Reaprendendo a Caminhar

By SabrinaCastro335

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Bárbara é tirada da prisão por uma pessoa que a surpreende muito. A mesma passa ajudar para que mulher possa... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48

Capítulo 2

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By SabrinaCastro335

— Solta??? — Aurora se levantou da cadeira com o telefone na mão — Como minha mãe foi solta e vocês não nos avisaram?

Santiago, Fernanda e Gonçalo arregalaram os olhos surpresos e assustados. Eduardo apenas fingiu o baque já que ele ficou sabendo da história antes de todos, mas não disse a ninguém.

— Recorreram à sentença dela? Quem recorreu? — se apoiou na mesa — Como vocês não podem me dizer? Ela é minha mãe e eu tenho direito de saber quem a tirou da prisão.

— Como assim a Bárbara está solta? — Fernanda segurava o sobrinho no colo.

— Ah, por ordens dela e do tutor dela vocês não podem me dizer? — Aurora voltou a se sentar decepcionada — O que é que eu posso dizer então, né? — respirou fundo — Tem algo que eu precise saber? — apoiou a cabeça na mão — Ela foi pra Miami fazer tratamento dermatológico, ok... Obrigada. — desligou o telefone — Minha mãe foi solta e não deu autorização de me dizerem!

— Mas também, você nunca se importou com a vovó direito. — Santiaguinho falou pegando todos de surpresa — Nunca me levou pra ver ela e agora eu nunca mais vou ver a vovó.

— Não é isso, filho... É que...

— É isso sim, a vovó fez coisa errada, mas eu gosto dela, a vovó é linda e o tio Edu disse que ela me ama muito. — desceu do colo de Fernanda — Ele me contou que ela chorou muito por você e por mim, isso não é justo. — foi chorando para Eduardo que o abraçou.

— Mas a sua vovó machucou muito o vovô e toda nossa família, inclusive sua vovó Monserrat. — Santiago tocou no filho.

— Eu não tenho culpa, eu nem pedi pra nascer... — chorava inconsolável no ombro do tio.

— Já chega, Santiago! Você é pequeno demais para entender as coisas e não sabe o que é maldade, a sua avó é uma assassina! Uma criminosa! — o pai do menino levantou puxando o braço dele com força fazendo o mesmo quase cair do colo de Eduardo e se assustar.

— Vai machucar ele, para com isso! — Fernanda voltou a pegar o sobrinho e foi na direção do marido que voltou acolher o garotinho — Justamente por não enxergar maldade que ele tem direito de amar e gostar de Bárbara, não vai ser você, Aurora e nem ninguém que vai impedir ele de gostar de alguém com toda essa pureza no coração que carrega. — beijou as costas do sobrinho — Não chora, meu amor.

— Me tira daqui, titio... — ele pediu e Aurora assentiu dando autorização para Eduardo sair com seu filho.

Eduardo foi até o jardim com o pequeno caminhando entre as árvores com ele, a relação que dois tinham despertava no homem cada vez mais a vontade de ser pai, mas do jeito que as coisas andavam, seria meio impossível, Fernanda não demonstrava interesse em ser mãe.

— Não pode falar assim com seus pais, campeão. — colocou o menino em um galho baixo de uma árvore.

— Mas eu queria muito ver a minha vovó e a mamãe só quer ficar mandando cartinha. Eu não quero cartinha, eu quero a minha vovó. — abaixou a cabeça.

— Ai, Santiaguinho... — acariciou o cabelo dele — Quem sabe um dia sua vovó não venha atrás de você, não é?

— Será, tio Edu?

— Não custa ter um pingo de esperança, certo?

— É. — sorriu.

...

Semanas depois...

— Matias, tô saindo pra buscar a Luna. — Bárbara falou pegando as chaves do carro.

— Ok, vocês virão pra casa?

— Acho que não, vou ver com ela. Sabe como a sua menina, né? — deu um sorriso carinhoso.

— É, eu conheço a figurinha. — riu.

Bárbara saiu do apartamento e pegou seu carro novo indo direto para a escola de Luna. A mulher estacionou em frente e desceu para esperar ela encostada no carro. O sinal tocou e os adolescentes começaram a sair, alguns iam para os carros dos pais, os maiores que já tinham seus próprios carros iam pegar no estacionamento da escola, outros iam sozinhos, foi inevitável lembrar que ela era sempre a última a sair quando estudava para demorar o máximo que podia antes de voltar com Artêmio.

Logo ela viu Luna saindo com alguns amigos dela, a adolescente viu a mais velha e sorriu animada, era a primeira vez que Bárbara ia pegá-la na escola.

— Aquela é a minha madrinha, gente. — apresentou — Eu tenho que ir. — se despediu e correu para Bárbara a abraçando — Você veio me buscar.

— Sim! Eu disse que vinha, não disse?

— É que das outras vezes, você tinha medo. Então eu não acreditei muito. — segurou as mãos dela.

