Wammy's house

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TAP TAP TAP TAP

Era esse o único barulho ecoando na maldita sala gigante, esse era o barulho de um garoto de cabelos negros e postura torta teclando cheio de doces e balas ao seu redor.

Pra quem chegasse nessa sala e não estivesse acostumado com certeza teria severas dores de cabeça, mas aparentemente a menina que ali estava não se incomodava, ela estava sentada no tapete em uma aparente desconfortável posição sobre seus pés enquanto era rodeada de latinhas e garrafas de refrigerante.

Essas pessoas são L. Lawliet e Ollena Kaos, mas se você os chamar assim com certeza não será atendido.

Nenhum dos dois morava mais ali, mas vinham as vezes de passagem pra poder visitar pessoas importantes.

A insistência maior vinha da parte de Ollena que tinha um favoritismo por duas das crianças que viviam ali, L apenas acompanhava por ter preguiça de discutir com alguém tão energético como a Kaos.

TAP TAP TAP TAP

As teclas de L foram interrompidas graças à chegada nada silenciosa de três  crianças.

A menina sobe direto pro segundo andar enquanto os garotos vão até a sala, quando veem os adultos ali apenas um rostinho se ilumina com um sorriso de imediato.

— Olivia!

Gritou o loirinho correndo até a morena, abraçando ela com força. Ele é bem pequeno comparado a mulher.

— Mello, quase que você explodiu as latinhas — Diz Olivia rindo da situação enquanto abraçava o pequeno — eu estava morrendo de saudades!

Ela se levanta e por alguns instantes tem problemas pra manter o equilíbrio, mas graças as enormes botas que usava conseguiu.

— Hey, Olivia

Acenou Matt pra mulher que agora tinha os olhos em Mello, mas assim que o garoto falou ela sorriu pra ele também.

As crianças adoravam Olivia por uma série de razões, porém a maior é que ela lhes dava o afeto que faltava nos dias normais, fazia com que se sentissem especiais de maneiras diferentes.

Com Linda, a garota que subiu, Olivia apresentava maneiras diferentes de arte que ela havia encontrado em suas viagens com L, já com Matt ela mostrava diferentes computadores e processadores, também vários tipos de programação em áreas diferentes... Mas com Mello... Era tudo mais especial, todos ali tinham noção de que por alguma decisão do destino Mello era o favorito, ela sempre passava mais tempo com ele quando estava aqui e ensinou pra ele várias técnicas que a própria havia desenvolvido.

Além dos treinos de tiro que eram ouvidos pela casa inteira, mesmo com claro repúdio de L isso continuava acontecendo.

— Ok, garoto — disse Olivia batendo as mãos e em seguida se abaixando pra pegar a pistola escondida em uma das botas robustas que usava em seus pés— ainda se lembra como usa?

Ela pergunta com a arma prateada em mãos

— É claro que lembro — Diz Mello batendo em seus próprios ombros de maneira convencida — Passa pra mim

O loirinho balança as mãozinhas pra receber em mãos pra receber a arma que logo lhe é entregue

— Se você acertar aquele saco de balas ali — Olivia aponta pro saco de balas preso no topo da árvore a frente deles, isso pertencia a L — Eu te dou um chocolate belga que eu e L compramos na última viagem

Motivado pela guloseima, Mello acertou o primeiro tiro em cheio nem no centro do saco... Se L visse aquilo seria um problema

— Parabéns, baixinho

Eles riem e fazem mais alguns disparos antes de voltarem pra mansão, Olivia vasculha umas bolsas até tirar uma embalagem dourada e marrom. Nesse momento L estava na sala e seus olhos escuros se viram imediatamente pra embalagem, atento.

— Onde isso estava?

A pergunta foi tão delicada e lenta que soou perigosa, nesse momento Mello estava desapegado do chocolate já que L podia se o mais bonzinho dos detetives e ao mesmo tempo ter o olhar do mais louco serial killer.

— Eu guardei pro Mello — Diz Olivia sem medo do olhar, ela já viu coisa pior — você já comeu uns dez desse no avião

As mãos na cintura e expressão de ser a dona da razão fizeram L simplesmente voltar a comer suas jujubas na paz.

— Aqui está seu prêmio, Mello

Ela dá um beijinho na testa do pequeno loiro que sobe a escada como um raio de luz.

Olivia passou o resto do dia se ocupando com as outras crianças e só conseguiu parar e tomar um banho pela madrugada, quando saia do banheiro viu L encostado na parede do corredor com o olhar perdido de sempre, em uma rápida leitura do corpo de L ela percebeu que o moreno estava indeciso.

— Pode falar

Ela diz gentilmente enquanto se aproxima.

— Ainda não é o momento pra conversar sobre isso.

L fala como se Olivia já soubesse exatamente o que ele tinha em mente, não era mentira, os anos de convivência deram a Kaos quase que um poder especial pra entender os pensamentos confusos do detetive, isso ajudava no ato de se comunicar com o mundo exterior. Já que L não tinha habilidade alguma com pessoas, Olivia era essencialmente o oposto. Uma pessoa completamente magnética.

— Certo — Olivia suspira — você tem que ir dormir

A mão da garota faz um leve carinho na bochecha clarissima de L.

— Eu estava indo — O tom frio continuou, ele nem sequer olhou pra ela— eu só estava esperando o seu boa noite.

Dito isso, L simplesmente se afasta arrastando os pés pra seu quarto, trancando a porta em seguida.

Dando um sorrisinho bondoso, Olivia vai pra seu quarto. Lá tira a toalha da cabeça e termina de secar os cabelos em uma toalha seca, ela já estava de pijama então não foi difícil simplesmente se deitar

— É, boa noite pra mim

Ela diz baixinho, abraça um travesseiro e adormece.

(𝙻𝚡𝙾) 𝐴 𝑝𝑟𝑜𝑡𝑒𝑡𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑑𝑒𝑡𝑒𝑡𝑖𝑣𝑒 - L. LᴀᴡʟɪᴇᴛOnde histórias criam vida. Descubra agora