Reaprendendo a Caminhar

By SabrinaCastro335

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Bárbara é tirada da prisão por uma pessoa que a surpreende muito. A mesma passa ajudar para que mulher possa... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48

Capítulo 7

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By SabrinaCastro335

— Babi, se você engravidasse de novo, ia querer uma menina ou um menino? — Luna perguntou enquanto comiam.

— Eu queria ter mais uma menininha. — Bárbara sorriu olhando a pizza — Mas você sabe que isso não vai acontecer... — ergueu a cabeça.

— Por quê? — Eduardo perguntou.

— Porque... — ela ainda sorria, mas dessa vez, triste — porque eu não quero criar um filho sozinha, queria que tivesse um pai, que não crescesse como Aurora e... na minha situação, nenhum homem vai me querer ao descobrir tudo que eu já fiz, todo meu passado. Eu prefiro evitar qualquer sofrimento, qualquer dor, não me recuperei nem da minha infância ainda...

— Sua psiquiatra disse que você evoluiu muito. — Luna sorriu motivadora.

— Só em algumas coisas... Mas ninguém vai querer ficar com uma mulher problemática, que toma remédio controlado, passa com psiquiatra, tem crise de pânico e mais um monte de coisa. — suspirou.

— Quem te disse isso? — o homem comia devagar e falava calmo — Se alguém se apaixonar verdadeiramente por você, não vai ter nada que impeça essa pessoa de ser feliz ao seu lado e de te fazer feliz também. Essa pessoa vai cuidar de você como ninguém nunca fez, vai se dedicar a te arrancar um sorriso, a te fazer rir. Bárbara, nem todo mundo é igual. Artêmio te usou, Gonçalo te exibia como troféu mesmo sendo um homem bom, Damián... nunca fui com a cara dele, sempre soube que ele era um péssimo partido tanto pra você quanto pra qualquer outra mulher. — pegou o copo de suco — Mas isso não quer dizer que todos os homens vão te fazer mal...

— Eduardo, eu nunca vou encontrar alguém que faça tais coisas por mim... — abaixou a cabeça.

— Precisa parar de ser pessimista. Bárbara, você é uma das mulheres mais lindas que eu já conheci, você sempre chamou atenção em qualquer lugar, pelas roupas, pela beleza única, por ser fácil de se adaptar aos lugares, de se comunicar. — pela primeira vez, Eduardo a elogiou de coração — Vou te explicar uma coisa. — esticou a mão para o queixo dela e puxou para que se olhassem nos olhos, Luna ficou surpresa e sem reação, se segurando para não gritar o quanto os queria como casal — Você só não pode sair dando seu coração para a primeira pessoa que demonstrar interesse em você, ok? Antes de ser amada por alguém, você tem que se amar. Lembra de como você era? Se olhava no espelho sempre se admirando, retocava maquiagem, você pode voltar a ter a autoestima daquela Bárbara, porém qualquer maldade você deixa lá, tudo lá atrás. Traz pra cá só o que convém a você. — deslizou a mão para a bochecha dela e acariciou.

Luna tomava o suco e comia sem piscar, só observando a cena deles dois juntos, ela tentava não surtar, gritar, pular. Só sentia o clima entre os dois.

— Por que vocês não saem para um encontro? — ela sugeriu chamando atenção deles.

— O que? — Bárbara encarou a afilhada.

— Um encontro, Luna? — Eduardo soltou o rosto de Bárbara devagar para também encarar a menina.

— É... vocês jantarem sozinhos... sem mim... ou qualquer outra pessoa... — ela explicou.

— Luna, eu não vou te falar nada. — a loira voltou a comer séria. Já Eduardo sorriu carinhoso para a menina.

— Desculpa... — a menina deixou o prato com pizza ainda e se levantou — Eu só queria ajudar, vocês dois estão solteiros, não tô dizendo pra se agarrarem, é só jantar, comer alguma coisa enquanto conversam um pouco sem alguém que possa interromper a conversa.

— Eu entendi, baixinha. Não precisa se desculpar. — Eduardo pegou a mão dela com carinho e Luna o abraçou em silêncio deitando a cabeça no ombro dele.

O espírito paterno de Eduardo acalmava Luna, Bárbara olhou-a e a garota piscou um olho sorrindo para a madrinha que ficou envergonhada ao ver que tudo era armado para a jovem deixar eles dois a sós.

— Eu vou para o meu quarto. — a menina saiu cabisbaixa.

Luna entrou no quarto e começou a rir e sorrir boba por ter deixado os dois a sós. Era muita química entre Bárbara e Eduardo para ficar segurando vela.

— Não vou deixar ela ficar sem comer, vou levar essa pizza pra ela e o suco, depois levo um chocolatezinho. — Bárbara pegou a pizza e o suco, foi ao quarto de Luna e entrou vendo a adolescente pintando um quadro — Amor?

— Babi. — sorriu e se virou para ela.

— Você não vai dormir sem comer, termina sua pizza, seu suquinho. Daqui a pouco eu te trago chocolate. — colocou em cima de uma mesinha.

— Eu ia lá beliscar depois. — foi para a mesa.

— Luna, você quer tanto assim que Eduardo e eu dê certo? — se aproximou da menina.