— Por isso mesmo eu deixei o medo de lado e vim buscar você. — sorriu — Matias perguntou se íamos voltar para casa, então eu disse que ia ver com você.

— Ah, vamos no shopping, a gente come lá. Por favooooor! — pediu.

— Hum, tá bom. Mas avisa ele, pra não matar o velho do coração. — abriu a porta para ela entrar e pegou a mochila da mesma.

Luna entrou na frente e Bárbara colocou a mochila no banco de trás, quando fechou a porta, se olhar se cruzou com o de quem ela menos imaginava, Eduardo. Ele estava de longe e levava um garotinho no colo que ela logo reconheceu que era seu neto, o homem estava parado, chocado.

Bárbara abaixou o óculos de Sol e deu a volta no carro entrando logo e saindo calma para não se demonstrar afobada. Luna tomava água quando reparou que a madrinha se via estranha.

— Barbie? Tá tudo bem? — perguntou.

— O que?

— Parece que você viu um fantasma de tão branca que está.

— Um fantasma não, porém uma pessoa do meu passado.

— Quem?

— Eduardo Juarez.

— Aquele bonitão que você mostrou foto e paga pau pra ele? — arregalou os olhos e Bárbara olhou também surpresa.

— Quem disse que eu " pago pau " pra ele? — ligou o rádio.

— Seu olhar vendo a foto dele, o jeito que você falava dele com carinho e decepção ao mesmo tempo. — observou-a respirar fundo.

— Ele nunca me olhou... Nunca se importou comigo...

— Já você...

— Eu sempre fui boba dos homens. Porém vamos deixar isso pra lá, ok? Vamos falar da coisa mais linda que eu vi, meu neto com ele. Como ele tá lindo, de uniforme, grandinho. Com a mochilinha nas costas e a lancheira na mão. Todo arrumadinho e com aquele cabelinho cacheado. — sorria cada vez mais boba — Meu neto é perfeito, Luna.

— Eduardo deve ter trazido ele pra turma da tarde, que de manhã é o pessoal da sexta série ao terceiro do médio, de tarde o pessoal do infantil até a quinta série e de noite é o pessoal do curso técnico.

— Ele tá tão grande, Luna. Até esses dias era um bichinho pequeno. — suspirou completamente apaixonada.

— Quando quiser, te acompanho para ver seu neto e sua filha.

— Eu não queria ir até a fazenda, seria muita ousadia da minha parte. Tenho que pensar bem em como vou fazer para ver eles.

— Hum, vamos chegar em alguma conclusão até porque eu sei o quanto você ama eles.

— Demais, demais. Não vou deixar minha filha nunca, vou pedir perdão até não ter mais as minhas cordas vocais se necessário.

— Seu amor pela sua filha e pelo seu neto é lindo. Queria muito ter crescido com a minha mãe. Matias me dizia que quando ela estava um pouco bem, tentava passar o tempo todo comigo, mas que quando estava mal... Ficava trancada no quarto e não me queria por perto... — se encolheu — Fiquei muito tempo sem ela...

— Não fica triste, meu amor. — pegou a mão dela — Cheguei de última hora, mas cheguei na sua vida.

— É, te encontrar foi a melhor coisa que eu já fiz. — esperou Bárbara parar no semáforo para poder abraçar e beijar ela.

...

— Não é possível que seja ela... Ou é? Seria muita coincidência...

— Ela quem, tio Edu?

— Ninguém, pequeno. Amiga do titio. — sorriu descendo ele do colo — Ó, tá na hora de entrar, vai lá, vai. — deu um último abraço nele e um beijo.

— Tchau, tio Edu. Te amo. — acenou e entrou na escola.

— Também te amo, baixinho. — esperou o pequeno entrar e foi para o carro — Se for ela... Como Bárbara está diferente... — balançou a cabeça perdido.

...

Bárbara almoçou com Luna no shopping e de tarde foram embora. Ao anoitecer, a adolescente andava atrás da mulher.

— Não, Luna, eu não tenho idade pra ir em boate.

— Não é boate, é só um barzinho bem legal que você pode ir, conhecer pessoas, pegar alguém. — riu.

— Luna!

— Você tá linda, gostosa! Precisa dar uns beijos, há quanto tempo você não beija? — cruzou os braços.

— Sei lá, uns cinco anos... — deu de ombros — Mas eu não preciso!

— Pelo menos vai pra conhecer pessoas, fazer amizades, sim?

— Será? Mas eu não bebo muita coisa alcoólica.

— Lá tem suco, tem algumas coisinhas pra comer. Eu já passei lá pra comprar suco fresco. Vai, vai ser bom. — sorriu.

— Então, me ajuda escolher uma roupa.

— Ajudo. — se animou puxando ela para o quarto.

...

— Fernanda? — Eduardo abriu a porta do escritório.

— Oi, Edu. — olhou-o.

— Eu vou sair para dar uma volta.

— Ok. — assentiu sorrindo e ele se aproximou sorrindo para dar um beijo nela que virou o rosto.







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