Toxic 》 malik

By fIawIess

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onde uma jovem rapariga, através da sua personalidade insana, desmorona a faceta de um homem comum acabando... More

Toxic » malik
01 | Literalmente!
02 | Blair, vá analisar as plantas.
03 | Acha-se assim tão importante?
04 | Qual foi a tua de trancar a porta?
05 | Eu não saio sem o meu telemóvel.
06 | É um pensamento errado.
07 | Blair. Blair Wayland.
08 | Vou desligar.
09 | Eu não sei fazer de outra maneira!
10 | O loirinho ou o ruivo?
11 | Já usa dentadura?
12 | Eu não sou assim tão labrega.
13 | Tens cara de Conner.
14 | Eu não estou na menopausa!
15 | Tu só podes ser maluquinha.
16 | Gosto dessa personalidade em ti.
17 | Com sutiã ou sem sutiã?
18 | São assuntos privados.
19 | Tu gostas de uma menina.
20 | Mas Blair, você não manda.
21 | Gostaria de fugir consigo.
22 | Vai para as aulas, amor.
23 | Anda a cuscar o meu Tumblr, Mr. Malik?
24 | Pensas que sou uma Barbie?
25 | É complicado.
26 | Fomos violados mutuamente.
27 | Tu foste a uma sexshop?
28 | Tem cuidado com a velha do Charleston!
29 | Já que insistes tanto...
30 | Eu não cheiro mal da boca!
31 | Eu estou com desejos.
32 | Estás tão molhada...
33 | Eu estou bem.
34 | Pareces-te tanto com a tua mãe, Blair.
35 | A minha mãe mandou-te beijinhos.
36 | Queres que lhe dê o tiro onde?
37 | Isso só acontece nos livros.
38 | Ela está ansiosa para ter netos.
39 | Miss Jones ou Mr. Malik?
40 | Ainda não estou surda.
42 | Mereces um osso só por isso.
43 | Eu acho que vou vomitar...
44 | Tu para mim és a única.
45 | A preto e branco ou a cores?
46 | É apenas um amigo com benefícios.
47 | Eu tenho uma ideia melhor...
48 | Tu és maluca.
49 | Lamento que isso tenha acontecido.
50 | A tua mente é semelhante à de um bebé.
51 | Tu andas a fumar o quê mesmo?
52 | Eu vou matá-lo.
53 | Pareces triste...
54 | Inacreditável...
55 | Pronta para o ano novo?
56 | Estão a ter um momento lésbico?
57 | Blair olha para mim...
58 | Sonsa.
59 | Nós vamos morrer!
60 | Eu nunca te pude prometer nada.
Epílogo
Novidades!!

41 | Se a polícia aparecer foge!

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By fIawIess


B l a i r

Os meus cabelos negros, de pontas já ligeiramente estragadas e a pedincharem por um corte urgente, raspavam nas minhas costas destapadas. Optara por não levar o vestido que tinha em mente devido aos acontecimentos que podiam acontecer com o decorrer da noite. Queria sentir-me segura com o que usava ainda que não seja uma rapariga muito preocupada com os olhares do sexo oposto.

Faço o líquido transparente, contido no interior do frasco de vidro, vir de encontro ao meu peito. Escolhera estriar o perfume que recebera, como prenda, no dia do meu aniversário. Após pegar no meu eyeliner, tento fazer uma linha fina e com a máxima de precisão, junto às minhas pestanas que ainda necessitavam de rímel. Abano um pouco a minha cintura, imaginando ritmo de música mexida e sorrio para o meu reflexo no espelho.

Eu aparento estar melhor do que na realidade estou.

Os meus cabelos estavam soltos dando, por isso, um efeito muito engraçado conforme eu dançava. Samantha, estática perto da perta, olhava para mim como se desaprovasse a minha atitude. A minha companheira de quarto nega com a cabeça mas não consegue evitar um sorriso doce.

"Estás muito contente, Twinkle Twinkle!"

"Vou, finalmente, a uma festa!" Eu exclamo, continuando a dançar pouco preocupada com as figuras que muito provavelmente estava a fazer. Coloco o rímel sobre as minhas pestanas, para lhes dar um maior volume, e sorrio agradada com a imagem que me era permitido observar no espelho.

"Vê lá se tens juízo!"

"Eu não tenho sempre?"

"Não. É por isso que te estou a avisar."

"Essa doeu, Sam."

