10

35 4 3
                                        

Íris subiu em cima de Irene e começou a sensualizar, pegando as mãos de Irene e colocando-as em sua cintura, que ficava a mostra graças ao pijama curto. Íris guiou as mãos de Irene até que a mesma entendesse o que era para fazer, o que não demorou muito tempo. Irene percebeu o brilho nos olhos de Íris, que a desejava tanto quanto ela a desejava, e não demorou a compreender que ela queria uma "mãozinha" para tirar o pijama, mas ela fez questão de fazê-lo com calma, para prolongar a expectativa do toque, o que fez o corpo de Íris se arrepiar completamente e ela soltou um suspiro de antecipação. Irene tirou a parte de cima do pijama e traçou do meio dos seios até a barriga de Íris, que se aproximou e a beijou, um beijo que já pegava fogo. Irene aproveitou que ela estava de quatro em cima de si e começou o processo de retirar o shorts, se surpreendendo ao perceber que não havia nada por baixo. Íris sempre dormia com calcinha, então isso sim era incomum. Íris pegou sua mão e a encorajou a terminar de tirar. Quando o pijama novo já estava completando jogado no chão, Irene se sentou e puxou Íris para mais perto e de modo que ela enlaçasse suas pernas à sua volta, logo voltando sua boca ao encontro da de Íris e envolvendo um dos seios dela com uma das mãos e com a outra segurando sua cintura, de modo que ela ficasse mais a vontade em seu colo. Íris, com sua adrenalina alta e ainda meio desorientada pelo álcool que corria em suas veias, começou a descer os beijos e parou no pescoço de Irene, sugando a pele levemente e deixando alguns chupões leves, descendo para tirar o top de Irene, que era meio justo, mas isso não as deteve na retirada da peça, o que simplesmente ajudou a intensificar o clima de urgência que começava a surgir em Íris. Já Irene apenas se divertia vendo sua namorada fazendo o que ela geralmente fazia e começando a entender o porquê de ela não beber com frequência. Íris gostava de ter controle sobre si, algo que ela não tinha com o álcool.

Depois que cada peça foi retirada, lentamente, porém com agilidade, elas já estavam uma nos braços da outra, dividindo um beijo profundo e muito mais que apenas saliva. Quando finalmente chegaram lá, despencaram na cama e não demoraram a se ajeitar em conchinha e adormeceram.

Íris acordou com o sol entrando pela cortina branca que cobria a janela. Ela pegou seu celular e olhou a tela, que logo lhe deu dor de cabeça por conta da claridade.

— Seis horas da manhã? E todo esse sol? 

Ela virou para o outro lado, ficando de frente para Irene, e se aconchegou nos braços que a envolviam. Seu estômago doía um pouco, mas o que mais a incomodava era a dor de cabeça e a sede, mas estava tão gostoso ficar deitada ali, que ela não queria levantar nem se uma bomba explodisse... Ok, acho que exagerei, mas vocês entenderam.

Depois de quase uma hora e meia, Irene se levantou, esticou cada músculo e foi para o banheiro fazer seu xixi matinal. Íris acordou por sentir o colchão vazio, mas se recusou a levantar de imediato, mesmo sentindo fome e sede. Minutos depois, Irene saiu do banheiro já vestida com um shorts jeans desfiado e uma regata azul bem colada, fazendo suas curvas ficarem bem definidas. Ela não tinha tantas curvas quanto Íris, mas tinha o suficiente para lhe agradar. Ela viu Íris toda enrolada, parecendo um sushi, e foi até ela, a chamando.

— Íris?! Amorzinho?! Vamos, eu sei que você está acordada.

— Quem você está tentando falar está fora de área ou desligada, tente mais tarde. — ela respondeu, ainda de olhos fechados e sem se mover um único milímetro.

Irene riu e tentou tirar a coberta, falhando miseravelmente. Tentou fazer cócegas, mas acabou quase levando um chute. Tentou tirar os braços de Íris, e falhou mais uma vez. Ela analisou sua namorada por alguns segundos: enrolada, de olhos fechados. Parecia literalmente um sushi. Como ela chegou naquela situação? Ela decidiu por adicionar um lembrete mental de NUNCA MAIS deixar a Íris bêbada. 

— Tá bom então — ela disse colocando as mãos na cintura e logo se aproximando de Íris — Você não me deixa outra escolha.

Agarrou os pés de Íris por cima do cobertor, a fazendo arregalar os olhos e gritar para que Irene não fizesse aquilo, enquanto Irene a puxava pela cama afora.

— PARA, PARA, EU LEVANTO, TO LEVANTANDO...

Irene a largou, para o alívio da outra, e se aproximou, dando um beijinho em sua bochecha.

— Se você voltar a deitar, eu não vou largar até você estar no chão.

Íris fez uma cara emburrada e Irene riu, logo abrindo a cortina para olhar para fora e verificar o clima.

Uma Mesa Para Duas • ⚢ •Where stories live. Discover now