Capítulo 13

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🎶Coelhinho da Páscoa
Que trazes pra mim
Um capítulo, dois capítulos, três capítulos assim🎶
Não rimou muito bem, mas é verdade 😏

Pov. Ruby

O que eu estava pensando? É claro que o plano da faca não daria certo, nunca teria coragem suficiente de machucar o demônio gostosão dessa forma.

Apesar dele me infernizar até o último fio de cabelo eu não tenho força para tal ato, precisava bolar um plano melhor, e enquanto ele mastigava sem parar sua comida minha cabeça começava a fervilhar de possíveis planos para fugir desse inferno.

Confesso que vê-lo sem camisa foi um desafio a minha sanidade mental e a minha vadia interior estava gritando para que eu largasse a faca e desse uma lambida no seu abdômen para saber o gosto que esse puto tem, mas me contive muito bem o que fez com que ela me xingasse muito e parasse de falar comigo, ainda bem por isso pois podia me controlar e pensar com clareza.

Assim que terminamos de comer sento entre as almofadas e começo a escrever os meus planos para saber se quando colocados nos papéis eles parecem bons mesmo ou se eram ridículos, escrevo todos em português para que o senhor fodão não saiba do que se trata.

Mesmo perdida nos meus pensamentos posso vê-lo andando de um lado para o outro no quarto, uma vez ou outra um dos seus barbudos entra na cabana e nessa hora eles falam em árabe, acho que para que eu não entenda do que se trata, mas no meio de uma ligação com um tal de Chris ele se descuida e conversa em inglês.

Ouço quando ele fala de uma viagem que irá fazer daqui a dois dias e também do reforço na segurança do posto, já estava revirando os olhos frustrada com a nova informação quando ele passa o horário da troca dos guardas para o tal homem do outro lado da linha, e isso era tudo o que eu precisava ouvir.

Ele logo desliga o celular e olha para mim por algum tempo, mexo em meus papéis e solto um bocejo para que ele ache que estou entediada e cansada, sua atenção logo se volta para o celular e quase faço uma dancinha da vitória, tudo o que precisava era acordar primeiro que ele e fugir nos poucos minutos em que os brutamontes estariam fazendo a troca de seguranças. Fácil.

Circulo o terceiro plano que anotei e ignoro os outros por enquanto, se esse não der certo o que acho muito improvável, já teria mais cinco planos de reserva, incluo o celular do senhor músculo no meu plano de fuga, o gps do aparelho com certeza me ajudaria a chegar até a cidade e lá pediria ajuda da policia ou qualquer pessoa que passasse na minha frente.

O restinho do dia passo os últimos detalhes do meu plano infalível e ignoro completamente o homem delicioso que está tirando a roupa na minha frente. 

A briga sobre onde iríamos dormir foi inevitável, como manteria minha vadia interior presa se o perfume do homem estaria a poucos centímetros do meu nariz, se o seu calor estaria me chamando, Deus que eu consiga ser forte.

Espero ele deitar e se arrumar e deixo minhas roupas bem separadas para não demorar nisso pela manhã. Dou a volta na cama e procuro um ângulo em que não estarei perto o suficiente dele para que ele não desperte a minha libido.

Não tendo mais nenhuma saída afasto os lençóis e o cobertor e deito o mais distante que consigo do seu corpo sem me estatelar no chão duro, puxo um pedaço do cobertor por não aguentar o frio desgraçado que esse lugar é, como pode um lugar ser tão quente durante o dia e a noite ser tão frio? Aposto que se eu saísse lá fora agora veria a Elsa de frozen cantando e dançando Let it go.

- É melhor não tentar nenhuma gracinha, Milk Shake. - minha voz sai sussurrada quando sinto o homem se mover para perto de mim.

- Pode ficar sossegada quanto a isso, mulher. E não se preocupe já retirei todas as facas e objetos pontiagudos daqui, então terá que bolar planos melhores à partir de agora.

- Pode deixar que já estou bolando! - penso em seu celular e no horário da minha fuga mirabolante.

- Durma.

Sua voz grossa soa como uma ordem e meu coração até falha uma batida, tenho que me dar um tapa na cabeça para colocar as ideias no lugar. Com pensamentos conflitantes o cansaço acaba me vencendo e meus olhos começam a pesar, posso jurar que sinto um braço circular a minha cintura e uma respiração muito próxima, mas estou tão cansada que nem abro os olhos e acabo me entregando completamente ao sono.

