FALLING | ʜ.ѕ

CHAPTER 7

— Não, Harry. Nós vamos conversar sobre isso exatamente agora, porque sei que quando você passar por aquela porta, você não voltará tão cedo. E eu te garanto, Styles, que eu não vou passar o ano novo aqui sozinha enquanto você está com ela.

— Você fala como se não soubesse o que está acontecendo, como se Violet não estivesse em trabalho de parto e chorando de dor. O que passa por sua cabeça, Rowe? — franzo o cenho, visivelmente irritado. — Acha que estou com ela fazendo nada? Estamos tendo a nossa filha! Minha filha vai nascer! Não consegue entender isso? Hoje é o dia mais importante da minha vida.

— Hoje é o seu dia, não o meu! — sua voz se alterou, enquanto ela gesticulava e apontava o dedo em meu peitoral. — É a sua filha, não a minha. E é exatamente por isso que prefiro que colocamos um ponto final nisso agora. Olhe só para mim, Harry! Eu tenho cara de madrasta? Exatamente. Não!

— Não vou falar sobre isso, Rowe. Não agora. — pego meu celular, uma bermuda para poder entrar na banheira com Violet e caminho até à sala. — Pode ir à festa do Derek, vá sem mim e explique a situação, conversamos amanhã pela a manhã.

— Se você sair por essa porta agora...

— Não venha com ultimatos, Camille. — murmuro a interrompendo, me virando para ela enquanto abro a porta. Seus olhos estavam marejados.

— Se você sair por essa porta agora, Harry, será o nosso ponto final. — sua boca estava entortada, enquanto seus olhos estavam vermelhos e brilhavam por lágrimas. — Pense bem, nisso.

— Não faça isso, Camille. Por favor, eu prometo que conversaremos pela a manhã. — uno minhas mãos, em um movimento de prece. — Você consegue esperar por mim? Eu prometo que volto.

— Se você sair por essa porta agora, será o nosso ponto final. — ela repete, com a voz embargada. Meus ombros caem, exaustos.

— Isso é muito egoísmo da sua parte, Camille. Não consegue pensar em mim uma vez sequer? Sempre foi sobre você. Sempre foi a suas vontades, os seus desejos, na sua hora e na hora que você quiser. Pode, por um segundo, pensar em mim dessa vez? — ela pareceu intimidada com minhas palavras, já que sua expressão era de afetada. Mas bem, não foi o que pareceu, porque ela se recompôs no mesmo instante e disse a seguinte frase com certo ódio:

— Se você sair por essa porta agora, será o nosso ponto final.

Fico segundos em silêncio, pensando no que faria. Ouço a respiração descompensada de Camille enquanto meus olhos estavam fechados. Eu estava parado na porta, pedindo para que isso não acontecesse. Mas deixar Violet naquele quarto passar por aquilo sozinha, eu não deixaria. Estava fora de questão.

E então, no momento, eu a coloquei em primeiro lugar, mesmo que ela já estivesse ali há muito tempo. Violet e minha filha estava em primeiro lugar. E a única coisa que consegui dizer antes de sair por aquela porta, foi:

— Me desculpe.

[...]

Dez e meia da noite, Violet estava enrolada em uma toalha enquanto se movimentava em uma enorme bola de ginástica, respirando fundo. As contrações vinham uma atrás da outra, e ela tinha a opção de pedir por um complemento da analgesia, mas não queria. Ela disse que a dor estava suportável e ela só pediu a analgesia para que pudesse descansar um pouco.