Capítulo Quarenta e Três

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Como é péssimo me sentir assim. Confusa. Sem uma direção certeira.

— Ela não precisa de algum remédio para dor? Ela pode estar sentindo dor! — Coloquei a palma da mão sobre sua testa. Medindo sua temperatura. Ela estava um pouco quente. Acima da temperatura ambiente. — A senhora pode por favor, dar algum remédio para ela?

Senhora Wang. Consegui ler no seu crachá. Me olhou com certa raiva e tentando não ser grossa comigo. Mas pelo visto, estava a ponto de arrancar minha cabeça fora.

— Sua amiga, está bem, senhora Manoban. Ela não está sentido dor, e seus hematomas não são tão graves ao ponto de causar alguma sequela. Assim que ela acordar, já vai poder ir para casa, só precisará de um pequeno repouso.

Concordei atentamente. Repouso. Eu posso ajudar nisso. Ela não vai poder negar minha ajuda.

— Vou deixar vocês sozinhas agora. Ela deve acordar daqui a algumas horas.

Suspirei pesadamente e me sentei próxima a sua maca. Havia uma poltrona ali. Confortável. Encostei minhas costas no estofado e a observei, Kim estava tão... cansada... quando ela acordasse, eu irei cuidar dela, não deixarei que a machuquem novamente.

Algumas horas depois...

Jennie Kim

Minha cabeça doía de uma forma terrível. Era como se tivesse um peso sobre ela, me impedindo de abrir os olhos. Minha visão estava escura e pesada, e eu podia sentir cada canto do meu corpo latejar. Maldito seja aquele quem inventou a porra da bebida alcoólica.

Continuei com os olhos fechados e imóvel por alguns minutos. Eu sabia que estava em um hospital. E sabia que tinha exagerado na dose de bebida ontem a noite. Mas, não me recordava de detalhes. Não sabia como tinha vindo parar aqui, e eu tinha apenas alguns flashs de memória, nada completamente inteiro.

Uma queimação na minha garganta me forçou a fazer forças para sentar. Tudo doía, tudo ardia. Minha cabeça não parava um minuto sequer de doer e eu só queria que tudo passasse bem rápido.

Olhei aí redor e tomei um pequeno susto com a figura de uma pessoa sentada ao meu lado. Demorei alguns minutos para perceber que era Lalisa, e mais alguns minutos para ter certeza se ela era real, ou se estava apenas alucinando.

— O que essa maldita está fazendo aqui? — Ela estava dormindo. Totalmente desconfortável. Bufei irritada e peguei uma almofada atrás de mim e a arremessei em sua direção. — O que você tá fazendo inferno?

Lali deu um pequeno pulo no lugar e me olhou confusa. Os olhinhos um tanto inchados assim como seus lábios avermelhados. Ela devia estar dormindo a um bom tempo.

— Você acordou? — Arrumou sua postura enquanto me observava. Precisei quebrar nossa troca de olhares e desviar para a porta. Não queria encará-la por muito tempo.

— Não! É uma miragem, não está vendo? — Tentei soar o mais ignorante possível. Não quero que ela fique. Não quero ela perto de mim. Ele quis ir embora, não pode voltar agora.

— Não seja assim Jen... precisamos conversar...

A interrompi antes que ele começasse a falar bobagens.

— Não! Não quero ouvir vozes! Não quero ouvir mulheres! Eu odeio mulheres! Não quero ouvir vozes de mulheres! Então não fale comigo sua maldita! Eu não quero ouvir nada que venha da sua boca!

Lalisa suspirou irritada e se levantou ficando em pé ao lado da maca. Cruzei os braços e continuei com o olhar na porta. Meus olhos lacrimejaram instantaneamente quando ela começou a falar.

— Eu sei que você está com raiva, e eu também estou, mas, no momento, você está precisando de ajuda, de carinho, de amor... então por favor Kim, não tente me afastar, por que isso não vai funcionar, eu não vou embora dessa vez. — Seus longos dedos tocaram meu maxilar, me obrigando a olhar em sua direção. — Você está machucada... machucaram você, e eu não suporto ver isso. Eu estou com o coração partido, confuso, não sei no que devo acreditar, mas eu ainda amo você, e mesmo que eu queira, não consigo te ver nesse estado e não sentir como se meu mundo estivesse prestes a desabar. Então não adianta tentar me afastar agora Kim, eu irei cuidar de você dessa vez.

Eu não queria dizer nada. Não queria continuar a olhar para ela. Me machucava. Me machucava, saber, que ela foi embora na primeira oportunidade. Ela não pensou em mim. Se deixou levar e foi embora sem olhar para trás, muito menos se despedir corretamente. Eu sinto muito meu amor, mas eu não posso deixar que você me magoe novamente, não como da última vez.

— Eu não quero que você se aproxime novamente, Lalisa...

Seus dedos suaves tocaram meus braços, passando a mão gentilmente, abaixei o olhar e percebi alguns hematomas roxos. Como isso aconteceu?

— O..o que aconteceu comigo?

Estava confusa, perdida. Eu não tenho certeza de como isso aconteceu. Eu me lembro apenas de ir até um bar, e beber. Logo após isso, eu não lembro de detalhes, mas... me trouxeram até o hospital.

— Eu também não sei, meu amor. Os médicos não quiseram me dar muitos detalhes, nem ao menos haviam percebido as marcas no seu corpo. — Ela subiu a mão tocando calmamente meu pescoço, o apertando bem devagar, como se fosse uma massagem. — Você não se lembra de nada? Nenhum detalhe?

Neguei me sentindo extremamente cansada. Queria afastar Lalisa e tirar suas mãos de mim, contudo, não possuía forças o suficiente para fazer isso. Minha cabeça ainda não havia parado de latejar, e eu me sentia suja. Muito suja.

E agora, minha cabeça tinha outros problemas para se preocupar. Por favor, que uma mulher tenha feito isso comigo. Por favor.

Eu não tenho certeza se vou conseguir lidar com isso da forma certa, se um homem tive feito isso. Só de pensar, que um homem fez isso, me machucou, violentamente, me causa ânsia de vômito.

— Não se preocupe tanto, eu vou descobrir quem fez isso com você.


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Yes, Mommy | JenlisaOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz