Melanie 2

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- Está tudo Bem Mel? - Kelly sussurra em meu ouvido.

- Está sim.- minto.- foi só uma tontura passageira. - minto mais ainda para a mulher que sempre cuidou de mim.

- Certo, levem o príncipe para a cela.- Diz Gregori.

- Não!! - todos me olham espantados, endireito a postura e continuo.- Seria assim que nos tratariam no Palácio, quero mostrar que somos diferentes, leve-o para um dos quartos do quinto andar. - Vou até Gregori e o puxo bruscamente.- ninguém deve toca-lo sem minha autorização. - Solto ele.- Entendeu? Não importa o que ele faça ninguém tem autorização de encostar nele.

- Sim senhorita. - E assim sai da sala acompanhado do príncipe que antes de cruzar a porta me dá uma piscadela, não deixo de revirar os olhos, mas no fundo estou supresa por ele manter a postura na situação em que se encontra.

Assim que eles saem Kelly tranca as portas e vem até mim com semblante preocupado.

- O que foi? Por que fez aquela cara quando encostei no seu ombro? - pergunta.

- Acho que encontrei a minha alma gêmea.- Rio mas paro no mesmo instante que sinto uma pontada de dor nas costas. - De um jeito nada romântico, mas não tenho certeza pode ser apenas coincidência. - Minto. Gosto muito da Kelly mas não me sinto confortável em lhe contar tudo como se fosse minha mãe. - Obrigada pela preocupação mas tenho que ir. - Sem lhe dar tempo de resposta vou até as portas, destranco-as, quase corro até o elevador e aperto três vezes o botão do sexto andar. Escrevo minha senha no painel que logo me da autorização para subir.Chegando no sexto andar não me seguro e corro até a porta de meu escritório, abro-a bruscamente assustando as três meninas que estavam no cômodo.

- Senhorita.- Carla uma garota Negra de 18 anos, com cabelos compridos e olhos negros como a noite, da a primeira palavra, a garota já estava com sua postura perfeitamente ereta.

- Olá senhorita Griffith. - As outras duas dizem juntas, Bárbara, 23 anos, um pouco mais alta que eu, loira de olhos verdes faz uma referência, ela sabe que o príncipe está aqui pelo jeito, rio de seu movimento exagerado, a outra loira, Lilya, 22 anos, tem olhos castanhos, e a minha altura, desconfio até que seja um pouco mais baixa, vem correndo ao meu encontro ao ver a careta de dor que esboço, ela recua espantada.

- O que aconteceu Mel? - Ela passa a mão nas minhas costas tentando trazer conforto, recuo. - Tira a jaqueta!! - Ela manda, a fuzilo com os olhos por me dar uma ordem. - Não estou brincando Melanie! Não ligo de você ser a líder dessa merda ou não, eu te conheço a tempo suficiente para saber que vocês não está bem, então tira logo essa merda de jaqueta!!

Vou até a minha mesa, e a contra gosto retiro a jaqueta e dou as costas para as outras. Fico com as costas expostas, Já que visto uma blusa colada sem mangás, aberta na parte de trás. Ouço suspiros, e me viro para elas.

-O que aconteceu?? - Carla pergunta horrorizada.

- Quem fez isso em você? - Lilya corre em direção a um armário da parede.

- É a sua alma gêmea? - Barbara como sempre muito "romântica".

- Bem, Já vou explicar o que aconteceu.- fito Carla, e seguida Lilya.-  Fui eu quem fiz isso. - Por fim encaro Barbara. - Sim tem haver com a minha alma gêmea. - A loira que haviam ido até meu armário retorna com, curativos e uma pomada. - Lembram da nossa suspeita de quem era minha alma gêmea?

- Sim, o príncipe né? Por causa do teste que fizemos quando ele estava ao vivo no jornal, você fez um corte na mão e ele cerrou o punho na hora.- Bárbara me explica como se eu não estivesse no momento em que fizemos isso.

- Exatamente, como imagino que vocês já saibam ele está aqui, foi trazido por um dos capitães, e ele é um arrogante mulherengo que me desafiou, tinha esquecido disso então dei a ele a punição do chicote. - Uma pausa.- Mas acabou que fui punida junto pelo destino, aii isso dói.- Cerro os dentes.

- Quietinha docinho.- Lilya ri de minha careta. - Birrenta.

- Obrigada, de verdade.

- Não é nada Mel, sempre juntas lembra? Fora que estava louca para testar o que a nossa querida enfermeira Barbara me ensinou. - Enfim termina o último curativo. - Pronto.

Acenti com a cabeça, visto a jaqueta novamente e me dirijo a meu lugar.Vejo uma pilha nova na mesa.

- O que é isso? - pergunto a Carla já que é a encarregada pelos papéis.

- Contas da semana senhorita. - Ela me responde se encolhendo.

- Não pode ser, é recém quarta feira, não podem ter gastado a média semanal!!!- Rujo.

Você é minha luz, ou inevitável escuridãoWhere stories live. Discover now