Acordei com a Indira ali.
Eu: o que estás a fazer aqui?!
Gaby: eu liguei para ela. Indira veio buscar você.
Eu: não vou a lugar nenhum com essa velha louca e lenta.
Gaby: não tens opção senhor. Sr José explicou tudo para gente, estás falido e não tens nada.
Eu: José está a falar besteira, eu vou para minha casa. E juro acabar com aquele traidor.
Indira: você podes ter várias características ruins, mas mentiroso você não é.
Eu: ahh. Eu não... eu... ahh está bem, estou falido.
Comecei a chorar.
Ela queria me abraçar.
Eu: o que estás a fazer?!
Indira: você precisa de um abraço.
Eu: não quero vossa pena nem de um abraço idiota. Eu estou bem.
Gaby: vou trabalhar.
Eu: já Me traiu?! Tão rápido Gaby!? Achei que gostavas de mim.
Gaby: nem vou responder essa parte, e necessito de dinheiro senhor. Indira por favor me ajuda.
Indira: não te preocupes, vai descansada, eu cuido dele.
Eu: não sei se a senhora sabe, já não tenho dinheiro para pagar seus cuidados.
Gaby: algumas vezes eu me pergunto como aguentei tanto tempo trabalhando com você.
Eu: eu sei, você é uma masoquista pervertida.
Gaby: deveria ter deixado aquilo acontecer.
Eu: o que queres dizer com isso?!
Gaby não respondeu.
Ela foi embora, tomei café da manhã com a Indira e era o peor café da minha vida.
Eu: não tem algo melhor não?!
Indira: senhor, agora as coisas mudaram, a realidade é outra.
Eu: para mim continua sendo a mesma.
Indira: como eu explico para ti. O senhor agora é pobre, terás que mudar seus hábitos.
Eu: eu não sou pobre, o Júlio Assunção nunca será pobre, vire essa boca para lá.
Indira: tudo bem, com o tempo você muda de percepção.
Depois saímos dali até a casa da Indira, aquilo era um bairro horrível, além de andar quase 10 km subindo aquele morro, claro que gosto de exagerar, eu não estava mais aguentando.
Eu: não aguento mais subir isso.
Indira: não exagera, até na minha casa tem menos de 1 km.
Eu: parece que já subi 10 km velha.
O bairro cheirava mal, e as pessoas me olhavam estranho e me chamavam de florzinha, mesmo não vestindo roupas de mulher ou andar como uma.
Entramos naquela casa e parecia, não sei como distinguir.
Eu: não vou ficar aqui, tenho que regressar para minha casa.
Indira: pare de reclamar, daqui a pouco já te costumas.
Sentei naquele sofá duro.
Entra ele sem T-shirt e todo suado, sim o cara tem um corpão é um negrão lindo, sim ele é lindo, ficava bem como um belo escravo sexual.
Tiago: o que ele está a fazer aqui?!
Indira: ele vai morar aqui.
Tiago: isso não pode ser verdade mãe?!
Eu: eu não pedi nada bruto, ela que insistiu. Eu não sabia que teria que ficar aqui.
Tiago: esse cara é muito ruim mãe, depois de tudo que ele fez a senhora ainda o recebe aqui?! Ele tem dinheiro o que faz aqui?!
Indira: não podemos negar ajuda aos mais necessitados.
Ela me chamou de necessitado?!
Eu: a senhora me chamou de necessitado?! Vou embora daqui.
Sai furioso daquela casa, andei um pouco, um menino quase passa por cima de mim com sua bicicleta.
Eu esquivei ele e acabei caindo com a cara na lama.
Eu: seu escroto.- gritei levantando todo sujo.
Havia um grupo de jovens e ficaram a rir.
Eu: isso só pode ser um pesadelo, daqui a pouco vou acordar e tudo estará bem.
Voltava para casa da Indira, acabei perdendo naquela desorganização de casas.
Entrei em um beco sem saída e encontrei uns caras fumando e com armas.
Eu: olá!!
Virei para ir embora e bati contra um cara que estava atrás de mim.
Eu: aí merda!!
##################continua...
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Meu pobre e rico homem.
RomanceA vida dá muitas voltas. E confesso que aprendi isso da peor maneira. Coisas a gente compra de novo, pessoas a gente perde para sempre Como é difícil balancearmos com equilíbrio nossas prioridades, dando a devida atenção tanto ao que precisamos obte...