Comprada por JOSH ( ADAPTAÇÃO...

By bruna880430

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Essa história tem classificação acima de +18 anos .. se vc for menor nao Leia... Joshua Kely Beauchamp é her... More

#1 Quando tudo mudou
#2 CLUBE
#3# josh
#4# Josh
#5# josh
#6# Any
#7# josh
#8# a comprar
#9# ANY GABRIELLY
#10# Any
#11# Josh
#12# Any
#13# Any
#14# josh
#15# Any Trauma🥺
#16# josh
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#19# Any ( curiosidade )
#20# josh
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Pergunta ?

#18# josh

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By bruna880430

Sentei na poltrona do meu quarto e abri um livro sobre fermentação. Queria me distrair com alguma coisa e o trabalho costumava ser a melhor ferramenta, porém, não naquele dia. Estava perdido entre o arrependimento e a certeza de que havia feito a coisa certa. Costumava ser indiferente a tudo, honestamente, não sei porque não fui daquela vez, quem sabe foi a certeza de que não havia qualquer consentimento da Any com a situação que lhe fora imposta. Era a favor de que as pessoas levassem suas vidas como bem entendessem.




Torcia para que todo aquele incômodo fosse embora junto com a Any, mas, dada a atual situação, teria que lidar com isso por mais tempo do que o planejado. Certamente não havia medido qualquer consequência ao me levantar e oferecer um milhão por ela. Não foi apenas o dinheiro...



Havia trazido para dentro da minha casa uma completa estranha com nítidos traumas.



Fechei o livro, desistindo da leitura e levantei com a boca seca. Não costumava tomar água à noite, mas saí do quarto a caminho da cozinha. Minha suíte ficava no fim de um longo corredor, e para chegar à escada, tinha que passar pelo quarto do Wallace e onde Any estava dormindo.


Aproximei-me da porta. Estava silencioso lá dentro. Será que ela havia conseguido dormir sem pesadelos ou não estava dormindo? Afastei meus pensamentos, isso não era problema meu. Já havia feito muito mais do que deveria por ela e precisava deixar que lidasse com os próprios traumas.



Desci dois níveis de escada e atravessei o primeiro andar do castelo, imerso na penumbra da noite, até chegar perto da cozinha. Estranhei que a luz estivesse acesa. Elga não era o tipo de empregada distraída que deixaria algo assim acontecer. Trabalhando há quase trinta anos para a minha família, desde que eu era um menino, ela nunca havia cometido uma falha. Então, quem estaria na cozinha?




A primeira coisa que senti antes de chegar na porta foi um cheiro de bolo, bolo de chocolate, para ser mais específico. Será que a cozinheira estava trabalhando até mais tarde? Era quase uma hora da manhã, não havia qualquer justificativa para ela fazer um bolo naquele horário, nem era aniversário de alguém.




Embora estivesse esperando encontrar a Elga, surpreendi-me ao pisar na cozinha e me deparar com a Any tirando um bolo do forno elétrico. Franzi o cenho, estranhando a situação mais ainda. 

— O que está fazendo aqui? — questionei em um tom firme que cortou o silêncio como uma lâmina afiada, e fez com que ela pulasse de susto.



Se Any não tivesse apoiado a travessa quente na bancada de pedra, provavelmente teria deixado cair e poderia ter se machucado.


— Josh?! — Arregalou os olhos castanhos e soltou a travessa, tirando as luvas que usou para tocar o metal quente.


— O que está fazendo aqui? — repeti a pergunta, aguardando impaciente por uma resposta dela.


— E... eu... eu... — gaguejou, sem conseguir formar uma frase inteira. Tinha certeza de que isso não era por dificuldade com a minha língua.



— Você...? — Cruzei os braços e apoiei-me no batente da porta, olhando-a de cima para baixo.



Minha postura intimidadora pareceu deixá-la ainda mais tensa, porém, Any apontou para o bolo e tentou abrir um sorriso.


— Gosta de chocolate?

— Não fuja da minha pergunta.


Ela engoliu em seco.


— Eu... é que... Bom, estava com saudade de comer um bolo de chocolate. Perguntei por alto para a Elga se tinha os ingredientes, ela me falou que sim, mas, por favor, não brigue com ela. Provavelmente imaginou que a pergunta era para que ela fizesse o bolo para mim.



