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By copymsuga_

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[CONCLUÍDA] Depois de um trauma quando mais jovem, a vida de Roger Taylor nunca mais foi a mesma. Mas um i... More

Avisos
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4 - Brian May
Capítulo 5 - Brian May
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Extra - Roger Taylor
Capítulo 12 - Brian May
Capítulo 13
Capítulo 15
Capítulo 16 - Freddie Mercury
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Epílogo
Agradecimentos

Capítulo 14

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By copymsuga_

- E esse aqui?

Freddie aponta para um novo garoto, esse tinha cabelos bem pretos, usava maquiagem escura que destacava seus olhos azuis. Embaixo da foto eu podia ler o seu nome, Adam Lambert.

- Não.

Brian suspira profundamente ao meu lado quando ouve minha resposta. Já estávamos há quase quarenta minutos estudando cada foto dos alunos naquele livro e eu só havia reconhecido o rosto do garoto baixinho de dentes separados que era minha dupla nas aulas de química.

- Paciência, Bri. - diz Freddie à Brian em tom de conforto, como se eu não estivesse sentado entre os dois no sofá da sala do apartamento deles.

Olho para o cacheado num pedido silencioso de desculpas e ele me encara e aperta minha mão gentilmente, entendo que está tudo bem.

- Acho que uma pausa seria bom - escuto Freddie dizer novamente -, vou fazer um chá, querem algo queridos?

Balanço a cabeça negativamente e Brian também diz que não quer nada. Freddie logo sai dali nos deixando a sós.

Não consigo não me sentir inútil por não lembrar das pessoas que posavam com seus melhores sorrisos para as fotos no Livro do Ano.
Brian e Freddie me mostraram cada uma delas e quando eu não as reconhecia, eles me contavam quem eram e também se já haviam me visto tendo qualquer tipo de interação com elas; Freddie até havia apontado na direção da foto de uma garota que usava uma franja desfiada e cabelos escuros um pouco abaixo dos ombros, possuía olhos grandes e expressivos. Dominique Beyrand, segundo Fred, era minha namorada na época e vivíamos grudados até ela me pegar beijando uma de suas amigas. Consegui ver de relance Brian fazer uma careta enquanto o seu amigo falava, e se não fosse o choque pelo que eu acabara de descobrir, sua reação poderia até ser engraçada. Mas como de praxe, se o moreno não tivesse me dito quem era ela, eu não saberia pois não lembrava.

- Uma libra por seus pensamentos! - a voz suave de Brian me tira dos meus devaneios.

- Meus pensamentos não são tão baratos assim - brinco e ele ri -, é só frustrante não conseguir lembrar.

- Eu sei - Brian brinca com a pontinha solta da costura do seu moletom e me encara com a cabeça recostada no sofá -, mas não vamos desistir tão fácil, sim?

Dou um sorriso fraco e assinto, eu não queria ser negativo, mas achava que aquilo talvez não traria os resultados satisfatórios que Brian, Freddie e eu tanto almejávamos ter.

- Parece que eu tô no escuro, Bri. Isso me deixa triste.

- Oh Rog, a felicidade pode ser encontrada até nas horas mais difíceis e sombrias, se você se lembrar de...

- ...acender a luz - falo junto com ele que me encara levemente surpreso.

- Gosta de Harry Potter?

- O que foi? Achava que eu era apenas um rostinho bonito? - pergunto e as bochechas do cacheado, que nega balançando a cabeça, começam a se avermelhar. - Eu lia muito quando era mais jovem.

- É só uma surpresa agradável saber que você gostava de ler.

Ele sorri tímido e aponta para uma estante que até então eu não tinha percebido estar ali, ela é tão recheada de livros que me permito levantar e ir até lá dar uma olhada de perto.
Títulos como O Morro dos Ventos Uivantes e Orgulho e Preconceito estavam ali, fora a coleção completa dos livros de Harry Potter em três edições diferentes, O Senhor dos Anéis e Star Wars. Também haviam dispostos muitos livros que provavelmente Brian havia utilizado enquanto ainda estudava e alguns Funkos.

- Impressionante! - murmuro baixinho enquanto toco levemente a lombada de um livro de astrofísica e viro levemente o corpo para poder ver o rapaz que continuava sentado no sofá.

Ele me oferece um sorriso orgulhoso, como se a estante de livros fosse algo muito especial para ele, e talvez era mesmo.

