Capítulo Dez - Segunda Temporada

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— Amor, está tudo bem, você precisa se acalmar. — Tentei massagear seus ombros me aproximando devagar, contudo, antes mesmo que eu me sentasse no sofá ao seu lado ela me deu um tapa na perna me fazendo recuar. — Ai!

Um pequeno grito saiu de meus lábios e apertei o local com força tentando não sentir tanta dor. Jennie sempre teve a mão pesada, posso afirmar muito bem isso.

Junkyu soltou um riso nasal, mas isso fez com que seu nariz doesse um pouco por conta dos socos e logo em seguida ele colocou os dedos sobre o membro machucado enquanto me olhava com raiva.

— Jennie! Eu sou tão linda assim que é só você me ver que desmaia? Ah, meu amor, saiba que o sentimento é recíproco! — Irene sorriu se sentando ao lado de Kim. Eu precisei analisar a situação um pouco antes de notar algumas coisas.

Irene já foi mesmo namorada de Jennie?

— Se me lembro bem, a última vez que nos vimos, vocês estavam indo embora, não é? — Jen disse friamente.

Então, ela só não era namorada da Jennie, como também fugiu com o Junkyu? Eu acredito que temos muito o que conversar.

— Águas passadas, meu amor! Acredite em mim! Eu não gosto tanto de pau quanto eu imaginava.

— Pelo amor de Deus não fale essas coisas em voz alta! — Procurei ao redor tentando visualizar uma figura masculina, que não fosse o Junkyu. Por sorte eu não o achei e agradeci a Deus por Taeyang não estar presente nessa conversa perturbada. — Sabe que tem criança aqui?

— Ah! É mesmo! Eu vi o filho de vocês, meu Deus ele é tão perfeito!

Irene se levantou rapidamente dando alguns pulinhos enquanto corria em minha direção para me abraçar. Seus braços mal chegaram a encostar em meu pescoço. Jennie a puxou rapidamente se enfiando entre nós duas.

— Eu vou dizer só uma vez, fique longe da minha esposa!

Por algum motivo, meu coração acelerou ouvindo isso e eu tive vontade de sorrir. Ela ainda me considerava sua esposa e isso era tão importante para mim. Mesmo que seja bem, no fundo do coração maluco dela, ela ainda sabe, que nascemos uma para a outra.

— Nossa, Jennie! Quanto rancor! O que aconteceu com o Junkyu já fazem anos, e veja só eu e ele não temos mais nada! — A mulher lançou um olhar em direção ao Junkyu, sinalizando para que ele confirmasse.

— Na verdade, não percebemos que não somos tão compatíveis assim, Jen. Achamos melhor cada um tentar te reconquistar do próprio jeito.

Então tudo isso, se trata de um plano para reconquistar Jennie? Eu já devia imaginar.

Quando eu terei paz? Cada ano é um ser infeliz que diz amar minha esposa.

— Caralho e eu pensava que o Kai era maluco. — Jen bufou começando a bater o pé contra o chão. — Eu já tenho problemas demais na minha cabeça, eu já tenho uma lista enorme de nomes de pessoas que eu pretendo matar, e por enquanto só por enquanto, o seu nome, Irene, não está nela. Então eu sugiro, que cada um de vocês, sigam a vida de vocês bem longe da minha casa, entendeu?

— Meu amor você não está entendendo. — Irene riu se aproximando novamente de nós. — Eu não queria apelar pro emocional minha velha amiga, mas se me lembro bem, eu lhe oferecia minha casa quando você precisava de um tempo sozinha. Acredito que já está na hora de retribuir o favor, não é?

— O quê? Não! Nunca! Minha casa não é hotel porra! Que inferno! Quantas vezes eu vou ter que abrigar pessoas aqui? Não! Ninguém vai dormir aqui hoje vai todo mundo procurar a casa de vocês!

Jennie Kim

Eu juro, que nem nos meus piores pesadelos, eu pensei passar por isso.

— Então o Junkyu fica no quarto que ele ficou na última vez, e a Irene fica com o quarto perto da despensa. — Minha garganta ardeu tendo que dizer essas palavras.

Lalisa não gostou nem um pouco e saber que o Junkyu vai dormir aqui de novo, e a todo momento, encarava o homem como se quisesse mata-lo, e eu sabia, que ela queria mata-lo.

— Amanhã todo mundo vai me dar cem mil wons, entendeu? Ninguém vai ficar aqui de graça!

— Eu acho super justo não é, Junkyu? — Minha velha e desgraçada amiga sorriu de uma forma tão graciosa que eu quase esmaguei os dentes dela ali mesmo. Eu tinha mais raiva do Junkyu, claro, mas isso não significava que eu não tinha raiva dela. Afinal, os dois mentiram para mim e me traíram. — Ou! Todos nós podemos dormir no mesmo quarto! Como nos velhos tempos, Jennie, o que acha?

Aquilo foi o basta para mim. Se eu não fosse para o meu quarto agora mesmo, eu provavelmente passaria mal novamente e não estava em meus planos ficar o dia inteiro desacordada.

Revirei os olhos e segui em direção as escadas. Irene soltou um suspiro triste e pediu para que Lalisa lhe mostrasse o quarto que ela iria ficar. Isso me fez descer as escadas novamente.

Eu não confio nem um pouco naquela mulher. E ultimamente, Lalisa também não tem sido digna de minha confiança. Por isso, o melhor a se fazer, é evitar que as duas fiquem próximos.

— Ela não vai te mostrar porra nenhuma! — Puxei Lalisa pelo braço fazendo com que ela tropeçasse em alguns degraus antes de chegarmos ao nosso quarto. Assim que abri a porta e a coloquei para dentro, fiz questão de lhe acertar precisamente no ombro. — Tem noção da raiva que eu estou sentindo?

Lalisa segurou o grito de dor enquanto pisava firme no chão passando a mão freneticamente no braço.

— A gente podia muito bem estar fodendo agora para me acalmar, mas você teve que fazer burrada, Lalisa?

— Olha só, eu tenho quase cem porcento de certeza que eu não fiz nada que eu deva me arrepender! — Ela tentou dizer sem gemer de dor enquanto ainda massageava a região.

— Do que você se lembra sua... sua... sua gorila? — A xinguei da primeira coisa que veio em minha cabeça.

— Não de muita coisa, mas eu sei o necessário para saber que eu não fiz nada de errado!

Respirei fundo para não bater nela novamente.

— Você vai ficar aqui dentro, entendeu? Eu não quero você perto daquela vadia!

Lisa pensou um pouco e tombou a cabeça de forma curiosa enquanto me olhava. Parecia ter certa dúvida em algo que eu disse.

— O que significa vadia?

É sério isso? Elá não sabe mesmo?

— Uma pessoa que não presta, Lalisa.

— Ahhh agora tudo faz sentido!

Tentei segurar um riso, mas a carinha que ela fez, eu não consegui resistir. Mesmo depois de três anos, Lisa ainda parecia aquela menina inocente que foi deixada aos meus cuidados por aquele ser humano desprezível.

— Eu amo tanto você, Lalisa. — Toquei sua face rapidamente, eu precisava sentir pelo menos alguma parte dela, ou entraria em desespero. — Amo tanto que às vezes dói.


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Yes, Mommy | JenlisaOnde histórias criam vida. Descubra agora