— Sim, muito. Você viu como ele segurou no seu rosto, te fez carinho, olhou nos seus olhos. Eu não estaria insistindo tanto em vocês dois, se eu não visse futuro. Se algum dia ele não aguentava te olhar por cinco minutos, garanto que hoje ele passaria horas te admirando, que fosse em silêncio. — pegou a mão dela — Babi, se você realmente ama Eduardo, demonstre. Não precisa escancarar, não precisa dizer que o ama diretamente. Apenas seja você, mostra que você é uma mulher boa, que vale a pena querer investir o tempo e carinho dele.

— Mas... eu acho que ele só veja com carinho de amigo, ou só respeito, porque... Eduardo nunca vai me ver como mulher, ele não pode amar alguém que já fez tanto mal a ele... — derramou uma lágrima.

— Ponha o destino no comando e você verá. Eduardo pode te amar mais do que amou Fernanda, vai por mim. — beijou os dedos da madrinha — Volta lá, volta.

— Tá... — suspirou e saiu do quarto voltou para a sala e Eduardo estava em silêncio esperando ela, Bárbara olhou-o e sorriu voltando para mesa.

— Tá tudo bem? — perguntou ao vê-la sentar.

— Luna quer tanto ajudar as pessoas que às vezes esquece que precisa viver a vida de adolescente dela...

— Eu entendo. — se ajeitou na cadeira.

— Se... você não estiver se sentindo confortável... e quiser ir embora, não tem problema, viu? Eu sei como é ficar mal em algum lugar e...

— O que acha da gente assistir um filme? — a interrompeu e a proposta feita por ele foi basicamente um: eu não vou embora tão logo daqui.

— Boa ideia. — ela sorriu um tanto quanto boba.

Depois que comeram, tiraram qualquer vestígio de louça suja da mesa e levaram para a pia para então irem de volta à sala assistir o filme.

— E o que vamos assistir? — Bárbara tirou os chinelos e sentou no sofá colocando os pés no mesmo.

— Não sei, o que você quiser assistir. — sentou ao lado dela.

— Vamos escolher juntos. — ligou a televisão e abriu o programa de streaming para escolherem um filme.

— Que tal começarmos pela categoria? Animação, ação, aventura, terror, suspense, mistério, comédia, comédia romântica, romance, documentário, drama, fantasia, ficção científica, música... — ele leu as categorias em voz alta.

— Eu gosto de animação, aventura, comédia, comédia romântica, um pouco de fantasia...

— Bom, o que acha de assistirmos comédia romântica? Não é tão meloso e é engraçado ao mesmo tempo. — sugeriu.

— Comédia romântica? Você gosta? — abriu a categoria que lhe mostrou vários filmes.

— Bastante até, por incrível que pareça.

— Ah, que bom então. — ela sorria surpresa.

Logo escolheram um filme e colocaram para rodar, de início já davam risada. Bárbara tinha uma gargalhada gostosa e contagiante, chegou um momento que ela não parava de rir e Eduardo a encarava um pouco perdido no olhar dela.

— Sua risada é gostosa. — elogiou.

— Obrigada. — tentou se acalmar enquanto o encarava nos olhos — Eduardo, seja sincero comigo. — pausou o filme.

— O que foi...?

— O que quer de mim?

— Como?

— Você nunca, nunca, em toda nossas vidas, me fez um carinho, me deu um sorriso sincero, nada. Aí você aceita jantar comigo, me faz carinho de surpresa, sorri pra mim, ri, brinca comigo, elogia minha risada, me elogia toda em si. Não tô acostumada com isso, pode me dizer o que quer de mim?

— Bárbara... — Eduardo procurava as palavras corretas para conversar com ela — Há um bom tempo eu desconheço o que é carinho de uma mulher, o que é sentir a mão quente de uma mulher me fazendo ter a sensação de ser especial, entende? Eu sei que você também desconhece o que é um carinho caloroso de um homem. Eu pensei que... podíamos nos aproximar e... trocar um carinho. Eu sei que isso soa muito... estranho, só que... — dessa vez Eduardo quem ficou envergonhado, confuso com si mesmo e não sabia o que falar — Eu não faço a menor ideia do que eu tô falando ou o que está acontecendo.

— Você tá carente... — concluiu — Tanto quanto eu estou... — levou a mão lentamente e um pouco trêmula no rosto do homem e Eduardo ficou sem se mexer, quando o toque se concretizou, Bárbara esfregava as pontas dos dedos na bochecha dele.

— Eu não mereço metade do seu carinho, sei o quanto já te fiz sofrer, sei das vezes que virei as costas e te deixei chorando. — tirou a mão dela com calma de seu rosto — Eu preciso te pedir perdão, preciso que você me perdoe por tudo que eu já te causei. Não é justo eu agir como se nada tivesse acontecido.

Bárbara pegou a mão dele e então levou para seu rosto e fechou os olhos pedindo carinho, Eduardo parou de falar na hora por perder o raciocínio das palavras e passou a acariciar a bochecha da mulher.

— Você não sabe como eu fazia de tudo para chamar a sua atenção... — ela sussurrou balançando o rosto contra a mão dele — E agora eu consegui... — sorriu e abriu os olhos— Eu não fiz nada e consegui. Você quer me dar carinho... Eu nunca imaginei que um dia fosse sentir seu toque assim...

— Sério que você... sempre quis um carinho meu?

— Sempre. — viu que Eduardo tinha um semblante confuso — Eu acho que exagerei... — se afastou dele — Me desculpa.

Eduardo então entrelaçou os dedos nos cabelos da nuca dela a pegando de surpresa, chegou mais perto e beijou o rosto de Bárbara demoradamente fazendo cafuné na mulher, ela se aproximou mais e colocou o corpo no dele segurando em seus ombros.




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