Obirin -✧ O Que Sinto Por Voc...

נכתב על ידי Bee_1972

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✧ Desde que se conhecem por gente, melhores amigos. Com apenas uma diferença: Obito sempre foi apaixonado por... עוד

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✧ XXXX ✧
✧ XXXXI ✧
✧ XXXXII ✧
✧ XXXXIV ✧
✧ XXXXV - capítulo final ✧
!!!

✧ XXXXIII ✧

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נכתב על ידי Bee_1972

"— Rin... Ele acordou — A Uchiha sorriu, sem conseguir conter as lágrimas. "

✧◝(⁰▿⁰)◜✧

Por um instante, as pernas vacilaram e Rin jurou que iria desmaiar novamente. As mãos suavam e foi como se uma onda varresse com força imensurável toda a frustração que habitava em seu corpo, juntamente com o medo.

Poucos segundos antes tentava, de maneira completamente inútil, se preparar para o pior. Não era como se pudesse adivinhar, afinal, assim que o sentimento avassalador do medo e da preocupação a tomou, sequer prestou atenção ao mundo que estava ao redor, e isso incluía o final da ligação, na qual a Sra Uchiha diria que o motivo da voz chorosa era, na verdade, algo maravilhoso.

Ficou feliz por ela. Sabia o quanto a mulher já de idade estava se dedicando ao neto. Largara a vida que tinha em Suna e o que chamava de lar para sentar todos os dias em uma cadeira, por todo o decorrer do dia, apenas para torcer pelo melhor. Acordava cedo e fazia uma longa caminhada, para depois voltar para a casa temporária apenas quando já havia escurecido. Rin não negava, era um esforço dos grandes, como se a vida parasse de correr normalmente e girasse em torno de apenas uma coisa. Sem contar o constante aperto no peito e a incerteza, que davam a mesma sensação de ter a própria carne dilacerada. Obito era um pedaço de si, uma das partes mais importantes de sua vida, assim como era para Rin.

Não queria atrapalhar a cena. Sabia melhor do que ninguém o quão difícil foi chegar até o tão esperado momento, principalmente para as duas. Portanto, se não tivesse quaisquer noção ou se pudesse fazer a primeira coisa que lhe brotasse a cabeça, iria simplesmente ignorar tudo ao redor, inclusive as pessoas, e saltaria em cima do corpo de Obito. A saudade era tanta que doía, não poderia colocar em palavras o quanto queria ouvir que estava tudo bem, que a partir de agora daria tudo certo. Como pôde ser tão negativa a ponto de esperar o pior?

Sabia também que devia se segurar, pelo menos um pouco. Queria deixar a Sra Uchiha aproveitar aquele momento, mas como se não fosse de seu próprio controle, as pernas começaram a se mover, pareciam ter  vontade própria. Precisava do toque, da voz, do olhar. Precisava dele.

Finalmente, ao lado da cama, as pernas perderam a força. Caiu sobre os joelhos e sentiu, simultaneamente, algum peso a puxar para perto dele, ao mesmo tempo que um peso enorme era tirado de seus ombros. A timidez escolheu atingi-la justamente aquela hora, Rin aproximou graciosa e timidamente os dedos do corpo ainda deitado. Queria tanto falar, falar com ele.

— Meu amor... Eu estou tão feliz... Tão feliz... Você vai ficar bem, vai dar tudo certo. — Rin pôde ouvir a mulher ao seu lado sussurrar baixinho, se dirigia apenas a Obito, como se estivesse sozinha com ele. Rin, mesmo juntando todas suas forças, não poderia ter deixado de sorrir.

Pareceu uma tortura, ou uma das coisas mais difíceis que já teve de fazer, mas a Sra Uchiha se afastou do corpo do neto com um sorriso radiante. Foi até a bolsa que repousava sobre a poltrona e retirou da mesma um celular, não era um modelo atual, porém não era uma antiguidade. Rin, de primeira, não entendeu a atitude.

