#41# JOSH

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Ainda estava intrigado sobre o que poderia ter acontecido com a Any para deixá-la tão tensa durante o dia. A resposta mais lógica era que minha mãe poderia ter feito alguma espécie de ameaça que a deixou assustada, contudo, o que Any precisava compreender era que minha mãe não possuía qualquer tipo de influência sobre mim.





Peguei algumas coisas e segui para o quarto dela. Pensei que, depois do sexo, pudéssemos conversar, relaxar, talvez tivesse coragem de me dizer o que estava acontecendo.





Assim que me aproximei da sua porta, eu ouvi um gemido, aliás, não um gemido, mas um murmúrio de choro. O lamento foi seguido de uma voz masculina em um tom de ordem.





— Se comporta, sua putinha, que talvez eu possa soltar o seu pescoço.




Soltei a mala que carregava no ombro e a deixei cair no meio do corredor ao correr para dentro do quarto da Any. Forcei a porta, que deveria estar aberta, mas não estava, precisei arrombá-la, nem sei de onde tirei tanta força para fazê-la abrir com um único chute.





O que encontrei no quarto me deixou furioso. O noivo da minha mãe estava em cima da Any na cama, apertando o pescoço dela com uma força que certamente estaria a sufocando. As alças da camisola dela haviam sido baixadas e seus seios estavam à mostra. Além disso, ela estava sem calcinha, com a parte de baixo do corpo exposta. Esperneava, mas percebi facilmente a sua falta de forças. O abusador em cima dela parecia prestes a penetrá-la, mas cheguei antes que acontecesse.





Eu o puxei pelos ombros e o arremessei contra a parede.




— jo-Josh , socorro! — Any massageava o pescoço, juntando o resto de fôlego que possuía para pronunciar uma súplica.



Avancei para cima dele sem qualquer vestígio de juízo, apenas raiva. Que direito ele achava que tinha de entrar na minha casa e tentar estuprar a Any, a minha Any!? Fui educado até demais com aquele sujeito desde que o vi, não poderia prever que fosse capaz de algo assim. Como noivo da minha mãe, deveria estar preparado para me deparar com qualquer tipo de sujeito.



— Não se aproxime! — Ele sacou uma arma e apontou na minha direção.



Arregalei os olhos.




— Por favor, não machuca o Josh — Any choramingou. Desde que ela chegou na minha casa, eu nunca a vi tão aterrorizada. — Pode fazer o que quiser comigo, mas não atira no Josh, por favor.




— Ele vai ficar bem longe de você! — rosnei. Só de ter a imagem daquele homem em cima da Any, sentia todo o meu corpo queimar com uma fúria incontrolável. Cerrei os punhos, cravando as unhas nas palmas das mãos, disposto a socar aquele bastardo na primeira oportunidade.




— Josh , por favor... — Any se derramava em lágrimas, mas nem em outra vida alguém iria apontar uma arma para mim fazendo com que  isso fosse o suficiente para que eu permitisse que ela fosse abusada.





Any já havia sofrido demais e eu estava disposto a levar um tiro para não permitir que abusassem dela de novo.





Jax tinha me dito o quanto era importante fazer aulas de defesa pessoal, mesmo sempre tendo ele ou algum outro segurança por perto nos momentos de maior risco. Quem diria que a minha casa deixaria de ser um lugar seguro? Ainda bem que eu tinha dado ouvidos ao segurança e o deixado me treinar.



Avancei na direção do cara, acabando com a distância e deixando a arma a pouco centímetros do meu peito.




— Josh... — Any choramingou.




Comprada por JOSH ( ADAPTAÇÃO )Où les histoires vivent. Découvrez maintenant