- Você é realmente diferente Rog, se fosse qualquer outra pessoa tocando nos livros do Brian, ele arrancaria a mão dela fora - Freddie surge na sala trazendo nas mãos uma xícara de porcelana fumegante, o cheiro do chá fresco invadindo o ambiente -, mas como é você não tem importância, né Bri?

O tom de provocação na voz do moreno era palpável, mas eu não podia deixar de me sentir adorável por saber que Brian havia deixado eu fuçar seus livros.

- São só livros, Bulsara.

- Só livros? Você quase me bateu uma vez quando peguei um com a mão suja de cheddar - Freddie responde ultrajado -, e é Mercury!

- Fred até eu daria uns tapas em você se pegasse algum dos meus livros com as mãos sujas de cheddar - falo e ele mostra a língua pra mim, o que me arranca um sorriso.

- Isso é um complô, já entendi! - resmunga se sentando no sofá e com a mão disponível puxa o Livro do Ano para o seu colo - vamos continuar com isso logo.

Me aproximo e sento-me dessa vez ao lado de Freddie, que consequentemente sentara ao lado de Brian.
O rapaz folheia as páginas até encontrar onde paramos.

Recomeçar aquilo para mim era mais como uma tortura pessoal, mas se eu quisesse pelo menos lembrar de algo eu tinha que tentar e me esforçar, mesmo que as quinze primeiras pessoas eu não fizesse idéia de quem eram.

- Ei, esse é o Prenter! - Falo quando vejo a foto do rapaz com cabelos cor de palha, as sobrancelhas grossas e a expressão de desdém tão familiar.

Brian e Freddie se encaram na mesma hora e sei que aquilo não podia ser um bom sinal. Lembro que quando estive no apartamento deles há um tempo atrás Freddie contara que eu e Paul andávamos juntos, mas achei aquilo ridículo, eu o detestava afinal.

- Consegue se lembrar de Paul Prenter?

- Claro, Bri. Por que eu não lembraria? Ele era um babaca.

- Darling, você e Paul Prenter eram dois babacas - Freddie responde antes que Brian pudesse -, eram a dupla dinâmica, Tico e Teco, realmente não sei dizer quem era pior, você ou ele.

Um arrepio involuntário percorre minha espinha.

- Como isso é possível? Eu lembro de não suportar ele, e ele também não parecia gostar muito de mim, ainda menos depois que eu me recusei a fazer as merdas que ele planejava.

- O que quer dizer com isso Rog?

Brian parece apreensivo com o que eu diria a seguir, mas Freddie parecia particularmente curioso.

- Você se lembra quando eu vim até aqui e eu te disse que basicamente tudo que eu lembrava daquele ano era o que minha mãe havia me dito? - direciono a pergunta á Freddie que assente - não é de todo verdade se eu levar em conta alguns poucos lapses de memória.

Suspiro fundo antes de prosseguir, eu sentia um leve incômodo no lado esquerdo da minha cabeça, o que tratei de ignorar.

"Como quando Brian esteve em minha casa e enquanto olhávamos meus porta-retratos, ele disse que eu havia feito parte de uma banda, quanto mais ele falava mais eu conseguia juntar coisas que antes eram desconexas na minha cabeça, nem sempre isso acontece, às vezes tudo é escuro, ou muito bagunçado. Ainda assim eu não conseguia lembrar de rostos, de pessoas. Entendem?"

- Eu entendo o que quer dizer querido, continue, por favor.

- Eu lembro de odiar Paul porque ele era um escroto ganancioso, e ouvir de vocês que éramos amigos é no mínimo inacreditável. Eu achava que ele provavelmente havia me ameaçado para que eu o ajudasse, mas agora sabendo disso, eu entendo o porquê de ele ter recorrido a mim para tentar realizar aquele plano dele, nós éramos amigos, uma dupla. - assumo uma expressão desgostosa quando vou ligando as idéias - Ele queria algo que estava escondido na sala da direção da escola, algo que eu acho ser valioso, se não fosse, ele não se arriscaria em querer pegar, mas eu não lembro o que é.

"Ele dizia que nós tínhamos que entrar na sala no dia da festa de formatura, ninguém nos veria, mas eu me recusei a participar daquela loucura, disse a ele que se alguém o pegasse ele seria preso. Levei um soco no nariz por conta disso pra depois de ser chamado de viadinho covarde, lembro vagamente dele dizer que eu me arrependeria de não ajudar. Sei que após isso, pode ter acontecido o baile e provavelmente eu fui e depois Paul Prenter sumiu da minha vida."

Encolho os ombros e a dor de cabeça parece se intensificar um pouco mais.

