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Assim que o avião pousou, elas foram levadas até uma van, que as levaria para o hotel. Como nenhuma delas sabia dirigir ainda, elas não teriam como ir por conta própria, mas por sorte isso também já estava incluso na premiação. Elas mostraram o papel, certificando que eram elas, e embarcaram. A estadia era para uma semana, 8 dias contando com a chegada delas, já que já havia sido um dia meio perdido por estar quase de noite. Se passaram cerca de 30 minutos e elas chegaram na pousada de frente à praia, literalmente falando. Elas entraram, com um moço carregando as bagagens delas, e fizeram o check-in. A recepcionista entregou a elas a chave e disse que o jantar ia começar em 1 hora, às 19:00 horas, ao que elas agradeceram e seguiram com suas malas para o quarto. Era uma pousada aberta e os quartos mais pareciam pequenas casinhas em uma mini vila, todas enumeradas do lado de fora e com um caminho de concreto colorido e gramado em volta. Elas seguiram o caminho, observando tudo à sua volta e finalmente acharam o quarto 35. Elas então seguiram o caminho de concreto até a pequena varanda e subiram os degraus de madeira. A porta era de vidro escuro e assim que abriram-na, viram o quarto aconchegante. Estava calor demais naquele lugar, afinal era verão e elas estavam em um dos estados mais quentes do país. De fato, o nordeste é bem quente para quem mora no sudeste do país. Elas então entraram e Íris foi direto pular na cama de casal gigantesca e macia.

— Como eles sabiam que o ganhador teria alguém?

Irene franziu as sobrancelhas enquanto encostava as malas em umas das paredes.

— Verdade... Como eles sabiam?

Assim que Irene terminou de dizer, alguém bateu na porta e ela foi atender de prontidão. A recepcionista que esperava na porta, agora aberta, parecia envergonhada e até meio receosa.

— Peço perdão a vocês, sem querer dei a chave de um quarto de casal. Me desculpem pelo engano!

Íris fez um biquinho, logo saindo da cama e indo na direção da porta.

— Não podemos ficar com esse quarto? A cama é tão macia...

A recepcionista pareceu confusa. Então Irene, relaxa, disse para a moça.

— Não se preocupe, temos intimidade o suficiente para dividirmos uma cama, então pode ficar tranquila. Ah não ser que tivermos que mudar de quarto por algum outro cliente, aí acho que concordaríamos que seria o melhor a fazer.

Íris concordou com a cabeça. A moça começou a entender e sorriu, meio sem jeito.

— Ah não, não se preocupem, podem ficar com o quarto, se é o que querem.

Íris sorriu de orelha a orelha.

— Muito obrigada!

Ela correu e pulou na cama, fazendo Irene rir. Irene se voltou para a recepcionista.

— Obrigada viu. Qualquer coisa é só avisar.

— Que nada, não precisa agradecer. Tenham uma boa noite!

Ela se despediu e foi embora, ao que Irene fechou a porta e olhou em seu novo relógio de pulso. Eram 18:20 e elas precisavam se arrumar para o jantar.

— Íris, melhor irmos tomar banho e nos arrumar por que eu sei que você demora bastante para se arrumar e sete horas é o jantar então...

De repente, Íris a abraçou por trás e, na ponta dos pés, sussurrou em seu ouvido.

— Acho que vou cobrar aquele banho sabe.

Irene sentiu um arrepio passar por sua pele, levantando seus pelos do braço. A idéia do banho não era tão ruim, afinal. Ela então se virou para Íris, a envolvendo na cintura com os braços.

— Pode cobrar amorzinho, eu vou adorar.

Irene então a envolveu em um beijo quente, que deixava Íris arrepiada e excitada até seu último fio de cabelo. Irene teve uma ideia que surgiu como um raio em sua mente e parou o beijo, fazendo Íris ficar confusa.

— Por que parou?

Ela sorriu com malícia e respondeu.

— Tive uma ideia, para deixar o momento mais... Interessante.

Íris levantou uma das sobrancelhas, ainda sem entender a tal ideia. Irene riu e disse.

— Confia em mim, tá?!

E foi pegar seu celular, mexendo os dedos de um lado para o outro na tela touch. Íris então sentou na cama, esperando. Assim que Irene parou de mexer no celular, foi correndo para o banheiro, sem dizer nada.

Uma Mesa Para Duas • ⚢ •Where stories live. Discover now