo sorriu enquanto ajeitava o menu do jogo.

— Parabéns, cara! — se afastou um pouco do cliente e o cumprimentou com um soco na mão — Olha, filho dá trabalho, mas é uma benção.

— Verdade. Você já é pai também, não é? Eu esqueci.

— Sou, sou sim. Tenho uma menina e um menino. — apontou para um canto do salão onde tinha uma garotinha brincando em cima de um tapete — Essa é a Martina de cinco anos. Ela estuda de manhã e de tarde fica comigo aqui na barbearia. O Henrique é bebê ainda, fica com a mãe dele em casa.

— Eu nunca me senti tão feliz, Francis. Me sinto completo, sempre quis ser pai e a minha mulher tá tão linda de barriguinha. — falou bobo — E ela não para quieta. Ontem tava lá com enjôo, mas tava brincando com o neto dela.

— Neto? — Francis o encarou estranhando — Desde quando Fernanda é avó?

— Fernanda? — Eduardo franziu a testa — Você não sabe? Fernanda e eu nos separamos já faz um tempo já. Eu engatei outro relacionamento e ela também.

— Nossa, cara, eu não sabia.

— Pouca gente sabe ainda. — riu e colocou a mão no bolso — Ai, cara, esqueci a carteira em casa. — pegou o celular — Vou ligar pra mulher trazer pra mim.

— Não precisa, você é amigo. Penduro pra você.

— Que pendura o que. Vou pagar. Nada mais que justo. — discou o número de Bárbara.

" — Oi, Edu. "

— Linda, esqueci a carteira em casa. Pode trazer pra mim?

" — Onde tá? "

— Em cima da mesa de telefone.

" — Achei. Onde é essa barbearia? "

— Sabe a entrada do centro? Aquela que é do lado de um estúdio de tatuagem?

" — Hum, sei. Vou levar e aproveito pra passar na padaria pegar o suco que a Luna quer. "

— Então tá bom, eu te espero aqui.

" — Ok, amor. Beijo. "

— Beijo. — desligou.

Bárbara pegou a carteira de Eduardo, a chave de seu carro e saiu de casa. A mulher chegou na barbearia, estacionou o carro um pouco para trás, desceu e caminhou para a entrada. O moreno a viu e se levantou do sofá.

— Aqui. — entregou para ele.

— Obrigado. — beijou-a — Esse é Francis. Francis, essa é minha mulher. — apresentou os dois.

— Tudo bom? — apertou a mão de Bárbara.

— Tudo e você? — sorriu.

— Tudo bom também. — retribuiu o sorriso.

Eduardo alisava a barriga de Bárbara e ela segurava em sua mão sentindo ele subir e descer com o carinho.

— Eu preciso ir, amor...

— Vai, daqui a pouco eu chego. — afastou o cabelo dela e beijou sua testa demoradamente.

— Tá bom. — balançou a cabeça e o abraçou — Até mais tarde, amor. — saiu da barbearia.

— Até mais tarde. — observou ela ir na direção do carro.

— Ela lembra muito a... madrasta da Fernanda.

— E eu era. — Bárbara falou ao voltar e entregar um saquinho de bala para o namorado — Dá pra pequena ali. — apontou para a garotinha — Tchau, Edu.

— Tchau, minha linda. — observou ela sair e entrar no carro.

— Você engravidou a madrasta da sua ex?

— Engravidei. — deu risada — Eu namoro a ex-madrasta da minha ex-esposa e provavelmente com certeza vou casar com ela.

— Como isso aconteceu?

— É uma boa pergunta. — foi até a cadeira e sentou — Foi muito rápido, brigamos muito anos atrás, nos reencontramos, viramos amigos e logo começamos a ficar. Eu queria ser pai e ela queria ser mãe, então não nos previnimos quando tivemos relações justamente na intenção de engravidar.

— Não acha que talvez vocês tenham se precipitado em serem tão rápidos?

— Acho que não, eu acho que demoramos até.

— Você a ama?

— Amo. — respondeu e sorriu ao pensar que era a primeira vez que ele falava que amava Bárbara para alguém que não era tão próximo — Eu amo demais.

— Sendo assim, o que importa é o sentimento.

...

De noite...

Bárbara foi até o quarto da bebê que ainda estava sendo montado e voltou com a maleta de laços fechada. Na sala todos estavam ansiosos para saber o sexo do bebê. Eduardo brincava com Santiaguinho no sofá, Aurora estava ao lado do marido, Edite conversava com Matias e Angélica, Lulu e Luna jogavam UNO no mesa da sala de estar.

