Lydia decidiu fazer uma pequena reunião da alcateia durante o Halloween, já que raramente podem fazer coisas normais, como todos os outros de sua idade. Mas essa data pretende ser inesquecível. E talvez de um jeito nada inocente como o Halloween de...
A porta revelou um quarto vazio quando se abriu. Socamos ela feito loucos e nem mesmo um vergão se formou. E quando ela se abre, pfff. Nossos amigos se foram.
- C-c-como!? - Mason surta, gesticulando freneticamente para o quarto, fazendo menção a entrar nele, mas antes que ele pense em fazer isso, eu o impeço.
- Tá louco? A gente não sabe o que levou nossos amigos e muito menos pra onde.
- É, mas alguém vai ter que procurar por eles. - Malia comenta, olhando para todos nós. - O que? É óbvio, eles não vão voltar sozinhos, se pudessem nem teriam sumido.
- Ela tem razão. - Liam complementa. - Alguém aqui entende de mágica? Isso é Chris Angel demais, até pra mim.
- Quem é Chris Angel? - Pergunto, franzindo o cenho.
- Ah tá, quem é Chris Angel? Você alguma vez já ouviu falar no Mestre do Ilusionismo?
Mason volta ao seu estado nerd de ser, me obrigando a rolar os olhos dramaticamente pela... Sei lá qual vez nessa noite.
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- Isso não vem ao caso. A gente tem que se concentrar em achar o... As luzes começam a piscar. Era como se houvesse uma falha ou algo assim na fiação.
- Acho que o gerador aguenta um final de semana né? rs - Liam ri de nervoso, cruzando os braços enquanto seu coração batia mais e mais depressa.
O que havia com esses garotos, hein? Uma luz piscando era suficiente pra assusta-los?
Risadas de criança ecoam pela casa logo em seguida.
Ok, agora era minha vez de me borrar de medo.
- Que porra é essa?
- Não sei e nem tô afim de descobrir. - Mason insistia em me responder, talvez para se manter no controle das próprias emoções ao canalizar elas no máximo de palavras que podia soltar.
- Pelo menos a luz parou de piscar. - O gerador falha na mesma hora que Liam abre a boca, apagando por completo as luzes da casa, que agora recebiam lampejos de iluminação pelos relâmpagos. - Falei cedo demais né?
- Gente. - Malia chama nossa atenção com sua expressão espantada. - De onde veio aquela cadeira?
Ok, uma cadeira de balanço no fim do corredor. Balançando.
- Isso tá virando um clichê. Quem balançou essa cadeira? Vai precisar mais do que isso pra me assustar.
A cadeira cessa o balanço, nos deixando estáticos a observando. Quando menos esperávamos, o móvel se arrasta sozinho pelo chão, voando pelo ar e se desfazendo em mil pedaços quando se chocou na parede.
- Liam, que tal calar essa boca pelo resto da noite? - Peço impaciente, tirando do meu cabelo um fiapo de madeira que havia se engatado.
- G-gente. - Malia chama, sendo ignorada graças ao bebê beta chorão do McCall.
- Eu não tenho culpa se a gente tá nessa merda. Quero sair daqui quanto antes, tanto quanto você.
- Oh, o bebê vai chorar? Onde está o papai quando o filhote dele...
- GENTE A ANABELLE. - Malia grita, fazendo com que todos paremos nossa discussão meramente infantil e a olhemos como se fosse doida. Pelo menos até a próxima risada de criança estrondar no corredor e a porcaria da boneca aparecer de pé no fim dele.
- Corre.
- Pra onde?
- Eu sei lá, esse negócio tem vida própria, só vai!
- Eu vou é arranhar a cara dessa boneca velha. - Malia ruge, se atirando na direção do brinquedo assombrado, ficando perdida assim que ele some de vista. - A gente tem a mínima chance de estar terrivelmente chapado?
"Não". - Alguém responde, em seguida empurrando a coiote de cara na parede e em seguida a puxando pelo cabelo ao longo do corredor, em velocidade suficiente para jogá-la contra nós como se fosse uma bola de boliche e nós os pinos.
Os trovões e relâmpagos voltam a tornar tudo mais irritante, e mais uma vez lá estava uma figura aparentemente humana ao fim do corredor. Mas emitindo um ruído estridente que afetava até mesmo o nerd humano.
O corredor pareceu começar a encolher, aproximando aquela coisa de nós, nos restando apenas a opção de correr dali para o primeiro lugar que desse.
Descemos as escadas e saímos na direção da porta da frente, fechando a mesma no instante seguinte que todos nós estávamos a salvo. Um baque do lado interno fez com que eu e Liam caíssemos. E olha... Eu queria muito que fosse essa a razão para uma alucinação, porque assim que nos viramos para encarar onde seria a estrada, era a droga do quarto de hospedes de novo.
- Como a gente saiu da casa e voltou pra dentro dela?
- Como a Anabelle saiu da tv pra me assombrar? - Malia vocifera, estando no seu limite assim como o resto de nós.