Passo por ela, para entrar na divisão do dormitório, e analiso todos os casacos que tinha no meu armário, para ver qual o que ficava melhor com o meu conjunto de roupa. Sorte a minha de ter alguém com bom gosto a partilhar o quarto comigo pois nenhum dos meus casacos me enchera as medidas ao ponto de o escolher. Além disso, já andava para experimentar a nova aquisição de Samantha e achara esta a altura ideal para o fazer.

"Para onde pensas que vais com o meu casaquinho novo?"

"Por favor?" Eu pedincho de forma acriançada.

"Blair, vais-me por o casaco a cheirar a tabaco."

"Por favor?" Eu continuo, desta vez com uma voz ainda mais mélica do que a que usara anteriormente.

"Se tu mo estragas, levas!"

"Obrigada!" Eu agradeço com um pequeno sorriso a transparecer no meu rosto.

Pouso o casaco em cima da minha cama quando ouço alguém bater à porta. Samantha e eu olhamo-nos com uma expressão de desentendimento. Coloco a possibilidade de ser o Niall, ainda que não me acreditasse a cem por cento nessa possibilidade. Contudo, dou de ombros e dirijo-me para ver quem era. Não a chegara a abrir pois, antes que isso acontecesse, algo me inquieta.

"Posso?"

A voz de Zayn soa fazendo-me respirar de forma descontrolada com o susto. Arregalo os olhos para Samantha e corro para o outro lado do quarto, pedindo através de gestos para que fosse a rapariga loira a responder-lhe. Samantha assente com a cabeça e morde o lábio inferior, mostrando-se nervosa com o meu requerimento.

"Só um momento."

Samantha vira-se para mim, com a aflição a pintar-lhe o rosto, e leva as suas unhas pequenas e mal-arranjadas à boca, demonstrando a sua ansiedade perante a situação. Após me murmurar para me esconder, respira fundo e aguarda até que eu me coloque debaixo da sua cama. Não pensara muito no local ideal mas estou certa que ele não irá tomar nenhuma atitude relevadora da nossa intimidade pelo facto de Samantha estar aqui. Ele é inteligente. Simplesmente, um monstro inteligente.

Assim que a minha colega de quarto entende que eu já me encontrava escondida, abre a porta.

"Boa noite, Samantha. Desculpe incomodar a estas horas mas é mesmo necessário."

"Não tem problema nenhum. Mas deseja-me alguma coisa? Algum favor?"

"Na verdade, eu gostava de falar com a Blair."

"Com a Blair?"

"Sim, sobre a sua frequência. Algum problema?"

"Na verdade, sim. Ela saiu há alguns minutos com um rapaz e não sei a que horas chega ou, se ainda chega."

"Compreendo." Zayn diz num tom muito mais frio e seco. Mordo o lábio inferior ao escutar a conversa, claramente orgulhosa da forma como Samantha estava a lidar com a situação. Achara que ela se ia espetar ao comprido, por mentir a um docente, mas na realidade está-se a sair muito bem e a ser bastante discreta.

"Eu amanhã digo-lhe que passou por aqui ou, se preferir, eu mando-lhe agora uma mensagem."

"Não se incomode. Eu amanhã tentarei falar com ela." Ele declara num tom indiferente, cheio de calma, e ouço-o recuar. "Obrigado na mesma, Miss Samantha."

A forma distante como ele a trata congela o meu coração. Imaginar ele virá, eventualmente, a tratar-me deste jeito fora das aulas é como um calcamento sobre os pedaços de vidro que ainda não foram capaz de se unir após a discussão.

Assim que ouço a porta fechar-se saio de baixo da cama e sorrio como forma de agradecimento. Samantha nega com a cabeça, como se aquilo que ela fez por mim não tivesse sido nada de especial, e abraço-a com força. Ele vinha aqui impedir-me de sair, de me divertir. Ele iria congestionar as minhas ações e as minhas vontades. Como sempre acontece.

O meu telemóvel começa a tocar perturbando-me só com a possibilidade de ser ele. Contudo o sorriso de Samantha prova o contrário.

"Acho que tens de ir." Ela declara, entregando-me o telemóvel para as mãos. No ecrã estava o nome da pessoa que me iria acompanhar esta noite, Niall. "Diverte-te muito."

