6- Aquele lugar.

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Acordei com a Indira ali.

Eu: o que estás a fazer aqui?!

Gaby: eu liguei para ela. Indira veio buscar você.

Eu: não vou a lugar nenhum com essa velha louca e lenta.

Gaby: não tens opção senhor. Sr José explicou tudo para gente, estás falido e não tens nada.

Eu: José está a falar besteira, eu vou para minha casa. E juro acabar com aquele traidor.

Indira: você podes ter várias características ruins, mas mentiroso você não é.

Eu: ahh. Eu não... eu... ahh está bem, estou falido.

Comecei a chorar.

Ela queria me abraçar.

Eu: o que estás a fazer?!

Indira: você precisa de um abraço.

Eu: não quero vossa pena nem de um abraço idiota. Eu estou bem.

Gaby: vou trabalhar.

Eu: já Me traiu?! Tão rápido Gaby!? Achei que gostavas de mim.

Gaby: nem vou responder essa parte, e necessito de dinheiro senhor. Indira por favor me ajuda.

Indira: não te preocupes, vai descansada, eu cuido dele.

Eu: não sei se a senhora sabe, já não tenho dinheiro para pagar seus cuidados.

Gaby: algumas vezes eu me pergunto como aguentei tanto tempo trabalhando com você.

Eu: eu sei, você é uma masoquista pervertida.

Gaby: deveria ter deixado aquilo acontecer.

Eu: o que queres dizer com isso?!

Gaby não respondeu.

Ela foi embora, tomei café da manhã com a Indira e era o peor café da minha vida.

Eu: não tem algo melhor não?!

Indira: senhor, agora as coisas mudaram, a realidade é outra.

Eu: para mim continua sendo a mesma.

Indira: como eu explico para ti. O senhor agora é pobre, terás que mudar seus hábitos.

Eu: eu não sou pobre, o Júlio Assunção nunca será pobre, vire essa boca para lá.

Indira: tudo bem, com o tempo você muda de percepção.

Depois saímos dali até a casa da Indira, aquilo era um bairro horrível, além de andar quase 10 km subindo aquele morro, claro que gosto de exagerar, eu não estava mais aguentando.

Eu: não aguento mais subir isso.

Indira: não exagera, até na minha casa tem menos de 1 km.

Eu: parece que já subi 10 km velha.

O bairro cheirava mal, e as pessoas me olhavam estranho e me chamavam de florzinha, mesmo não vestindo roupas de mulher ou andar como uma.

Entramos naquela casa e parecia, não sei como distinguir.

Eu: não vou ficar aqui, tenho que regressar para minha casa.

Indira: pare de reclamar, daqui a pouco já te costumas.

Sentei naquele sofá duro.

Entra ele sem T-shirt e todo suado, sim o cara tem um corpão é um negrão lindo, sim ele é lindo, ficava bem como um belo escravo sexual.

Tiago: o que ele está a fazer aqui?!

Indira: ele vai morar aqui.

Tiago: isso não pode ser verdade mãe?!

Eu: eu não pedi nada bruto, ela que insistiu. Eu não sabia que teria que ficar aqui.

Tiago: esse cara é muito ruim mãe, depois de tudo que ele fez a senhora ainda o recebe aqui?! Ele tem dinheiro o que faz aqui?!

Indira: não podemos negar ajuda aos mais necessitados.

Ela me chamou de necessitado?!

Eu: a senhora me chamou de necessitado?! Vou embora daqui.

Sai furioso daquela casa, andei um pouco, um menino quase passa por cima de mim com sua bicicleta.

Eu esquivei ele e acabei caindo com a cara na lama.

Eu: seu escroto.- gritei levantando todo sujo.

Havia um grupo de jovens e ficaram a rir.

Eu: isso só pode ser um pesadelo, daqui a pouco vou acordar e tudo estará bem.

Voltava para casa da Indira, acabei perdendo naquela desorganização de casas.

Entrei em um beco sem saída e encontrei uns caras fumando e com armas.

Eu: olá!!

Virei para ir embora e bati contra um cara que estava atrás de mim.

Eu: aí merda!!


##################continua...

Meu pobre e rico homem.Where stories live. Discover now