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Não posso mentir, muito menos bancar a sem coração

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Não posso mentir, muito menos bancar a sem coração. As palavras de Fernanda me tocou, muito, está mechendo bastante comigo. Tudo que ela disse, a forma tão carinhosa que me olhava. O medo do qual se referiu, é o que eu tenho diariamente.

Fernanda apesar de ter sido a que mais relutou com a minha chegada, foi a que mais me fez se sentir em casa. Sempre fomos unha é carne, nos conhecíamos a tal ponto que, mesmo sem falar nada, já sabíamos o que a outra pensava.

De todos eles, quem menos me feriu foi ela. Naquele dia, Fernanda só ficou de canto observando tudo enquanto chorava, não falou nada, não fez nada. Ela até me abraçou, vi em seu olhar o quanto ela queria ficar é me ouvir, mas foi o resto que a puxou.

Vou até o quartinho que colocamos as coisas da nossa viagem. Lá tinha uma caixa especial, algumas na verdade. Sempre viajei muito com a Lu e a Dulce, e vários lugares que eu passava e via coisas que me lembrava dela, eu comprava.

Pego as caixas de presente, levando tudo para o escritório. Decidi da uma chance a ela, ou tentar, para vê o que vai acontecer.

Só é irônico porque, a seis anos atrás era eles que me deixava, agora eles estão tentando me te de volta. Pois é, guardo essa data tão triste até hoje, porque nos anos anteriores sempre que dava ela, era certo eu tentar me suicidar. Infelizmente já avancei o nível do corte, indo pra esse que e tão profundo mais vezes do que se pode imginar.

Por isso acho que, hoje a Lu não foi pra salão nenhum. Ela sabe como essa data me faz mal, mas esse ano ela viu que eu estava melhor e, como ela gosta de fazer festa pra tudo, deve estar preparando algo. Mas sinceramente ?! Eu gosto, me faz se sentir especial.

Apareço na cozinha novamente, vendo que Fernando amparada Nanda. Ele falava algumas coisas, junto ai restante que também estava em cima dela. Provavelmente pela a forma que eu sai.

-Fernanda, a gente pode conversar?! _____ Chamo atenção deles.

Ela se vira pra mim, com o rosto todo vermelho e o olhar triste. Mas mesmo assim concorda.

-Vem no escritório comigo! ____ começo a andar na frente, sabendo que ela estava atrás.

Abro a porta, deixando que ela entre primeiro e eu vá em seguida. Quando a mesma bate o olho nas caixas, me olha com os olhos transbordando em lágrimas. Abro meus braços para ela que, não pensa duas vezes e corre em minha direção.

A aperto em meu abraço, enquanto não segurava as lagrimas. Seis anos sem esse abraço, seis anos sem a minha caçulinha.

-Feliz aniversários atrasado, pequena! _____desejo chamando ela da mesma forma que chamava antes, com o mesmo carinho de sempre.

Nanda me abraça apertado, enquanto chorava em meus braços. Eu estava no mesmo embalo que ela, nesse nosso abraço cheio de sentimentos que parecem gritar, mas o principal e a saudades.

Meu grande amorOnde histórias criam vida. Descubra agora