Especial de Halloween: Panquecas de Halloween

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As folhas alaranjadas realizavam sua dança graciosa pela brisa do amanhecer, permitindo que os primeiros raios luminosos do preguiçoso Sol de outono atravessem seus buracos. Algumas destas folhas tinham a sorte de repousar contra o chão sem a menor interferência, enquanto outras acabavam sendo perfuradas pelas estacas de ferro espalhadas pelas calçadas, ou até mesmo ficando presas ao atravessarem os sorrisos macabros das aboboras, acabando por queimarem quando as velas acenderem ao cair da noite.

Ao passar da manhã, quando a movimentação já começa a fluir por Beacon Hills, o cheiro característico dos doces caseiros escapa pelas casas deixando os habitantes da pequena cidade tentados a descobrir qual seria a gostosura sendo feita, ou quais foram compradas para serem distribuídas para os pequenos monstrinhos fantasiados.

Talvez tenha sido a deliciosa fragrância das guloseimas, ou quem sabe a euforia de poderem se esbanjar na fartura dos doces, pois logo as crianças de Beacon despertaram, causando em seus responsáveis um certo humor, já que esses nunca viram suas crianças acordando com tanta disposição para irem à escola.

Alguns reesposáveis tiveram que lutar para não deixar seus filhos ferver dentro das suas fantasias, por mais que seus corações estivessem sendo confortados pela fofura de ver os pequenos tentando ser assustadores.

Enquanto uns tentavam, outros já tinha em mentem como de fato se tornarem assustadores naquele dia, afinal ninguém estava querendo perder a chance de celebrar o sobrenatural em uma das cidades mais repleta de lendas.

Alec é uma dessas pessoas, ele estava afoito para poder se fantasiar e ir em buscas dos doces, encontrando os mais diversos monstros em sua trajetória. O jovem cacheado queria percorrer esta aventura nas ruas de Beacon com seu pai, ambos com fantasias ornando e que assustassem até outros adultos, e quem sabe receber mais doces pelo seu visual.

Ele havia descoberto que sua fantasia poderia sim ajuda-lo a ganhar mais doces, já que ao comparar o ano em que saiu apenas de Gasparsinho e não recebeu muitos doces – digamos que "raros" em meio a caçada das crianças – com o ano passado quando se vestiu de bruxo e acabou recebendo vários doces incríveis, Alec começou a notar que poderia dar mais de si – embora uma parte sua suspeite que a cicatriz de raio em sua testa que havia conquistados as pessoas, e não seu roupão preto e o chapéu pontudo.

Entretanto, este ano ele não queria repetir a fantasia e nem utilizar outro modelo de bruxo, não depois de descobrir em uma de suas aulas com sua governanta que pode estar sendo desrespeitoso com algumas bruxas reais.

Alec ficou ansioso mesmo sem saber o que poderia vestir, afinal isso lhe daria mais tempo com seu pai, ambos poderiam ficar apenas conversando sobre o que vestir, como assustar, que doces poderiam ganhar.

Pensar assim chega deixa-lo nas nuvens, porém tão quanto subiu aos céus, o jovem despencou contra a realidade ao encontrar seu pai dormindo acompanhado de várias garrafas ao seu redor, sem mencionar na pequena quantidade de "neve" espalhada pelos travesseiros.

Por mais que ele não soubesse o efeito daquelas substâncias no corpo do mais velho, Alec sabe como ele irá acordar e teme como seu dia terminará. Ele desejou ser alguma criança em um filme de Halloween, onde havia vários monstros e criaturas incríveis para ele poder conversar, brincar, lutar e depois se tornar amigo, mas esse desejo se foi ao encontrar seu Cuidador tomando café junto ao doce Cozinheiro.

— Li!

A alegria em sua voz é perceptível e estrondosa, tanto que ao chocar-se de maneira tão "sútil" com o alvo desejado, a pobre e inocente xicara nas mãos do Cuidador quase despencou. Talvez se Liam não tivesse colocado ela em cima do balcão antes de ter um pequeno corpo agarrado contra o seu peito, com certeza haveria cacos de porcelana para ele limpar.

— Ei, nanico! — saudou Liam, apertando a criança em seus braços, ambos sorrindo como idiotas por estarem juntos.

— Feliz Halloween, Li — desejou Alec, descendo dos braços do maior para poder agarrar as pernas do cozinheiro — Oi, Corey!

— Bom dia, Alec. Dormiu bem? — perguntou, afagando os cachos do menor, tendo o maior cuidado para não danificar a modelagem deles.

— Quase nem dormi, estava muito ansioso para hoje — informou Alec, sem notar os olhos azuis cerrando em sua direção ao dizer "estava".

— Deve estar sem energia nenhuma, e se ficar assim, a noite não terá forças para ir buscar os doces. Então, me diz, o que vai querer de café da manhã?

— Panquecas, por favor — pediu Alec, sentando em uma cadeira do balcão de mármore, logo sendo acompanhado pelo seu Cuidador — Vocês já tomaram café?

— Já sim, não se preocupe. Íamos esperar o Theo e a Lydia, mas acho que eles vão demorar — respondeu Corey, pondo-se a preparar o café do menor.

— Entendi.

— Ei, vai me contar o que houve? — indagou Liam, escondendo sua preocupação com um doce sorriso.

O barulho do salto alto interrompeu deixou a boca da mais jovem aberta sem nenhuma resposta para Liam, que acompanhou os olhos curiosos do Alec para as duas figuras que adentraram a cozinha.

— Bom dia, meninos — cumprimentou Lydia, depositando um beijo na testa do mais jovem — Acordou cedo, Alec. Espero que não durma no meio da nossa aula.

— Boa sorte para ele — sussurrou Theo, recebendo a discreta pisada do salto da ruiva — Que merda, Lydia.

— Ô! — exclamou Liam, cobrindo as orelhas do mais jovem.

— Tem uma criança no recinto, Theodore. Respeito — debochou Lydia, servindo-se uma grande xícara de café.

— Eu não sou criança — reclamou Alec, retirando as mãos do seu Cuidador das suas orelhas, rindo ao ver todos os adultos lhe encarando fingindo estarem chocados.

— Você é sim! — afirmaram em uníssono.

Sem conseguir conter o sorriso ao escutar a doce risada do mais jovem, Liam desviou seu olhar para o maior entre eles, encontrando-o na mesma situação, com a única diferença sendo que seus olhos esverdeados estavam fixos nos seus ao invés da criança.

— Ei — sussurrou Liam, satisfeito ao ver o tom avermelhado dominando o rosto do Motorista.

— Oi — sussurrou Theo, deixando os olhos azuis ao receber um prato de panquecas igual ao da Governanta e o da criança — Obrigado... O que é isso?

— Panqueca Halloween. Assustadora, não é? — perguntou Corey, sorrindo em expectativa.

— Tenebrosa. 

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Obrigado por ter lido<3

E para aqueles que desejarem conhecer um nova história de fantasia/ficção sobre pessoas diferentes em um mundo que já não é mais o mesmo (com Thiam, Sterek, Stony, Malira, Scisaac, Destiel, Thorki e etc kkk) tenho uma chamada Éksodos, onde procuro respeitar ao máximo o caráter dos personagens enquanto tento dar a eles um ar de "novidade".

Foi tentar pegar o link da história e percebi que não faço ideia de como fazer isso kkk me sentindo um tiozão da net, ai misericordia.

https://embed.wattpad.com/story/235355216 Foi isso que eu consegui kkk, aparece a historia num canto para você ler a sinopse e o prólogo, mas para garantir, basta visitar meu perfil.

Ones-Shots ThiamWhere stories live. Discover now