Bem-Vindo ao preto

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 Galeraaaaa, me desculpem! Mil desculpas, acabei postando o capítulo errado ontem, acabou sendo um leve spoiler, mas de qualquer forma tive que concertar esse erro.

 Espero que gostem do capítulo real!


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Mais uma vez batiam na porta do quarto dela, abriram sem esperar a resposta, Alyssa sabia que era uma das mulheres, mas mesmo assim se manteve deitada com as costas viradas, fechando os olhos ao ouvir os passos se aproximarem de si. Uma mão leve tocou suas costas, a acariciando de leve.
- Vamos, garota, sei que não está dormindo. - Rebekah disse fortemente, mas com uma sutil gentileza na voz, mesmo assim não obteve respostas. Suspirou se afastando devagar, olhando por um momento para a híbrida. - O jantar vai ser servido, caso queira descer.
E então saiu, fechando a porta atrás de si, porta essa que se fechava incontáveis vezes nesse dia. Alyssa esperou por alguns segundos, abriu os olhos respirando profundamente ao mirar o céu escuro se mostrava com a janela aberta.
Se sentia anestesiada mesmo que já fizesse um dia desde que tudo tinha acontecido, era tão vívido, o cheiro do sangue permanecia em suas roupas e corpos não lavados, tinha se recusado na noite anterior ir tomar banho, e durante o dia inteiro se manteve no quarto em que estava. De manhã tinham lhe chamado para o desjejum, mas não aceitou descer. Pela tarde foram vê-la pelo menos duas vezes, uma Davina e Marcel, outra Hayley, ainda se mantendo em silêncio, encolhida na cama apenas mirando o nada.
A dor ainda permanecia em seu peito, o tocava batendo de leve como se pudesse parar, mas sabia que não seria fácil, eles se foram, não tinha o que fazer. Queria ficar ali, debaixo dos edredons em pleno verão, fechar os olhos e fingir que nada tinha acontecido, mas do que adiantaria? Nanny já teria a arrancado da cama uma hora dessas, se permitiu sorrir imaginando a cena.
Como estava sentindo falta deles...
Abriu os olhos novamente, se sentando na cama olhando por um momento para seus pés descobertos. Era hora de se levantar, não era? Sabia que sim, suspirou tirando-o os cobertores de si, indo até o banheiro do quarto encarar seu próprio reflexo. Estava uma bagunça, o sangue tinha secado em sua pele, não estava nada agradável sua aparência ou cheiro no momento.
Entrou debaixo do chuveiro depois de despir as roupas e joga-las no lixo, a água gelada desceu como uma enxurrada sobre si, levando toda a sujeira que havia, fazendo-a fechar os olhos enquanto seu cabelo escorria. Até então parecia tudo irreal, mas o choque começava, ela conseguia voltar a respirar.

Rebakah desceu as escadas indo ao encontro dos que a esperavam reunidos no salão, todos a seguindo com olhares mistos de expectativa e frustração, não parecendo nem um pouco que iriam ter um jantar já que Davina sendo única que realmente necessitava comer ali, não estivesse com apetite.
- E então? - A bruxa perguntou com os braços cruzados, um olhar com uma certa expectativa sobre a resposta, sendo acabada quando a vampira negou com a cabeça sem dizer uma palavra.
- Chega, vou lá falar com ela! - Marcel disse subitamente, indo em direção às escadas sem esperar qualquer resposta, mas foi parado por Rebekah que encostou em seu braço em um gesto para acalma-lo.
- Você já tentou, ela não vai te ouvir. - Disse gentilmente, acariciando de leve o braço dele.
- Não vou deixá-la definhar lá em cima! - Ele retrucou, os lábios se reprimindo ao olhar para a escada, sofria por aquelas mortes e pelo luto da garota.
- Klaus tem que ir, ela vai ouvi-lo. - Davina disse elevando a voz para apartar a discussão, todos olharam imediatamente para ela, e depois para o híbrido falado.
- Eu? Está maluca? - Disse erguendo as sombrancelhas em surpresa, balançando a cabeça ao apontar para o andar de cima começando a se agitar. - Alyssa não vai me ouvir, ela me mandou deixá-la em paz!
- É provável que Davina esteja certa, irmão. - Elijah o interrompeu tocando o ombro dele com uma das mãos, fazendo-o olhar. - Alyssa vai te ouvir.
- Por que razão idiota iria me ouvir? - Klaus estava começando a achar graça, ou fingia estar, pois seus olhos permaneciam sérios, estava preocupado com a híbrida, queria ter ido até ela desde que amanheceu.
Ninguém disse mais nada, olharam para ele com expressões idênticas de deboche, todos ali sabiam o porquê dessa resposta, e era quase cômico ver o tão temido Mikaelson não percebendo o que estava claro.
- Eu odeio admitir, porque te odeio. - Davina disse com um suspiro prolongado, como se fosse mesmo difícil demais falar isso. - Mas minha melhor amiga se importa com você.

The Originals: UnanimousWhere stories live. Discover now