— Rin, vou avisar Mikoto. Você foi a primeira pessoa que me veio em mente, mas não tem noção de como Mikoto estava preocupada. — explicou-se, pensando que deveria dar satisfação e que sair de perto de Obito no momento fosse algo horrível.

Rin tentou, mas nenhuma palavra saiu. Apenas concordou com a cabeça, se lembrando de como Obito e Mikoto eram próximos. Também se sentiu especial ao ser a primeira a receber a maravilhosa ligação, que provavelmente veio de dentro do quarto do hospital e quebrou uma regra ou duas.

Percebeu que estava sozinha no quarto com ele. Obito não falava nada e aparentava cansaço extremo, como se, mesmo dormindo por um mês, estivesse precisando de umas boas horas de sono. O coma deve ter exigido muito de seu corpo. O cabelo escuro parecia um tantinho maior, enquanto os olhos carregavam um par de olheiras, porém as mesmas não eram gritantes. O corpo estava mais magro, deveria ter perdido alguns quilos, fazendo assim as bochechas parecerem menos fofinhas, mas nada que impedisse a vontade de Rin de aperta-las e enche-las de beijos.

Se aproximou, tomando o lugar mais perto do rosto que antes pertencia a Sra Uchiha. Puxou longamente o ar, e mesmo com esforço, não se conteve em desabar em lágrimas. O choro veio alto, sequer tentou disfarçar. Soluçava enquanto apertava a mão do Uchiha com força. Estava presa em um misto gigantesco de sentimentos, e a dificuldade em dizer algo era enorme. Era sufocante, precisava dizer tanto, tão desesperadamente, e não conseguia. Sentia que, a qualquer momento, poderia acordar de um possível sonho ou que, a qualquer momento, as coisas tornariam a ser o inferno de antes. Nunca se sentiu tão grata por algo considerado tão simples. Ele estava ali, bem, consciente. Esperou todos os dias das quatro semanas, durante todas as vinte e quatro horas, por esse momento. E, agora que ele chegou, parecia irreal.

—Obito...— a voz saiu rouca e falhada, e uma única palavra exigiu muito esforço. — Você...me ouve?— perguntou, esperançosa por uma resposta, que não veio. O respirador ainda estava preso ao rosto. O medo, que parecida ter ido em bora, a assolou de novo. O coma era algo que acontecia depois que a área cerebral era afetada. E se perdesse alguma função, como audição, fala, ou até mesmo a capacidade de se mover? Coisas assim só poderiam ser confirmadas depois que o paciente acordasse do coma, e cá estava ele.

Novamente, levando o medo embora, os cilios escuros se fecharam em uma piscada, aparentando ser uma confirmação. Quando encontrou as orbes escuras como a noite, depois de tanto tempo, se sentiu entorpecida. Havia esquecido o quão incrível era mergulhar naquela escuridão e ter o olhar direcionado para si. Deu um de seus mais genuínos sorrisos.

—Me...— a voz falhou mais do que o esperado, puxou o ar com o máximo de calma que conseguiu antes de tentar falar novamente. — Me perdoa, por favor. Me desculpa por te fazer passar por isso, me desculpa, por favor... — as lágrimas voltaram a rolar. Não podia imaginar o quão culpada se sentiria pelo resto da vida se Obito perdesse alguma função do corpo por causa do acidente.

Enquanto desabava, sentiu o polegar de Obito se mover lentamente pela sua mão. Levantou o olhar imediatamente, surpresa com o ato. Todo o carinho transmitido por aquele pequeno gesto era quase palpável e fez toda a frustração diminuir drasticamente. Conseguia ouvir, conseguia se mover, mesmo que pouco, e não havia perdido a memória ou algo do tipo. Tantas boas notícias faziam com que ondas e mais ondas de alívio chegassem, cada uma seguida da outra. Viu um pequeno sorriso se formar no rosto do Uchiha e sentiu que iria derreter. Sorria mais com os olhos do que com a boca, mas sorria.

