(𝙻𝚡𝙾) 𝐴 𝑝𝑟𝑜𝑡𝑒𝑡𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑑𝑒𝑡𝑒𝑡𝑖𝑣𝑒 - L. Lᴀᴡʟɪᴇᴛ

Preparação

— Lawliet!

Ela dá um pulinho pra trás, aquele projeto de fantasma chamado L. Lawliet estava de pé ao lado da porta com uma das caras menos amigáveis do mundo.

— Ei! Não diga isso alto!

Ele fala de cara feia, por alguma razão ele ficou aborrecido quando ouviu Mello falando sobre se casar com Olivia, ele é uma criança! Não deveria ficar pensando essas coisas... Principalmente com a Olivia.

— Você me assustou, assombração

Ela diz com as mãos em seus cabelos longos e negros.

— Eu estava te procurando já que você não estava do meu lado. Passei um bom tempo falando sozinho

Ele diz caminhando ao lado de Olivia pelo longo corredor, ele com sua postura torta e ela com seus passos desengonçados pois agora estava sem os sapatos especiais e usava somente meias o que deixava com certeza seu andar mais prejudicado.

— Sério que você não percebeu que eu não estava lá?

Ela cruza seus braços e faz uma expressão aborrecida.

—Eu estava concentrado, não tinha como ficar te olhando.

O detetive fala com simplicidade, mas era só metade do problema já que determinadas expressões de Olivia desconcentravam L de maneira alem de sua compreensão.

— Entendi — Murmurou a garota com certo rancor — Mas na hora de pedir um bolo nunca se esquece de mim.

Ela revira os olhos e segura no corrimão pra poder descer as escadas porém sua mão é segurada por L que lhe dá um auxílio de maneira delicada.

— Seus bolos são os melhores.

Ele levanta os ombros e dá um leve sorriso pra Olivia, ele não queria ela se sentindo ofendida por ele não ter percebido que ela não estava lá... Ele queria que ela se lembrasse de como ele é.

Olivia sorriu, percebendo que isso que ela fez foi uma tempestade em copo dʼagua, L prezava sim por ela. Mas ele apenas esteve concentrado.

Terminam a descida das escadas e vão até a sala pra continuar o trabalho. Olivia pega uma latinha de refrigerante no cooler térmico em baixo da mesinha de centro de madeira pura.

— Tá, fala o que pensou.

Diz Olivia após um largo gole no refrigerante de root beer, que não era nem de longe o favorito dela mas foi o que a sorte destinou para suas mãos.

L realmente passou um bom tempo falando sua teoria e o que planejava fazer pra descobrir mais sobre o denominado como "Kira" por toda a Internet, era uma das propostas mais arriscadas que L já havia tramado e Olivia o apoiou firmemente.

— Eu posso ir junto com os policiais na captura pra garantir que nada vaze.

Disse ela abrindo a sétima latinha, finalmente de Coca sabor cereja... A favorita da detetive.

— Isso seria ótimo, enquanto você está com a Scotland Yard efetuando a prisão, eu vou voltar pro prédio em Londres e de lá faço a transmissão.

L fala calmamente, ele obviamente tinha uma certa insegurança em relação a mandar Olivia em missões que envolviam perigo em demasiado, mas sua confiança na parceira era muito maior... Se Olivia disse que podia fazer algo é que ela pode.

— Pretende transmitir primeiro a onde?

Olivia tombou a cabeça para o lado.

— Quanto mais densidade demográfica a região possuir melhor, temos mais chances de pegarmos de primeira.

L falou segurando seu próprio queixo, olhos refretindo a grande claridade do monitor.

— Então Kantō seria o mais recomendado

Falou a mulher esticando as costas, ela estava sentada no sofá em sua posição favorita que era sobre seus pés, pra maioria era desconfortável porém pra Olivia era ótimo ter os pés dormentes.

— É... Espero que nosso japonês esteja em dia.

O detetive estalou as articulações dos dedos e voltaram a pesquisar mais aprofundadamente sobre perfis psicológicos, viés entre outros pra ver se conseguiam mais pistas do assassino.

A noite inteira foi perdida nisso, Olivia tinha um certo costume que L não possuía que era o fato de, nas palavras dela,  “DORMIR QUE NEM GENTE EM UMA POSIÇÃO NORMAL!” já que L tinha a capacidade de tirar alguns cochilos entre uma pesquisa e outra naquela posição terrívelmente desconfortável que ele sempre ficava.

Ao nascer do sol Olivia tinha olheiras tão fundas quanto as de seu parceiro, as seis da manhã a mulher simplesmente apagou com a cabeça sobre o ombro de L, fazendo o homem pálido sorrir de maneira quase imperceptível.

— Acho que um descanso não fará mau

Ele Murmurou se sentando numa posição normal e abraçando os ombros de Olivia, aconchegando seus corpos, uma perna dela estava sobre as dele.

Quando as crianças desceram pro café da manhã viram a cena e ficaram empolvorosas. Linda correu até seu quarto onde deixava escondida uma mini câmera fotográfica que revelava fotos na hora, a loirinha de olhos azuis tinha uma mão ótima pra fotografia então essa ficou lindíssima. Os raios da manhã brincavam entre os cabelos das figuras que pareciam exatamente noturnas.

— Não deixa o L ver isso nunca.

Falou Matt rindo enquanto caminhavam pra cozinha.

— Claro que não né. Eu vou pintar um quadro com essa foto de referencia!

A garotinha fala toda animada, ao chegarem na cozinha encontram Near sentado em uma das cadeiras, sua expressão obviamente entregava que ele estava esperando por alguém.

— E ainda dizem que esse cara é mais inteligente que eu.

Resmunga Mello que sai andando a passos duros mas ainda assim vai preparar o sanduíche de pasta de amendoim e geleia pro albino.

— E ainda assim ele serve de mordomo.

Resmunga Matt com um óbvio tom de ciúmes na voz, ele sabia que Mello e Near eram uma equipe quase predestinada... Mas ele era pra ser a equipe de Mello então o pobre garoto de óculos amarelados se sentia muito jogado, Mello era seu amigo e não de Near!