- Roger, por que não nos disse isso antes?

- Antes não fazia muito sentido, Bri - abro levemente os olhos para encara-lo e faço uma careta quando sinto mais dores.

- Está se sentindo bem? - ele diz com tom de preocupação.

- Quando eu faço esforço para lembrar de algo, minha cabeça dói muito.

- Certo, acho que tivemos um progresso hoje então o Roger tem que descansar. - Freddie diz com voz doce -, você pode se deitar no quarto do Brian um pouco, não é bom que dirija com dores.

Faço menção de negar mas o olhar mortal que o rapaz direciona a mim me faz engolir o que eu ia dizer, ele sorri satisfeito.
Olho para Brian esperando uma reação para saber se está tudo bem e ele me encara com um sorriso sem mostrar os dentes. Freddie se aproxima levemente do cacheado e fala algo em seu ouvido que eu não consegui escutar, mas acabo deixando para lá.

- Vem, vou te levar até lá para que possa descansar um pouco.

Ele me estende a mão, que com certa timidez seguro. Os dedos de Brian parecem engolir os meus, mas a sensação quentinha acaba por ser prazerosa.

Seguimos por um corredor até pararmos na frente de uma porta, outras duas estavam ali e presumi que fossem o quarto de Freddie e o banheiro.
Brian abre a sua e dá espaço para que eu entre em seu canto particular. A janela está aberta deixando que a luz naturalmente invadisse o quarto e a brisa fraca fazia a cortina leve balançar de maneira graciosa, uma enorme cama de casal perfeitamente arrumada com edredons de cores frias estava posicionada estrategicamente ao lado de uma escrivaninha que portava um notebook desligado. Alguns quadros decorativos estavam nas paredes brancas e em paralelo uma bela guitarra de cores vermelho e preto estava suspensa em um suporte.
O cheiro do sândalo estava impregnado no ambiente e se eu fechasse os olhos parecia que estava em um abraço com Brian.

- É bonito - falo e me viro para o maior que estava na soleira da porta enquanto eu fazia a análise do seu quarto.

- É... muito bonito - fala sem desviar os olhos do meu rosto mas depois de alguns segundos pigarreia -, você pode ficar à vontade Rog, eu tenho apenas que ir falar com o Freddie rapidinho, creio que ele vai passar a noite com o Deaky.

Concordo com a cabeça e retiro os coturnos antes de me aconchegar debaixo do edredom da cama. Brian entra no quarto só para fechar a janela e as cortinas e em seguida liga o ar-condicionado em uma temperatura agradável o que me faz afundar ainda mais naquela cama gigante.

- Eu volto já... - diz e eu fecho os olhos em puro cansaço antes que ele feche a porta.

•••

- Brian, tudo que o Roger disse é meio bizarro e assustador, mas teve algo que me chamou atenção - Freddie diz ao amigo cacheado que voltara do quarto onde deixou o menor descansando.

- O quê?

- Roger não foi na festa de formatura. Eu lembro que naquele dia você disse pra mim que a noite estava bem melhor e agradável pois Taylor e Prenter não estavam ali pra encher o saco.

Brian fica calado por alguns minutos refletindo sobre o que o moreno disse e tentando resgatar as memórias daquela noite. Realmente Freddie tinha razão quando disse que o loiro não estava na festa.

- Freddie, acho que ele não foi para a festa de formatura porque já tinha sofrido o acidente.

O rapaz arregala os olhos e estala os dedos.

- DARLING É ISSO! - fala alto e o cacheado o repreende com o olhar pois Roger descansava ali perto - Roger pode ter sofrido o acidente depois que Prenter pediu a ajuda dele, mas deve ter acontecido antes da data da festa também, por isso ele não apareceu, e talvez nem disso ele se lembre.

Brian concorda levemente com a cabeça.

- Mas e por quê o Prenter não apareceu?

- Ele pode ter realizado o plano sozinho, ou não.

O maior fica alguns segundos calados digerindo a fala do outro.
Paul Prenter pode ter sim concluído o que quer que seja que ele tenha armado, mas Brian sentia que havia algo a mais ali, a pulga atrás da sua orelha deixava-o inquieto, e a intuição dizia que não era só aquilo, temia estar apenas se deixando levar pelo ódio que sentia, mas era cedo pra dizer.

- Estamos saindo do zero, tenho certeza que em breve tudo vai estar mais transparente que água.