— Eu te amo, eu te amo tanto. E eu me odeio por ter demorado tanto para dizer. Você não sabe o quanto eu senti sua falta, todos os dias. — quando a voz começara a sair esganiçada, parou brevemente apenas para recuperar o fôlego e prosseguir, sem quebrar o contato visual. — Eu senti falta da sua voz, do seu olhar, de tudo... Tem noção do quanto doeu pensar que eu poderia te perder para sempre? — se aconchegou mais ao corpo deitado, apoiando a cabeça no canto da barriga de Obito. Sentia o tecido do lençol confortável ficar cada vez mais úmido.

— Me desculpa por não estar aqui no instante em que você abriu os olhos. Eu quebrei minha promessa, mas eu não vou sair do seu lado. — sussurrava as palavras enquanto aproveitava o calor humano que o Uchiha emitia, mesmo parado. — Me desculpa...

E, pela primeira vez em um longo intervalo de tempo, se sentiu cansada. Como se todos os sentidos voltassem do nada e de uma vez só, sentiu a fome e o sono que não havia sentido no último mês. Sentiu que, apenas agora, podia finalmente relaxar. Apertou com força a mão que segurava, a sensação era de que, se o soltasse, ele poderia sumir ou evaporar. Queria senti-lo e ter a garantia, mesmo com os olhos fechados, que ele estava ali, ao seu lado e bem. Sussurrou um "eu te amo" antes de adormecer.

(...)

—Rin...— ouviu uma voz distante chamar. — Rin

Abriu os olhos com dificuldade.
Se tivesse mais uma ou duas horas de sono, estaria em 100%.

— A médica que falar conosco. Não queria te acordar, mas acho que você gostaria de ouvir. — Rin sentiu a mão magra da Uchiha deslizar sobre o topo de sua cabeça e, sem levantar do chão e sem principalmente soltar a mão de Obito, Rin se virou para a médica que aguardava em pé.

Porém antes, ao olhar para Obito, viu que o mesmo estava com os olhos fechados. Sentiu um desespero crescente, se virou assustada para a Uchiha e para a médica, portanto não precisou sequer pronunciar algum som para que entendessem.

—Ele está descansando. Deve ter cochilado junto com você. — a médica afirmou docemente, fazendo uma paz se instalar por todo o corpo de Rin. A Nohara sorriu com o comentário, em seguida fazendo um carinho com a maior delicadeza que pôde na mão que segurava. Não queria acorda-lo.

—Bom, como vocês já devem saber, é uma notícia muito boa que o Sr Uchiha tenha acordado. As chances de melhora daqui para frente são grandes, porém devo alertar vocês. — A médica começou, falando um pouco mais baixo que o normal, possivelmente para não tirar Obito do cochilo. Deu uma pequena pausa antes de voltar a falar. — O coma é algo que acontece quando a região do cérebro é afetada, e como vocês já dever saber, é um local muito delicado. Um milímetro a mais ou a menos pode prejudicar drasticamente uma função do corpo. Pelo que podemos ver, Obito enxerga e escuta, mas não temos certeza quanto a fala. Ele acordou recentemente depois de muito tempo sem ver nem falar e provavelmente sem ouvir, ou seja, é ótimo que ele tenha recuperado alguma dessas funções tão rápido. Ainda vai demorar um pouco para que ele receba alta, tanto pela observação quanto pela perna e clavícula que ainda estão em recuperação.

— Muito obrigada doutora, por tudo. Agradeça à toda a equipe por mim, por gentileza. — A Sra Uchiha segurou uma das mãos da loira, tentando demonstrar toda a gratidão. A médica sorriu e se retirou do cômodo.

— Conseguiu falar com Mikoto? — Rin perguntou simpática.

