Não há paz

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Como imaginavam, era a última calmaria antes da guerra ser verdadeiramente anunciada. Para os Mikaelson, aquilo estava prestes a acontecer. Estavam reunidos, todos eles, junto com Marcel e Davina. Parecia que havia muito a ser feito, alguns vampiros estavam começando a se rebelar pelo temor do bebê que estava crescendo a cada dia no ventre da híbrida. Era claro que quando o bebê milagroso estivesse no mundo, seria um sinal aberto para todos os inimigos adquiridos ao longo dos anos.
  
Não houve batida na porta, apenas sentiram ao mesmo tempo o cheiro de Alyssa invadir o complexo abruptamente. A mulher vinha cambaleando em seus próprios pés, não conseguindo sustentar por um tempo maior, foi amparada por Marcel antes que seus joelhos tocassem no chão. De imediato, soube que havia algo de errado.

- O que houve? Alyssa! - Os outros seguiram-no tentando entender, o vampiro a segurava ao perguntar.

- Davina… - Sua voz saía arrastada, encostando o rosto anormalmente avermelhado no peito de Marcel, seu corpo sendo afetado por algo que não era compreensível no momento. Tentava manter os olhos abertos, mas era impedida pela febre; suas mãos seguravam seu ventre que se tornava arredondado, como se fosse sua única preocupação.

- O que aconteceu? O que você fez sua bruxa… - Niklaus começou, mas foi rapidamente interrompido.

- Não temos tempo para isso, ela está ardendo de febre! - Marcel disse quase rosnando para eles. Voltou os olhos para sua protegida, colocando a mão em seu rosto para tentar mantê-la acordada. - Alyssa?

- É magia. - Davina disse se colocando ao lado do vampiro, se abaixando para tocar os braços da amiga. Um vinco surgiu em sua testa, balançando a cabeça em negação. - Alyssa, você está me ouvindo? 

- Sim… 

- Quando a febre começou? 

- Faz… pouco tempo. - Alyssa tentou abrir os olhos, olhando para a bruxa que tentava ajudá-la. - Vim assim que pude. Você tem que ajudar, isso…

- Eu sei, eu sei. - Com um tom preocupado, Davina assentiu com a cabeça, se levantando do chão, passando a mão no rosto, milhares de pensamentos passando por sua mente.

- O que está acontecendo, Davina? - Elijah perguntou, talvez o que mais mantinha a calma ali. Sempre, o mediador.
 
Niklaus se abaixou, ocupando o lugar de Davina ao lado de Marcel, o olhar completamente preocupado sobre a híbrida. Passou a mão por seus cachos soltos, sentindo sua temperatura ao encostar o polegar em seu rosto; por um momento, seu olhar foi para o ventre que ela protegia com as próprias mãos.

- É um feitiço, Alyssa está conectada com alguém, uma das bruxas do Conven provavelmente. - Davina começou a explicar, seus olhos indo da amiga para pontos específicos do complexo. - Estão a queimando de dentro pra fora, se essa febre continuar…

- O bebê vai morrer. - Rebekah completou, os olhos começando a adquirir um tom escuro de preocupação. Olhou para a mulher que mal se mantinha, olhando logo em seguida para a bruxa. - O que temos que fazer?
 
- Vá no mercado ilegal do centro, pegue ervas medicinais, feixo, eucalipto. Vou te dar as instruções, primeiro precisamos abaixar essa febre. - Com um papel pego de imediato pela loira, anotou as informações, como deveria agir, feitiço a recitar. - Precisamos de uma banheira, ou piscina, algo para submergi-la. 

- Eu cuido disso…

- Não, você vem comigo. - Davina interrompeu Elijah, erguendo a mão para ele. - Vamos ter que ter uma conversinha com as bruxas.
 
Os dois se olharam em concordância, o elegante vampiro assentindo apenas uma vez com a cabeça. Em um segundo, quatro não estavam mais ali. Elijah levando Davina para o Conven, Rebekah indo até o mercado do bairro, e Marcel - sabendo que Klaus não deixaria o lado dela, indo conseguir o que precisavam para submergi-la. Ele a sustentou nos braços, não a pegando por protestos quase inaudíveis de Alyssa que alegava ainda conseguir se manter de pé.

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