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POV Any

Na manhã seguinte, acordamos meio tarde, com um pouco de ressaca, tomamos café, fiz uma mochila com umas coisas pra Estela passar o dia fora e logo fomos buscar nossa pequena na casa de Sabina. Estela já nos esperava animada na sala, cumprimentei minha amiga rapidamente e a agradeci por ter ficado com minha filha pra mim. Não demorou para estarmos no carro indo passear.

— Se divertiu com a sua madrinha filha?

— Muito mamãe, a genti brincou com a Shelby, assistiu filme, fez maquiagem... ah e brincou de esconde-esconde com as coisas do dindo

— Como assim Estela? Explica direitinho pra mamãe esse negócio com as coisas do seu padrinho

— O dindo tá enrolano pra dar um bebê pra madrinha então a genti escondeu as coisas dele

— Não acredito – rio indignada – Essa minha amiga não tem jeito... Ouviu isso Josh? – pergunto ao loiro que estava dirigindo concentrado

— A Sabina não tem jeito mesmo em... Pepe que lute – Josh diz num tom divertido e dou risada com sua fala

— Mamãe, pra onde a genti vai?

— Não sei filha, pergunta pro seu pai... – respondo – olha só... primeira vez que eu uso essa frase – penso alto e Josh dá um sorrisinho

— Primeiro vamos num lugar especial pro papai, depois vamos almoçar na dona Antonella e por fim iremos ao teatro – Josh conta animado

— Papai... o que é teatro?

— Como é que se explica o que é teatro? – o loiro pergunta olhando para mim e dou de ombros

— É um lugar muito legal querida, você vai amar... É tipo um filme sem a tv

— Legal

Estela ficou em silêncio o resto do percurso, distraída com a janela do carro e eu aproveitei pra conversar com as meninas no grupo.

O lugar especial de Josh era um jardim lindo com as mais diversas flores e plantas, o loiro nos mostrou todo o local e logo Estela quis sair do carrinho e a deixamos solta para explorar tudo, havia um banco de madeira onde eu e Josh sentamos e ficamos assistindo à nossa menina se encantar com as borboletas que polinizavam as flores dali. Combinamos com ela de não arrancar nenhuma florzinha para não estragar e ela aceitou meio contrariada.

— Gostou daqui? – Josh se vira em minha direção e pergunta

— Josh esse lugar é incrível... – suspiro – me arrisco a dizer que é o lugar mais lindo da cidade... Eu só acho meio estranho sermos os únicos aqui

— Ah, é porque não tá aberto

— Como assim Joshua? – o encaro perplexa

— Relaxa, não estamos invadindo, comprei essa propriedade há um tempo...

— Desculpa a intromissão, mas... Por que? Que eu saiba nem é o nicho atuante da empresa... Não que eu entenda muito dessas coisas, mas um jardim fechado não parece um bom negócio...

— Você tá certa, isso não foi um negócio, mas ainda não estou pronto pra falar sobre... Me dá um tempinho tá

— Tudo bem, quando quiser estarei pronta pra te ouvir – respondo compreensiva e dou um beijo leve em sua bochecha

— Esse é o meu lugar especial, mas pode ser o nosso, se você quiser, é claro – Josh fala e prende uma florzinha que estava solta no meu cabelo

— Eu adoraria – nosso momento casal fofo é interrompido pelo chorinho de Estela

Imediatamente vamos até ela e noto um pequeno raladinho no joelho da minha menina, resultado do tombo que ela acabara de levar. Josh parecia mais aflito que a criança de dois anos chorando na minha frente, peço que ele pegue a mochila com as coisas de Estela presa no carrinho de bebê e ele logo me entrega. Sempre levo um band-aid e um algodãozinho na bolsa já conhecendo a natureza desastrada da minha filha, Josh a pega no colo, umedeço o algodão e a entrego seu copinho com água na tentativa de deixá-la mais calma, funcionou, o choro dela cessou em pouco tempo. Limpo o machucado e coloco o curativo finalizando com um beijinho no local para sarar. Isso realmente acalma as crianças. Minha menina fica com um pouquinho de manha e fica agarrada com o pai por alguns minutos, mas logo volta a brincar ali, dessa vez com mais cuidado.

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