— Na verdade, não. Ela não atendeu ao telefone, então liguei para o fixo. Sasuke atendeu e disse que ela estava no meio de uma cirurgia complicada de dez horas se eu não me engano. Porém vou tentar ligar de novo em breve.— em uma pausa, deu um sorriso sincero. — Sasukezinho ficou tão feliz... Ele gosta muito do Obito. — comentou, sentindo o coração quentinho com as lembranças do neto mais novo.

— Eu dormi por muito tempo? — perguntou. Não tinha nenhuma noção do tempo, e não deve ter durado muito, porém foi um cochilo dos bons e muito provavelmente melhor do que todas as noites de sono das últimas semanas.

— Acho que foi uma meia hora, no máximo. Quando voltei você já estava dormindo, não quis te acordar. Pode voltar a dormir se quiser mas... — cortou a própria fala, fazendo uma expressão de quem tentava puxar algo da memória. — Você não tinha uma entrevista hoje?

Era verdade. Sequer teve a oportunidade de começar a entrevista, mas parecia que toda a animação pelo possível futuro emprego havia sumido num piscar de olhos. Não conseguia pensar em mais nada fora daquele quarto. Parecia ridículo abandonar aquele momento tão preciso para si por uma entrevista de emprego. Kazumi era uma pessoa tão doce, tinha certeza que ela entenderia. Poderia remarcar qualquer outro dia.

— Ah, sim... Eu estava prestes a começar quando você me ligou. — repensou as palavras e sentiu que as mesmas tiveram um ar de culpa, como se a Uchiha a tivesse interrompido. Se corrigiu prontamente. — Mas não é culpa sua. Kazumi com certeza vai compreender. Obito é definitivamente uma prioridade.

— Sim, ela vai entender... Finalmente, huh? Esse quarto já estava virando nossa segunda casa.

— Pois é...— concordou pensativa, lembrando de todos os dias que passou sentada na mesma cadeira e almoçando no mesmo lugar. Quando fora a última vez que havia almoçado em casa? — Você acha que a recuperação vai ser muito difícil? Tipo... Quando será que ele já poderá falar? Ou andar?

— Eu adoraria saber, querida. Mas tomara que seja em breve. E eu tenho certeza de que ele está se esforçando para que seja o mais rápido possível. — se ajeitou na cadeira e olhou calmamente para Obito, apreciando cada detalhe. — Eu estava preocupada dos pés a cabeça, mas Mikoto estava arrasada. Foi muito difícil para ela perder a irmã, ela vai ficar tão feliz quando receber a notícia... Tão orgulhosa... Vai exigir uma visita do Obito de perna quebrada e tudo.

Rin riu com o comentário. Imaginava o quão era difícil para Mikoto, principalmente por não poder vir. Apostava mentalmente que a mulher estava a um passo de se demitir, apenas para vir correndo ver Obito.

Realmente, toda a situação havia feito mudanças drásticas nas vidas de todas as pessoas que viviam ao redor de Obito. Isso tudo só provava o quanto ele era incrível e um raio de luz na vida de qualquer um. Sorriu novamente com o pensamento, o amava tanto...

E, de repente, um clique se fez em sua cabeça. Pessoas ao redor. Kakashi. Kakashi! Ele ainda não sabia da situação. Era uma das pessoas mais importantes na vida de Obito e ainda não sabia. Precisava avisá-lo.

— Preciso avisar Kakashi! Esqueci completamente! Eu já volto. — animou-se, pegou o celular que estava na bolsa e sentiu na pele a agonia de abandonar aquele quarto e Obito. Quase reconsiderou e estava prestes a fazer a ligação de dentro do hospital mesmo. Mas não era esse tipo de pessoa.

Caminhou apressada até o elevador, e depois que desceu o mesmo, passou pela recepção e encostou no tronco se uma árvore que se localizava na calçada. Discou rapidamente os números e levou o aparelho até o rosto. Depois de esperar longos segundos, a chamada caiu em caixa postal. Resolveu ligar novamente.