- Com certeza - Freddie diz otimista -, mas agora se não se importa, eu vou sair com Deaks, melhor aproveitar o meu namorado também do que ficar aqui de vela pra você e a loirinha.

Brian revira os olhos e murmura um "não enche" para o amigo que solta uma pequena risada.

Ao se dirigir novamente ao seu quarto, era possível ver os fios loiros de Roger espalhados pela cama, ele aparentemente abraçava um outro travesseiro de Brian e ressonava baixinho.
O maior se aproxima silenciosamente da cama e não se impede de passar o polegar levemente pela bochecha do menor, Brian não sabia lidar de maneira sensata com o que voltava a sentir depois de tantos anos, não sabia como lidar com as malditas borboletas que voltaram a infestar seu estômago e muito menos com a vontade de beijá-lo.
Brian acima de tudo tinha vontade de ser engolido por um buraco negro ao imaginar o mesmo Roger de antigamente voltando das cinzas para pisar nele e nos seus sentimentos estranhos.

Ele recolhe sua mão ao perceber que o loiro se remexeu levemente, não queria acorda-lo, então simplesmente saiu do quarto, Freddie já não estava mais no apartamento quando Brian chegou na sala e pegou um de seus vários livros para ler, tentando distrair a mente da pequena pessoa que estava nesse mesmo instante deitado sobre sua cama.

•••

Abro os olhos levemente me sentindo muito melhor das dores que sentia em minha cabeça. Por um momento não reconheço onde estou até que me dê conta que aquele quarto era o de Brian. A cama de Brian. O cheiro de Brian.

Fecho os olhos novamente inalando o aroma que o travesseiro apertado contra o meu peito exalava, e me repreendo baixinho por gostar tanto do aroma acolhedor que está em cada metro quadrado do quarto.

Eu me sentia estranho por sentir coisas estranhas, coisas que eu não sabia definir e isso era assustador.

Decido por fim deixar o quarto, não sem antes arrumar tudo da melhor maneira, e ir até a cozinha.
Sinto como se eu estivesse vivendo o mesmo momento pela segunda vez quando vejo Brian na sua cozinha cozinhando algo que cheira bem.

- Parece que estou tendo um déjà vu.

- Hey Rog - Bri limpa as mãos em um pano de cozinha que está em seu ombro e me oferece um sorriso tão bonito que sou incapaz de não retribuir - eu já ia acordar você, está com fome?

Balanço a cabeça afirmando e me sento em uma das cadeiras da mesa de jantar.

- Está preparando mais coisinhas verdes?

- Dessa vez não, estou fazendo um prato chamado strogonoff, mas você só vai poder falar algo depois que comer, sim?

Estreito os olhos mas por fim concordo.
Brian conta que Freddie havia ido passar a noite com o rapaz que havia arrumado a Linda, John Deacon, enquanto servia dois pratos com a comida, um para mim e outro para ele, juntamente com copos de suco de abacaxi com hortelã.

O cheiro fez minha barriga roncar, então logo pego uma porção do alimento e levo até minha boca. O cacheado me olha em expectativa enquanto mastigo e saboreio devagar, aquilo estava divino.

- Muito bom - murmuro ainda com a boca cheia - o que é?

- Palmito e Cogumelos substituem a carne - diz orgulhoso da receita e logo se põe a comer também, em poucos minutos só restaram os pratos e copos vazios em cima da mesa.

- Daqui a pouco você se torna vegetariano também.

- Pera lá, Brian! Assim também não. - faço uma careta e ele ri com vontade fazendo menção de levar os pratos para lavar.

- Deixe que eu faço - tomo os pratos e copos das mãos dele que tenta me impedir sem sucesso.

- Não precisava fazer isso, você é visita.

- Isso é o mínimo, Bri. Eu faço questão - digo já terminando de enxaguar -, pronto!

Brian ainda parecia meio emburrado por eu ter lavado as louças que nós dois sujamos mas deu de ombros.

- Não sabia que você tocava.

- Oh, é um hobby.

- Toca pra mim?

Brian arregala os olhos e fica vermelho.

- A guitarra! - me apresso em dizer e ele tosse tentando disfarçar a vergonha.

- C-claro, vamos lá - dá um sorriso sem graça e caminhamos juntos até o quarto que dessa vez está escuro.

Ele acende a luz e de direciona até a bela guitarra e a retira do suporte da parede, tomo a liberdade de sentar na beirada da sua cama enquanto ele carrega um pequeno amplificador para perto de onde eu estava, também trouxe consigo uma pedaleira muito parecida com a que Gwilym usava na banda.
Depois de plugar o instrumento, Brian puxa a cadeira da sua escrivaninha e senta-se na minha frente.