"Acho que não venho dormir aqui mesmo." Eu rio-me, vestindo o casaco pousado em cima dos meus lençóis. "Se eventualmente o Louis aparecer aqui agradeço que não se exaltem na minha cama. Guardem as hormonas até chegarem à tua cama."

"Eu não acredito que tu acabaste de dizer algo desse género, Blair!"

"Oh, até parece que não me conheces." Eu comento entre gargalhadas e beijo a sua bochecha como forma de despedida. "Até amanhã."

"Até amanhã."

Entro no carro preto, e pouco recente, do jovem loiro que já me esperava à porta da universidade. Sorrio ao entrar na viatura e beijo-lhe o rosto após me sentar no confortável assento. O gesto é-me logo retribuído e coloco o sinto para que possamos seguir viagem até ao local onde se estava a realizar a festa.

"Desculpa ter-me atrasado tanto."

"Já estava à espera. Enfim, mulheres!" Ele diz num tom bastante divertido.

"Para tua informação eu não sou assim. Apenas surgiu um imprevisto."

"Claro, claro. Dá desculpas."

Finjo-me de ofendida e olho pela janela, admirando as luzes dos cadeeiros, da beira do passeio, passarem por mim de forma pouco límpida e desfocada. A hora de maior trânsito já havia passado, felizmente, mas, tendo em conta as horas que já eram, ainda havia algumas pessoas a circularem pela cidade. Bato o meu pé ciclicamente devido ao nervosismo e aumento o volume do rádio para que o silêncio constrangedor não fosse tão notado.

Observo Niall a fazer as manobras no seu carro para conseguir estacionar sem chocar contra mais nenhuma outra viatura. Eu já tentei tirar a carta mas, como também se trata de estudar, eu havia falhado redondamente. Tenho que tentar este ano, novamente.

Retiro o cinto assim que ele desliga o motor do carro e saio de dentro do mesmo.

"Ainda temos que andar muito?"

"Não, a festa é já ali." Niall informa-me, após arrumar as chaves do carro no seu bolso. Sigo-o, caminhando a seu lado pelo passeio, e ajeito o meu cabelo liso e negro que teimava em se colocar à frente dos meus olhos. As extremidades do meu rosto estavam um pouco arrefecidas devido à fria aragem que acompanhava a noite escura e sombria.

"Conheces quem está a organizar a festa?"

"Não. Foi um amigo meu que me informou de que ia haver."

Niall entra num pequeno caminho de piso irregular e sigo-o enquanto olhava com atenção tudo à minha volta. A obscuridade da noite não me davam uma perceção muito agradável do que me rodeava mas sentia-me bem por não estar sozinha. Levo as mãos gélidas e pálidas até aos meus bolsos do meu casaco para as tentar aquecer. As minhas pernas, apenas tapadas pelas meias de vidro, desejavam umas calças contrariamente aos meus braços que se gabavam por estarem a peça de roupa quente da minha colega de quarto.

"Blair, um aviso."

"Diz."

"Se a polícia aparecer, foge."

Assento com a cabeça, compreendendo o que ele me queria dizer, e coloco o meu olhar no chão para não colocar o meu salto alto nos buracos existentes entre as pedras já ligeiramente levantadas deste piso irregular.

A festa estava, provavelmente, a ser organizada num espaço sem a autorização e, por isso, era provável a polícia aparecer a meio da noite. Claro que havia outros inconvenientes neste género de festas como é o caso da droga, do barulho incómodo para as pessoas que vivem na vizinhança, o álcool em demasia, etc.

Já conseguia ouvir a música do exterior mas assim que entrámos naquela grande divisão sentia-me a ensurdecer. O fumo artificial desfocava a minha visão e o cheiro a tabaco e droga logo incomodaram o seu sentido olfativo. As luzes que insidiam sobre várias zonas, de forma alternada, causavam-me uma sensação estranha, não me deixando com a certeza de quem se encontrava à minha volta. O pior efeito era, sem dúvida, a luz branca que acendia e apagava ciclicamente dando-nos a sensação de que estávamos a ser fotografados gradualmente. O medo de cair devido a este efeito era enorme, por isso, eu e Niall esperámos junto à entrada até que o mesmo acabasse.

Ainda que já tivesse ido a várias festas, nenhuma delas se assemelhava a isto. Normalmente era algo banal onde a uma música mexida circulava pelo ar e onde os casais se beijavam sem parar. Isto ultrapassava a minha imaginação e a adrenalina e ansiedade de começar a viver o momento já me corriam pelas veias.

