Capitulo 5 - Revisado

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O vento frio de Chicago bagunça meu cabelo

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O vento frio de Chicago bagunça meu cabelo. Não sei o que exatamente estou sentindo nesse momento, um misto de nervosismo e preocupação.

Ária estava encantada com tudo que via a sua volta. Não era muito diferente de onde moramos, mas ela estava bem distraída com os longos prédios que ela via do aeroporto.
Irei deixá-las no hotel e tentar falar com Kelly, não havia avisado sobre estar vindo mesmo.

O táxi nos deixou em frente ao hotel. Eram poucas malas já que não passaríamos mais que uma semana nessa cidade. Deixo minhas coisas em frente minha cama pegando apenas minha bolsa.

- Ela estava cansada. Dormiu feito pedra. — Lizzy ajeita o travesseiro de Ária.

- Estou preocupada com essa volta repentina. Ária tem apenas quatro anos, não entende o que estou fazendo. Sei que vou sofrer com as consequências de ter feito isso, mas ela, não quero que sofra por isso. — reconheço apreensiva.

Alguns meses atrás ela já me perguntou sobre o pai. O por que de na escola os amigos tinham e ela não. Nunca menti, falei que seu pai estava longe e que não podia visitá-la naquele momento, mas que iriam se encontrar. Um aperto no coração sempre aparecia nesses momentos, porém ela entendia e não falava mais disso.

- Você sabe que em algum momento vai encontrá-lo e que por algum destino ele pode descobrir sobre a filha de vocês. — Lizzy estava de braços cruzados me encarando.

- Se tudo der certo, não chegará nem perto de me ver — beijo a testa de Ária e ando até a porta — estou indo, qualquer coisa pode me ligar.

Saio preparada para encontrar um parte do meu passado.

__

Quase uma hora depois consigo alugar um carro. Uma viagem de última hora não é uma das melhores coisas a se fazer.

Estávamos perto do inverno e o frio estava me matando. Daqui alguns dias a neve começará a atrapalhar.

O quartel dos bombeiros está quase igual do jeito que de quando me mudei, apenas as paredes estavam pintadas. Entro e percebo que os caminhões não estavam lá, só uma ambulância.
Antigamente, Brett, Kidd e eu éramos um trio maravilhoso. Estávamos sempre juntas. Senti muito falta delas nesse tempo e agora me sinto mal por não ter mantido contato.

Emburro a porta olhando para os lados, mas não vejo ninguém. Me assusto com um cachorro vindo correndo em minha direção.

- Terça-feira — uma pessoa vem correndo atrás do dálmata. Me agacho passando a mão por cima.

Um dos nomes mais criativos que eu já vi.

- Desculpe, ela está um pouco agitada. — o homem ri — Meu nome é Ritter. Está procurando alguém ? Os bombeiros saíram já faz um tempo, pode esperar se quiser.

- Meu nome é Lua — sorrio cumprimentando. Não o conheço, posso dizer que ele deve ser novo. — Estou procurando o Severide, mas posso perguntar se a Brett está aqui ?

- O tenente Severide já deve estar voltando. Sylvie está nos dormitórios, posso te mostrar

Nesse momento terça-feira volta a correr como se não houve o amanhã. Ritter a chama e é ignorado.

- Pode ir atrás dela, não se preocupa. Sei onde é. - rio fraco.

- Sabe ? — ele me olha surpreso, mas a cadela some pelo quartel o fazendo ir atrás dela.

Sigo pelo corredor olhando pelas grandes janelas de vidro. Brett estava sentada sobre uma das camas. Respiro fundo antes de bater na porta.

A loira se vira arregalando o olho quando me vê.

Se eu visse um fantasma, seria essa minha reação.

- Aí meu Deus - se levanta indo em minha direção — Mas, o que você tá fazendo aqui ? Quando você voltou ? Onde você estava, Lua Nolan ?

As milhões de perguntas começaram. Eu não estava irritada nem nada, sabia que todos iriam fazer essa pergunta. Seus braços rodeiam meu pescoço me dando um forte abraço.

- Só não me esmaga. — começo a rir — soube que minha mãe está doente, então vim. Estou esperando o Kelly. — Sylvie não parecia guardar qualquer rancor meu, seu sorriso super atencioso. — Me desculpa por não ter mantido contato — a abraço de novo.

- Está tudo bem, águas passadas. Você era um criança. — zomba, me puxando para a sala dos bombeiros.

- Assim você me ofende - rio.

Assim que vamos andando, consigo ouvir muitas vozes conversando. Todos haviam chegado.

- Olha quem está aqui, pessoal - os olhares vão direto em minha direção. As conversas acabaram de uma vez e todos parecem estar vendo um fantasma. Era quase isso.

- Lua, quanto tempo que não te vemos garota — Herrman diz surpreso.

Não recebi raiva, apenas abraços e abraços.

__

Depois de um bom tempo conversando com meus velhos amigos consegui falar com Kelly. Até o momento que sua cabeça apontou pra irmos pra fora ele não pronunciou nenhuma palavra comigo.
A falta de comunicação com o meu irmão está me angustiando, não consigo ver ele me ignorando.

Estou seguindo seu carro até o Chicago Med. Não lembrava o caminho já que todas as vezes que eu aparecia aqui era de ambulância e com alguma parte do corpo machucada. Quando chegamos Severide não me espera, saindo andando na minha frente.

- Por que você está me ignorando ? Desde o dia que eu fui embora você estava de acordo com a minha decisão. Agora eu apareço aqui e você se quer me falou um oi. — Travo no lugar com os braços cruzados. Ele se vira com as mãos no bolso da jaqueta.

- Estou tentando ser o mais transparente possível aqui. Eu te apoiei porque você é minha irmã e eu amo você, mas eu perdi uma boa parte da vida da minha sobrinha e não só eu — ele se refere a Jay e engulo seco. — sei que você só quis o melhor de vocês duas, porém você vai embora de volta e tudo vai voltar a ser que nem antes. Me desculpa se estou te tratando rude, apenas está tudo confuso.

- Eu que tenho que me desculpar Kelly. Eu entendi que acabei uma coisa que podia ser linda, mas vamos dar um jeito nisso. Nós dois e Ária.

Ele me recebe com um abraço. Estava com tanta saudade. Kelly é uma parte de mim.

Ando em direção a porta do hospital novamente. Não tenho tempo de puxa-la para fora antes que alguém puxe para dentro, me fazendo tropeçar. Subo meu olhar e ali estava ele.

Simplesmente pareceu que tudo parou. Eu paralisei, o ar começou a ficar pesado. Jay Halstead está ali na minha frente, a pessoa que eu queria mais evitar nessa cidade está do mesmo jeito que eu.

Sem dizer nada, ele anda para trás dando espaço para que eu entre antes dele sair. Não tiro meus olhos dos seus relutando para que isso acabe. Nenhuma palavra sai de minha boca, espero que diga algo.

xxx

Não me matem 😂 não consegui fazer o diálogo nesse capítulo mas no próximo prometo que terá muita coisa boa.

Sexta-feira tem mais.
Favoritem se gostarem 💗

Forever Yours - Chicago P.DOnde as histórias ganham vida. Descobre agora