Capítulo Vinte e Nove

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Pisquei algumas vezes e tentei a empurrar para longe. Porém, como sempre, minha força era praticamente nula perto da dela e eu só pude deixar meus braços caírem ao lado do meu corpo, não retribuindo suas carícias.

— Eu acho melhor você me soltar agora senão...

Fui cortada por um soluço alto e desesperador, e antes que eu pudesse pensar em reagir, Lisa caiu de joelhos e agarrou meu quadril, pousando sua cabeça no vão da minha cintura. Minha boca se abriu para gritar e xingar, mas foi fechada logo em seguida, quando o choro se alastrou por todo seu corpo e suas lágrimas começaram a escorrer pelo seu maldito e belo rosto. Lágrimas grossas. Lágrimas de arrependimento e de tristeza.

Suspirei frustrada e irritada. Irritada comigo mesma por querer enfiar meus dedos entre seus sedosos e macios cabelos, e acariciá-los até que ela pegue no sono. Irritada por querer beijar seus lábios doces e delicioso e cuidar dela até seu coração se acalmar. Irritada por imaginar o quão bom seria se ela estivesse, exatamente assim, ajoelhado em minhas pernas, mas que eu estivesse revirando os olhos de prazer. Irritada por achar que eu exagerei e que não precisava de tanto escândalo assim. Irritada acima de tudo, por perceber, que querendo ou não, não posso e não consigo, me imaginar sem ela na minha vida. E pensar que eu posso perde-la para outra.

Também senti medo.

Medo de não ser suficiente e que essa outra, seja tudo que ela precisa. Que ela tenha finalmente percebido que eu não sou a melhor mulher do mundo e que e possuo mais defeitos do que qualquer outro tipo de características.

— Jen... me perdoa por favor...- Um soluço ainda mais audível saiu rasgando de sua garganta e seu aperto se fez ainda mais presente. — Eu não estou c-com outra... eu não quero outra Jen eu quero só você.

Suas palavras acertaram meu peito em cheio e eu precisei pensar em outras coisas para não chorar junto dela.

Parecia tão desesperada, tão possessiva, arrependida... sincera talvez.

— Não tente me enganar, Lisa. Eu sei muito bem como funciona esse tipo de relação entre amigas.

Seu olhar caiu junto ao meu e eu senti um calafrio percorrer minha espinha. Os olhinhos já começavam a ficar vermelhos, fazendo par com o nariz fino e delicado. Um olhar sereno e triste, cansado. Até talvez, necessitado.

Necessitado de carinho e amor.

— Não, Unnie. Não é nada disso... Tzuyu é só uma amiga, Unnie, não é nada, além disso. — Suas mãos soltaram meu quadril e agarraram minhas coxas grossas com força. Precisei me segurar em seus ombros para não cair sob ela. E querendo ou não, seu aperto, mesmo sem malícia alguma, fez meu ventre formigar e não era de uma forma boa. Nenhuma pessoa, tocou em mim assim. Com força, e possessão. Foi um simples aperto para ela, mas para mim, foi uma grande descoberta. — Eu gosto muito de você, Jennie. Eu nunca pensaria em te magoar ou te fazer duvidar de mim, por favor... acredite em mim... por favor...

Prendi a respiração com força quando um beijo sedutor foi depositado na minha coxa esquerda, acima da mão grande de Lisa. Mesmo por cima do tecido rígido da calça, eu pude sentir seus lábios molhados contra minha pela.

O que ela pensa que está fazendo?

Pensa que vai chegar aqui, chorando, e implorando perdão, e depois tentando me seduzir que eu vou esquecer tudo e cair nos seus encantos?

Pois bem. Ela está exatamente certa.

— Lisa... precisamos conversar... Ah....-Tombei a cabeça para trás e levei minhas mãos involuntariamente até seus cabelos, quando sua boca subiu mais e depositou outro beijo, dessa vez, em minha intimidade.

Eu queria lutar contra aquilo. Queria empurrar seu corpo grande e tentar a afastar de mim.

