Capítulo 22

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Pov. Ruby

Minha vadia interna já era totalmente dona da situação, não sabia nem de que forma havia conseguido voltar para a minha mesa, minhas pernas pareciam gelatinas e o medo delas cederem a qualquer momento gritou alto.

Logo após dar uma resposta à altura e que nunca achei que falaria para um homem, ainda mais para um homem tão poderoso quanto Faruk, ele se afastou um pouco apenas para que seus olhos se encontrassem com os meus e vi um tipo de brilho inexplicável passar por eles, como se tudo tivesse se transformado em algum tipo de desafio, não sei o que se passava em sua cabeça, mas podia sentir seu olhar me queimando até agora.

Volto a pegar meu champagne e tomo tudo em um único gole, chamo o garçom para que ele encha novamente meu copo. Ele coloca um pouco e faço um sinal com a mão para que continue e novamente ele para após encher metade da taça.

- Eu lhe aviso quando parar!

Ele me olha sem entender e volta a derramar o líquido sobre a taça, quando já está quase transbordando é que peço para que ele pare e se afaste, ele me olha como se fosse uma bêbada doida e volta a atender outras pessoas.

Bebo um pouco mais da metade e apesar de ser muito bom, sinto falta do amargor de bebidas mais fortes, só isso não seria suficiente para me deixar bêbada, mas já era o bastante para colocar meus pensamentos em ordem.

Quando já me sinto um pouco mais controlada, volto a olhar para a mesa de Faruk e me surpreendo por não encontrá-lo mais lá, não havia sinal dele ou das outras pessoas que estavam sentadas em sua companhia, procuro em volta e até os seus seguranças também haviam sumido.

Como tantas pessoas conseguiam sumir tão rápido? Volto a comer minha comida, que já está um pouco fria, mas eu é que não iria desperdiçar comida boa, tomo o resto do líquido transparente e espumante e lembro de um detalhe crucial. Como eu iria pagar? Ainda não tinha ideia de onde estava minha bolsa e nem a pau que colocaria a conta nas despesas do quarto, Gisele me mataria quando visse que logo depois de lhe mandar um "s.o.s" eu estava linda e plena jantando um peixe muito caro e bebendo mais da metade de uma garrafa de champagne.

Como se para dar vida aos meus mais terríveis pesadelos o garçom se aproxima com um prato de sobremesa e a conta. Será que conseguiria fugir rápido o suficiente sem que ninguém me visse?

- Eu não pedi sobremesa.

- O Sheik pediu para lhe entregar, junto com isso.

Ele coloca a conta na mesa e ao seu lado um prato com um lindo Tiramisù dentro que parece ser bom demais para ser verdade, assim que ele se afasta abro o caderninho da conta para ver o tamanho do estrago que eu vou ter que arrumar, e ao invés de encontrar a conta encontro um bilhete que só podia ser do Sheik, acompanhada de uma letra bem bonita estava o seu recado tão carinhoso:

"Jogo aceito! Espero que goste da sobremesa especial que preparei para você, coma tudo e a conta será paga logo depois, nem tente me enganar de novo, meus homens estão de olho.
Lhe espero na cobertura assim que terminar."

Pronto! Agora esse homem quer brincar de pique-pega comigo, era só o que me faltava! Olho a sobremesa e aparentemente é só um prato inofensivo, mas se ele já sabe o que fiz com ele é óbvio que pode ter colocado alguma coisa para se vingar na mesma moeda.

Procuro por seus homens pelo salão, não que o seu bilhete tivesse me assustado de alguma forma, mas queria ter certeza que estava falando sério. Não é muito difícil de encontrá-los já que a maioria das pessoas que ainda estão espalhadas pelas mesas parecem felizes e riem com seus companheiros e familiares

Levando o prato e o aproximo do meu rosto, o olho de todos os ângulos possíveis, sinto o peso, o cheiro e a consistência, nada parece anormal, com certeza não passa de algum joguinho mental do gostosão.

Nas Amarras Do SheikWhere stories live. Discover now