Capítulo 20 - Poemas

127 19 18
                                    

Local: Coven do imperador - Quarto do Imperador - Tarde

Kikimora está esperando o Imperador em seu quarto, ela não sabe onde ele está, é quando um papel chama a atenção em gaveta praticamente vazia.

Kimora: ... O que é isso ?

Kikimura pega o papel e começa a ler.

"Liberdade Por Baldur Belos"

"Queria eu dizer que sei, queria dizer eu que tenho todas as respostas, mas meus olhos inevitavelmente se voltam apenas a você, minha mente se remete aos seus cabelos, tudo que eu penso é a luxúria em meu coração, não seremos jovens pra sempre, não viveremos pra sempre, mas tudo que eu tenho é seu, tudo que eu tive é seu... Tudo que eu terei é seu, e nenhum ouro ou diamante se comparar ao calor de seus lábios... Com você eu me sinto vivo... Com você eu me sinto livre."

"Para meu primeiro e único amor, Edalyn Clawthorne"

Kikimora: ... (Lacrimejando)...

Paradox: -Ele tem uma pilha dessas-

Kikimora: -Ahh !

Paradox: Desculpe, eu não quis te assustar... Vejo que você descobriu o lado de Baldur que ele tenta esconder de todos.

Kikimora: ... Essas cartas, são todas para Eda ?

Paradox: A maioria... Eles pareciam duas crianças trocando juras de amor... Ele nunca me disse, mas eu sei que esse era o sonho dele, ser um poeta.

Kikimora: ...

Paradox: ... Ele nunca me chamou de mãe, nunca me disse seus sonhos, acho que ele não quer demonstrar fraqueza na minha frente.

Kikimora: ... Ele a ama ! Nunca deixou de amar Edalyn !

Paradox: A verdade é que eu acho que ele nunca vai deixar de amar... Ele a odeia por ter quebrado o coração dele, por ter escondido a criança... Mas ama ela de corpo e alma, ligações como essa são quase impossíveis de quebrar.

Kikimora: ...

Paradox: ... Ah, esse é dos bons, é aquele que Baldur deu a Eda como confissão de amor.

Kikimora: ...

"Depois que eu me for... Por Baldur Belos"

"Eu me sento aqui, nessa noite fria de inverno pensando nas coisas que eu nunca fiz, ou nas coisas que eu vou fazer... Por favor me escute, talvez eu venha a me perder, talvez eu queira me perder, mas eu sei que você estará lá pra me pegar, você estará lá por mim... A vida é preciosa e única, eu olho para neve, e sinto uma solidão inacabável, sem cor, sem vida, então você apareceu, selvagem e linda, muito mais do que eu merecia, muito mais do que eu queria... Mas eu sei que um dia eu irei e deixarei você aqui, sozinha, e meu pedido é, seja feliz, não olhe pra trás, a vida é pra ser vivida uma vez, e enquanto um coração bater em seu peito existirá paixão, paixão por aquilo que te faz sentir vivo... Para mim é você... Você é minha paixão... Você é a razão de eu estar vivo... "

"Para Edalyn Clawthorne, meu amor, minha vida"

Kikimora: ... Ele nunca vai me amar... Ele nunca vai me querer... Por quê ?

Paradox: ... Porque a vida dele era preto e branco, e Eda deu cor a ela.

Kikimora: ...

Paradox: ... Existia um vilarejo muito longe daqui, o nome desse lugar era "Inferno", todo tipo de criatura vivia em algum tipo de sociedade lá, todo dia havia morte dor pairando no ar... Naquele lugar tinha uma garoto que morava com seu tio, Baldur Belos... Ele trabalhava duro e sustentava seu tio que era um homem bom, então até mesmo os demônios não se incomodavam com ele, o tio sempre ensinou o garoto que toda vida é importante, e mesmo que aquelas pessoas fossem escória, elas não mereciam morrer... Tudo estava indo bem, até que um demônio que comandava uma gangue de região decidiu roubar Baldur, ele precisava do dinheiro pra cuidar do tio, então ele acertou o demônio, um erro que jamais deveria ter cometido... Naquela noite o demônio e sua gangue foram a casa de Baldur amarram ele é o tio, os espancaram, e botaram fogo na casa... Em seu leito de morte Baldur sentiu sua carne queimando, mas ele não morreu, seu ódio não o deixou morrer... E sua humanidade se foi, junto com seu tio... As pessoas criaram lendas sobre aquela noite, eles dizem que viram um monstro de levantar das cinzas, as pessoas acreditaram que era Lúcifer em pessoa, o grito de tristeza soava como um rugido, e um lamento, o garoto morreu naquela noite, pela manhã tudo que restará é um homem quebrado...

Kikimora: ... O que aconteceu, com o Demônio que matou o tio dele ?

Paradox: ... Baldur matou a vontade que sentia por sangue naquela noite.

Kikimora: ...

Paradox: Isso aqui ! Esses poemas é tudo que restou daquele garoto... A bondade e compaixão....

Kikimora: ... Jesus...

Paradox:... Isso é um pingente de crucifixo ?

Kikimora: ... É... Eu uso pra minhas orações...

Paradox: ... Eu hein... Enfim, vai procurar por ele, tem reunião no Salão Principal, temos assuntos a tratar.

Kikimora: ... O quê ?

Paradox: ... Temos que ir ao mundo humano, Salém !

Local: Desconhecido

Amity está tomando um café em uma loja.

Garçonete: Você gostou ?

Amity: ... Você não faz idéia... (Sorri)...

Garçonete: Mais alguma coisas ?

Amity: Ah sim... Só mais uma coisas, sua alma !

Garçonete: ...

Continua.

The Owl House - ParadoxWhere stories live. Discover now