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Acordo sentindo um bracinho rodeando a minha cintura, me abraçando de forma carinhosa

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Acordo sentindo um bracinho rodeando a minha cintura, me abraçando de forma carinhosa. Por um momento achei até estar sonhando, mas quando abri meus olhos, vi minha filha com o rosto no meu peitoral e o seu pequeno braço ao meu redor, foi a definição de perfeição.

Dulce tem a mesma mania de sua mãe, até dormindo, se parece exatamente com ela. A forma carinhosa que me abraça, os cabelos soltos pelo travesseiro, a cabeça escondida em mim, assim como a respiração leve e suave. E como vê uma minutos versão de Valentina aqui.

Isso me deixa feliz, ao mesmo tempo que me deixa triste. Será para ela estar aqui, do outro lado da cama, tendo aquela vida de casal da qual sempre sonhamos. Mas por causa de mim, por enquanto, esta apenas sendo um sonho lindo.  Mas não vou desistir até ter ela de volta, até reconquistar o grande amor da minha vida.

Fico admirando a pequena mais um pouco, até que me levanto e vou me arrumar. Faço minhas higienes matinais, coloco a minha roupa. Coloco travesseiros ao redor da Dulce, dou um beijo na minha filha e saio do quarto.

Encontro com todo mundo na sala e como não sabemos o que fazer com a Dulce, combinamos de Miguel e Alessandra ficar com a pequena, enquanto a gente ia vê Valentina.

Não sei porque, mas desde ontem, depois que ela saiu daquele jeito de perto de mim, estou com um aperto no peito. Eu vi a dor no seu olhar, vi a certeza de alguma decisão que ela tinha tomado. Decisão essa que não sei qual é, não sei se é boa ou ruim. Só que estou com um mal pressentimento.

Abrimos a porta é foi como me da um soco, não sei porque. Tudo estava vazio, o mais perfeito silêncio , o que é totalmente estranho.

-O que fazem aqui tão cedo?!_____Lu pergunta assim que chegamos na cozinha.

-Vinhemos perguntar o que a Dulce faz agora! _____ Dona Maria se senta.

Como um filme de terror, Lu se vira para a gente de olhos arregalados.

-Dulce dormiu com vocês?! _____ ela pergunta com lágrimas nos olhos.

-Sim! _____respindo simples, mas seus olhos abre uma cachoeira.

-Vamos, você precisa quebrar a porta de Valentina! ____ me puxa.

Ela digita alguma no celular, parecia super aflita. Não entendi, mas fiz o que ela falou vendo todos vim atrás.

-Bom dia!! Preciso de uma ambulância no condomínio prev, tentativa de suicídio! _____minha mente para nisso.

Ela não teria coragem né?! Valentina é forte, eu sei que é bem mais forte do que isso e qualquer outra coisa.

Fernando me ajuda e, juntos derrubamos aquela porta. Quando adentramos o quarto, eu desejei morrer. Enquanto corria em sua direção, sentia que meu coração estava sendo esmagado aos poucos.

Valentina estava caída sobre a sua cama que estava cheia de sangue, com os pulsos todo aberto, e frascos de remédio ao seu redor. Essa era a decisão, por isso o aperto no peito.

Passo a mão pela sua testa que começava a ficar fria, sentindo milhões de outras lágrimas cair. Dou um beijo nela, sentindo outra parte do seu corpo fria.

Eu a matei, eu matei a única mulher que realmente amei. A cinco anos atrás, quando eu virei as costas, a bate e a humilhei por algo que ela não fez, porque simplesmente não acreditei nas suas lagrimas, a matei. Eu tirei o seu sorriso, sua auto confiança, vim a matando aos poucos.

Até que entramos novamente na sua vida. Nos vê a fazia lembrar de tudo, deixava sua luta ainda pior, porque fomos nós que a fizemos tanto mal. Até que ela chegasse a esse ponto, querendo acabar com a própria vida, só para parar de sentir a dor que q causamos.