- O que quer que eu toque para você? - Brian diz baixo.

- O que quiser, Bri.

Vejo ele fechar os olhos e soltar uma lufada de ar pelos lábios entreabertos, mas assente.
Os primeiros acordes na guitarra são aleatórios e posso ver que um leve reverb estava sendo usado, logo ele começa a dedilhar uma canção conhecida por mim.

- This Romeo is bleeding, but you can't see his blood. It's nothing but some feelings, that this old dog kicked up.

A voz de Brian preenche o ambiente de uma maneira tão envolvente que eu mal consigo piscar, ele parece concentrado no decorrer da música tão conhecida na voz de Bon Jovi, mas que agora é preferência minha na voz de Brian. Consigo vê-lo de olhos fechados, mesmo assim ele não erra um acorde sequer mostrando quão habilidoso ele é com o instrumento de cordas.

- ...I'll be there till the stars don't shine, till the heavens burst and the words don't rhyme - Ele abre os olhos e me encara - I know when I die, you'll be on my mind and I'll love you, always...

Fico sem saber o que dizer depois que Brian finaliza seu número musical, eu esperava que ele fosse bom, mas não fodidamente bom, minhas mãos estavam até suadas.

- Uau, você... você é...

- Lindo? - Brian brinca e eu sinto minhas bochechas queimarem quando eu quase disse um "sim" para sua pergunta -, obrigado Rog, você é uma ótima plateia.

- Você realmente é muito bom, porra Brian! Aprendeu sozinho?

- Meu pai me ensinou, e você?

- Meu pai também teve parcela de culpa. - brinco e rimos juntos até voltarmos a um silêncio agradável que não durou tanto.

Bri tocou mais algumas músicas para mim e depois guardou seu instrumento e acessórios, enquanto eu analisava dois porta-retratos que estavam em uma pequena prateleira.

- Você era diferente.

- Acha isso? - a voz do cacheado soa baixa próxima de mim e eu estremeço não me atrevo a virar, eu estava tão distraído que não ouvi ele se aproximar.

- Rog se eu fizer uma coisa, promete não fugir de mim? - pergunta e delicadamente vira o meu corpo para ficar de frente ao dele.

Pisco algumas vezes perdido e nervoso demais para ter alguma reação clara, mas balanço a cabeça afirmativamente.

- O que você v-.... - sou interrompido quando Brian choca seus lábios nos meus, ele não se move mas continua ali como se estivesse me presenteando com um selinho prolongado e necessitado.

Quando se afasta levemente consigo ver suas bochechas coradas e os olhos castanho-esverdeados me encaram em expectativa, mas também com medo?

Fecho os olhos por alguns poucos segundos tentando controlar os meus pensamentos confusos e as batidas desenfreadas do meu coração antes de puxar o maior pela barra do moletom e colar nossas bocas novamente. Abro os lábios levemente dando passagem para que a língua de Brian explorasse minha boca avidamente, nos movemos sincronizados e sem sombra de dúvidas esse fora o melhor beijo que já provei; uma das suas mãos se afundam em meus cabelos enquanto a outra segura firme a minha cintura, posso sentir os seus dedos gelados roçando levemente a pele exposta naquela região e um arrepio bom percorre o meu corpo. Seguro em sua nuca e puxo levemente o seu cabelo cacheado entre meus dedos o que arranca um gemido abafado de Brian contra meus lábios, sinto como se fogos de artifício estivessem explodindo dentro de mim e só nos separamos depois que o ar se tornara escasso.

Brian cola a testa na minha enquanto tentamos normalizar nossas respirações ofegantes. Ele está de olhos fechados e posso ver a sombra de um sorriso se pintando nos lábios avermelhados e inchados.

- Isso foi...

- Eu sei, só cala a boca e me beija de novo Bri.

Estarei lá até as estrelas não brilharem mais
Até os céus explodirem e as palavras não rimarem
Sei que quando eu morrer, você vai estar na minha mente
E eu te amarei, sempre
Sempre

(Always - Bon Jovi)

•••

hey folks!

mais de 3000 palavrassss, esse foi o maior capítulo que eu já escrevi, e deu um puta trabalho pois tive um bloqueio terrível. mas consegui e vcs merecem pelas mais de 570 viewssss na fic, obrigada de verdade <3

espero que gostem do capítulo, não esqueçam da estrelinha e dos comentários.

até a próx
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