— Então, por que não pediu a ela? Elga é a cozinheira aqui.


— Sei disso, mas estava com saudades de fazer algo bom e prazeroso. Eu amo bolo de chocolate com morongo, mas não comi mais desde que a minha mãe morreu. Sei que, se eu dormir, vou voltar a ter pesadelos, preferi empenhar o meu tempo e meus esforços em algo melhor e menos aterrorizante.


— Entendi. — Não mudei a minha postura. Queria brigar com ela, dizer que não poderia simplesmente invadir a cozinha e fazer o que bem entendesse, porém, lembrei-me da forma como o pesadelo havia a deixado aterrorizada na noite anterior e desisti de repreendê-la. Que mal tinha querer fazer um bolo?

— Gosta de bolo de chocolate com morango?


— Prefiro os que têm calda.

— Você é sempre assim? — questionou-me, mas percebi que o seu sorriso havia aumentado.

— Assim como?


— Implicante com tudo.


— Não implico com tudo.


— Implica sim.


Dei de ombros, ignorando-a. Não iria ficar discutindo como se fossemos duas crianças. Terminei de entrar na cozinha e puxei uma banqueta de madeira, sentando-me nela.


— Vou fazer a calda de chocolate, também prefiro com.


— Okay! — Mantive os braços cruzados e o olhar firme nela.


Ela pegou uma panela em um dos armários e percebi que os ingredientes já estavam separados sobre o balcão. Será que Elga havia deixado para ela ou a própria Any havia ido buscar na dispensa?


— Não é solitário morar sozinho nesse castelo?

— Tenho vários empregados.

— E a sua família? Não é casado?

— Acha que eu estaria num lugar como aquele onde nos encontramos se eu fosse um homem casado? — Mantive o tom frio, mas, dessa vez, Any não se encolheu diante da minha resposta ríspida.


— Faz sentido. — Esboçou um sorriso. — Sabia que vendiam mulheres?


— Claro que não! Achei que eram apenas putas e um sexo diferente.


— Não sou uma puta.

— Não estou me referindo a você.

— Obrigada mais uma vez por ter me tirado deles.


Apenas dei de ombros, sem uma resposta objetiva. Não havia feito aquilo pela gratidão dela nem de ninguém, apenas por seguir um impulso idiota da minha consciência.


— Quantos anos você tem? — Era difícil não olhar para ela e pensar que era uma menina, por isso tantos idiotas naquele clube haviam ficado alvoroçados quando colocaram os olhos nela.


— Dezenove — respondeu sem ressalvas enquanto rebolava ao mexer levemente o conteúdo da panela. — E você?

— Eu?

— Sim! Perguntou a minha idade, eu quero saber qual é a sua.


— Vinte e nove.


— Dez anos mais velho que eu. Quando faz aniversário?

— Se concentra no seu bolo, menina. — Mostrei os dentes para que ela percebesse que não estava disposto a trocar informações íntimas.


— Está quase pronto. — Desligou o fogão, reservou a panela e pegou um garfo, fazendo alguns furos na massa fofa do bolo antes de despejar a calda. — Eu faço aniversário em Outubro. Dia nove de Outubro.


Não respondi, indiferente a informação que ela havia me fornecido. Não havia a comprado para ganhar a amizade de uma fedelha.



Any cortou um pedaço do bolo e serviu para mim em um pequeno prato. Era simples, sem muitos confeitos, apenas massa e uma fina camada de calda, mas estava saboroso o suficiente para que eu comesse todo o pedaço e tivesse vontade de repetir.

— Quer mais? — Parou na minha frente, estendendo as mãos.


Elevei o prato para ela e nossos dedos se tocaram. Ignorei a aproximação até perceber que as bochechas dela estavam coradas. Soltei o prato, por pouco ele não escorregou por entre os dedos dela e caiu. Levantei do banco e fui até a geladeira, lembrando-me do motivo pelo qual havia descido até a cozinha. Enchi um copo com água e tomei tudo de uma vez, depois coloquei o copo na pia.


— Não deixa a cozinha bagunçada. — Dei as costas e voltei para o meu quarto sem dar brecha para que ela pudesse conversar comigo, já havia falado demais sobre mim para uma desconhecida.



Só precisava dormir um pouco, e assim que Wallace desse um jeito, Any iria embora e minha vida voltaria a ter o sossego de antes.



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