[...]

Meu corpo todo pesa, minha mente acorda primeiro que eu e me lembra que tenho um plano para colocar em prática, abro os olhos devagar com medo de dar de cara com o tal Ahmad já acordado, mas para minha sorte não vejo nenhum sinal do sol ainda, o homem ao meu lado dorme tranquilamente.

Afasto devagar o cobertor e tento me levantar, mas meu corpo volta para o colchão quase que automaticamente, foco minha atenção na minha barriga e tenho vontade de dar um tapa na cara do descarado, chego até a levantar a mão para acertá-lo, só que lembro a tempo que ele não pode acordar, se não nunca sairei daqui, levo minha mão até o seu braço atrevido que está me segurando e o levanto devagar, escorregão para o outro lado e assim que estou livre coloco um travesseiro no meu lugar e ele o abraça na mesma hora.

Minha perna já não dói como antes, devia ter sido só uma luxação ou algo assim, sorte a minha, conseguiria finalmente fugir. Pego a minha roupa e arranco a que me foi "emprestada", tudo era muito difícil de fazer no escuro, mas tinha que ser rápida e o mais silenciosa possível, procuro por meu manuscrito, mas acabo derrubando uma cadeira no meio do caminho, por sorte ela cai em cima da pilha de roupas que deixei jogada no chão e não causa um grande barulho, mas é o suficiente para que eu escute o tal Sheik resmungar na cama e se mexer um pouco, a levanto com cuidado e a coloco de volta no lugar.

Respiro fundo me preparando para a missão mais difícil, pegar o celular, com os meus sapatos em mãos, caminho devagar até a mesinha em que ele deixou o celular na noite passada e o puxo rapidamente, aperto o botão de desbloqueio do aparelho e a primeira coisa que eu vejo é o pedido da senha ou digital.

Inferno. É claro que essa droga de celular iria pedir a porcaria da digital da porcaria do homem que está fazendo da minha vida um inferno, me debruço sobre ele sem encostar em seu corpo, apoio uma mão na cama e tento posicionar sua digital no leitor do celular, podia ouvir a minha eu tarada cantarolando a música de missão impossível na minha cabeça.

Com muito sufoco e um bocado de sorte a luz do celular acende indicando que ele foi desbloqueado, solto o ar que nem percebi estar prendendo e puxo minhas mãos devagar para que não encoste nele mais do que o necessário.

Minha cara foi praticamente no chão quando eu vi o papel de parede do seu aparelho celular, era uma foto minha, a mesma que usei nas orelhas de todos os meus livros, confesso que amo essa foto, mas isso só me fazia pensar que tipo de maluco ele era e como ele conseguiu essa foto se acabamos de nos conhecer, que o homem de ferro me ajude, acho que não podia mais pedir ajuda para Deus ou ele me esqueceria de vez nesse lugar.

Por sorte o celular estava configurado em inglês e não em árabe, nem sei se era possível, só que azarada como sou eu não duvidaria que fosse, acesso o GPS do celular e escrevo o nome do hotel, bufo frustrada ao ver o quão longe eu estava do meu destino, mas não desistiria.

Calço meus sapatos e vou até a porta da cabana, abro apenas uma fresta da porta e consigo ver as diversas cabanas espalhadas pelo espaço amplo, acho que tinha no mínimo umas quinze e se houvesse homens que trabalhavam para o brutamontes em todas elas eu estava lascada.

Foco minha visão um pouco mais e me lamento por ter perdido meus óculos, mas não vejo vulto de pessoas em qualquer lugar, o relógio do celular marca quatro e meia da manhã, o horário de troca dos guardas era às quatro e vinte, só que mesmo assim não havia ninguém vigiando a cabana.

Aproveito da falta de profissionalismo desses Árabes, saio da cabana e fecho a porta atrás de mim.

- Adeus, Ali Babá!



Oie pessoinhas

Vocês tem me implorado tanto por uma maratona que resolvi atender (antes que vcs acabem me batendo kkkkk)
Daqui uma hora volto com mais um capítulo 🙈

Nas Amarras Do SheikOnde histórias criam vida. Descubra agora