Profissões: Meu Segurança (+18) [COMPLETA✅]

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Segunda feira, 05 de Junho de 2017

Madrid, Espanha

Alexis Hernandez

Abraço Rosa assim que chego em casa, meu pai e a minha mãe não pararam de sorrir desde o momento que o médico disse que eu finalmente poderia ficar em casa. Precisei ficar mais tempo no hospital pois acabei pegando uma infecção e precisei tomar medicações fortes e ficar em observação novamente, é claro que foi um saco ter que ficar com tantos fios conectados ao meu corpo me monitorando, tomar comprimidos que me deixavam enjoada e fraca, mas felizmente consegui me recuperar e tive alta.

Quando me afastei da Rosa, vi Mad saindo da cozinha com um bolo e logo atrás dela, Tony, Vincent, Hector, Berlinda e quase todos os funcionários do meu pai aparecendo segurando balões, com chapeuzinhos de aniversário ridículos e inevitavelmente eu acabei chorando de emoção, mas após ter abraçado dez pessoas, a minha alegria foi diminuindo e eu só conseguia sentir ainda mais falta dele. São semanas sem ver ele, dias sem ouvir a sua voz, sentir o seu cheiro, o seu toque... Eu sei que nos primeiros dias eu não pensei nele, também pudera, eu mal consegui acreditar que estava viva, sempre me parecia como um sonho ou uma miragem, estava sempre medicada com doses cavalares que talvez não pudesse nem distinguir quem eu era. Mas, quando a minha consciência foi voltando ao normal, eu senti a sua falta.

Eu ainda não sei o que aconteceu durante o tempo que eu fiquei desaparecida, o meu pai e a minha mãe se recusaram a falar sobre isso durante todos os dias que fiquei internada, e a Mad tão pouco sabia, apenas que o Miguel tinha sido despedido no dia que fui sequestrada. Se ele me salvou, como ele poderia ter sido despedido? Por que o meu pai não queria que eu o encontrasse? Qual era o problema dele?

Depois de ter cumprimentado e abraçado a todos os presentes e ter respondido inúmeras vezes "eu estou bem, também estava com saudades de casa" "ah, obrigada, quanta gentileza", eu pude respirar tranquilamente. Eu estou em casa, em segurança. Isso é mesmo real.

Olho ao redor, a casa está exatamente igual, os móveis estão nos mesmos lugares, as paredes continuam com a mesma cor, Mad me puxa para mais um dos quinhentos abraços que recebi hoje.

― Ah, Alexis, finalmente você está na sua casa. ― E eu sorrio. ― Vem, eu vou ajudar você a subir as escadas e guardar as suas coisas no closet... ― Mad pegou a minha mão e foi me puxando em direção da escada.

― Ei, calma Mad. Eu estou bem, eu consigo subir as escadas. Lembra do que os médicos falaram? Eu estou bem e saudável novamente, posso voltar a fazer todas as coisas que eu fazia, sem restrições. ― Mad me encara e depois acaba revirando os olhos.

― Certo, então vamos, precisamos conversar, colocar o papo em dia, escolher uma roupa para sairmos hoje e comemorar, eu estava pensando em irmos naquele...