— Ok, quem quer saber o sexo do bebê? — Bárbara chamou a atenção de todos.

— EU! — Luna e Lulu saíram correndo pulando pelos sofás.

— Assim que eu abrir essa maleta, vocês saberão se é menino ou menina. — sorriu e Eduardo levantou indo até ela.

— Abre logo! — Edite se mostrou eufórica.

— Vai, mãe!!! Eu quero saber! Tô curiosa! — Aurora balançava a perna ansiosa.

— Hummm. — Bárbara deu uma risada gostosa que fez Eduardo ficar encarando ela encantado — O bebê é... — abriu a maleta primeiro de frente pra si, Eduardo encarou a lacinhos e sorriu, então ela virou de frente pra eles — UMA MENININHA!

— AEEEEEEEE!!! — Luna comemorou com Lulu e o resto da família extremamente animada.

Eduardo beijou a lateral da testa de Bárbara e ela o abraçou, o homem a completava em todos os sentidos.

Por algumas longas horas o assunto da noite foi a bebê de Bárbara. Edite encarou Aurora e a mãe com barrigão e então pensou em fazer fotos das duas grávidas juntas.

— Vou fazer um book de gravidez de vocês duas juntas. — sorriu e mãe e filha se animaram com a ideia.

Horas mais tarde, Bárbara estava no quarto da neném, ela guardou as roupinhas na gaveta da cômoda branca, arrumou algumas fraldas, lenço umedecido no potinho, separou o talco, cheirou o sabonete líquido e se sentou no sofá que havia ao lado do berço e se encostando na parede e esticando as pernas. Toda noite ela gostava desse momento de intimidade com a bebê, logo tipo a blusa, ficando apenas de top e shorts do pijama.

— Oi. — Eduardo entrou sorrindo com alguns cremes nas mãos — Você esqueceu no quarto. — chegou mais perto dela.

— Quer passar?

— Eu posso?

— Unhun. — assentiu.

— Ok. — sentou ao lado dela, abriu um do frascos e começou a passar por toda a barriga dela, devagar, sentindo a pele da mulher entre seus dedo.

Bárbara assistia em silêncio apenas suspirando e sorrindo com o toque dele. Eduardo começou a conversar com a filha de um jeito carinhoso. E

— Papai quer muito te conhecer, sabia? Ver o seu rostinho, escutar sua risada e admirar o seu sorrisinho. — colocou o creme em cima do encosto do sofá e continuou massageando a barriga de Bárbara — Ver os seus primeiros passos. Estar lá pra segurar as suas mãozinhas, passar remédio nos seus machucados, me assustar todas as vezes que você cair, ficar emburrado quando você aparecer com o seu primeiro namorado, chorar quando te levar ao altar. — se emocionou e Bárbara também — Eu te amo, minha princesa. E amo mais a sua mãe que me deu você de presente.

— Eduardo... — segurou o rosto dele alisando e levantando, se ajeitou e então o beijou lentamente descontando todo seu amor nele e ao cessar se abraçaram.

De madrugada, Eduardo dormia e Bárbara estava acordada com fome, mas não era uma simples fome, ela queria especificamente um copão de Milk Shake de chocolate.

— Edu... — cutucou ele.

— Humm...

— Eu tô com fome.

— Come alguma coisa. — respondia sonolento e riu.

— É fome de Milk Shake de chocolate. — o jeitinho que ela falou o fez encará-la. Eduardo então sentou e pegou o celular para ver a hora.

— São duas e quinze da manhã, onde vou arranjar um Milk Shake de chocolate pra você? — esfregou os olhos.

— Eu não sei... é que me deu muita vontade... — observou ele ficar procurando alguma coisa no celular — Mas não precisa se preocupar, não. Amanhã eu tomo.

Eduardo se levantou e foi ao banheiro, lavou o rosto e fez xixi, saiu indo na direção da sala e Bárbara ficou encarando o homem tentando entender o que ele estava fazendo, logo escutou o som do carro saindo, foi para a janela e viu ele saindo de pijama e tudo. Os minutos passaram e ela voltou para, voltou a cochilar e não o viu voltar.

Eduardo foi do outro lado da cidade numa lanchonete que ficava 24h aberta e pediu o Milk Shake de Bárbara, assim que pronto, voltou para a casa com a bebida da mulher e então foi ao quarto, vendo-a cochilando.

— Ei... — afastou um pouco o cabelo dela — Psiu... Amor?