-Volta para mim Valentina!! _____ Abraço seu corpo, chorando sem fim nenhum_____Volta para a nossa filha amor!! NÃO NOS DEIXE VALENTINA!!!

Grito o final, explodindo no choro.

-ISSO É MENTIRA, não é real!! A MINHA IRMÃ NÃO FEZ ISSO!! ELA NÃO DESISTIU POR CAUSA DA GENTE!! _____Fernanda se Taca no corpo da irmã, a abraçando enquanto chora.

-VOLTA PARA MIM TINA!! VOLTA PARA A GENTE MANA!! _____Grita desesperada também.

O pessoal da ambulância entra, então prefiro tirar Fernanda da li. A pego no colo, a abraçando a mesma, enquanto os enfermeiro fazia tudo em uma rapidez sem igual.

Eles trouxeram uma maca, colocaram Valentina nela e saíram. Vamos logo atrás e eu e Lu acabamos indo com ela.  Lu chorava segurando a mão de Valentina, enquanto os médicos colocava soro na veia dela e fazia um curativo nos pontos.

Ela parecia já ter passado por isso, e é o que dói tanto. Saber que, por causa da gente essa não foi a primeira vez, talvez a mais fatal.

Tinha o risco de nunca mais vê o seu sorriso tão grande e lindo, ouvir o doce som de sua gargalhada. Tinha a chance de nunca mais sentir seu corpo quente em contato ao meu, o seu carinho. Vê ela se entregar tanto num palco, com o brilho no olhar que demonstrava o quanto estava amando tudo.

Chegamos no hospital particular, logo tiram ela e a levam correndo para uma sala de operação. Vai costurar o pulso dela, repor o sangue perdido e fazer uma lavagem estomacal na mesma.

O restante da família chega no carro, todos com a fisionomia abatida. Tinham deixado Dulce na escola, acabou que nem vi o primeiro dia da pequena, eles vão apoiar os pais dela que estavam arrasados. Eu fiquei mais com a Lu, orando juntos enquanto os incontáveis minutos não se passava.

-Parentes da senhorita Valentina?! _____ o médico aparece para falar com a gente.

-Somos nós!! _____ todos se levantamos e vamos até ele.

-Por causa da grande quantidade de remédio e pouco sangue, o cérebro de Valentina parou. Somente o seu coração está funcionando, mas os dois órgãos não trabalha sozinho! _____vi a cautela em cada palavra.

-Ela vai ficar bem, né?! _____Nanda pergunta.

O médico suspira, trazendo dor ao meu coração.

-Se Valentina sair viva dessa é porque Deus a ama muito!! _____ aquilo foi um grande balde de água fria _____por enquanto, sugiro que vão se despedir dela.

Todos se abraçam, desolados pelo que acabamos de ouvir. A perdemos, perdemos a nossa menina de vez, e tudo por nossa culpa.

Saio dali indo para fora, para o terraço do hospital. Dobro meus joelhos, me postando ali, enquanto o pior choro de dor se expandia pelos meus polos.

-Meu Deus, eu sei que não mereço que me escute. Sei o quanto reclamei, briguei com o senhor por causa de um erro meu. Mas hoje, agora, eu me humilho aos seus pés, com o meu coração cheio de dor e tristeza por saber que a única mulher que sou capaz de amar esta se partindo. ______dou um soluço antes de continuar _____nao sei qual o seu plano para a gente, mas por favor, não a tire de nois. Não por mim, ou pela aquela família que a tanto magoou, porque sabemos se ela está aqui agora, e por culpa nossa!! Mas sim pela nossa filha, como vou falar que a mãe dela se foi?!

-Por ela, pela Lu, pelo meu amor a Valentina, não aeve da gente. !!! _____ imploro em meio a oração.

Fico mais um tempo ali, chorando em meio a muita dor, até voltar ao quarto.

Meu grande amorWhere stories live. Discover now