Saio da sacada assim que a loira puxou Harry para longe de meu olhar, fecho a porta de correr da varanda, assim como as cortinas e a porta do meu quarto. Eu estava estressada, e todas minhas ondas de estresse só passavam com uma boa crise de choro. Com raiva, tiro minha roupa, me obrigando a colocar meu pijama, tirar minha maquiagem, ligar a lareira e me deitar. Lágrimas de ódio descem de meus olhos assim que me cubro com o cobertor, sentindo um calafrio percorrer meu corpo.
Uma sensação de insuficiência dominou meu peito e permiti que aquele sentimento se alastrasse, um sentimento que guardei durante semanas e meses. Meus soluços eram expulsos involuntariamente da minha boca, me causando uma leve dor de cabeça por me forçar a soltá-los. Max subiu na cama e começou a cheirar meu rosto, passando sua língua carinhosamente em minha bochecha. Percebendo que o choro não se cessou, ele colocou sua cabeça em meu braço, me fazendo abraçá-lo. E eu fiquei ali, aos prantos e abraçando meu cachorro, que além da bebê, fora minha companhia nas minhas noites solitárias, como essa.
Para falar a verdade, eu tinha medo de ficar sozinha. Esse sentimento nunca foi um problema, não até conhecer Harry. Ficar sozinha sempre me trazia sentimentos horríveis e pensamentos que não conseguia controlar, e eu odiava me sentir assim, já que antigamente o meu maior prazer era ficar sozinha e curtir o silêncio. Hoje em dia, silêncio é sinônimo de dor, onde toda a culpa e tudo que aconteceu há meses atrás alastravam minha mente.
Eu não quero ficar sozinha, mas ao mesmo tempo, tenho receio de ficar ao lado de alguém. A confusão me fazia companhia, assim como a raiva e a angústia.
Por que tudo teve que acontecer como aconteceu? Por que ele teve que mentir para mim e me foder psicologicamente assim? Por que ele está namorando ela? Por que ela? Logo ela!
Perguntas sem respostas e perguntas que eu honestamente não sei se queria saber a resposta. E para completar, contrações de treinamento resolveram me fazer companhia, me avisando que meu parto estava cada vez mais perto e me deixando mais nervosa. Meu coração palpita mais forte, quase saindo do meu peito. Droga.
Foram quarenta segundos com a barriga dura e a lombar doendo. E estava tudo bem, essas dores e incômodos não me machucavam mais do que os meus pensamentos. Não me machucavam mais do que ver os dois em clima de romance dentro da minha casa, não me machucavam mais do que a raiva que eu sentia por permitir isso.
Eu me odiava por ser tão coração mole, me odiava por deixar que as pessoas me fizessem de gato e sapato enquanto eu colocava um sorriso no rosto e fingia que estava bem. Me odiava por deixar que tudo isso acontecesse debaixo do meu nariz e aguentar tudo calada.
Eu me odiava por ser tão idiota.
— Feliz natal, meu amor! — a porta do meu quarto é aberta e vejo minha mãe entrando no quarto e acendendo a luz. E só aí, ela percebeu o caco que eu estava. — Hey, o que aconteceu?
— Me deixe sozinha... por favor. — peço entre soluços, enquanto ela se aproxima.
— Meu amor, me diga o que aconteceu. — ela se sentou na beira da minha cama, acariciando meu cabelo.
— Mãe... eu te imploro. Por favor, me deixe sozinha. — uno minhas mãos, sabendo que minha cara estava horrível. — Eu só quero ficar sozinha, por favor.
— Mas Violet...
— Agora! — peço, apontando para a porta. — Vá embora, por favor. Não quero estragar o natal de ninguém, então vá embora e finja que eu não estou nesse estado. Segure as pontas para mim, eu não aguento ficar lá embaixo. Eu só quero ficar sozinha. Eu prometo que vou ficar bem.
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FALLING | ʜ.ѕ
Fanfiction(HISTÓRIA COMPLETA) ❝ 𝐎 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐮 𝐬𝐨𝐮 𝐚𝐠𝐨𝐫𝐚? 𝐎 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐮 𝐬𝐨𝐮 𝐚𝐠𝐨𝐫𝐚? 𝐄 𝐬𝐞 𝐞𝐮 𝐟𝐨𝐫 𝐚𝐥𝐠𝐮𝐞́𝐦 𝐪𝐮𝐞 𝐧𝐚̃𝐨 𝐪𝐮𝐞𝐫𝐨 𝐩𝐨𝐫 𝐩𝐞𝐫𝐭𝐨? 𝐄𝐬𝐭𝐨𝐮 𝐜𝐚𝐢𝐧𝐝𝐨 𝐝𝐞 𝐧𝐨𝐯𝐨, 𝐞𝐬𝐭𝐨𝐮 𝐜𝐚𝐢𝐧𝐝𝐨 𝐝𝐞 𝐧𝐨𝐯𝐨, 𝐞...
CHAPTER 6
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