QUE RAIVA DO JOSH😡😡😡....
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Aproximei a dose de uísque do nariz e senti o seu aroma antes de tomar uma única gota, deixando que ela escorresse pelas papilas gustativas da minha língua e me revelasse completamente todo o sabor contido na bebida.
— O que acha, senhor? — perguntou o gerente de produção parado diante da minha mesa, esperando a minha resposta a respeito do novo blend que estavam testando.
— Acho que está frutado demais, doce. O aroma é bom e o sabor também, mas está suave demais. Que queria algo mais marcante. Mais forte.
— Compreendo. Iremos fazer novos testes. — Ele pegou a garrafa e o copo que estavam na minha frente. — Em breve, terei novos resultados para mostrá-lo.
— Obrigado.
Antes que o homem saísse do meu escritório, vi meu telefone vibrar sobre a mesa e o nome do Wallace aparecer no visor. Fiquei surpreso, pois ele não tinha o costume de me ligar, geralmente falava o que precisava antes que eu saísse do castelo pela manhã. Deveria ser algo urgente que não poderia esperar o meu retorno.
— Alô!
— Senhor, lamento perturbá-lo, mas imaginei que gostaria de ser informado sobre o que aconteceu.
— O que aconteceu, Wallace? — O tom de voz dele havia me deixado tenso ao ponto de segurar o celular com mais força.
— Any desmaiou, eu a trouxe para a clínica do Donald Scott, na vila.
— Ela está bem? — O ar desapareceu dos meus pulmões.
— Ainda não sei, o médico está a examinando. Elga e eu estamos aqui com ela.
— Eu já estou indo. — Empurrei a cadeira para trás e me levantei num salto.
— Estou aguardando o senhor aqui.
— Obrigado por avisar.
Joguei o celular dentro do bolso e saí do meu escritório na destilaria sem pensar duas vezes. Senti um aperto desconfortável dentro do peito e uma pontada que doeu. Pensar que a Any estava doente, seja lá qual fosse o motivo, me deixou desesperado. Lutei contra aquele sentimento, mas não consegui. Já era tarde demais, eu havia me apegado demais a presença dela e não queria perdê-la.
— Não sei se volto hoje — avisei para alguém na produção antes de seguir porta afora.
Fui até a entrada da destilaria e entrei no carro. Dirigi para o vilarejo com menos de mil habitantes, que era o mais perto de uma civilização que havia próximo ao castelo. Inclusive, boa parte dos funcionários da destilaria morava lá, tendo o negócio da minha família como o principal gerador de empregos na região por séculos.
Durante o percurso, fiquei me perguntando porquê Wallace não colocou a Any no helicóptero e a levou até Edimburgo. Um desmaio deveria ser uma coisa séria. Ela precisava de atendimento especializado.
Desci do carro, após pará-lo de qualquer jeito na porta e segui para o interior da clínica.
— Senhor? — Ouvi a voz da Elga, mas a ignorei, procurando pelo Wallace.
— Onde está a Any? — Parei diante do meu empregado.
— Ela está com o doutor lá dentro do consultório, aguarde um pouco que ele irá chamá-lo — disse uma enfermeira sentada atrás do balcão.
Não queria aguardá-lo, rosnei para ela, mas a minha cara feia não a intimidou. A enfermeira apenas apontou para um banco de aço com um estofado gasto, esperando que eu me sentasse nele. Porém, antes que eu a obedecesse, o médico abriu a porta e olhou para mim.
Ele era um homem velho, na faixa dos sessenta anos, com poucos cabelos brancos e olhos azuis. O leve sorriso que ele tinha nos lábios estranhamente me deixou mais calmo.
— Senhor Beauchamp, há quanto tempo?
— Como a Any está?
— Entre, por favor. — Ele abriu mais a porta para que eu pudesse passar por ela e percebi que Any estava deitada sobre uma maca, mas estava acordada. Isso aliviou um pouco mais a pressão do meu peito.
— Como você está? — Fui direto nela e segurei as suas mãos entre as minhas.
— Eu estou bem. Disse para a Elga que foi só um mal-estar passageiro.
— Ninguém desmaia por nada, Any. — Lancei um olhar severo para ela, realmente estava preocupado.
— Não foi por nada — disse o médico –, mas não é nada com que devam se preocupar, na verdade, é uma boa notícia.
— Desde quando um desmaio é uma boa notícia?! — Cerrei os dentes.
— Vertigens, enjoos, e até mesmo desmaios são sintomas da gravidez. Pelo ultrassom, o embrião tem aproximadamente nove semanas.
— Gravidez? — Soltei a mão da Any e afastei alguns passos para trás, tonto e desnorteado, como se tivesse sido acertado em cheio por um coice.
— Não, eu não posso estar grávida. — Any balançou a cabeça em negativa. — Tenho tomado o anticoncepcional todos os dias, assim como a ginecologista me indicou, tem três meses.
— Esses métodos contraceptivos não têm cem por cento de eficácia, há casos de mulheres que engravidaram mesmo utilizando. Além disso, se faz apenas três meses que começou a tomar, a gravidez ocorreu durante o primeiro mês, onde a proteção do medicamento não é efetiva. É recomendado ao menos um ciclo do medicamento antes de ter relações sexuais sem outros métodos contraceptivos.
Depois da surpresa, veio a raiva.
— Você fez de propósito?!
— josh, não! — Ela tentou se levantar da maca, mas pareceu ainda um tanto tonta para ficar de pé.
A fúria me fez cerrar os punhos e os dentes. Não acreditava que tinha feito tudo o que fiz por ela para que a Any tentasse dar um golpe da barriga, assim como a minha mãe fez com o meu pai.
— Eu não sou um idiota... — balbuciei ao me afastar alguns passos, até dar as costas e deixar o consultório.
— Senhor! — Elga gritou e tentou segurar o meu braço, mas me esquivei dela e voltei para o carro.
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Bjs ......
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Comprada por JOSH ( ADAPTAÇÃO )
FanfictionEssa história tem classificação acima de +18 anos .. se vc for menor nao Leia... Joshua Kely Beauchamp é herdeiro de um império secular que rege com maestria. No entanto, por trás do excêntrico e recluso homem de negócios, que vive em um isolado ca...