— Alô? Rin, eu estou no trabalho, não deu pra atender da outra vez.

— Ah meu deus, esqueci completamente. Desculpa, mas eu precisava te ligar. O Obito, ele acordou.

— O QUE? — gritou do outro lado da linha, levando Rin a afastar o rosto do celular. A Nohara riu com a animação do amigo que era tão reservado. Ou que, pelo menos, não havia se mostrado muito animado nas últimas semanas. — Não tem noção da minha raiva se isso for uma brincadeira.

— Não é, idiota. — desmentiu risonha. Podia vizualizar a animação e o sorriso de Kakashi, mesmo sem vê-lo.

— Eu vou tentar sair mais cedo. Que horas acaba o horário de visitas?

— Às 18:00.

— Okay, vou tentar ir. Qualquer coisa me ligue.

Assim que Kakashi desligou, guardou o celular com rapidez e focou em terminar seus afazeres do dia o mais rápido possível. Se sentia internamente culpado por não ter dado apoio como Rin dava, por exemplo. Por mais que se dedicasse, estava fora de questão passar a tarde toda no hospital ou até mesmo ir todos os dias. Morar sozinho, apesar de ser libertador, exigia muito de si. E além de suas próprias preocupações, tinha ainda Iruka, que passava por uma fase muito difícil e precisava de apoio, assim como Obito. Se sentia mal consigo mesmo e achava que sem sombra de dúvidas não merecia os amigos que tinha.

(...)

Assim que voltou para dentro do hospital e seguiu em direção ao quarto, Rin fez questão de mover a poltrona de lugar. A mesma ficava de maneira padronizada na frente da cama, em todos os quartos. Rin arrastou com não muito esforço o móvel até o lado da cama. Se preparava mentalmente para a possível bronca de alguma enfermeira, mas iria colocar novamente no lugar depois, não era grande coisa.

Admirar o rosto de Obito passara a ser um de seus passa-tempos favoritos. Levou os dedos com cuidado até a mão esquerda que repousava ao lado do corpo, sentindo felicidade e paz instantaneamente após o toque. Olhou para a frente e viu que, mesmo em um dia como esse, Sra Uchiha não abriu mão do cochilo da tarde.

Queria que descansasse, acreditava que quanto mais descanso, mais rápida seria a recuperação. Portanto, ao mesmo tempo, adoraria que Obito estivesse acordado quando Kakashi viesse. Só de pensar em reunir o trio novamente, o coração já aquecia e acelerava.

Ouviu uma respiração irregular vinda de Obito, que fez seu coração errar uma batida mas, logo após, o mesmo começara a roncar baixinho. Rin se segurou para não rir e acordar os dois que dormiam. Provavelmente era algo de família, não entendia como conseguiam dormir tanto.

Tirou um pouco do tempo para pensar em Mikoto. Ouvia falar dela sempre, porém nunca a conheceu. Se mudou para Suna antes mesmo de Rin nascer, e sempre foi bastante ocupada com o trabalho. Veio para Konoha uma vez ou duas, mas em nenhuma dessas vezes Rin teve a oportunidade de conhecê-la. Imaginava que se dariam bem, que iria gostar de passar um tempo com ela, Itachi, Sasuke... Sempre ouvia histórias dos três, gostaria de fazer parte delas um dia. Lembrou da sugestão de Obito e, mesmo sendo um provável blefe, a ideia de visitar Sunagakure parecia incrível e exitante.

Perdeu a noção do tempo e não saberia dizer quanto passou, mas viu Kakashi entrar pela porta afobado e sorriu no mesmo instante. A expressão pareceu um pouco confusa quando chegou no quarto com a notícia de que "Obito acordou", sendo que o mesmo dormia tranquilamente na cama.

— Ele dormiu. Mas está consciente. — Rin explicou, suavizando assim a expressão no rosto do Hatake.