— Edu... — acordou devagar.

— Aqui ó. — mostrou o copo com a bebida e ela arregalou os olhos sorrindo e pegando.

— Onde você achou?

— Em uma lanchonete 24horas, agora toma o seu milk shake e dorme.

— Tá bom. — sorriu.

Eduardo voltou a deitar bocejando e ela se encostou no corpo dele tomando a bebida enquanto ele subia e descia a mão pelo braço da mesma. Aos poucos ela voltou a cochilar e ele percebeu, então pegou o copo dela que estava só com um restinho de milk shake, colo ou no criado e arrumou para voltar a dormir com ela.

Bárbara que percebeu, o olhou e sorriu. O fato de Eduardo ter saído pra ir buscar aquele negócio, naquele horário a deixou com o coração quentinho. Ele realmente fazia tudo que ela tinha vontade, principalmente depois da gravidez. Às vezes sentia que não fazia nada pra ele, só dava carinho e atenção, mas nem sempre isso é o que basta. De alguma foram iria retribuir os gestos dele.

De manhã, Bárbara levantou antes de todo mundo para fazer café e colocou na mesa todas as coisas que Eduardo gostava, queria fazer isso por ele. Assim que montou a mesa foi acordar tudo mundo, primeiro bateu na porta de Matias e depois entrou no quarto de Luna indo até a cama dela.

— Acorda, meu amor. Coloquei o café na mesa já, se arruma para ir no médico.

— Bom dia, Tia Babi. — se espreguiçou e a mulher sorriu vendo ela sentar.

— Seu cabelo já cresceu mais. — passou a mão.

— Simmm, o suficiente pra acordar com ele armado. — saiu da cama e foi para o banheiro.

Bárbara foi para eu quarto e subiu em cima de Eduardo balançando ele. Logo ele acordou com o peso dela e sorriu.

— Eu fiz café, vem tomar. — se inclinou e beijou-o — Tá uma delícia.

— Como você? — riu.

— Um pouco mais.

— Impossível.

Eduardo levantou, foi ao banheiro para fazer suas higienes, se trocou e então ajudou-a arrumar a cama. Foram para a cozinha e ele olhou toda a mesa com as coisas que gostava.

— Você fez isso?

— Bom, você saiu quase três da manhã pra me comprar um milk shake de chocolate do outro lado da cidade. Me senti mal por não fazer metade do que você faz por mim e pela nossa filha. — sorriu lateralmente e Eduardo pegou na mão dela fazendo carinho.

— Você faz bastante coisa por mim, Bárbara. Só não percebe. — beijou o rosto dela — Às vezes eu penso que não te dou o suficiente, que eu não sou o suficiente. Tipo, você consegue ser tudo pra mim e eu sinto que não consigo ser nada.

— Mas você é, é muito por sinal.

— Eu queria mais, queria tentar demonstrar sentimento direito por você.

— Eu não entendendo.

— É que eu sinto que você me ama por inteiro e eu pela metade, você me dá tanto amor e eu sinto que retribuo tão pouco.

— Você ainda tá aprendendo a gostar de mim, convenhamos. Mal começamos a namorar e eu já engravidei. A gente não aproveitou a nossa relação, não nos aproveitamos porque primeiro fomos atrás do nosso sonho que era nosso bebê. E agora conseguimos, muitas pessoas dizem que a relação do casal balança depois do nascimento do bebê, mas eu não quero que isso aconteça, eu tô disposta ter um dos melhores relacionamentos com você, Edu, lógico que, nenhum casal é perfeito, tem brigas, discussões, a única coisa que eu não quero é perder essa essência gostosa que criamos juntos. — a jeito compreensivo dela acalmava Eduardo — Só que você também precisa estar disposto a passar e enfrentar todos os desafios que a gente venha sofrer no nosso namoro.

— E eu tô disposto, minha linda. Juro pela minha vida que eu tô. Eu quero a nossa filha, mas também quero você. — tocou a barriga e o rosto dela.

— Eu sei disso, mas quem precisa entender, é você.

Depois do café, Bárbara levou Luna para a consulta com médico, era o dia que ele diria como estava o corpo dela após a último quimioterapia.
Luna havia mudado o estilo de roupa durante os meses que passou em casa longe da escola, se inspirava em garotas americana e se sentia muito linda, independente de suas marcas no corpo e cabelo curto.

— Eu tenho ótimas notícias, senhorita Luna. — o velho falou sorrindo para os papéis — VOCÊ ESTÁ CURADA! Totalmente curada!




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