Mas certa parte minha, sabia, que talvez, no fundo, Lisa não era tão idiota de me magoar e que não olhava para outra mulher, com os mesmo olhos que para mim. E se esse era o seu tipo de pedir desculpas, eu aceitaria, de pernas abertas.

Seus dedos ágeis se aproximaram do fecho da minha calça e a tiraram com lentidão e sedução. O olhar sem deixar meu rosto nem um segundo. E conforme a calça descia por minhas pernas, outros beijos eram deixados pelo caminho, atiçando minha pele e fazendo a mesma ferver.

Ela já tinha parado de chorar, e um sorriso sapeca desenhava em seus lábios.

— Eu quero que você entenda, Unnie... que eu só penso em você. — Suas mãos voltaram a me tocar, dessa vez, agarraram minha bunda com força, me fazendo soltar um gemido surpresa pela ousadia.

Já havíamos conversado sobre isso. Ela não me tocava. Não sem que eu lhe desse permissão.

Mas tudo, bem, assumo, que eu gostei por um certo lado.

As mãos grandes, muito grandes mesmo, apertando minha pela com desejo e luxúria, me fazendo querer gritar a qualquer momento. Os lábios molhados se aconchegaram na minha virilha. Maltratando minha pele com mordidinhas e chupões.

Eu deveria reagir e a empurrar. Não permite que eu fosse tocada com tanta dominação por quem fosse.

Porém, eu simplesmente não conseguia.

Minha calcinha foi tirada de mim, e jogada em qualquer canto do quarto. Eu estava extremamente exposta para ela, que encarava meu interior com as pupilas dilatadas pela excitação. Eu podia ver o volume evidente em sua calça jeans, marcando  o tecido.

Ela puxou uma de minhas pernas e a colocou acima do seu ombro, e a beijou com maestria, como se soubesse o que estava fazendo e que já estivesse acostumado. Eu nunca havia a ensinado como fazer um oral em uma mulher, e claramente não precisaria.

Sua língua começou a brincar com meus lábios maiores e eu agarrei ainda mais seus cabelos, os enrolando entre meus dedos. Minhas pernas tremeram e sua língua continuou com o maravilhoso trabalho. Como se estivesse chupando um picolé, Lisa continuou com os movimentos. Dois de seus dedos começaram a massagear minha área sensível. Me levando a loucura por alguns míseros segundos.

Um ar gélido atingiu meu clitóris e eu mordi o lábio inferior com força.

— Eu quero tanto sentir o seu gosto...

Os movimentos começaram a se intensificar e Lisa sabia bem o que estava fazendo. Me pergunto onde tem aprendido. Sua língua me lambia e me chupava como ninguém, nunca fez e só em imaginar sua língua ainda mais profundo em mim, meu desejo de gozar só aumentava.

Um gemido alto, quase como um grito, saiu de minha boca arranhando minha garganta quando sua maravilhosa e gostosa língua entrou na minha entrada, e suas mãos apertaram-me ainda mais, me puxando de encontro ou seu rosto.

Seus cabelos que antes, estavam penteados e lavados, agora estavam desarrumados pelas minhas mãos que não mediram esforços nenhum em judiar de seus fios castanhos. Tudo ficou mais agressivo. Sua boca não teve piedade e distribuiu mordidas em meu interior, me fazendo quase perder o controle de minhas pernas e cair no chão. Se não fosse por suas mãos me sustentando. Movimentei minha cintura contra seu rosto quando sua língua me penetrou com brutalidade, me atingindo e me fazendo revirar os olhos e desejar mais e mais.

O tremor em meu ventre se fez presente e o meu sangue ferveu junto ao suor que escorria entre minha testa e meus cabelos. Lisa precisou de apenas mais algumas chupadas para que eu me desmanchasse contra sua boca. Meu corpo ficou cansado e fraco, e Lisa terminou de limpar todo o líquido com a boca. Depois se levantou até mim e dominou meus lábios.

Por céus, esse foi apenas o primeiro dos inúmeros orgasmos que Lisa iria me proporcionar a partir de hoje.


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Yes, Mommy | JenlisaOnde histórias criam vida. Descubra agora