FALLING | ʜ.ѕ

CHAPTER 2

— Eu te entendo. — ele suspirou. — Foram meses difíceis, mas ela também esteve comigo.

Meu coração doeu ao perceber que não falávamos da mesma pessoa. Pigarreio, não me sentindo confortável com aquilo. Harry percebeu, e então, comemoro silenciosamente quando ele muda de assunto.

— Como ficou o seu trabalho? Ainda está fazendo ensaios?

— Não, parei assim que minha barriga começou a ficar evidente. Tive que alertar sobre a gravidez e agora estou afastada.

— E como está financeiramente?

— Bem, eu juntei dinheiro por alguns meses, além disso, eles estão me pagando por ensaios que adiantei no começo. Fiz trabalhamos para Mac, Vogue, Guess, Tommy e algumas lojas de marca. Também estão me pagando por fotos extras, anúncios, outdoors, direito de imagem, direito-maternidade... Enfim, confesso que estou melhor que antes. O contrato é bem específico com tudo que tenho direito.

— Fico tranquilo com isso, mas se precisar de alguma ajuda, pode me procurar.

— Ah, claro. — ironizei, rindo sarcasticamente e recebendo um olhar confuso do rapaz. — Você provavelmente seria a última pessoa que eu pediria dinheiro.

— Por quê?

— Você jogaria na minha cara o resto da vida por ter te pedido ajuda.

— Claro que não! — arqueei a sobrancelha, ambos sabíamos que ele estava mentindo. — Ok, mas você é mãe da minha filha, o mínimo que posso fazer é te ajudar financeiramente.

Mãe da minha filha.

Essa frase realmente mexeu comigo.

— Certo. — encerro o assunto, ficando quieta em seguida.

— Quando iremos anunciar? — perguntou, após um silêncio.

— Não sei, você quer anunciar?

— Confesso que sim. E você? — ele me encara.

— Bem, não sei ainda. Marquei um ensaio para fazer na próxima semana, podemos anunciar assim que eu receber a foto.

— Se você não quiser anunciar ainda, está tudo bem.

— Você é uma figura pública, Harry. Querendo ou não, já estão desconfiando e não quero que saibam por tabloides.

— E o que você quer?

Você.

— Não sei, o que você quer?

— O que você quiser.

— Isso não ajudou. — ele riu com a minha fala.

— Bom, para falar a verdade, eu quero uma coisa.

— O quê?

— Decorar o quarto dela. Sei lá, fazer essas coisas de pai. Furar a parede, montar móveis... — ele franzia o cenho ao pensar, olhando para o céu. Ri fraco. Harry fazendo "coisas de pai" seria a coisa mais fofa que eu poderia vivenciar.