Capítulo 3

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Louis

Quando acordo, estou sendo balançado pela minha irmã, mas a sensação é de que a Califórnia está sendo atingida por um terremoto. Essa criatura não sabe fazer nada com jeito. Abro os olhos com preguiça e não me surpreendo quando percebo que já estou sozinho no carro, na verdade, não me surpreenderia nem se me deixassem trancado aqui. Saio e vejo que meus pais já foram recebidos pelo casal, e estão conversando na porta da casa, que é menor do que eu imaginei que seria, pela quantidade de gente que vai ter que se acomodar aqui.

— E esse aqui é meu filho, Louis.

— Prazer em conhecê-los, senhor e senhora...

— Hoffman.

— Isso, é um prazer conhecê-los.

— Que educado seu menino. Pode me chamar de Petra, e esse é meu marido, Klaus.

— Tudo bem.

— Louis, venha, vamos tirar suas coisas do carro.

— Não se incomode com isso, nós ajudamos. Vai olhar a casa, conhecer o lugar.

— Tem certeza? Eu posso pegar minhas coisas.

— Tenho sim. Pode entrar.

— Você vem? — Pergunto para minha irmã, que está distraída olhando para o celular.

— Não, eu vou pegar minhas coisas.

— Ok então.

Ando pela casa e confirmo minha teoria, ela é realmente bem menor do que eu imaginava. Em compensação, tem um quintal enorme, com uma piscina. Ótimo, além da praia, tenho também uma piscina. Passo pela cozinha, dou mais uma olhada na sala e chego no corredor com os quartos. Uma suíte vazia, sem nem sinal de que alguém esteve ali, provavelmente é aqui que meus pais vão ficar. Um outro quarto de casal, com algumas malas no canto, mas tudo perfeitamente bem organizado. E então uma última porta, quase fechada.

Tento olhar o que tem dentro, abrindo-a um pouco mais. Vejo então uma garota deitada de bruços, de costas para mim. Ela está usando só um short solto e um top preto. Percebo que está com fones de ouvido e lendo algum livro. Do lado, um pacote de Skittles aberto. Ok Louis, você precisa sair daqui antes que alguém apareça, ou a menina te veja e te ache um psicopata. Quando estou fechando a porta novamente, vejo a mão dela indo na direção do pacote de doce, mas sei que ela vai errar e deixar cair tudo.

— Cuidado! — Grito num impulso, fazendo com que ela se assuste e derrube tudo pelo chão. Que ótima ideia, Louis, seu idiota.

— O quê? Quem é você? Como entrou aqui? — Ela se senta na cama assustada, e eu só consigo encará-la, encantado com a beleza da garota. Céus, onde eu vim parar?

— Eu... meu nome é Louis. — Finalmente alguma coisa sai da minha boca. — Eu vim com a minha família pra passar o feriado. — Me abaixo e começo a juntar as balas do chão.

— Ah, então é você. — Ela não parece tão feliz em perceber que não sou um doido qualquer que invadiu a casa dela, mesmo que pareça que eu sou um doido qualquer que invadiu a casa dela.

— Muito prazer em te conhecer também... — Falo com ironia, tentando ignorar o tom de voz dela.

— Alice. — Nossa, até o nome combina com ela.

— Muito prazer, Alice.

— O mesmo.

— Onde eu coloco isso? — Estico a mão, cheia de doce.

— Deixa aqui que eu levo pro lixo daqui a pouco. — Coloco tudo de volta no pacote e ela põe novamente em cima da cama, garantindo que estão seguros e não vão cair outra vez. — E então, você sempre assusta as pessoas que não conhece?

Summer LoveWhere stories live. Discover now