Capítulo 8

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Pov Brittany Pierce

 Saímos pela porta de casa e corremos o mais rápido que podíamos para a parte de trás da mansão Lopez, tentando não sermos vistos. Quase tropecei no meu próprio tênis, mas consegui me equilibrar e continuar correndo.

 — Merda! Esse muro é muito alto — Quinn sussurrou quando paramos enfrente da casa. A rua estava completamente deserta, mas sussurrar deixava tudo mais discreto.

 — Vem, vamos pular pelo portão dos fundos, ali. — disse quando avistei o portão que não era tão baixo, mas também não era alto. Pelo menos dava pra apoiar os pés no portão e subir.

 — Eu vou primeiro. — Kurt disse já dando impulso. Puff, nem parece que estava com medo — Me ajudem aqui — eu e Quinn empurramos ele por cima do portão. Acho que calculamos mal a força e Kurt caiu com tudo do outro lado.

 — Meu deus! Está tudo bem? — Quinn perguntou quando ouvimos os gemidos de dor.

 — Tá. Só não é nada agradável cair de dois metros de altura. — ele resmungou. Senti vontade de rir, mas estávamos em uma missão importante.

 — Tem como abrir o portão por dentro? — perguntei.

 — Droga! Tem. — ele bufou — Eu deveria ter deixado vocês irem na frente. — disse quando abriu o portão nos dando passagem.

 — Pelo menos já sabemos por onde sair — Quinn comentou.

 — Tá, agora vamos — disse.

 Corremos silenciosamente pelo gramado dos Lopez. Como num filme do 007, nós entramos na casa nos escondendo em cada balcão, mesa ou parede que passávamos, até chegar no segundo andar onde ficava os corredores dos quartos.

 — Droga! Eu não sei qual é o quarto dela — sussurrei.

 — Querida, só porque você não vem aqui, não quer dizer que o resto de nós também não venha. — Kurt sussurrou de volta, passando na minha frente parando em frente a última porta do lado esquerdo.

 Ele olhou pros lados, conferindo se não tinha ninguém, e girou a maçaneta tentando não fazer  barulho.

 Entrei no quarto logo depois de Quinn e fiquei surpresa com a sensação de conforto e paz que o quarto transmitia. A cama encostada na parede bem no meio, logo em cima uma claraboia iluminando tudo com o anoitecer do céu e a luz da lua, o livro com marcador de páginas na cabeceira ao lado da cama, e logo em frente a parede repleta de estantes de livros e uma TV enorme bem no meio, mais ao lado tinham duas portas que eu imaginei serem o closet e o banheiro dela. Era tudo tão... tranquilo.

 — Brittany anda logo, não temos tempo. — Quinn disse me despertando do transe.

 Começamos uma caçada pelo quarto de Santana. Quinn foi pro banheiro procurar por lá enquanto eu e Kurt procurávamos por ali. Ele abriu o closet e começou a revirar cada canto, enquanto eu fui direto pras gavetas do criado mudo.

 Achei números de telefone anotados em guardanapos, papeis de cadernos rasgados e até mesmo uma calcinha, que eu aposto que foram as vadias que deram pra ela.

 Abri a próxima gaveta e tinham várias fotografias aleatórias de polaroid. Acabei vendo uma ou duas. Ok, eu vi algumas.

 Tinham várias de quando Santana era pequena, algumas eu até me lembrava. Tinha outras dela com os irmãos, outras com a avó, mas uma me chamou atenção: Era de quando ela era pequena, sentada no colo do tio Sérgio, dentro do carro dele, com as mãos no volante. O sorriso dela era tão lindo, seus olhos estavam quase fechados olhando pra câmera do lado de fora, e seu cabelo de franjinha caindo na testa. Merda! Ela era linda desde pequena.

Street Racer - BrittanaWhere stories live. Discover now