Thimoty

Capítulo 15

- Tudo bem, eu vou me conter, vamos papear sobre fornicação e bolinamento mais tarde. - Ele diz fazendo cara de coitado.

Não falo mais nada e começamos a trabalhar, acho que Thimoty só anda pensando em sexo.

Nossa manhã vai passando e chega a hora da reunião, são 9 pessoas participando da reunião e sinto um frio na barriga.

- Tô nervosa. - Cochicho com Thimoty enquanto todos estão distraídos se servindo com café.

- Senhorita não há motivos para ter medo, a Senhorita é capaz. A mais capaz de todas. Eu confio 100% na sua capacidade de conduzir a reunião. - Thimoty diz baixo e abro um sorriso o agradecendo.

Me apresento para todos e explico a minha função, digo que fiz uma análise em alguns setores da empresa e que podemos otimizar e melhorar a produtividade de trabalho.

Vou seguindo a reunião explicando cada pauta e o que precisa ser melhorado. O pessoal da tecnologia está participando da reunião, e temos noção de quanto de dinheiro vai precisar ser investido para modernizar tudo que é necessário, quanto a outros aspectos como a contratação de mais funcionários também já tenho noção dos gastos que isso vai gerar.

Entro no assunto do andar de marketing e quando falo sobre a questão da produtividade Thimoty fica puto de raiva.

- COLAPSO! ALÉM DESSA FUNCIONÁRIA NÃO FAZER O SEU TRABALHO, AINDA FUMA DENTRO DA MINHA EMPRESA! O TABAGISMO PODE CAUSAR CÂNCER. CHEGO À CONCLUSÃO QUE ESSA PESSOA QUER MATAR TODOS OS FUNCIONÁRIOS E ME MATAR! - Thimoty berra e sento um beliscão nele, que pra variar dá um berro.

- Para de berrar! Vamos conversar e chegar a melhor solução. Ficar berrando não resolve de nada. - Falo brava.

Olho ao redor e quase todos me olham surpresos.

- Desculpem por isso, mas o Sr. Thimoty é tão temperamental. - Falo abrindo um sorriso nervoso.

Thimoty fica emburrado, mas seguimos com a reunião. Por fim todas as mudanças foram aprovadas, e agora só tenho que inspecionar se tudo está sendo feito, sem falar que ainda preciso verificar outros setores da empresa.

- Tô morrendo de fome. - Digo quando a reunião acaba e estamos só eu e Thimoty na sala de reuniões.

- Para manter esses dedos de alicate obviamente a Senhorita precisa ingerir calorias o tempo todo... - Thimoty balbucia e cerro os olhos.

- Vamos comer no restaurante que fomos no início da semana. Quero comer bem e sem frescura. - Digo e Thimoty assente.

- Comer bem para manter a força do alicate. - Ele diz baixo e sinto vontade de sentar um beliscão nele.

- Tá cheio das respostas hoje, né Seu Thimoty? - Pergunto cruzando os braços dando uma boa olhada pra ele.

- Não me olha assim! Tá fazendo a cara que meu papai fazia quando eu cometia alguma traquinagem. - Ele diz exasperado.

- Pois tenho a impressão que você era um peste quando criança. - Acho que Thimoty era uma criança tagarela.

- Eu era um exemplo de criança, as pessoas que implicavam comigo. - Ele diz se defendendo.

- Bom, vamos logo comer, ou vou usar o meu alicate em você. - Digo movendo meus dedos e Thimoty arregala os olhos.

Fomos almoçar no restaurante self-service e montei um mega prato.

- Deveria ter pego mais desse peixe, está uma delícia, prova. - Digo dando um pedaço de peixe na boca de Thimoty.

No meu prato tem peixe, purê de batatas, legumes e até bife, pois o bife estava com uma cara ótima e eu não ia perder a oportunidade de comer.