Assim que o irritante efeito acaba, Niall dá-me a mão e faz-me passar por entre as pessoas pouco ou nada incomodadas com a agitação. Fecho o meu olhar para apreciar a música e abano o meu corpo ao som da mesma, aproveitando cada segundo. Niall, que me parecera estar a rir-se de mim, leva-me até à mesa das bebidas e retira algo do qual acho nunca ter provado. Decido confiar na sua escolha e, perante todas as diferentes bebidas que tinha à minha mercê, opto por pega numa igual à dele.

Após dar um pequeno gole, sorrio de forma apreciativa. O rapaz loiro inclina o seu corpo para mim, na tentativa de me dizer algo, mas o volume exagerado em que a música se encontrava não me permitira compreender uma única palavra. Berro, por isso, ao seu ouvido para que ele repita o que dissera.

"Eu perguntei se estavas a gostar."

"Estou a adorar!"

"Ótimo."

Sorrio muito e bebo de uma só vez o líquido transparente e ardente que se encontrava dentro do meu copo. A minha pele arrepia-se devido à bebida alcoólica mas o sabor que permanece na minha boca acaba por se tornar algo doce, delicioso.

Decido colocar a minha hiperatividade de lado esta noite e acabo por pegar num copo de outra bebida diferente. Aceito o cigarro que o meu acompanhante me oferecia e após o acender dou um pequeno bafo no mesmo. O cheiro, que a princípio eu achara incomodativo, já pouco ou nada me constrangia. O meu corpo movimenta-se ao som da música eletrónica e faço por terminar a minha segunda bebida o mais rápido. Não queria nada ter o copo da minha mão.

"Queres dançar?"

"Depende da forma como tu danças!" Eu exclamo alto a seu ouvido.

"Eu danço da forma como tu quiseres que eu dance."

Sorrio com a sua provocação e caminho por entre as pessoas na tentativa de alcançar a zona central, onde a maior parte dos jovens dançavam. Niall acabara por me seguir, tal como eu esperava. Levo o meu cigarro, já quase na sua fase terminal, de encontro aos meus lábios e inalo o fumo tóxico levando-o até aos meus pulmões. Os nossos corpos juntam-se mais quando ele coloca as suas mãos na minha cintura e a minha preocupação e pensamento desnecessários são colocados de lado. Apenas me queria focar na festa e esquecer tudo aquilo que costumava ser a minha rotina.

Eu apenas me quero deixar levar pelo divertimento.

Envolvo os meus braços à volta do pescoço do rapaz loiro e deixo o fumo, ainda armazenado nos meus pulmões, passar calmamente para a boca do rapaz atraente que tinha à minha frente. Mordo o meu lábio inferior após a realização da ação e movimento o meu corpo de forma pouco coordenada com a batida.

Os minutos iam passando e a realidade ia-me sendo retirada à medida que o álcool e a droga entravam no meu organismo. Fumava cigarros de diversos rapazes, que se metiam comigo apenas por uma dança, sem certezas do que continham no seu interior, se nicotina, se droga. Estas situações faziam recordar as noites das minhas festas de secundário, ainda que o ambiente fosse bastante dissemelhante. Niall, que também se encontrava num estado de pouca consciência, beijava uma morena e parecia perder-se no corpo da mesma.

Os beijos que recebia no meu pescoço e nos meus ombros destapados pareciam-me anónimos pelo facto de nem sequer conseguir ver a cara dos rapazes. Tudo se encontrava turvo, desfocado. As gargalhadas que saiam por entre os meus lábios não eram forçadas mas não tinham motivo aparente. Simplesmente me ria.

E só me apercebera do passar do tempo quando Niall me alerta, estava eu acompanhada por um rapaz moreno. Sinto-me a ser puxada por entre a multidão mas nada parece fazer sentido. Tudo parece estar a andar à roda. Niall força-me a sentar no banco do carro e observar essa situação faz-me rir.

Ouço-o bater com a porta do carro e fazer a ignição. As suas gargalhas confundem-se com o barulho de fundo da batida que parecia estar presa, dentro da minha cabeça.

E é então que eu compreendo o quão mal eu me encontro.

▔▔▔▔▔

Nota: Esta descrição final está meia confusa mas é propositado porque queria tentar fazê-la do ponto de vista de alguém num estado muito mau, como é o caso da Blair.

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