Capítulo 4

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[...]

Alguns meses se passaram, resultando em cinco anos e seis meses. Este tempo todo, eu continuo com o Peter. E eu agradeço todos os dias por ter ele e a família que ele me permitiu ter.

Meu marido ultimamente vive dizendo que está com um presentimento que segundo ele, está o deixando feliz. Quase fiquei sem falar com ele pela raiva, pois eu já pedi umas mil vezes para me falar o motivo, mas Peter não quer me contar.

Estou fazendo brigadeiro de leite ninho. Na imagem parecia ser tão gostoso, que eu não contive a vontade de comer. Eu sei que já fiz brigadeiro uma vez, mas desse jeito é diferente.

Peter saíu faz um bom tempo já. Segundo ele, o líder o chamou para pedir ajuda para escolher novos "seguranças" para o grupo. Segundo ele, estavamos muito expostos a qualquer outro shifters que quisesse começar uma guerra, ou até mesmo aos humanos. Confesso ter ficado um tanto preocupada, mas Peter logo tratou de me tranquilizar.

Enquanto despejo o brigadeiro em uma travessa, deixo o esfriar e vou até a geladeira pegar algumas coisas para fazer o jantar. Pego os ingredientes necessários, e começo a cozinhar. A janta que pretendo fazer, são algumas receitas que eu já fiz algumas vezes, mas não lembro de cór. Parece ser bem simples, é um prato que os brasileiros costumam comer todos os dias praticamente. Arroz e feijão. Claro que eu irei fazer mais algumas coizinhas. Acho que assim como eu, Peter vai gostar.

Começo a preparar o arroz e o feijão, em seguida passo para o peito de frango. Equanto corto alguns pedaços, colocando queijo entre eles, sinto um cheiro meio diferente, mas eu conheço ele. É o cheiro do feijão, que eu tanto gostava quando minha mãe raramente o fazia. Sinto meu estômago embrulhar, e eu saio correndo em direção ao banheiro.

Chego no mesmo, e vou direto para o vaso sanitário. Coloco todo o lanche que comi a pouco tempo, para fora. Me sinto um pouco tonta, mas mesmo assim me levanto e dou descarga assim que termino de vômitar. Lavo a minha boca e minhas mãos. Molho a parte de traz da nuca e suspiro. Venho sentindo isso a poucos dias.

Volto para a cozinha, e faço o melhor que posso para terminar o jantar e não vômitar nele.

[...]

—Nossa, isso é muito bom! E você cozinha muito bem, minha tigresa negra! — Sorrio ao receber mais um comentário do meu marido.

Ele elogiou literalmente tudo o que eu fiz.

—O que é? Eu lembro de você já ter feito... Mas não me lembro o que era... — Pergunta colocando mais uma colherada de doce na boca.

—É um doce de uva, meu amor. Bom, não é? — Pergunto sorrindo já sabendo a resposta.

—É maravilhoso! — Ele fala sorrindo sem mostrar os dentes — Eu também adorei a janta, gostei do que fez.

Ao me lembrar da janta, me lembro rapidamente do feijão e de seu cheiro. Me levanto correndo e corro para o banheiro. Droga!

Começo a colocar tudo pra fora novamente. Escuto passos se aproximando.

—Clary? — Peter me chama — Tigresa você es... — Acho que ele parou no batente da porta — Meu Deus! — Rapidamente sinto alguém pegar meus cabelos compridos.

Assim que termino de faltar colocar minhas tripas para fora de mim, me levanto e Peter me ajuda a prender o cabelo e a lavar o rosto e a boca.

—Amanhã vamos ver isso, Bellerose — Ele simplismente fala e eu o olho incrédula — Clary... Nem ouse protestar, eu sei que você vem sentindo isso já faz alguns dias. Eu observo você, tigresa.

Meu Tigre BrancoTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon