Capítulo 15

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Waterfall era tao extensa quando me lembrava.  O caminho percorrido até chegar em hotland deve ter levado uns 2 dias? Pois é, demorou pra caramba.

Se eu dissesse que tudo tinha ocorrido bem, eu estaria mentindo, e muito. Espero que não se importem da minha narração sobre o caminho de Waterfall.

Ahem.

Passando por alguns caminhos de pontes e lendo as placas da história da guerra entre os humanos e monstros, passamos também por lugares onde tive memórias muito boas. O telescópio, onde Sans deixará uma marca de canetinha no meu olho, tempos antes.

Flores ecoantes, arbustos, cristais brilhantes.

O piano.

Quando chegamos no piano, me sentei ao banquinho, com minha coluna ereta.

-Vai tocar agora? -Sans perguntou.

-Mhm!

O piano também estava empoeirado, mas não teve problema. Toquei uma nota, e senti um calor percorrer meu corpo.

-Não tem medo de atrair monstros?

Balancei a cabeça negativamente. Foi estupido da minha parte? Com certeza, mas não me importei.

Senti ele se aproximar, e ele se sentou ao meu lado.

Comecei a tocar uma melodia que aprendera na superfície, o que pareceu encantar ambos Flowey e Sans. Assim que terminei de tocar a rápida melodia, olhei para eles e Sans olhava fundo nos meus olhos.

-Lembra dessa música? -ele se ajeitou e se pôs pra tocar uma melodia que eu me lembrava muito bem.

Sans me dissera que essa música se chamava "It's raining somewhere else", o que combinava bem com o ambiente.

Era uma música melancólica e calma, fechei meus olhos e deixei minhas mãos tocarem ao lado dele.

Isso me fez lembrar daquele primeiro "encontro" que tivemos. Eu tinha apenas 14 quando caíra, e ele uns 19, fora um jantar apenas pra descontrair, no resort do Mettaton. Onde ele me contou sobre como conhecera Toriel, e aquele famoso "Você teria morrido antes mesmo de perceber".

Nhe é a vida.

A música terminou, e fiquei encarando o teclado, com as mãos trêmulas.

-O que foi?

Chacoalhei minhas mãos, e dei um sorriso fraco.

-Tô sim, não se preocupa.

Me levantei do banquinho, e ele fez o mesmo.

-A música não tava tão ruim -Flowey comentou.

-Valeu, eu acho -ri, descontraída.

Me levantei, e ele fez o mesmo. Caminhamos pra fora da sala, e quando vimos a estátua no corredor, chovia em cima da cabeça dele. Peguei um guarda-chuva, como fizera anos antes, e posicionei para que on cobrisse. Uma musiquinha que eu já conhecia tocou, e algumas memórias vieram à minha mente.

Acho que fiquei em transe por um tempinho, quando senti as folhas de Flowey me chamando.

-Frisk? Tá tudo bem?

Assenti, e peguei um guarda-chuva um pouco rasgado e manchado, porem era o último que tinha guardado. Puxei Sans mais pra perto, ele me olhou estranho.

-É pra você não se não molhar, ué.

-Não me importo com a chuva.

-Para de ser besta, vem pra cá.

O envolvi com um braço na cintura dele, e a outra segurando o guarda-chuva.

Começamos a andar, e Sans parecia meio desconfortável com o contato. Só que, quando eu fui tirar a mão, ele a segurou, e colocou de volta.

Não disse nada, apenas segui caminho.

Passamos por um caminho que dava vista para o castelo, de longe. Era muito bonito, mas o ambiente em si estava muito diferente. Assim que chegamos ao outro lado da caverna, coloquei o guarda-chuva no balde, e nos encontramos cercados com um grande... muro? Não sei explicar hehe

Sans me deu pezinho, e passou Flowey pro meu braço. Ele subiu sem problemas nenhum.

Placas depois, chegamos naquelas pontes onde eu e Undyne tivemos aquela perseguição toda, mas por conta do escuro, foi difícil atravessar todo aquele lugar.

-Cuidado, foi por aqui que a ponte quebrou e eu caí lá no lixão.

-Você lembra disso?

Eu ri.

-Tem como esquecer?

O problema foi:

Eu não prestei atenção no caminho.

E o que aconteceu depois?

Óbvio que eu escorrei, porque eu sou uma bOcÓ.

-AAAAAAH!

Fui caindo no escuro, quando senti minha alma ser controlada. Ela estava azul marinho, Sans tentava me segurar lá de cima.

-SANS ME SOLTA!! VOCÊ NÃO VAI CONSEGUIR!

A magia lá estava com certeza mais fraca, e vi que ele tinha muito esforço pra me manter no alto. Senti ser puxada aos poucos.

-SANS ME ESCUTA! USA SUA AMGIA ORA CHEGAR O NO OUTRO LADO, TE ENCONTRO DEPOIS!

-EU NÃO VOU TE SOLTAR!

Foi quando senti minha alma ser solta, Sans estava cansado, e eu estava caindo no escuro.

-ME ENCONTRA DO OUTRO LADO! -foi a única coisa que disse, antes de sentir meu corpo cair que nem uma bola de canhão na água.









Gente peço desculpas por esse capítulo merda kkkk eu passei 1 semana pra pensar num capítulo de ligação, que seria pra ligar à uma cena importante pra história, só que simplesmente não foi. Eu reescrevi esse capítulo umas 3 vezes, no mínimo, porque nada me agradava, mas se pah eh reescrevo ele mais pra frente, se tiver ideias melhores pra esse capítulo. Obrigada por lerem, e me desculpa novamente se não agradei alguém com esse cap, foi um porre escrever ele ksks

Enfim, tenham uma boa noite <3

Horrortale - De volta ao início [pt br]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora