Taehyung respirou fundo e decidiu seguir para o escritório em busca de qualquer coisa para ocupar a mente. Assim que fechou a porta e se sentou na frente do notebook, procurou qualquer coisinha nos arquivos que diziam respeito ao restaurante, mas já estava tudo mais do que organizado. Ele fazia o controle do estoque anotando em planilhas, a contabilidade tinha um arquivo próprio e tudo isso já estava organizado. Bufou frustrado e apenas jogou a cabeça para trás, fechando os olhos e sentindo todo o nervoso percorrer por suas veias. O mal do Kim era ser muito ansioso para tudo, isso às vezes o atrapalhava em âmbitos da vida, não queria que isso afetasse o expediente de hoje.

Passou as mãos pelos fios escuros e tentou buscar um pouco de calma, mas logo foi interrompido pelo único som que queria ouvir naquela manhã: O toque de seu celular.

Atrapalhado, ele abriu os olhos instantaneamente e tateou os bolsos em busca do aparelho que vibrava e com as mãos trêmulas viu o mesmo número que havia ligado marcando a visita alguns dias antes. Com certeza era Seokjin.

Deslizou o dedo pela tela e tentou não transparecer que estava quase em colapso quando atendeu.

— Alô?

Taehyung? — Era a voz dele chamando por seu nome, sugestiva e suave. Dava quase para imaginar o sorriso de canto do mais velho do outro lado da linha — É o Seokjin. Como você está?

— Ótimo! Estou ótimo, e você?

Seokjin, que estava em sua casa, mais precisamente em sua cama, se aconchegou sorrindo ao ouvir a voz profunda do outro, percebendo sua ansiedade.

— Estou muito bem. Sabe, eu ia te ligar mais tarde, mas não tem porquê adiar isso, então eu vou te dizer de uma vez, assim acabamos com a ansiedade um do outro.

Taehyung engoliu em seco com a pausa leve que Jin fez. Era a hora de saber do futuro de seu estabelecimento, se iria ao céu ou se levaria um tombo astronômico. Seu corpo estremeceu e ele se preparou, fosse o que fosse que seria dito.

— Pode falar.

Seokjin conseguia visualizar as veias dos braços trêmulos de Taehyung e seu corpo inquieto enquanto ele mexia nos cabelos, tentando transferir o sentimento nervoso para qualquer canto. Soltou uma risada em sopro imaginando o quão atraente ele deveria estar naquele momento.

Meus parabéns, Taehyung. O La Familia agora faz parte do grupo do Sindeul-ui Menyu! Eu visitei todos os estabelecimentos que estavam com a proposta e o seu foi o melhor, então decidi que vamos investir no seu restaurante.

Os olhos dele se arregalaram na hora e sua boca ficou levemente aberta enquanto processava a informação. Era o que mais queria ouvir, mas parecia tão irreal, tão longínquo que achou que ainda estava sonhando.

Mas não, ele estava muito bem acordado, aquilo era verdade, a mais pura delas. Ele foi desperto de seu transe com a risada suave de Jin do outro lado da linha.

Taehyung? Ainda está aí?

— Ah, sim! Céus, eu só não estou conseguindo acreditar! — respondeu atônito. — Muito obrigado por isso, Seokjin! Obrigado por ter confiado em mim, eu tenho certeza que vamos conseguir juntos fazer um ótimo trabalho por aqui!

Você pode me agradecer pessoalmente — disse. — Precisamos alinhar algumas coisas. Pode me encontrar mais tarde?

— Claro, só dizer onde! — exclamou se levantando da cadeira.

Vou te enviar a localização. Nos vemos às 18h?

— Com certeza.

Com os ânimos lá em cima, ele encerrou a ligação e saiu correndo do escritório tal qual uma bala, tropeçando nos próprios pés e nas mesas do salão. Abriu a porta da cozinha esbaforido, fazendo Chan quase se cortar com a faca. O mais novo arregalou os olhos ao ver o estado eufórico do amigo.

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