— Então ele... Está bem? Tipo... Está cochilando e vai acordar logo? — questionou com seriedade, confundindo um pouco a Nohara que esperava ver euforia e felicidade extrema, assim como na ligação.

— Sim. Não sei quando, não sei o quanto está cansado, mas ele está bem. — "ou pelo menos vai ficar", pensou, mas não quis dar quaisquer resquício de algo negativo. Kakashi ainda estava paralisado e tinha uma postura ereta. Olhava para Obito na cama sem dizer uma palavra ou emitir qualquer som. — Kakashi... Você esta- — foi cortada por um abraço.

Kakashi a apertou com força em seus braços e se curvou para apoiar a cabeça no ombro da mesma. Antes mesmo que pudesse questionar, Rin ouviu o Hatake fungar. Arregalou ambos os olhos, jamais havia o visto chorar.

— Que bom... Que bom que ele está bem... — disse baixinho, ainda grudado ao corpo de Rin. Depois de alguns segundos de espanto, Rin retribuiu o abraço, pensando em todos os dias em que Kakashi se mostrou otimista e não demonstrou quase nada. Realmente, deveria ser muito difícil. Até o momento, estava segurando para não desabar, e Rin se sentiu feliz por ser o ombro amigo naquele momento. Correu os dedos pelos fios claros e macios, pensando que tanto aquilo quanto as lágrimas iriam fazer bem a ele.

— Rin...Kakashi...— ambos se surpreenderam com uma voz rouca e baixa que veio ao fundo. E, novamente, Obito estava ali. Com os olhos abertos. Chamando por seus nomes.

Tanto a surpresa quanto a felicidade dos dois foram indescritíveis.

Correram até a cama, Rin se ajoelhou.

— Você está bem? Consegue falar?— segurou a mão esquerda de Obito com ambas as suas, enquanto um sorriso sincero tomou conta de todo o seu rosto.

— É meio... — as palavras saiam baixas e roucas, mas o som da voz dele era como um milagre. A sensação era de uma pequena chama no peito, que trazia uma sensação de conforto, de lar. —... difícil.

— Não precisa falar, descanse. Não quer mais dormir? — Rin perguntou e viu Obito negar com a cabeça. Após o ato, ele direcionou o olhar para Kakashi, e quando viu o rosto inchado e os olhos vermelhos, fez uma expressão confusa.

—Que bom que você está bem, seu idiota... O que foi?! Não me olhe assim! — Kakashi esbravejou e virou de costas para ambos, limpando o rosto com as mãos rapidamente para tentar disfarçar o choro. Ficou ainda mais zangado quando ouviu Obito rir baixinho.

— Você ouviu ela, não é pra falar nada! — retrucou fazendo Obito rir ainda mais alto, seguido de Rin. — Parem, vocês dois!

Não tinha nenhuma câmera a mão, mas Rin definitivamente iria gravar aquele momento pra sempre. Não lembrava outro em que havia sido tão feliz. Estavam os três ali, bem, felizes, vivos e rindo da cara de Kakashi, que havia chorado pela primeira vez na frente dos dois. Os amava tanto que nem se tentasse conseguiria colocar em palavras.


✧◝(⁰▿⁰)◜✧

to soft amo tanto meus nene

Irra, olha qm apareceu! Toma aqui o ticket, você tem a permissão de me odiar pela demora. [{ticket}]

vamos de interação. O que vocês acharam desse capítulo? O que estão achando da minha escrita? O que acham que vai acontecer nos próximos dois, que são os (infelizmente) últimos? Como acham que vai ser o epilogo?

E, novamente, muito obrigada por todo o apoio. OLHA ISSO CARAAA DOIS KA DE VOTO 18K LEITURA AAAA EU SURTOOOO

amo vcs bj. Não esqueçam da estrelinha e dos comentários que me fazem mega feliz.

Beijos da Bee ❤️

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