Parte XI

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S/N POV 

“Nyke invoke spell se udrāzma, appear naejot nyke gō bisa circle.  Syt ñuha devotion se ñuha sacrifice, mazverdagon tegon aōha dārion.  Ondor ōregon toliot tolvys ēva pōnta kostagon daor resist sye pōja dekossa ropagon”

Margot recitava o encantamento como um mantra, mais e mais alto. 

Tudo que eu conseguia entender era sua voz, que mesmo com as paredes grossas era audível. 

Não tinha forças para me levantar e tentar escapar. E sempre que eu acreditava que poderia, novamente era jogada para algum lugar em que perderia Scott outra vez e não conseguiria evitar.

Parte de mim sabia que não era real. Mas essa parte era vencida pelo horror e pela dor quando o via ser morto e toda minha lucidez se esvaia junto de seu sangue.

Sinto meu corpo sendo puxado ao longo do piso gélido, sendo solto quando pareceu ter chegado ao centro de alguma coisa. Luzes pequenas me rodeiam, o que eu acredito que sejam velas para uma conjuração.

Minha visão enturvecida não me permitia compreender muito, mas o chão abaixo de mim com certeza estava tremendo. O que de certa forma serviu para me ajudar a recobrar alguns sentidos assim que o som de rochas trincando se tornou mais alto.

- Comecei quando você era apenas um bebê. Seu padrinho me impediu de terminar minha missão. Agora nada irá impedir o retorno de Samhain. – A bruxa rosna em ira cada palavra enquanto sua mão puxa meu cabelo e expõe meu pescoço.

As luzes me davam um vislumbre do brilho da lamina que seria usada contra mim, enquanto minha visão era restituída e a poeira de acônito já não tinha tamanho efeito sobre meu corpo.

Assim que a lua cheia entrou na posição esperada, a bruxa levantou o punhal para o alto e o trouxe em minha direção, rápida e precisa. Assim como a vinha que invade seu altar e enlaça seu punho, a impedindo de me apunhalar.

Meus olhos encandecem em um púrpura intenso, que assustou a necromante que tentava se soltar das vinhas das árvores próximas, assim como algo entorno de mim se intensificou em um vermelho vivo, provavelmente sendo o que me fortaleceu mesmo que eu ...

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Meus olhos encandecem em um púrpura intenso, que assustou a necromante que tentava se soltar das vinhas das árvores próximas, assim como algo entorno de mim se intensificou em um vermelho vivo, provavelmente sendo o que me fortaleceu mesmo que eu não soubesse de onde veio ou para quê.

Raízes saem do solo quando ergo minhas mãos, rompendo o altar de conjuração que havia sido preparado e fazendo Margot urrar em seu ódio enquanto era encasulada pela natureza ao meu comando.

- Eu ainda posso te matar, garota estúpida! – Ela vocifera, se soltando em definitivo das vinhas em um estrondo. – Posso não ter mais um altar, mas ainda posso te usar para o sacrifício. 

Um raio negro dispara das mãos dela, sendo repelido pelo campo púrpura que me cercava junto da energia rubra que agora se concentrava em meu tornozelo mais e mais intensamente. Vejo sua razão assim que Scott e os outros chegam. Mas Margot também os avistou e decidiu investir um campo de energia contra eles. Um que Lydia conseguiu quebrar com seu grito. Ouço Scott rugir, o que faz parte de mim recordar cada uma das vezes que o vi morrer. E se tudo isso não passasse de outra alucinação pelo acônito? Céus, eu não aguentaria vê-lo morrer outra vez.

E de repente minha mente se esvaziou como se eu tivesse sido desligada e substituída por algo que movia meu corpo e toda a natureza ao seu redor.
Decidi que este lado ficaria no comando, não relutando contra ele como das vezes anteriores. Lanço sobre a bruxa o campo que repelia seu ataque, a jogando contra uma parede rochosa, que se partiu com o estrondo do baque.

Meus olhos foram tomados pela luz púrpura, assim como a esfera de energia era recriada em minha mão, sendo preparada para investir contra a necromante com força implícita para destruí-la. 

Meu instinto era proteger a eles mesmo que significasse destruir a bruxa.

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