Jimin se espreguiçou na cama, alongando os músculos que despertavam enrijecidos. Mais um dia se iniciava, e como já tinha combinado com Taehyung, aquele seria um dos dias em que sairia de casa para sentir a adrenalina espalhando por seu corpo, junto à serenidade da mata que se estendia para além da aldeia, instigando sua curiosidade e fazendo com que seu peito flutuasse junto às folhas que caíam das árvores acima dele.

O ômega se levantou e foi para a cozinha, onde uma farta mesa já o aguardava como sempre. Tomou seu desjejum, escondendo uma maçã bem vermelha e uma coxa de frango assado em um guardanapo, pois sempre ficava faminto depois de suas corridas em forma lupina.

— Jiminnie, querido — chamou a ômega, sua mãe, fazendo este dar um pulinho na cadeira, quase sendo pego em flagrante. — Hoseok esteve aqui — disse com um sorriso.

— Esteve? — respondeu com um sorriso amarelo. — Por que tão cedo, mamãe? Isso são horas de visitas?!

— Deixe de ser tão duro com ele, é um alfa tão bom, esses pãezinhos, fora ele quem trouxera para você, querido — falou toda contente, mas a expressão alegre no rosto de Jimin não existia.

Hoseok era um alfa bem reconhecido em Lua Cheia. Enquanto eram crianças, corriam pela vasta campina que rodeava a aldeia enquanto suas mães conversavam ou teciam, mas depois da adolescência, quando Jimin começou a ficar mais belo que a própria Mãe Lua e Hoseok passou pelo Ritual da Cicatriz, nada mais foi do mesmo jeito.

Eles eram adultos agora e logo o dever de construir uma família chegaria para ambos.

Jimin era um ômega de uma família importante. Literalmente, "O" ômega destinado a seguir com o legado, mas ele não queria se casar, muito menos ter filhotes tão cedo. Queria correr e brincar na chuva, sem ter que se importar em alimentar um filhote ou dois.

Hoseok não era ruim. Ele o respeitava e cortejava de forma adequada, ele só era um tanto insistente. Enquanto Jimin permanecia vendo ele como o garoto amigo que corria e brincava com ele anos antes, Hoseok agora o via como um futuro par. Aquilo era estranho para ele, para dizer num mínimo.

Ele olhou para os pães que a mãe o apontava. Frescos e tão bonitos que ele poderia comer três, com manteiga caseira e uma boa xícara de chá, mas era como aceitar a corte do Jung e ele não queria dar falsas esperanças a ninguém. 

Se fosse época de caça, presentes são sempre bem recebidos, mas assim tão de repente, seria como dizer ao alfa que também tinha interesse nele.

— Você aceitou isso em meu nome? — perguntou para a mulher, que acenou com a cabeça para cima e para baixo, sorrindo de orelha a orelha. — Mamãe, não deveria!

— E por que não? Jimin, ele gosta de você, sempre gostou. Melhor aproveitar que Hoseok é um alfa de valor, está sempre ao lado de seu pai, se você der uma chance…

Jimin se ergueu de supetão, fazendo a maçã cair de seu colo ao chão e dando à coxa de frango suculenta o mesmo destino.

— Dê-me a chance de aproveitar meu tempo antes de me entregar para alguém tão facilmente — disse bravo. — Eu só tenho vinte ciclos, mamãe, deixe-me pensar por mais alguns.

A mulher baixinha deixou seus lábios finos em uma linha. Ela era amorosa e muito condescendente, mas precisava alertar sua criança sobre o futuro.

— Os ciclos passam rápido, Jimin — falou doce. — Os alfas também precisam de companhia para a vida. Muitos ômegas estão chegando à fase adulta e você sabe que todos querem um par para os invernos.

— Eu não quero!

— Mas vai querer — retrucou ela. — E eu temo, meu amor, que decida isso tarde demais. A beleza passa conforme as luas, e quanto mais tarde…

— Se o alfa que me quer, me quer apenas pela beleza, mais uma vez eu tenho motivos para não o aceitar! — vociferou para ela, fazendo esta se assustar. — Desculpe, eu… eu preciso ir.

— Para onde vai? Jimin, não pode sair sozinho assim tão de repente. — A mulher acompanhava o loiro enquanto ele caminhava para as escadas.

— Eu só irei ver Taehyung! Agora não poderei mais sair desta casa?! Por favor, me deixe!

Ele bateu a porta do quarto, encostando-se nesta, sua pele queimava como fogo, sentia que a qualquer momento entraria em combustão, explodiria em seu lobo branco ali mesmo, dentro da casa.

Precisava aprender a lidar melhor com seus sentimentos, eram sempre tão abrasadores, diferente da pacificidade característica dos ômegas. Seu coração clamava por liberdade, por buscar e conhecer, descobrir e desvendar.

Ele talvez deveria ter nascido como um alfa, assim não precisaria ser cuidado e sim cuidar de alguém. Poderia correr pela campina e adentrar a floresta como bem quisesse, na hora que quisesse e quando voltasse, não precisaria dar explicações.

Porém nem tudo seria doce como sua fértil imaginação, e ele continuava preso em seu mundo de cuidados e regalias, mas não por muito tempo.

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Eu tô nervosa e empolgada pra saber o feedback de vocês, então me digam o que acharam e até os próximos capítulos 🐺🌕

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